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ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Conceito de Economia: Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objetivo do estudo da Ciência Econômica: • Ciência social; • Escolha; • Necessidades; • Recursos; • Produção; • Distribuição. 1 - Introdução à Economia 6 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Conceito de Economia: • Como ciência social, o estudo da teoria econômica pertence ao campo das ciências humanas. • Como repousam sobre decisões humanas, as decisões econômicas envolvem juízo de valor, dando origem a diferentes formas de interpretação e, consequentemente, a várias correntes do pensamento econômico. 1 - Introdução à Economia 7 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Conceito de Economia: • Em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou fatores de produção (mão de obra, equipamentos, terra, capital, etc.) são limitados. • As necessidades humanas sempre se renovam. Em função disso, nenhum país consegue dispor de todos os recursos dos quais necessita. 1 - Introdução à Economia 8 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Conceito de Economia: 1 - Introdução à Economia Questão central do estudo da Economia: como alocar recursos produtivos limitados, de forma a atender ao máximo às necessidades humanas. 9 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Sistemas econômicos Os sistemas econômicos podem ser classificados em: • Sistema capitalista ou economia de mercado – é regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. 1 - Introdução à Economia 13 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Sistemas econômicos • Sistema socialista ou economia centralizada – nesse sistema as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção (bens de capital, terra, prédios, bancos, matérias primas). 1 - Introdução à Economia 14 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Sistemas econômicos • Sistema de economia mista – prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação complementar do Estado, seja na produção de bens públicos, nas áreas de educação, saúde, saneamento, justiça, defesa nacional, etc., seja induzindo investimentos do setor privado tais como energia, transportes e comunicações. 1 - Introdução à Economia 15 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Curva de possibilidade de produção (CPP): Expressa a capacidade máxima de produção da sociedade, supondo pleno emprego dos recursos os fatores de produção de que se dispõe em dado momento do tempo. 1 - Introdução à Economia 16 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Funcionamento de uma economia de mercado Fluxo real da economia 1 - Introdução à Economia Mercado de bens e serviços Mercado de fatores de produção Famílias Empresas Demanda Oferta Oferta Demanda 20 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Funcionamento de uma economia de mercado Fluxo monetário da economia 1 - Introdução à Economia Pagamento dos bens e serviços Remuneração dos fatores de produção Famílias Empresas 21 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Funcionamento de uma economia de mercado Fluxo circular de renda 1 - Introdução à Economia Mercado de bens e serviços Mercado de fatores de produção Famílias Empresas Demanda de bens e serviços Oferta de serviços dos fatores de produção Oferta de bens e serviços Demanda dos serviços dos fatores de produção 22 O quê e quanto produzir Para quem produzir Como produzir ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Funcionamento de uma economia de mercado Algumas observações: O fluxo básico é o que se estabelece entre famílias e empresas. O fluxo completo incorpora o setor público, adicionando-se o efeito dos impostos e dos gastos públicos ao fluxo anterior, bem como o setor externo, que inclui todas as transações com mercadorias, serviços e o movimento financeiro com o resto do mundo. 1 - Introdução à Economia 23 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin O Direito e a teoria dos mercados: defesa do consumidor e da concorrência O enfoque econômico analisa o comportamento dos produtores e dos consumidores quanto a suas decisões de produzir e de consumir. No jurídico, o foco reside nos agentes das relações de consumo – consumidor e fornecedor (direitos do consumidor perante os deveres do fornecedor). 3 – Economia e Direito 45 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Arcabouço jurídico das políticas macroeconômicas As políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior são de competência da União. Esse ente federal tem a competência para emitir moeda e para legislar sobre o sistema monetário; sobre a política de câmbio e sobre o comércio exterior. A política fiscal (arrecadação e despesas públicas) é de competência das três entidades da federação: União, Estados e Municípios. 3 – Economia e Direito 46 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Arcabouço jurídico das políticas macroeconômicas O papel da despesa do governo ganha destaque especial quando se estuda o papel do Estado na geração de renda, produção e emprego. O governo por meio de gastos correntes (funcionalismo público, aposentadorias, programas sociais) feitos em investimentos – obras de infraestrutura, hidroelétricas, rodovias entre outros – gera um aumento da demanda agregada do país com importantes reflexos sobre a renda e o emprego. 3 – Economia e Direito 47 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Arcabouço jurídico das políticas macroeconômicas O processo de globalização, caracterizado pela integração econômica internacional, fundamenta-se primordialmente sobre as bases econômicas e jurídicas. No momento em que países em desenvolvimento começam a passar por reformas, tanto institucionais quanto econômicas, faz-se necessária a existência de um poder judiciário forte e bem definido, que garanta o bom funcionamento da economia. 3 – Economia e Direito 48 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Conceito A Microeconomia, ou teoria dos preços, analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específicos. Enquanto a Macroeconomia enfoca o comportamento da Economia como um todo (renda nacional, investimentos globais, etc.), a análise microeconômica preocupa-se com a formação de preços de bens e serviços (trigo, soja, etc.) e de fatores de produção (aluguéis, salários, etc.). 4 – Introdução à Microeconomia 51 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Conceito A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço. 4 – Introdução à Microeconomia 52 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Conceito Os agentes da demanda – os consumidores - são aqueles que se dirigem ao mercado com o intuito de adquirir um conjunto de bens ou serviços que lhes maximize seu grau de satisfação no consumo. A empresa é a combinação realizada pelo empresário dos fatores de produção: capital, trabalho, terra e tecnologia, de tal modo organizados para se obter o maior volume possível de produção ou serviços ao menor custo. 4 – Introdução à Microeconomia 53 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Pressupostos básicos da análise microeconômica A hipótese coeteris paribus: Para analisar um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese de que tudo o mais permanece constante (em latim, coeteris paribus). O foco de estudoé dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de maneira absoluta. 4 – Introdução à Microeconomia 54 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Aplicações da análise microeconômica Para as empresas, a análise microeconômica pode subsidiar as seguintes decisões: � política de preços da empresa; � previsões de demanda e faturamento; � previsões de custo de produção; � decisões ótimas de produção; � avaliação e elaboração de projetos de investimentos; � política de propaganda e publicidade; � localização da empresa; � diferenciação de mercados. 4 – Introdução à Microeconomia 56 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Aplicações da análise microeconômica Em relação à política econômica, a teoria microeconômica pode contribuir na análise e tomada de decisões das seguintes questões: � avaliação de projetos de investimentos públicos; � efeitos de impostos sobre mercados específicos; � política de subsídios; � fixação de preços mínimos na agricultura; � fixação do salário mínimo; � controle de preços; � política salarial; � política de preços e tarifas públicas; � fixação de tarifas alfandegárias; � lei antitruste (defesa da concorrência). 4 – Introdução à Microeconomia 57 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Divisão do estudo microeconômico A teoria microeconômica consiste nos seguintes tópicos: Análise da demanda A teoria da demanda ou procura de uma mercadoria ou serviço divide- se em teoria do consumidor (demanda individual) e teoria da demanda de mercado. 4 – Introdução à Microeconomia 58 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Divisão do estudo microeconômico A teoria microeconômica consiste nos seguintes tópicos: Análise da oferta A teoria da oferta de um bem ou serviço também subdivide-se em oferta da empresa individual e oferta de mercado. 4 – Introdução à Microeconomia 59 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Divisão do estudo microeconômico A teoria microeconômica consiste nos seguintes tópicos: Análise das estruturas de mercado Na análise das estruturas de mercado, avaliam-se os efeitos da oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e serviços como no mercado de fatores de produção. As estruturas domercado de bens e serviços são: a) concorrência perfeita; b) concorrência imperfeita ou monopolística; c) monopólio; d) oligopólio. 4 – Introdução à Microeconomia 60 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Divisão do estudo microeconômico A teoria microeconômica consiste nos seguintes tópicos: Análise das estruturas de mercado As estruturas domercado de fatores de produção são: a) concorrência perfeita; b) concorrência imperfeita; c) monopsônio; d) oligopsônio. 4 – Introdução à Microeconomia 61 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Divisão do estudo microeconômico A teoria microeconômica consiste nos seguintes tópicos: Teoria do equilíbrio geral e bem-estar A análise do equilíbrio geral leva em conta as inter-relações entre todos os mercados. A teoria do bem-estar, estuda como alcançar soluções socialmente eficientes para o problemas da alocação e distribuição dos recursos, ou seja, encontrar a “alocação ótima dos recursos”. 4 – Introdução à Microeconomia 62 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Divisão do estudo microeconômico A teoria microeconômica consiste nos seguintes tópicos: Imperfeições de mercado Na análise das imperfeições de mercado, estudam-se situações nas quais o mercado isoladamente não promove perfeita alocação dos recursos. Por exemplo, no caso da existência de externalidades assimetria de informações e fornecimento de bens públicos. 4 – Introdução à Microeconomia 63 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Relação entre quantidade procurada e preço do bem: lei geral da demanda Curva de procura do bem X. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 72 2,00 6,00 4,00 8,00 10,00 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 P Q A curva da procura inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda para a direita, refletindo o fato de que a quantidade procurada de determinado produto varia inversamente com relação a seu preço, coeritus paribus. Qd = f(P) ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Outras variáveis que afetam a demanda de um bem: � Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal. � Os bens inferiores são aqueles cuja demanda varia em sentido inverso às variações da renda; por exemplo, se o consumidor ficar mais rico diminuirá o consumo de carne de segunda. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 73 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Outras variáveis que afetam a demanda de um bem: � Analogamente, tem-se a categoria de bens superiores ou de luxo: se o consumidor ficar mais rico, demandará mais produtos de maior qualidade. � Temos ainda o caso dos bens de consumo saciado, quando a demanda do bem não é influenciada pela renda dos consumidores (por exemplo, quando a renda aumenta, não afeta praticamente o consumo de produtos como arroz, farinha, sal açúcar). 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 74 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Outras variáveis que afetam a demanda de um bem: � A demanda de um bem ou serviço também pode ser influenciada pelos preços de outros bens e serviços. Quando há uma relação direta entre preço de um bem e quantidade de outro, coeteris paribus, eles são chamados de bens substitutos ou concorrentes, ou ainda, sucedâneos. Por exemplo, um aumento no preço da carne de vaca deve elevar a demanda por frango. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 75 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Outras variáveis que afetam a demanda de um bem: � A demanda de um bem ou serviço também pode ser influenciada pelos preços de outros bens e serviços. Quando há uma relação direta entre preço de um bem e quantidade de outro, coeteris paribus, eles são chamados de bens substitutos ou concorrentes, ou ainda, sucedâneos. Por exemplo, um aumento no preço da carne de vaca deve elevar a demanda por frango. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 76 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Outras variáveis que afetam a demanda de um bem: � Quando há uma relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de outro, eles são chamados de bens complementares (por exemplo, quantidade de automóveis e preço da gasolina, quantidade de camisas sociais e preço das gravatas. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 77 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Outras variáveis que afetam a demanda de um bem: � Finalmente, a demanda de um bem ou serviço também sofre a influência dos hábitos e preferências dos consumidores. Os gastos em publicidade e propaganda objetivam justamente aumentar a procura de bens e serviços influenciando preferências e hábitos. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 78 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Distinção entre demanda e quantidade demandada Alteração na quantidade demandada. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 82 P 0 P 1 Q 1 Q 0 P Q Nessa figura a demanda corresponde à reta indicada pela letra D; já a quantidade procurada relacionada ao preço Po é Qo. Caso o preço do bem aumentasse para P1, haveria uma diminuição na quantidade demandada, não na demanda. Ou seja, as alterações da quantidade demandada ocorrem ao longo da própria curva de demanda (reta D). A D B ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Oferta de mercado Curva de oferta do bem X. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 86 2,00 6,00 4,00 8,00 10,00 2.000 4.000 6.000 8.00010.000 12.000 14.000 P Q A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem deve-se ao fato de que, coeteris paribus, um aumento do preço de mercado eleva a rentabilidade das empresas, estimulando-as a elevar a produção. Qo = f(P) ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Oferta e quantidade ofertada � Um aumento no custo das matérias-primas provoca uma queda na oferta: mantido o mesmo preço P0 (isto é, coeteris paribus), as empresas são obrigadas a diminuir a produção (diagrama b). � Por outro lado, uma diminuição no preço dos insumos, ou uma melhoria tecnológica em sua utilização, ou ainda um aumento no número de empresas no mercado, conduz a um aumento da oferta, dados os mesmos preços praticados, deslocando-se, desse modo, a curva de oferta para a direita (diagrama c). 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 88 ECONOMIA Prof. Paulo Gastin Equilíbrio de mercado A lei da oferta e da procura: tendência ao equilíbrio. 5 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 92 2,00 6,00 4,00 8,00 10,00 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 P Q 12,00 D O Na intersecção das curvas de oferta e demanda, teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem às aspirações dos consumidores e dos produtores simultaneamente. Se a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio haverá um excesso ou excedente de produção. Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo do ponto de equilíbrio, teremos uma situação de escassez. E
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