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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Medicina Graduação em Nutrição AGR 06018 – Estudo dos Alimentos I Bianca Schinoff, Bruna Dimer, Carolina Marques, Caroline Oliveira e Mariana Madalosso Seminário Butiá Introdução O butiá, como é popularmente conhecido o fruto das palmeiras do gênero Butia, é um importante fruto nativo da nossa região. Muito presente na cultura das comunidades do interior do estado do Rio Grande do Sul, o grupo escolheu abordar o fruto no seminário por acreditar que se carece de informações a respeito do mesmo. Origem e informações botânicas gerais Da família das Arecaceae (Palmae), as palmeiras do gênero Butia são nativas da América do Sul. Sua distribuição geográfica compreende parte do cerrado brasileiro e do pampa. São encontradas espécies de Butia desde o sul do estado da Bahia, passando por Goiás e Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; além de espécies encontradas no Paraguai, Argentina e Uruguai. Ao todo, são dezoito as espécies compreendidas pelo gênero Butia, sendo que dezesseis dessas espécies ocorrem no Brasil. No Rio Grande do Sul, a diversidade de espécies de Butia é também bastante extensa. São encontradas aproximadamente oito espécies da planta no estado. Por uma questão de localização e facilidade de acesso, o grupo optou por focar a apresentação do seminário na espécie Butia odorata, a qual ocorre na região da capital Porto Alegre, seguindo para o centro e sul do estado. Relação das espécies no estado do Rio Grande do Sul. Fonte: FIOR, C. S. Butia odorata: informações botânicas específicas Características O butiazeiro é desenvolvido em solos planos e inundáveis em épocas de chuva, apesar de poder ser encontrado em regiões serranas. Seu porte é de 8 a 10 metros podendo chegar até 20 metros de altura. Tem estipe simples medindo 1,5 metros de altura. Suas folhas, acinzentadas, renovam-se de 12 a 14 anos. A planta do butiá tem sua floração na primavera e no verão, tendo a maturação dos frutos no verão e no outono, principalmente no mês de fevereiro, podendo passar de mil frutos por infrutescência. O fruto, azedo-adocicado, é caracterizado por conter drupa carnosa e por conter três sementes oleaginosas por fruto. Cultivo no Brasil No Brasil faz-se extração de frutos, de sementes e das fibras dos butiazeiros. Normalmente, essa extração provém das árvores que já estão no ambiente devido à agricultura familiar. Atualmente, o cultivo e a plantação do butiá no Brasil está se extinguindo pois além de a maioria ter sido usado na indústria, existem outros métodos que substituem a extração do butiazeiro. Um deles é a substituição das fibras da árvore de butiá pela extração de petróleo para a fabricação de colchões. Contudo, existem políticas que prezam pelo meio ambiente e pela conservação da natureza, sendo o cultivo e extração do butiazeiro mais adequados. Cultivo no mundo Segundo pesquisas, foi encontrado o uso da árvore de butiá como paisagismo na Ilha Subtropical de Jeju localizada na Coreia do Sul. O butiazeiro é encontrado como decoração em praças, parques, ruas e avenidas e até na frente das casas. Os butiás foram introduzidos na ilha, levados do Brasil, Argentina, Paraguai ou Uruguai. Os butiazeiros se adaptaram muito bem ao clima subtropical da ilha ( o mesmo clima da sua região nativa). Uso popular na história Uso popular hoje Formas de consumo Propriedades nutricionais do fruto Propriedades nutricionais da amêndoa Benefícios à saúde Receita: geleia de butiá Curiosidades Bibliografia Coleção Giruaense de Artesanato Giruá - Rio Grande do Sul. Disponível em: http://artesanatogirua.blogspot.com.br/, acessado em 05 de abril de 2014. FARIA ET AL., Composição química da amêndoa de coquinho-azedo (Butia capitata var capitata). Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 30, n. 2, p. 549-552, Junho 2008. FIOR, C. S. Propagação de Butia odorata (Barb. Rodr.) Noblick & Lorenzi. UFRGS, Porto Alegre, 2011. FONSECA, L. X. Caracterização de frutos de butiazeiro (Butia odorata Barb. Rodr.) Noblick & Lorenzi e estabilidade de seus compostos bioativos na elaboração e armazenamento de geleias. UFPEL, Pelotas, 2012.
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