Buscar

SAÚDE MENTAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

MATRICIAMENTO
Este trabalho tem como objetivo o entendimento e a articulação do assunto: “Responsabilidade e importância do psicólogo na política e atividades psicossociais dos indivíduos portadores de transtornos na saúde mental no contexto de Saúde Básica no Brasil”.
De acordo com o histórico em Saúde Mental no Brasil em 1890 é inaugurado o 1º hospício no RJ: São Bento (RJ). De 1956 até 1964, onde predominava-se o Modelo Hospitalocêntrico, composto por hospitais particulares, SUS e ambulatórios de saúde mental. 
Em novembro de 1990, na Declaração de Caracas, surgem os primeiros movimentos antimanicomiais e redirecionamento da Atenção à Saúde Mental no Mundo e no Brasil. Neste mesmo ano surge também a Estratégia de Saúde da Família. 
Já em 2001, é promulgada a Lei nº 10.216 de 06/04/01 e Diretriz do M.S. que fala a respeito do direcionamento da Atenção à Saúde Mental na Atenção Básica, a criação das Duplas de Apoio Matricial centradas nos CAPS e  Instituição de Equipes Matriciais , NASFs.
Escolhemos abordar o seguinte tema: Matriciamento.  O que é matriciamento? 
Podemos entender por matriciamento, o suporte realizado por profissionais e diversas áreas especializadas dado a uma equipe interdisciplinar com o intuito de ampliar o campo de atuação e qualificar suas ações. (FIGUEIREDO apud SILVA; LIMA; ROBERTO; BARFKNECHT; VARGAS; KRANEN e NOVELLI, 2010).  
Segundo Chiaverini (2011, p.13),o matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica.
Criado por Gastão Wagner Campos (1999) este apoio matricial tem estruturado em nosso país um tipo de cuidado colaborativo entre a saúde mental e a atenção primária.
Responsabilidade e importância do psicólogo na política e atividades psicossociais dos indivíduos portadores de transtornos na saúde mental no contexto de saúde básica no Brasil.
O papel do psicólogo e o apoio matricial em saúde mental na atenção básica.
Desenvolvimento
O psicólogo inserido na atenção básica atua no apoio matricial, de modo a compartilhar saberes e práticas ligadas diretamente a saúde mental, principalmente no que se refere ao acolhimento e escuta qualificada.
De acordo com o ministério da saúde, existe o componente de sofrimento subjetivo associado a toda e qualquer situação de adoecimento, o que significa dizer que todo problema de saúde é também de saúde mental (Brasil,2005)
Isso não leva a perda da especificidade do profissional psicólogo, ele atuaria compondo um campo de atuação com conhecimentos indispensáveis juntamente com os outros saberes disponibilizados pelas demais categorias de profissionais, investindo assim na efetividade concreta da integralidade do cuidado. Neste sentido o psicólogo contribui compartilhando a abordagem clínica psicossocial que considera o usuário um sujeito social levando em conta a sua subjetividade. E as ações de saúde passam a ser sustentadas em relações dialógicas entre profissionais e usuários que construídas dessa maneira passam a fazer sentido para vida do sujeito ampliando sua efetividade (CFP, 2009).
O psicólogo que compõe a equipe de matriciamento terá como papel, oferecer apoio à equipe  de referência; trabalhar a educação continuada para que os profissionais estejam sempre capacitados, usar instrumentos: interconsulta, visita domiciliar, genograma, traçar junto à equipe planos terapêuticos e etc. Tais ações são fundamentais na relação matriciador e matriciados, já que o mesmo é um especialista em saúde mental.( Fagundes e Júnior,2016)
De acordo com um dos aspectos ressaltados por Diemenstein e Macedo (2012) esse psicólogo também deverá ser capaz de observar o contexto e de conhecer o território da área de abrangência da unidade de saúde, considerando a história do lugar, os aspectos geofísicos, situando fatores ambientais de risco ou vulnerabilidade, os aspectos estruturais em termos da rede de esgoto, energia, água e esgoto, coleta de lixo, tipos de moradia, transporte, população, escolas, demais equipamentos de saúde e de assistência social, equipamentos de lazer e igrejas.
Sendo assim não cabe uma atuação inspirada no modelo médico curativa-assistencial. A lógica do apoio matricial requer do psicólogo uma disponibilidade em compor uma equipe interdisciplinar, e permitir que seu saber possa ser discutido a partir da necessidade e desejo do usuário.  (Avellar e Iglesias, 2014 Apud Spink,2007)  
Os sistemas de saúde, tradicionalmente, se organizam de uma forma vertical (hierárquica), com uma diferença de autoridade entre quem encaminha um caso e quem o recebe, havendo uma transferência de responsabilidade ao encaminhar. A nova proposta integradora visa transformar a lógica tradicional dos sistemas de saúde: encaminhamentos, referências e contrarreferências, protocolos e centros de regulação em um sistema de horizontal decorrente do processo de matriciamento, em que o sistema de saúde se reestrutura em dois tipos de equipes: equipe de referência e equipe de apoio matricial. (CHIAVERINI et al, 2011).
Na situação do Sistema ùnico de Saúde (SUS) no Brasil, as equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) funcionam como equipes de referência interdisciplinares atuando com uma responsabilidade sanitária  que inclui o cuidado longitudinal, além do atendimento especializado que realizam concomitamente. E a equipe de apoio matricial é a equipe de saúde mental (CHIAVERINI et al, 2011).
A ESF se sustenta na construção das ações de prevenção e promoção de saúde focando-se na família em seu ambiente. (CASTRO,   )
De acordo com Figueiredo e Campos (2009) o apoio matricial se entende como: “ um suporte técnico especializado que é ofertado a uma equipe interdisciplinar em saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e qualificar suas ações.”
Esse novo modo de produzir saúde situa-se dentro da perspectiva do pensamento construtivista que trabalha com a hipótese de uma eterna reconstrução de pessoas e processos em virtude da interação dos sujeitos com o mundo e dos sujeitos entre si. Essa capacidade se desenvolve na matriciamento pela elaboração reflexiva das experiências feitas dentro de um contexto interdisciplinar em que cada profissional pode contribuir com um diferente olhar, ampliando a compreensão e a capacidade de intervenção das equipes.( CHIAVERINI,2011.pag16 )
O apoio matricial é realizado pelo NASF ( Núcleo de Apoio à Saúde da Família ), que foi criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da AB, bem como sua resolutividade. ( Castro Apud Brasília, 2011)
O matriciamento deve proporcionar a retaguarda especializada da assistência, assim como um suporte técnico-pedagógico, um vínculo interpessoal e o apoio institucional no processo de construção coletiva de projetos terapêuticos junto à população. (CHIAVERINI et al, 2011).
O matriciamento constitui-se numa ferramenta de transformação, não só do processo de saúde e doença, mas de toda a realidade dessas equipes e comunidades. (CHIAVERINI et al, 2011).
Conclusão
O papel do psicólogo no  matriciamento da unidade básica de saúde tem sido de suma importância para promoção de saúde mental ,não só com a família e  a comunicação, mas principalmente para toda  a equipe que compõe o corpo de uma estrutura matricial . A atuação do profissional psicólogo também traz aos funcionários e agende comunitários de saúde um suporte de suma “segurança”  além de trazer conhecimento aos colaboradores de como lidar com pacientes em sofrimento psíquico fazendo com que os  mesmo possam proporcionar um atendimento mais” humanizado” para esse paciente sem prejulgamento ou estigmas. Mas, entretanto quando o psicólogo que  não tem um conhecimento prévio  das funções  e atividades que deve exercer frente a o trabalho com uma equipe matricial, todas as ações citadas anteriormente não são feitas de forma clara e eficaz. Muitos  profissionais  vão trabalhar nessas equipes sem ter um prévio entendimento do que venha o ser o trabalhodo psicólogo nessas UBS devido a não ter um relato desse tema durante  toda sua formação acadêmica, ou se há, passa despercebido por não ser esse o foco de muitos graduandos, mas mesmo assim muitos estão batalhando  para promoção de saúde mental  no atendimento primário  fazendo com que a prevenção e promoção faça parte do conjunto de ações feitas pelos profissionais de saúde em prol do bem estar da população que precisa desses  serviços.
Referências:
SILVA, Adriana da; LIMA, Ana Paula de; ROBERTO, Clarice; BARFKNECHT, Kátia S.; VARGAS, Lisiane Falleiro; KRANEN, Mônica e NOVELLI, Sandro. Matriciamento na Atenção Básica: Apontamentos para a III Conferência Municipal de Saúde Mental.  Ano 2010. Disponível em: <http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/matriciamento.pdf>. Acesso em: 25/09/2017.
CHIAVERINI, Dulce Helena Chiaverini (Org.) et al. Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental. Brasília, DF: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.

Outros materiais