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* * SINAIS VITAIS * * As medições mais freqüentes obtidas pelos profissionais de saúde são temperatura, pulso, respiração e pressão arterial. São indicadores do estado de saúde, que revelam a eficácia das funções corporais circulatória, respiratória, neural e endócrina, e devido a sua importância são chamados de sinais vitais (SV). Os sinais vitais fazem parte da base de dados que o enfermeiro coleta durante a avaliação. Quando os sinais vitais são obtidos, o enfermeiro deve entender e interpretar seus valores, comunicar os achados e iniciar as intervenções conforme necessário. Sinais vitais, compreendem a mensuração da temperatura, pulso, pressão arterial, freqüência respiratória e de acordo com a necessidade saturação de oxigênio. * * Orientações quanto à verificação dos sinais vitais: O enfermeiro é responsável pela avaliação dos sinais vitais. O equipamento deve ser funcional e adequado, de acordo com a condição e características do cliente. Deve-se conhecer a faixa de normal dos SV do cliente. Conhecer a história clínica do cliente e terapias e medicamentos prescritos. Controlar ou minimizar fatores ambientais que possam alterar os SV. Usar um método organizado e sistemático para aferir os SV. Abordar o cliente de forma a não alterar os SV. Utilizar aferição dos SV para determinar indicação na administração de medicamentos. Analisar o resultado dos SV. Desenvolver plano de ensino para orientar o cliente sobre a avaliação dos SV. * * SINAIS VITAIS: VARIAÇÕES NORMAIS PARA ADULTOS Variação de temperatura: 36 a 38°C Media oral: C= 37° Média retal: C=37,5° Média axilar:C= 36° Pulso: 60-100 batimentos/minuto Respirações: 12-20 respirações/minuto Pressão arterial: Média: 120/80mmHg Hipertensão: sistólica acima de 140mmHg; diastólica acima de 90mmHg Hipotensão: sistólica abaixo de 90mmHg com sinais de tonteira e pulsação aumentada Hipotensão ortostática: queda da pressão arterial de 25 e 10mmHg diastólica acompanhada de sinais e sintomas de perfusão cerebral inadequada quando se levanta da posição deitada para sentada ou de pé. * * TEMPERATURA A temperatura corporal é a diferença entre a quantidade de calor produzido pelos processos corporais e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo. A temperatura do interior do corpo permanece constante, dentro de uma variação de aproximadamente 0,60C, mesmo quando exposto a extremo frio ou calor. Isso ocorre, pois o ser humano é Homeotérmico (Produz e dissipa calor mantendo a temperatura estável). * * Regulação: mecanismos fisiológicos e comportamentais Controle neural e vascular: hipotálamo Hipotálamo anterior controla a perda de calor Hipotálamo posterior controla a produção do calor O centro de regulação do calor é o chamado termostato hipotalâmico. Existem receptores para sensações de calor e frio que se encontram logo abaixo da superfície cutânea. Fluxo sanguíneo cutâneo - uma pequena parte desse fluxo atende a nutrição da pele e a maior parte atende ao mecanismo de controle da temperatura corporal (50 ml/min a 3 litros/min). Perda de calor por radiação, condução (ar e objetos) e evaporação. * * Fisiologia: Calor produzido – Calor perdido = Temperatura corporal Fisiologia da Perda de Calor Hipotálamo anterior - Sistema nervoso parassimpático - vasodilatação da pele diminuição da produção dos hormônios tiroidiano + diminuição do tônus muscular + Sudorese + aumento da frequência respiratória diminuição da temperatura corporal Fisiologia da Produção de Calor Hipotálamo posterior - Sistema nervoso simpático - aumenta o metabolismo vasoconstrição da pele + tremor muscular + piloerecção + diminuição da sudorese + aumento da produção dos hormônios tiroidiano aumento da temperatura corporal * * Perda de Calor = exposição ao ambiente e estrutura da pele (radiação, condução, convecção, evaporação, diaforese) Os valores térmicos aumentam em condições como: refeições, exercícios intensos, gravidez ou ovulação. Os valores térmicos diminuem em condições como: ingestão de bebidas geladas, temperaturas exteriores frias, hemorragia, inanição... Fatores que afetam a temperatura corporal: idade (recém-natos, idosos), exercícios, nível hormonal (ovulação- da progesterona), ritmo circadiano (muda de 0,5 a 1ºC) , estresse ( metabolismo), ambiente. A perda de calor ocorre principalmente através da pele e pulmões. Instrumento para aferir a temperatura: Termômetro. * * Locais para aferir a temperatura: Temperatura axilar: 35,5 a 37oC (média 36 a 36,5oC) Temperatura Bucal: 36 a 37,4oC Temperatura retal: 36 a 37,5oC * * Febre Temperatura corporal acima da faixa da normalidade. Sendo um mecanismo de defesa importante. É uma síndrome onde o principal sinal é a hipertermia e o conjunto de sinais e sintomas que podem ser encontrados são: taquisfigmia, taquipnéia, oligúria, cefaléia, delírio, convulsões. - Hipertermia – temperatura corporal acima da faixa da normalidade. Principal causa: liberação, nos líquidos corporais de PTN e polissacarídios anormais. Elevada temperatura corporal relacionada à incapacidade do corpo de promover perda de calor ou de reduzir a produção de calor. - Hipotermia – pode ser intencional ou não. Suave: 34 a 36oC Moderada: 30 a 34oC Grave: < 30oC - Normotermia (apirexia/afebril) - Temperatura corporal dentro da faixa da normalidade. - Hipertermia como Mecanismo de Defesa -Estimula o sistema imune, diminui a concentração de ferro no plasma sanguíneo (diminui o crescimento das bactérias), estimulação do interferon (substância natural antivírus). - Febre de Origem Desconhecida (FOD) - etiologia não determinada * * Intensidade Febre leve ou febrícula: até 37,5oC Febre moderada: 37,5 a 38,5oC Febre alta ou elevada: acima de 38,5o C Efeitos da Febre - a cada grau de elevação aumenta 7% o metabolismo corporal, gasto das reservas de energia, hipóxia celular (angina, confusão mental) e desidratação (perdas através da respiração e do suor). Cuidados básicos - resfriar o corpo e restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico. Padrões de Febre - Sustentada – temperatura constante e contínua acima de 38oC. - Intermitente – intercalada com níveis usuais de temperatura. - Remitente – age e cai sem retornar aos níveis normais de temperatura. - Recaída – períodos febris com valores aceitáveis de temperatura. * * PULSO É o limite palpável de fluxo de sangue percebido em vários pontos do corpo (expansão e o relaxamento das artérias). Em condições normais o sangue bombeia aproximadamente 4l de sangue /min. Com cada ejeção do volume sistólico as paredes da aorta se distendem, criando uma onda de pulsação que progride rapidamente as terminações distais das artérias. A freqüência da pulsação é o número de pulsações em 1 minuto. * * ÁREA PARA VERIFICAÇÃO DO PULSO * * Características do pulso: Freqüência: Deve-se considerar a variedade de fatores que influenciam a freqüência (medicação, idade). Adultos - 60 a 100 bpm; acima disso é denominado taquisfigmia, abaixo bradisfigmia. Aumento da freqüência: medicações, exercícios, alimentação, emoções fortes, medo, dor, elevação da temperatura corporal, obesidade, gravidez... Diminuição da freqüência: medicações, repouso, jejum... Ritmo: É dado pela seqüência de pulsações. Se elas ocorrem em intervalos iguais, diz-se que o ritmo é regular, se variam, denomina-se irregular. Um intervalo interrompido por um batimento precoce ou tardio ou a perda de um batimento indica um ritmo anormal ou arritmia. Amplitude: Reflete o volume de sangue ejetado contra a parede da artéria a cada contração cardíaca e a condição do sistema vascular arterial levando para o lado do pulso. Pode ser classificado em forte, fraca, filiforme e ampla. Déficit de Pulso - contração ineficiente do coração para transmitir a onda do pulso para o pulso periférico. A diferença entre o pulso apical e radial é o déficit de pulso. Ex: apical 92 bpm e radial 78 bpm = DP de 14 bpm. * * RESPIRAÇÃO Mecanismo que o corpo utiliza para a troca de gases entre a atmosfera e o sangue e entre o sangue e as células. Envolve a ventilação, difusão e perfusão. A respiração envolve: Ventilação - movimentos dos gases para dentro e fora dos pulmões Difusão - movimentos do O2 e CO2 entre os alvéolos e células vermelhas Perfusão - distribuição das células vermelhas do sangue para e a partir dos capilares pulmonares. Controle dos movimentos respiratórios Tronco cerebral - controle involuntário dos músculos intercostais e diafragma. Fatores que afetam a respiração: exercício, dor aguda, ansiedade, tabagismo, anemia, posição corporal, medicações, lesão do tronco cerebral * * A ventilação é controlada pelos níveis de CO2 e do íon hidrogênio no sangue arterial ( da PCO2 = freqüência e profundidade da respiração) Quimioreceptores (Carótida e aorta) = O2 (hipoxemia)= receptores sinalizam, da freqüência e profundidade da respiração. Frequência Respiratória Adulto = 12 a 20 irpm Adolescente = 16 a 19 irpm Escolar= 20 a 30 irpm Criança (2 anos) = 25 a 32 irpm Lactente (6 meses) = 30 a 50 irpm Recém-nato = 30 a 60 irpm Profundidade Respiratória – a profundidade das respirações é avaliada ao se observar o nível de excursão ou movimento da parede torácica. Ritmo ventilatório – O padrão respiratório pode ser determinado ao se observar o tórax ou o abdome. Com a respiração normal, um intervalo regular ocorre depois de cada ciclo respiratório. Embora o respirar seja normalmente passivo, o trabalho muscular envolve a movimentação dos pulmões e da parede torácica. * * ALTERAÇÕES DO PADRÃO RESPIRATÓRIO * * Procedimento: 1- Lave as mãos e reúna o material 2- Explique o procedimento ao cliente 3- Posicionar o cliente sentado ou deitado 4- Observar o padrão respiratório do cliente sentado ou deitado (freqüência, a profundidade e as características) 5- Contar os movimentos respiratórios por um minuto. Se possível simulando a verificação de pulso para não facilitar modificação individual 6- Lavar as mãos. 7- Realizar o registro em impresso próprio * * PRESSÃO ARTERIAL É a força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob a pressão do coração. Fisiologia: reflete a inter-relações do débito cardíaco, resistência vascular periférica, do volume sanguíneo, da viscosidade sanguínea e da elasticidade da artéria. Débito cardíaco: DC = Fc x VS Pressão arterial: PA= DC x RVP DC - Débito Cardíaco VS - volume sistólico RVP - resistência vascular periférica * * Manguito oclusivo bexiga de borracha inflável pêra de pressão válvula de de liberação para inflar o manguito * * Finalidade - Revelar se a força de contração cardíaca, a quantidade de sangue e a resistência periférica dos vasos estão em sintonia. - Obter dados sobre o estado do cliente, auxiliando no esclarecimento do diagnóstico e no tratamento. Fatores que influenciam a pressão arterial - Idade - Estresse - Variação diurna - Medicações PRESSÃO SISTÓLICA – é a pressão máxima à qual a artéria está sujeita durante a contração do ventrículo esquerdo do coração (sístole) PRESSÃO DIASTÓLICA – é a pressão remanescente no interior do sistema arterial, quando os ventrículos estão em relaxamento e na fase de enchimento de sangue (diástole) Valores normais - PRESSÃO SISTÓLICA- 90 a 140 mmHg - PRESSÃO DIASTÓLICA – 60 a 90 mmHg Hipertensão - Relacionada ao espessamento e a perda de elasticidade das artérias. Pressão diastólica acima de 90 mmHg e sistólica acima de 140 mmHg. Hipotensão = Considerada presente quando a PA sistólica cai a 90 mmHg. * * CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL (> 18 ANOS DE IDADE). * * RECOMENDAÇÕES PARA SEGUIMENTO (PRAZOS MÁXIMOS).* PRESSÃO ARTERIAL INICIAL (MMHG)** * Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente. ** Se as pressões sistólica ou diastólica forem de categorias diferentes, o seguimento recomendado é definido como de menor tempo. * * Procedimento: 1. Explicar o procedimento ao paciente. 2. Certificar-se de que o paciente: • não está com a bexiga cheia; • não praticou exercícios físicos; • não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida. 3. Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. 4. Localizar a artéria braquial por palpação. 5. Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente. 6. Manter o braço do paciente na altura do coração. 7. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. 8. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente. 9. Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente. 10. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 11. Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição. * * 12. Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o nível estimado da pressão arterial. 13. Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. 14. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação. 15. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff). 16. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão obtido na escala do manômetro, que varia de 2 mmHg em 2 mmHg, evitando-se arredondamentos e valores de pressão terminados em “5”. 17. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. 18. O paciente deve ser informado sobre os valores da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento. 19. Lavar as mãos 20. Realizar o registro em impresso próprio
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