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5 Agachamento com e sem auxílio de bola suíça

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Brazilian	
  Journal	
  of	
  Sports	
  and	
  Exercise	
  Research,	
  2010,	
  1(2):	
  158-­‐163	
  
	
   158	
  
ANÁLISE	
   ELETROMIOGRÁFICA	
   DURANTE	
   O	
   EXERCÍCIO	
   DE	
   AGACHAMENTO	
   COM	
   E	
  
SEM	
  AUXÍLIO	
  DE	
  BOLA	
  SUÍÇA	
  
ELECTROMYOGRAPHYC	
   ANALYSIS	
   DURING	
   SQUAT	
   EXERCISE	
   WITH	
   AND	
   WITHOUT	
  
SWISS	
  BALL	
  SUPPORT	
  
	
  
Felipe	
  Sampaio-­‐Jorge1,	
  Ludmila	
  Schettino2,	
  Rafael	
  Pereira3	
  
	
  
1Laboratório	
   de	
   Análise	
   do	
   Movimento,	
   ISECENSA,	
   Campos	
   dos	
   Goytacazes,	
   RJ,	
   Brasil.	
   2Laboratório	
   de	
   Fisiologia	
   e	
  
Biocinética,	
   UNIG,	
   Itaperuna,	
   RJ,	
   Brasil.	
   3Grupo	
   de	
   Pesquisa	
   em	
   Fisiologia	
   Neuromuscular,	
   Departamento	
   de	
   Ciências	
  
Biológicas,	
  UESB,	
  Jequié,	
  Bahia,	
  Brasil.	
  
	
  
	
  
RESUMO	
  
O	
   exercício	
   de	
   agachamento	
   é	
   comumente	
   utilizado	
   em	
  
programas	
  de	
  reabilitação	
  de	
  membros	
  inferiores	
  e	
  a	
  execução	
  
deste	
   com	
   apoio	
   de	
   bola	
   suíça	
   tem	
   sido	
   pouco	
   estudada.	
   O	
  
presente	
   estudo	
   objetivou	
   comparar	
   a	
   resposta	
  
eletromiográfica	
  do	
  músculo	
  reto	
  femoral	
  durante	
  a	
  execução	
  
do	
  exercício	
  de	
  agachamento	
  com	
  e	
  sem	
  apoio	
  da	
  bola	
  suíça.	
  
Dez	
   indivíduos	
   participaram	
   do	
   estudo	
   onde	
   realizaram	
   10	
  
repetições	
   do	
   exercício	
   de	
   agachamento	
   sob	
   duas	
   formas	
   de	
  
execução:	
  com	
  e	
  sem	
  apoio	
  das	
  costas	
  em	
  bola	
  suíça.	
  Durante	
  
a	
   execução	
   do	
   exercício	
   foi	
   coletado	
   o	
   sinal	
   eletromiográfico	
  
dos	
   músculos	
   reto	
   femoral	
   e	
   soleus.	
   Observou-­‐se	
   que	
   a	
  
amplitude	
  do	
   sinal	
   eletromiográfico	
  do	
  músculo	
   reto	
   femoral	
  
foi	
  maior	
   (p<0,05)	
   durante	
   a	
   execução	
   do	
   agachamento	
   com	
  
apoio	
   da	
   bola	
   suíça,	
   sem	
   diferença	
   nas	
   duas	
   formas	
   de	
  
execução	
  para	
  o	
  músculo	
  soleus.	
  Conclui-­‐se	
  que	
  a	
  execução	
  do	
  
exercício	
   de	
   agachamento	
   com	
   apoio	
   de	
   bola	
   suíça	
  
proporciona	
   maior	
   recrutamento	
   muscular	
   do	
   músculo	
   reto	
  
femoral	
   potencializando	
   as	
   adaptações	
   neuromusculares	
   a	
  
este	
   exercício	
   sendo,	
   portanto,	
   útil	
   em	
   programas	
   de	
  
reabilitação	
   que	
   visem	
   fortalecimento	
   dos	
   extensores	
   do	
  
joelho.	
  
Palavras	
   chave:	
   Exercício	
   terapêutico,	
   músculo	
   quadríceps,	
  
joelho.	
  
	
  
ABSTRACT	
  
The	
   squat	
   exercise	
   is	
   a	
   commonly	
   exercise	
   used	
   in	
  
rehabilitation	
  programs	
   for	
   the	
   lower	
   limbs	
  and	
   its	
  execution	
  
with	
   Swiss	
   ball	
   has	
  been	
   scarcely	
   studied.	
   Ten	
  healthy	
   adults	
  
volunteered	
   to	
   participate	
   in	
   the	
   study.	
   The	
   subjects	
   were	
  
submitted	
  to	
  10	
  repetitions	
  of	
  squat	
  exercise	
   in	
  two	
  different	
  
conditions:	
   with	
   and	
   without	
   support	
   in	
   Swiss	
   ball.	
  
Electromyographic	
   (EMG)	
   signal	
   of	
   rectus	
   femoris	
   and	
   solus	
  
were	
  recorded	
  during	
  squat	
  exercises.	
  Rectus	
  femoris	
  showed	
  
greatest	
   activation	
  when	
   squat	
  exercise	
  was	
  done	
  with	
   Swiss	
  
ball	
   support	
   (p<0.05),	
   while	
   soleus	
   did	
   not	
   show	
   difference	
  
between	
   the	
   proposed	
   conditions.	
   The	
   execution	
   of	
   squat	
  
exercises	
   with	
   Swiss	
   ball	
   support	
   may	
   provide	
   greatest	
  
recruitment	
  of	
  rectus	
  femoris	
  potentiating	
  the	
  neuromuscular	
  
adaptations	
   to	
   this	
   exercise	
   what	
   is	
   important	
   to	
  
rehabilitations	
  programs	
  to	
  improve	
  extension	
  knee	
  strength.	
  
Key	
  Words:	
  Exercise	
  therapy,	
  quadriceps	
  muscle,	
  knee.	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
INTRODUÇÃO	
  
Exercícios	
   para	
   fortalecimento	
   dos	
   músculos	
  
extensores	
   do	
   joelho	
   são	
   comumente	
   utilizados	
   em	
  
programas	
   de	
   reabilitação	
   de	
   membros	
   inferiores,	
  
podendo	
   estes	
   serem	
   realizados	
   através	
   exercícios	
   de	
  
cadeia	
  cinética	
  aberta	
  (CCA)	
  e/ou	
  fechada	
  (CCF)	
  (1,2).	
  	
  
De	
   acordo	
   com	
   Fleming	
   et	
   al.	
   (3)	
   a	
   diferença	
   entre	
   os	
  
exercícios	
   de	
   CCA	
   e	
   CCF	
   está	
   na	
   extremidade	
   do	
  
segmento	
  que	
  está	
  sendo	
  exercitado,	
  onde	
  os	
  exercícios	
  
realizados	
   com	
   extremidade	
   do	
   segmento	
   em	
   contato	
  
com	
   um	
   piso	
   fixo,	
   como	
   os	
   agachamentos	
   ou	
   em	
  
aparelhos	
   como	
   leg	
   press,	
   compreendem	
   os	
   exercícios	
  
CCF,	
   já	
   os	
   exercícios	
   de	
   CCA	
   são	
   realizados	
   com	
   a	
  
extremidade	
   do	
   segmento	
   livre	
   (i.e.	
   sem	
   contato	
   com	
  
um	
   ponto	
   fixo),	
   como	
   os	
   exercícios	
   realizados	
   em	
  
cadeiras	
  extensoras.	
  	
  	
  	
  
Os	
   exercícios	
   de	
   cadeia	
   cinética	
   fechada	
   (CCF)	
  
são	
  considerados	
  mais	
  efetivos	
  para	
  ganho	
  de	
   força	
  de	
  
extensão	
  de	
  joelho	
  e	
  mais	
  seguros	
  para	
  esta	
  articulação,	
  
especialmente	
   para	
   estruturas	
   ligamentares	
   como	
   o	
  
ligamento	
   cruzado	
   anterior	
   (4,5).	
   Postula-­‐se	
   que	
   os	
  
exercícios	
   de	
   CCF	
   proporcionam	
   menor	
   deslizamento	
  
anterior	
  da	
   tíbia	
  durante	
  a	
  extensão	
  do	
   joelho	
  e	
  maior	
  
força	
   compressiva	
   em	
  nível	
   da	
   articulação	
   tibiofemoral	
  
(3,6),	
  além	
  de	
  maior	
  nível	
  de	
  co-­‐contração	
  dos	
  músculos	
  
ísquiostibiais	
   (7),	
   o	
   que	
   em	
   conjunto	
   promove	
   maior	
  
estabilidade	
  articular.	
  	
  
O	
  agachamento	
  é	
  um	
  exercício	
  de	
  CCF	
  utilizado	
  
para	
  fortalecimento	
  dos	
  músculos	
  extensores	
  do	
  joelho,	
  
sendo	
   comumente	
   aplicado	
   em	
   programas	
   de	
  
reabilitação	
  para	
  membros	
   inferiores	
  (3,7,8)	
  devido	
  aos	
  
benefícios	
   relacionados	
   aos	
   exercícios	
   de	
   CCF,	
   como	
  
descrito	
  posteriormente.	
  
A	
   otimização	
   dos	
   exercícios	
   para	
   acelerar	
   a	
  
reabilitação	
   do	
   joelho	
   é	
   um	
   dos	
   grandes	
   desafios	
   que	
  
prevalecem	
   como	
   foco	
   de	
   pesquisa	
   dentro	
   da	
   área	
   da	
  
reabilitação.	
  Porém,	
  essa	
  otimização	
  deve	
  promover	
  um	
  
equilíbrio	
   entre	
   segurança	
   de	
   execução	
   e	
   efeitos	
  
benéficos	
  para	
  o	
  objetivo	
  que	
  se	
  propõe	
  (9),	
  recrutando	
  
o	
   maior	
   número	
   possível	
   de	
   fibras	
   musculares,	
   porémgerando	
   o	
   menor	
   estresse	
   para	
   as	
   estruturas	
  
ligamentares	
  (8).	
  	
  
Brazilian	
  Journal	
  of	
  Sports	
  and	
  Exercise	
  Research,	
  2010,	
  1(2):	
  158-­‐163	
  
	
   159	
  
Algumas	
   variações	
   do	
   exercício	
   de	
  
agachamento	
   podem	
   otimizar	
   a	
   realização	
   deste	
  
exercício,	
   dentre	
   elas	
   destaca-­‐se	
   a	
   realização	
   do	
  
agachamento	
   com	
   auxilio	
   de	
   uma	
   bola	
   terapêutica,	
  
também	
  denominada	
  bola	
  suíça	
  (10),	
  onde	
  o	
  praticante	
  
realiza	
  o	
  agachamento	
  apoiando	
  as	
  costas	
  em	
  uma	
  bola	
  
suíça	
   e	
   deslizando	
   esta	
   contra	
   uma	
   parede,	
   o	
   que	
  
permite	
   a	
   estabilização	
   da	
   coluna	
   durante	
   a	
   realização	
  
do	
  exercício.	
  	
  
Diversos	
   estudos	
   têm	
   sido	
   desenvolvidos	
   para	
  
avaliar	
   os	
   benefícios	
   do	
   uso	
   de	
   exercícios	
   terapêuticos	
  
com	
   bola	
   suíça	
   (11-­‐17),	
   no	
   entanto,	
   o	
   principal	
   foco	
  
destes	
  estudos	
  tem	
  sido	
  o	
  treinamento	
  da	
  musculatura	
  
do	
  tronco	
  e	
  membros	
  superiores.	
  	
  
Apesar	
   de	
   comum	
   na	
   prática	
   clínica,	
   o	
  
agachamento	
   com	
  apoio	
  de	
  bola	
   suíça	
   tem	
   sido	
  pouco	
  
estudada.	
   Apenas	
   dois	
   estudos	
   desenvolvidos	
   por	
  
Marshall	
   &	
   Murphy	
   (10)	
   e	
   por	
   Marshall	
   &	
   Desai	
   (17)	
  
realizaram	
   agachamento	
   com	
   bola	
   suíça	
   e	
   avaliaram	
   a	
  
resposta	
   neuromuscular	
   com	
   eletromiografia	
   de	
  
superfície.	
  	
  
O	
  estudo	
  de	
  Marshall	
  &	
  Murphy	
  (10)	
  avaliou	
  a	
  
atividade	
   EMG	
   do	
   músculo	
   reto	
   abdominal,	
   mas	
   não	
  
incluiu	
   músculos	
   dos	
   membros	
   inferiores	
   em	
   seu	
  
estudo,	
   já	
  o	
  estudo	
  de	
  Marshall	
  &	
  Desai	
  (17)	
  estudou	
  a	
  
atividade	
   EMG	
   dos	
   músculos	
   vasto	
   lateral	
   e	
   bíceps	
  
femoral,	
   no	
   entanto,	
   ambos	
   os	
   estudos	
   citados	
   não	
  
realizaram	
   comparações	
   da	
   atividade	
   EMG	
   durante	
   o	
  
agachamento	
  sem	
  apoio	
  em	
  bola	
  suíça.	
  Tendo	
  em	
  vista	
  
o	
   status	
   atual	
   da	
   literatura	
   a	
   respeito	
   de	
   exercícios	
   de	
  
agachamento	
  com	
  apoio	
  em	
  bola	
   suíça,	
  este	
  estudo	
   se	
  
propõe	
   a	
   comparar	
   as	
   respostas	
   eletromiográficas	
   dos	
  
músculos	
   reto	
   femoral	
  e	
   soleus	
  durante	
  a	
  execução	
  do	
  
exercício	
   de	
   agachamento	
   com	
   e	
   sem	
   apoio	
   da	
   bola	
  
suíça.	
  
	
  
	
  
MATERIAIS	
  E	
  MÉTODOS	
  
Amostra	
  	
  
Participaram	
  do	
  estudo	
  dez	
  voluntários	
  do	
  sexo	
  
masculino	
   com	
   idade	
   entre	
   18-­‐30	
   anos	
   (idade:	
   22±5	
  
anos;	
   estatura:	
   178±7	
   cm;	
  massa	
   corporal	
   total:	
   80±14	
  
Kg),	
   saudáveis	
   e	
   sem	
   histórico	
   de	
   doença	
  
osteomioarticular	
   em	
   membros	
   inferiores.	
   Todas	
   as	
  
técnicas	
  experimentais	
  aplicadas	
  neste	
  estudo	
  seguiram	
  
as	
  Diretrizes	
  e	
  Normas	
  Regulamentadoras	
  de	
  Pesquisas	
  
Envolvendo	
  Seres	
  Humanos,	
  estabelecidas	
  na	
  Resolução	
  
nº	
  251,	
  de	
  07	
  de	
  agosto	
  de	
  1997,	
  do	
  Conselho	
  Nacional	
  
de	
   Saúde	
  e	
  na	
  Resolução	
  nº	
  196,	
  de	
  10	
  de	
  outubro	
  de	
  
1996,	
   recebendo	
  assim	
  aprovação	
  pelo	
  comitê	
  de	
  ética	
  
em	
  pesquisa	
  da	
  UNIVAP	
  (protocolo	
  #	
  H150/CEP/2006).	
  
Instrumentos	
  e	
  procedimentos	
  
Os	
  indivíduos	
  foram	
  submetidos	
  a	
  exercícios	
  de	
  
agachamento	
   constituídos	
   de	
   uma	
   série	
   de	
   10	
  
repetições,	
  realizados	
  até	
  90o	
  de	
  flexão	
  de	
  joelho	
  e	
  com	
  
apoio	
   bipodal	
   em	
   solo	
   neutro	
   e	
   antiderrapante.	
   A	
  
amplitude	
   de	
   movimento	
   da	
   articulação	
   do	
   joelho	
   foi	
  
controlada	
  através	
  de	
  goniometria	
   (EMG	
  System	
  Brasil)	
  
e	
   o	
   ritmo	
   de	
   execução	
   do	
   exercício	
   foi	
   marcado	
   com	
  
auxílio	
  de	
  um	
  metrônomo	
  calibrado	
  para	
  gerar	
  um	
  sinal	
  
sonoro	
  a	
  cada	
  1,5	
  segundo.	
  A	
  execução	
  do	
  exercício	
  foi	
  
realizada	
   de	
   duas	
   formas:	
   1)	
   com	
   o	
   dorso	
   apoiado	
   em	
  
uma	
   bola	
   suíça	
   (65	
   cm	
   de	
   diâmetro)	
   2)	
   agachamento	
  
livre,	
   sem	
   qualquer	
   apoio	
   dorsal.	
   A	
   figura	
   1	
   ilustra	
   as	
  
formas	
   de	
   execução.	
   A	
   bola	
   suíça	
   era	
   apoiada	
   entre	
   a	
  
parede	
   e	
   o	
   dorso	
   do	
   participante	
   ao	
   nível	
   da	
   coluna	
  
lombar	
   de	
  modo	
   a	
   permitir	
   o	
   deslizamento	
   até	
   o	
   nível	
  
da	
   coluna	
   torácica	
   durante	
   a	
   execução	
   do	
  movimento.	
  
Os	
  exercícios	
  foram	
  realizados	
  sem	
  carga	
  adicional	
  e	
  em	
  
dois	
   dias	
   não	
   consecutivos	
   e	
   com	
  ordem	
  de	
   realização	
  
selecionada	
  randomicamente.	
  
	
  
	
  
	
  
Figura	
  1.	
  Ilustração	
  das	
  formas	
  de	
  execução	
  do	
  exercício	
  
de	
   agachamento	
   estudadas.	
   (A)	
   agachamento	
   livre	
   (B)	
  
Agachamento	
  com	
  auxílio	
  de	
  bola	
  suíça.	
  
	
  
Durante	
  a	
  execução	
  dos	
  exercícios	
  foi	
  coletado	
  
o	
   sinal	
   EMG	
   dos	
   músculos	
   reto	
   femoral	
   (RF)	
   e	
   soleus	
  
(SO)	
   bilateralmente.	
   Os	
   músculos	
   analisados	
   foram	
  
escolhidos	
   por	
   se	
   tratarem	
   do	
   principal	
   extensor	
   do	
  
joelho	
   (reto	
   femoral)	
  e	
  de	
  um	
   importante	
  estabilizador	
  
da	
   tíbia	
   em	
   exercícios	
   de	
   CCF	
   (soleus).	
   Para	
   coleta	
   do	
  
sinal	
  EMG	
  foi	
  utilizado	
  o	
  sistema	
  de	
  aquisição	
  de	
  dados	
  
modelo	
   EMG800C	
   (EMG	
   System	
   Brasil)	
   com	
   um	
   ganho	
  
de	
  2000	
  vezes	
  e	
   filtro	
  passa-­‐banda	
  de	
  20-­‐500Hz,	
  a	
  taxa	
  
de	
   amostragem	
   utilizada	
   foi	
   de	
   2KHz.	
   Foram	
   utilizados	
  
eletrodos	
   de	
   superfície	
   (Ag/AgCl)	
   de	
   formato	
   circular	
  
(MEDITRACE®)	
   com	
   distância	
   de	
   2	
   cm	
   centro-­‐a-­‐centro	
  
fixados	
   sobre	
   os	
   músculos	
   reto	
   femoral	
   e	
   soleus	
  
bilateralmente,	
   e	
   o	
   local	
   de	
   fixação	
   seguiu	
   as	
  
recomendações	
  de	
  Cram	
  et	
  al.	
  (18).	
  	
  
A	
   colocação	
   dos	
   eletrodos	
   foi	
   precedida	
   de	
  
tricotomia,	
   abrasão	
   da	
   pele	
   com	
   lixa	
   e	
   aplicação	
   de	
  
solução	
   com	
   álcool	
   para	
   diminuir	
   a	
   bioimpedância	
   da	
  
pele	
  (19).	
  Após	
  a	
  colocação	
  dos	
  eletrodos	
  foi	
   feita	
  umamarcação	
   na	
   pele	
   com	
   caneta	
   dermográfica	
   a	
   qual	
  
permitiu	
  a	
   recolocação	
  dos	
  eletrodos	
  no	
  mesmo	
  ponto	
  
no	
  segundo	
  dia	
  de	
  coleta.	
  	
  
Previamente	
   à	
   execução	
   do	
   exercício	
   de	
  
agachamento	
   foi	
   realizada	
   uma	
   contração	
   isométrica	
  
voluntária	
   máxima	
   dos	
   músculos	
   estudados,	
   com	
  
resistência	
  manual	
   (20)	
  mantida	
  por	
  6	
  segundos,	
  sendo	
  
obtida	
  a	
  amplitude	
  média	
  do	
  sinal	
  EMG	
  dos	
  músculos	
  RF	
  
e	
   SO	
   direito	
   e	
   esquerdo.	
   A	
   amplitude	
   média	
   do	
   sinal	
  
EMG	
   de	
   cada	
  músculo	
   foi	
   usada	
   para	
   normalização	
   do	
  
sinal	
   EMG	
   durante	
   o	
   exercício	
   de	
   agachamento	
  
conforme	
   proposto	
   por	
   Hermens	
   et	
   al.	
   (19)	
   e	
   por	
  
Soderberg	
  &	
  Knutson	
  (21).	
  	
  	
  
Brazilian	
  Journal	
  of	
  Sports	
  and	
  Exercise	
  Research,	
  2010,	
  1(2):	
  158-­‐163	
  
	
   160	
  
A	
   análise	
   do	
   sinal	
   EMG	
   coletado	
   foi	
   efetuado	
  
em	
   Matlab	
   7.0	
   (The	
   MathWorks	
   Inc.,	
   Natick,	
   MA)	
  
através	
  da	
  retificação	
  do	
  sinal	
  em	
  curva	
   inteira	
  seguida	
  
de	
   suavização	
   através	
   da	
   aplicação	
   de	
   um	
   filtro	
   tipo	
  
passa-­‐baixa	
   Butterworth	
   de	
   4ª	
   ordem	
   com	
   freqüência	
  
de	
   corte	
   de	
   14Hz	
   (22).	
   A	
   figura	
   2	
   ilustra	
   o	
   sinal	
   EMG	
  
processado	
   de	
   um	
   indivíduo	
   durante	
   10	
   repetições	
   do	
  
exercício	
   de	
   agachamento.	
  A	
   amplitude	
  média	
   do	
   sinal	
  
retificado	
  e	
  suavizado	
  foi	
  obtida	
  para	
  cada	
  músculo	
  nas	
  
duas	
   formas	
   de	
   execução	
   e	
   normalizado	
   pelo	
   sinal	
  
obtido	
   durante	
   a	
   contração	
   isométrica	
   voluntária	
  
máxima.	
  	
  	
  	
  
	
  
	
  
Figura	
  2.	
  Sinal	
  EMG	
  retificado	
  e	
  suavizado	
  dos	
  músculos	
  
reto	
   femoral	
   direito	
   (RFD)	
   e	
   esquerdo	
   (RFE)	
   e	
   dos	
  
músculos	
  Soleus	
  direito	
  (SOD)	
  e	
  esquerdo	
  (SOE)	
  durante	
  
uma	
   série	
   de	
   10	
   repetições	
   do	
   exercício	
   de	
  
agachamento.	
  
	
  
Análise	
  estatística	
  
Os	
   resultados	
   foram	
   apresentados	
   como	
  
média±desvio	
   padrão	
   da	
   amplitude	
   média	
   (µV)	
  
normalizada	
   do	
   sinal	
   EMG.	
   Foi	
   aplicado	
   o	
   teste	
   de	
  
normalidade	
   de	
   Shapiro-­‐Wilk,	
   sendo	
   identificado	
   a	
  
distribuição	
  normal	
  dos	
  dados	
  e	
  desta	
  forma	
  utilizado	
  o	
  
teste	
   t	
   de	
   student	
   para	
   comparação	
   da	
   amplitude	
   do	
  
sinal	
  EMG	
  dos	
  músculos	
  reto	
  femoral	
  e	
  soleus	
  nas	
  duas	
  
condições	
  de	
  execução	
  propostas:	
  com	
  apoio	
  dorsal	
  em	
  
bola	
   suíça	
   (Bola)	
   e	
   sem	
   este	
   apoio	
   (Livre).	
   O	
   nível	
   de	
  
significância	
   adotado	
   para	
   todos	
   os	
   procedimentos	
  
estatísticos	
  foi	
  de	
  p≤0,05.	
  	
  
A	
   confiabilidade	
   das	
   medidas	
   da	
   amplitude	
  
média	
   do	
   sinal	
   EMG	
   obtidos	
   nos	
   diferentes	
   dias	
   de	
  
coleta	
   foi	
   avaliada	
  através	
  do	
  cálculo	
  do	
  coeficiente	
  de	
  
correlação	
   intraclasse	
   (ICC),	
   sendo	
   obtidos	
   valores	
   de	
  
ICC=0,73	
  para	
  o	
  músculo	
  reto	
  femoral	
  e	
  ICC=0,94	
  para	
  o	
  
músculo	
   soleus.	
  De	
  acordo	
  com	
  Shrout	
  &	
  Fleiss	
   (23)	
  os	
  
resultados	
   do	
   ICC	
   podem	
   ser	
   considerados	
   bom	
   e	
  
excelente	
   para	
   os	
   músculos	
   reto	
   femoral	
   e	
   soleus,	
  
respectivamente.	
  	
  
	
  
	
  
	
  
RESULTADOS	
  
O	
  músculo	
   reto	
   femoral,	
   principal	
   extensor	
   do	
  
joelho,	
   apresentou	
   maior	
   atividade	
   EMG	
   (p<0,05)	
  
durante	
  a	
  execução	
  do	
  agachamento	
   com	
  apoio	
  dorsal	
  
em	
   bola	
   suíça	
   (figura	
   3),	
   sendo	
   a	
   ativação	
   do	
  músculo	
  
reto	
   femoral	
   direito	
   e	
   esquerdo	
   35%	
   e	
   42%,	
  
respectivamente,	
  maiores	
  durante	
  o	
  agachamento	
  com	
  
apoio	
  em	
  bola	
  suíça	
  em	
  relação	
  ao	
  mesmo	
  exercício	
  sem	
  
este	
  apoio.	
  	
  	
  
	
  
RFD RFE
EM
G
 N
or
m
al
iz
ad
o
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
Bola 
Livre 
* *
	
  
Figura	
   3.	
   Média	
   e	
   desvio	
   padrão	
   da	
   amplitude	
   média	
  
normalizada	
   do	
   sinal	
   EMG	
   do	
   músculo	
   reto	
   femoral	
  
direito	
  (RFD)	
  e	
  esquerdo	
  (RFE)	
  durante	
  10	
  repetições	
  do	
  
exercício	
   de	
   agachamento	
   com	
   apoio	
   dorsal	
   em	
   bola	
  
suíça	
   (Bola)	
   e	
   sem	
   este	
   apoio	
   (Livre).	
   (*)	
   Diferença	
  
significativa	
  p<0,05.	
  
	
  
	
  
A	
  estabilidade	
  antero-­‐posterior	
  da	
  tíbia	
  durante	
  
exercícios	
   em	
   cadeia	
   cinética	
   fechada	
   é	
   mantida	
  
principalmente	
   pelo	
   músculo	
   soleus,	
   que	
   não	
  
apresentou	
   diferença	
   significativa	
   (p>0,05)	
   na	
   ativação	
  
durante	
  a	
  execução	
  do	
  exercício	
  de	
  agachamento	
  com	
  e	
  
sem	
  apoio	
  dorsal	
  em	
  bola	
  suíça	
  (figura	
  4).	
  
	
  
Brazilian	
  Journal	
  of	
  Sports	
  and	
  Exercise	
  Research,	
  2010,	
  1(2):	
  158-­‐163	
  
	
   161	
  
SOD SOE
EM
G
 n
or
m
al
iz
ad
o
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
Bola
Livre
	
  
Figura	
   4.	
   Média	
   e	
   desvio	
   padrão	
   da	
   amplitude	
   média	
  
normalizada	
   do	
   sinal	
   EMG	
   do	
   músculo	
   soleus	
   direito	
  
(SOD)	
   e	
   esquerdo	
   (SOE)	
   durante	
   10	
   repetições	
   do	
  
exercício	
   de	
   agachamento	
   com	
   apoio	
   dorsal	
   em	
   bola	
  
suíça	
   (Bola)	
   e	
   sem	
   este	
   apoio	
   (Livre).	
   (*)	
   Diferença	
  
significativa	
  p<0,05.	
  
	
  
	
  
DISCUSSÃO	
  
O	
   presente	
   estudo	
   objetivou	
   comparar	
   as	
  
respostas	
  eletromiográficas	
  dos	
  músculos	
  reto	
  femoral	
  e	
  
soleus	
  durante	
  a	
  execução	
  do	
  exercício	
  de	
  agachamento	
  
com	
   e	
   sem	
   apoio	
   dorsal	
   em	
   bola	
   suíça.	
   Nossos	
  
resultados	
  mostraram	
  maior	
  atividade	
  EMG	
  do	
  músculo	
  
reto	
   femoral	
  durante	
  o	
  agachamento	
  com	
  apoio	
  dorsal	
  
em	
  bola	
  suíça.	
  	
  
Exercícios	
   em	
   cadeia	
   cinética	
   fechada	
   são	
  
freqüentemente	
   utilizados	
   em	
   programas	
   de	
  
reabilitação	
   para	
   fortalecimento	
   dos	
   músculos	
  
extensores	
   do	
   joelho,	
   sendo	
   amplamente	
   estudados	
  
(2,24,25),	
   no	
   entanto,	
   poucos	
   estudos	
   (10)	
   avaliam	
   os	
  
efeitos	
  da	
  realização	
  do	
  exercício	
  de	
  agachamento	
  comapoio	
  em	
  bola	
  suíça.	
  	
  	
  	
  
Nossos	
   resultados	
   demonstraram	
   maior	
  
ativação	
   do	
   músculo	
   reto	
   femoral	
   durante	
   o	
  
agachamento	
  com	
  apoio	
  dorsal	
  na	
  bola	
  suíça	
   indicando	
  
que	
   este	
   exercício	
   impõe	
   maior	
   exigência	
   de	
  
recrutamento	
  muscular,	
   o	
   que	
   pode	
   ser	
   justificada	
   por	
  
fatores	
  mecânicos:	
  1)	
  Deslocamento	
  posterior	
  do	
  centro	
  
de	
   gravidade	
   durante	
   a	
   execução	
   do	
   exercício	
   e	
   2)	
   o	
  
atrito	
  existente	
  entre	
  a	
  bola	
  e	
  a	
  parede.	
  É	
  consenso	
  na	
  
literatura	
   de	
   que	
   a	
   amplitude	
   do	
   sinal	
   EMG	
   está	
  
relacionada	
   com	
   maior	
   recrutamento	
   de	
   unidades	
  
motoras	
   (26,27),	
   o	
   que	
   representa	
   um	
   benefício	
   da	
  
execução	
  do	
  agachamento	
  com	
  bola	
  suíça	
  em	
  relação	
  a	
  
execução	
   sem	
   este	
   recurso,	
   como	
   será	
   discutido	
   mais	
  
adiante.	
  
Durante	
   o	
   agachamento,	
   a	
   linha	
   de	
   gravidade	
  
se	
   desloca	
   posteriormente	
   ao	
   eixo	
   do	
   joelho	
   (1,28)	
   o	
  
que	
   tende	
   a	
   ser	
   compensado	
   por	
   um	
   movimento	
   de	
  
flexão	
   do	
   tronco	
   o	
   que	
   também	
   move	
   o	
   centro	
   de	
  
gravidade	
  anteriormente	
  (29),	
  já	
  durante	
  a	
  execução	
  do	
  
agachamento	
   com	
   o	
   auxílio	
   da	
   bola	
   suíça	
   todo	
   o	
  
movimento	
  é	
   realizado	
  com	
  a	
  coluna	
  espinhal	
  ereta,	
   já	
  
que	
   o	
   indivíduo	
   não	
   pode	
   deixar	
   o	
   apoio	
   dorsal,	
  
impedindo	
   assim	
   o	
   movimento	
   de	
   flexão	
   do	
   tronco	
   e	
  
com	
   isto	
   o	
   deslocamento	
   do	
   centro	
   de	
   gravidade	
   em	
  
sentido	
   anterior.	
   A	
   impossibilidade	
   da	
   realização	
   da	
  
flexão	
   de	
   tronco	
   mantém	
   o	
   músculo	
   reto	
   femoral	
   em	
  
maior	
  tensão	
  durante	
  todo	
  o	
  agachamento,	
  o	
  que	
  exige	
  
maior	
  recrutamento	
  deste	
  músculo.	
  
Marshall	
   &	
   Murphy	
   (10)	
   identificaram	
   que	
   a	
  
realização	
  de	
  agachamento	
  usando	
  apoio	
  em	
  bola	
  suíça	
  
parece	
  reduzir	
  a	
  percepção	
  subjetiva	
  de	
  esforço	
  durante	
  
a	
   execução	
   do	
   exercício,	
   possivelmente	
   por	
  
proporcionar	
   maior	
   estabilidade	
   aos	
   músculos	
  
estabilizadores	
   posturais.	
   Apesar	
   do	
   apoio	
   produzido	
  
pela	
   bola	
   suíça	
   reduzir	
   a	
   demanda	
   dos	
   músculos	
  
estabilizadores	
   posturais,	
   e	
   com	
   isto	
   a	
   percepção	
  
subjetiva	
   do	
   esforço,	
   o	
   atrito	
   entre	
   a	
   bola	
   suíça	
   e	
   a	
  
parede	
   durante	
   o	
   agachamento	
   pode	
   produzir	
  
resistência,	
   o	
   que	
   aumentaria	
   a	
   demanda	
   do	
   músculo	
  
reto	
   femoral,	
   levando	
   assim	
   ao	
   aumento	
   do	
  
recrutamento	
   deste	
   músculo,	
   conforme	
   resultado	
  
observado	
  em	
  nosso	
  estudo.	
  	
  
A	
  realização	
  de	
  exercícios	
  que	
  promovam	
  maior	
  
recrutamento	
   muscular	
   tem	
   sido	
   proposta	
   como	
   uma	
  
forma	
   de	
   otimizar	
   métodos	
   de	
   treinamento	
   físico	
   e	
  
reabilitação	
   (30).	
   É	
   descrito	
   na	
   literatura	
   que	
   maiores	
  
amplitudes	
   do	
   sinal	
   EMG	
   durante	
   exercícios	
   indicam	
  
maior	
   recrutamento	
   de	
   fibras	
   musculares,	
   o	
   que	
   está	
  
relacionado	
  a	
  um	
  maior	
  esforço	
  na	
  tarefa	
  e	
  uma	
  melhor	
  
adaptação	
  neuromuscular	
  ao	
  treinamento	
  (26,30).	
  	
  	
  	
  
O	
   músculo	
   soleus	
   exerce	
   importante	
   função	
  
estabilizadora	
  da	
  articulação	
  do	
   joelho	
  em	
  movimentos	
  
realizados	
  em	
  cadeia	
  cinética	
  fechada,	
  como	
  o	
  exercício	
  
de	
   agachamento,	
   tracionando	
   a	
   tíbia	
   em	
   sentido	
  
posterior	
   e	
   evitando	
   o	
   deslocamento	
   desta	
  
anteriormente,	
   o	
   que	
   reduz	
   as	
   forças	
   de	
   cisalhamento	
  
anteriores	
   e	
   o	
   estresse	
   em	
   estruturas	
   estabilizadoras	
  
estáticas	
  como	
  o	
  ligamento	
  cruzado	
  anterior	
  (31).	
  	
  
Sousa	
   et	
   al.	
   (32)	
   observaram	
   um	
   padrão	
   de	
  
ativação	
   constante	
   do	
   músculo	
   soleus	
   durante	
   o	
  
agachamento,	
   postulando	
   a	
   necessidade	
   de	
   ativação	
  
constante	
  deste	
  músculo	
  para	
  controlar	
  o	
  deslocamento	
  
anterior	
   da	
   tíbia.	
   Nossos	
   resultados	
   não	
   demonstram	
  
diferença	
   na	
   ativação	
   do	
   músculo	
   soleus	
   quando	
   o	
  
agachamento	
  é	
  realizado	
  com	
  e	
  sem	
  o	
  apoio	
  dorsal	
  em	
  
uma	
  bola	
  suíça,	
  o	
  que	
  pode	
  indicar	
  que	
  este	
  músculo	
  é	
  
exigido	
   de	
   forma	
   igual	
   em	
   ambas	
   as	
   formas	
   de	
  
execução,	
   não	
   havendo	
   assim	
   maior	
   necessidade	
   de	
  
estabilização	
  anterior	
  da	
  tíbia	
  em	
  alguma	
  das	
  condições	
  
estudadas.	
  
Os	
   achados	
   referentes	
   ao	
  músculo	
   soleus	
   não	
  
minimizam	
  a	
  relevância	
  deste	
  estudo,	
  mas	
  sim	
  mostram	
  
que	
  ambas	
  as	
  condições	
  de	
  exercício	
  impostas	
  (i.e.,	
  com	
  
e	
   sem	
   apoio	
   dorsal	
   em	
   bola	
   suíça)	
   impõe	
   demandas	
  
iguais	
  de	
  estabilização	
  da	
  tíbia	
  durante	
  o	
  agachamento.	
  
Brazilian	
  Journal	
  of	
  Sports	
  and	
  Exercise	
  Research,	
  2010,	
  1(2):	
  158-­‐163	
  
	
   162	
  
Já	
   os	
   achados	
   referentes	
   ao	
   músculo	
   reto	
   femoral	
  
apontam	
   para	
   uma	
   maior	
   demanda	
   deste	
   músculo	
  
durante	
  a	
  execução	
  do	
  exercício	
  de	
  agachamento,	
  o	
  que	
  
pode	
   potencializar	
   as	
   adaptações	
   neurais	
   necessárias	
  
para	
  o	
  ganho	
  de	
  força	
  durante	
  exercícios	
  terapêuticos.	
  
É	
   necessária	
   cautela	
   ao	
   se	
   considerar	
   estes	
  
resultados	
  para	
  a	
  condições	
  de	
  treinamento	
  desportivo,	
  
uma	
  vez	
  que	
  o	
  exercício	
  foi	
  aplicado	
  sem	
  carga	
  adicional	
  
visando	
  mimetizar	
   condições	
   de	
   reabilitação,	
   de	
  modo	
  
que	
   são	
   necessários	
   mais	
   estudos	
   para	
   se	
   avaliar	
   o	
  
comportamento	
   neuromuscular	
   durante	
   agachamento	
  
com	
  apoio	
  em	
  bola	
  suíça	
  associado	
  a	
  cargas	
  adicionais,	
  
visando	
   mimetizar	
   condições	
   de	
   treinamento	
  
desportivo.	
  	
  	
  	
  	
  	
  
	
  
	
  
CONCLUSÃO	
  
Os	
   resultados	
   obtidos	
   neste	
   estudo	
   permitem	
  
postular	
   que	
   a	
   execução	
   do	
   exercício	
   de	
   agachamento	
  
com	
  apoio	
  em	
  bola	
  suíça	
  proporciona	
  maior	
  ativação	
  do	
  
músculo	
   reto	
   femoral,potencializando	
   as	
   adaptações	
  
neuromusculares	
   a	
  este	
  exercício,	
   sendo,	
  portanto,	
  útil	
  
em	
  programas	
  de	
  reabilitação	
  que	
  visem	
  fortalecimento	
  
dos	
  músculos	
  extensores	
  do	
  joelho.	
  	
  
Conclui-­‐se	
  ainda	
  que	
  a	
  estabilidade	
  anterior	
  do	
  
joelho,	
   proporcionada	
   pelo	
   músculo	
   soleus	
   durante	
  
exercícios	
  em	
  cadeia	
  cinética	
  fechada,	
  não	
  é	
  modificada	
  
quando	
   se	
  executa	
  o	
  agachamento	
  com	
  apoio	
  em	
  bola	
  
suíça.	
  	
  
Nossos	
   resultados	
   permitem	
   indicar	
   o	
   uso	
   de	
  
exercícios	
  de	
  agachamento	
  até	
  90o	
  de	
   flexão	
  de	
   joelho	
  
com	
  apoio	
  dorsal	
  em	
  bola	
  suíça	
  de	
  modo	
  seguro	
  como	
  
forma	
   de	
   otimizar	
   o	
   uso	
   do	
   exercício	
   de	
   agachamento	
  
como	
  recurso	
  terapêutico,	
  no	
  entanto,	
  mais	
  estudos	
  são	
  
necessários	
   para	
   avaliar	
   se	
   tais	
   benefícios	
   se	
   mantém	
  
quando	
  são	
  aplicadas	
  cargas	
  adicionais.	
  	
  
	
  
	
  
REFERÊNCIAS	
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  of	
  tibiofemoral	
  joint	
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  and	
  
electromyographic	
  activity	
  during	
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  kinetic	
  
chain	
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  PV,	
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Closed	
  Chain	
  Exercise	
  on	
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  Femoris	
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  Functional	
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   closed-­‐
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  P,	
  Nichols	
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   and	
  
electromyographic	
  activity	
  during	
  closed	
  and	
  open	
  kinetic	
  
chain	
   exercises	
   in	
   anterior	
   cruciate	
   ligament-­‐	
   deficient	
  
patients	
   and	
   control	
   subjects.	
   Am.	
   J.	
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  Rojas	
  G,	
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  Pássaro	
  A,	
  Marques	
  
A,	
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   C.	
   Functional	
   and	
   EMG	
   responses	
   to	
   a	
   physical	
  
therapy	
   treatment	
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   Analysis	
   of	
   Single-­‐Leg,	
   Closed	
   Chain	
  
Exercises:	
   Implications	
   for	
   Rehabilitation	
   After	
   Anterior	
  
Cruciate	
   Ligament	
   Reconstruction.	
   J	
   Athl	
   Train	
  
2002;37:13–18.	
  
10. Marshall	
   P,	
   Murphy	
   B.	
   Changes	
   in	
   muscle	
   activity	
   and	
  
perceived	
  exertion	
  during	
  exercises	
  performed	
  on	
  a	
  swiss	
  
ball.	
  Appl	
  Physiol	
  Nutr	
  Metab	
  2006;31:376-­‐83.	
  
11. Stanton	
  R,	
  Reaburn	
  PR,	
  Humphries	
  B.	
  The	
  effect	
  of	
  short-­‐
term	
   Swiss	
   ball	
   training	
   on	
   core	
   stability	
   and	
   running	
  
economy.	
  J	
  Strength	
  Cond	
  Res	
  2004;18:522-­‐8.	
  
12. Lehman	
  GJ,	
   Gordon	
   T,	
   Langley	
   J,	
   Pemrose	
   P,	
   Tregaskis	
   S.	
  
Replacing	
   a	
   Swiss	
   ball	
   for	
   an	
   exercise	
   bench	
   causes	
  
variable	
  changes	
  in	
  trunk	
  muscle	
  activity	
  during	
  upper	
  limb	
  
strength	
  exercises.	
  Dyn	
  Med	
  2005;4:1-­‐7.	
  
13. Marshall	
  P,	
  Murphy	
  B.	
  Core	
  stability	
  exercises	
  on	
  and	
  off	
  a	
  
Swiss	
  ball.	
  Arch	
  Phys	
  Med	
  Rehabil	
  2005;86:242-­‐9.	
  
14. Duncan	
  M.	
  Muscle	
  activity	
  of	
   the	
  upper	
  and	
   lower	
   rectus	
  
abdominis	
  during	
  exercises	
  performed	
  on	
  and	
  off	
   a	
   Swiss	
  
ball.	
  J	
  Bodyw	
  Mov	
  Ther	
  2009;13:364-­‐7.	
  
15. Escamilla	
   RF,	
   Lewis	
   C,	
   Bell	
   D,	
   Bramblet	
   G,	
   Daffron	
   J,	
  
Lambert	
   S,	
   Pecson	
   A,	
   Imamura	
   R,	
   Paulos	
   L,	
   Andrews	
   JR.	
  
Core	
   muscle	
   activation	
   during	
   swiss	
   ball	
   and	
   traditional	
  
abdominal	
   exercises.	
   J	
   Orthop	
   Sports	
   Phys	
   Ther	
  
2010;40:265-­‐76.	
  
16. Uribe	
  BP,	
  Coburn	
  JW,	
  Brown	
  LE,	
  Judelson	
  DA,	
  Khamoui	
  AV,	
  
Nguyen	
   D.	
  Muscle	
   activation	
   when	
   performing	
   the	
   chest	
  
press	
  and	
  shoulder	
  press	
  on	
  a	
  stable	
  bench	
  vs.	
  a	
  Swiss	
  ball.	
  
J	
  Strength	
  Cond	
  Res	
  2010;24:1028-­‐33.	
  
17. Marshall	
  PW,	
  Desai	
  I.	
  Electromyographic	
  analysis	
  of	
  upper	
  
body,	
   lower	
   body,	
   and	
   abdominal	
   muscles	
   during	
  
advanced	
   Swiss	
   ball	
   exercises.	
   J	
   Strength	
   Cond	
   Res	
  
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   G.	
  
Development	
  of	
   recommendations	
   for	
   SEMG	
  sensors	
  and	
  
sensor	
   placement	
   procedures.	
   J	
   Electromyogr	
   Kinesiol	
  
2000;10:361–74.	
  
20. Lin	
  HT,	
  Hsu	
  AT,	
  Chang	
  JH,	
  Chien	
  CS,	
  Chang	
  GL.	
  Comparison	
  
of	
   EMG	
   activity	
   between	
  maximal	
  manual	
  muscle	
   testing	
  
and	
   cybex	
   maximal	
   isometric	
   testing	
   of	
   the	
   quadriceps	
  
femoris.	
  J	
  Formos	
  Med	
  Assoc	
  2008;107:175-­‐80.	
  
21. Soderberg	
   GL,	
   Knutson	
   LM.	
   A	
   guide	
   for	
   use	
   and	
  
interpretation	
   of	
   kinesiologic	
   electromyographic	
   data.	
  
Physical	
  Therapy	
  2000;80:485-­‐498.	
  
22. Bolgla	
   LA,	
   Uhl	
   TL.	
   Reliability	
   of	
   electromyographic	
  
normalization	
  methods	
  for	
  evaluatingthe	
  hip	
  musculature.	
  
J	
  Electromyogr	
  Kinesiol	
  2007;17:102–11.	
  
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   JL.	
   Intraclass	
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  1(2):	
  158-­‐163	
  
	
   163	
  
24. Graham	
  VL,	
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   GM,	
   Edwards	
   JA.	
   Electromyographic	
  
Evaluation	
   of	
   Closed	
   and	
   Open	
   Kinetic	
   Chain	
   Knee	
  
Rehabilitation	
  Exercises.	
  J	
  Athl	
  Train	
  1993;28:23-­‐30.	
  
25. Neitzel	
   JA,	
   Kernozek	
   TW,	
   Davies	
   GJ.	
   Loading	
   response	
  
following	
  anterior	
  cruciate	
   ligament	
  reconstruction	
  during	
  
the	
  parallel	
  squat	
  exercise.	
  Clin	
  Biomech	
  2002;17:551-­‐4.	
  
26. DeLuca	
   CJ.	
   The	
   use	
   of	
   surface	
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   in	
  
biomechanics.	
  J	
  Appl	
  Biomech	
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27. Yao	
   W,	
   Fuglevand	
   AJ,	
   Enoka	
   RM.	
   Motor-­‐unit	
  
synchronization	
   increases	
   EMG	
   amplitude	
   and	
   decreases	
  
force	
  steadiness	
  of	
  simulated	
  contractions.	
  J	
  Neurophysiol	
  
2000;83:441–452.	
  
28. Van	
   Eijden	
   TM,	
   Deboer	
  W,	
  Weijs	
  WA.	
   The	
   orientation	
   of	
  
the	
   distal	
   part	
   of	
   the	
   quadriceps	
   femoris	
   muscle	
   as	
   a	
  
function	
   of	
   the	
   knee	
   flexion-­‐extension	
   angle.	
   J	
   Biomech	
  
1985;18:803-­‐9.	
  
29. Mccaw	
  ST,	
  Melrose	
  DR.	
  Stance	
  width	
  and	
  bar	
  load	
  effects	
  
on	
   leg	
  muscle	
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   during	
   the	
   parallel	
   squat.	
  Med	
   Sci	
  
Sports	
  Exerc	
  1999;31:428-­‐3.	
  
30. Andersen	
  LL,	
  Magnusson	
  SP,	
  Nielsen	
  M,	
  Haleem	
  J,	
  Poulsen	
  
K,	
   Aagaard	
   P.	
   Neuromuscular	
   activation	
   in	
   conventional	
  
therapeutic	
   exercises	
   and	
   heavy	
   resistance	
   exercises:	
  
implications	
   for	
   rehabilitation.	
   Physical	
   Therapy	
  
2006;86:683–697.	
  
31. Elias	
  JJ,	
  Faust	
  AF,	
  Chu	
  Y,	
  Chao	
  EY,	
  Cosgarea	
  AJ.	
  The	
  soleus	
  
muscle	
   acts	
   as	
   an	
   agonist	
   for	
   the	
   anterior	
   cruciate	
  
ligament:	
   an	
   in	
   vitro	
   experimental	
   study.	
   Am.	
   J.	
   Sports	
  
Med	
  2003;31:241-­‐6.	
  
32. Sousa	
   CO,	
   Ferreira	
   JJA,	
   Medeiros	
   ACLV,	
   Carvalho	
   AH,	
  
Pereira	
   RC,	
   Guedes	
   DT,	
   Alencar	
   JF.	
   Atividade	
  
eletromiográfica	
  no	
  agachamento	
  nas	
  posições	
  de	
  40o,	
  60o	
  
e	
   90o	
   de	
   flexão	
   do	
   joelho.	
   Rev	
   Bras	
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   Esporte	
  
2007;13:310-­‐316.	
  
	
  
Endereço	
  para	
  correspondência:	
  
Universidade	
  Estadual	
  do	
  Sudoeste	
  da	
  Bahia.	
  	
  	
  	
  
Rua	
  José	
  Moreira	
  Sobrinho	
  s/n	
  	
  	
  
Jequiezinho	
  	
  	
  
45210-­‐506	
  -­‐	
  Jequié,	
  BA	
  -­‐	
  Brasil	
  	
  	
  
Email:	
  rafaelpereira@brjb.com.br	
  	
  	
  	
  	
  
	
  
Recebido	
  em	
  	
  28/12/2010	
  
Aceito	
  em	
  10/01/2011

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