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Eletrônica Prof° Anderson Sena UNIDADE 2 TEORIA DOS DIODOS Eletrônica Prof° Anderson Sena Junção PN - Diodo A união de um material tipo P a um material tipo N é denominado de junção PN ou diodo de junção. A junção PN deu origem aos diodos, transistores e circuitos integrados. Junção de material tipo P e N Diodo Semicondutor Eletrônica Prof° Anderson Sena Junção PN - Diodo No material tipo P, as lacunas são denominadas portadores majoritários de carga, existindo também os portadores minoritários de carga que são os elétrons. No material tipo N, os elétrons são denominados portadores majoritários de carga, existindo também os portadores minoritários de carga que são as lacunas. Eletrônica Prof° Anderson Sena Junção PN - Diodo Formação da Barreira de Potencial: Ao formar uma junção PN, haverá difusão de lacunas do material P para o N, e de elétrons do material N para o P. Com a difusão, a área em torno da junção fica livre de portadores de carga (elétrons e lacunas). Formação da barreira de potencial Eletrônica Prof° Anderson Sena Junção PN - Diodo Formação da Barreira de Potencial: O acúmulo de íons positivos do lado N da junção e de negativos do lado P cria uma Camada de Carga Espacial (C.C.E) ou Barreira de Potencial ou Camada de Depleção. A Barreira de Potencial corresponde a uma diferença de potencial (d.d.p) que se forma na junção PN. À temperatura de 25°C, a barreira de potencial é aproximadamente igual a 0,3V para os diodos de germânio e 0,7V para os diodos de silício. Eletrônica Prof° Anderson Sena Junção PN Polarizada Diretamente Na polarização direta, o positivo da bateria é ligado no lado P da junção e o negativo da bateria é ligado no lado N. Nessa situação ocorre uma diminuição da barreira de potencial e a junção apresenta uma resistência da ordem de algumas dezenas de Ω. Sem Polarização Polarização Direta Eletrônica Prof° Anderson Sena Junção PN Polarizada Reversamente Na polarização reversa, o positivo da bateria é ligado no lado N da junção e o negativo da bateria é ligado no lado P. Nessa situação ocorre um alargamento da barreira de potencial e a junção apresenta uma resistência da ordem de MΩ. Polarização ReversaSem Polarização Eletrônica Prof° Anderson Sena Símbolo do Diodo de Junção Símbolo do elemento diodo. Símbolo do Diodo Eletrônica Prof° Anderson Sena Polarização do Diodo Em resumo, o diodo conduz quando está diretamente polarizado e não conduz quando está polarizado em sentido reverso. Por estas características, ele é utilizado para retificação de sinais. Polarização Direta Polarização Reversa Eletrônica Prof° Anderson Sena Exemplo de Aplicação do Diodo Retificação de sinais: Procedimento que corta o semiciclo negativo da forma de onda aplicada na entrada. Atua no processo de transformação da corrente alternada em corrente contínua. Circuito retificador de meia onda Eletrônica Prof° Anderson Sena Exemplo de Aplicação do Diodo Conversão da corrente alternada em corrente contínua . Conversão da corrente alternada em contínua Eletrônica Prof° Anderson Sena Curva Característica de um Diodo Curva característica de um diodo com polarização direta e reversa. Curva característica de um Diodo Eletrônica Prof° Anderson Sena Reta de Carga de um Diodo Através da reta de carga é possível determinar o ponto de operação (ponto quiescente) do diodo. O ponto de operação corresponde aos valores de tensão e corrente aos quais o diodo está submetido no circuito. Circuito com diodo e resistor Curva característica e reta de carga Eletrônica Prof° Anderson Sena Reta de Carga de um Diodo Para traçar a reta de carga, são necessários dois pontos: 1º ponto: determinação da corrente de saturação (IS), ou seja, da corrente máxima que pode circular no circuito quando o diodo está em curto (VD = 0). R VVI D Para VD = 0, R VII S Eletrônica Prof° Anderson Sena Reta de Carga de um Diodo 2º ponto: determinação da tensão de corte (VC), ou seja, da tensão no diodo quando ele está aberto e, conseqüentemente, circula um corrente mínima no circuito (ID = 0). VVV CD R VVI D Para ID = I = 0, VVD Eletrônica Prof° Anderson Sena Reta de Carga de um Diodo O ponto de operação do diodo (VDQ e IDQ) corresponde ao ponto Q, onde a reta de carga intercepta a curva característica do diodo. Curva característica do diodo Eletrônica Prof° Anderson Sena Reta de Carga de um Diodo Exemplo de reta de carga de um diodo Eletrônica Prof° Anderson Sena Efeito da Temperatura no Diodo Uma junção PN sofre influência da temperatura. Para o silício a temperatura máxima é de 150ºC, enquanto a do germânio é de 100ºC. Para cada 1ºC de aumento na temperatura, a queda de tensão direta diminui cerca de 2,5 mV. Curvas características para diferentes temperaturas Eletrônica Prof° Anderson Sena Exercício 1 Para que a lâmpada “L” acenda, as chaves A, B e C devem estar fechadas respectivamente em quais posições ? Eletrônica Prof° Anderson Sena Teste de Diodo Quando um diodo opera em condições fora de suas características, ele irá se danificar. Um diodo pode estar danificado em duas situações: Aberto: o diodo não conduz corrente quando está diretamente polarizado. Curto: o diodo conduz corrente nos dois sentidos, ou seja, não bloqueia a corrente quando está inversamente polarizado. Eletrônica Prof° Anderson Sena Teste de Diodo Com o diodo polarizado diretamente, o multímetro indica baixa resistência, pois nesse caso o diodo estará conduzindo. Com o diodo polarizado inversamente, apresentará uma alta resistência, pois nesse caso ele não está conduzindo. Se o multímetro registrar baixa resistência nos dois sentidos, o diodo estará em curto. Se o multímetro registrar alta resistência nos dois sentidos, o diodo estará aberto. Eletrônica Prof° Anderson Sena Principais Características do Diodo Semicondutor Corrente direta máxima (Idmáx): É a corrente que o diodo pode suportar durante a condução sem se danificar, sem reduzir sua vida útil. Tensão de pico inversa (Vpi): É a tensão máxima inversa que o diodo pode suportar sem danos ou sem redução de sua vida útil. Tensão “zener”: É a tensão inversa a partir da qual a corrente inversa cresce rapidamente. Eletrônica Prof° Anderson Sena Portas Lógicas com Diodos Porta OU: O circuito abaixo é uma porta OU para lógica positiva, ou seja, o nível 10V corresponde ao valor lógico “1”. Enquanto que 0V corresponde ao valor lógico “0”. Porta OU para lógica positiva Eletrônica Prof° Anderson Sena Portas Lógicas com Diodos Porta E: O circuito abaixo é uma porta E para lógica positiva, ou seja, o nível 10V corresponde ao valor lógico “1”. Enquanto que 0V corresponde ao valor lógico “0”. Porta E para lógica positiva Eletrônica Prof° Anderson Sena Exercício 2 No circuito abaixo, a fonte de tensão “E” possui valor de 10 V e a resistência “R” vale 1 kΩ. Sabendo que o diodo é de silício: Qual a corrente que trafega no circuito? Qual a potência dissipada no diodo? Eletrônica Prof° Anderson Sena Exercício 3 Um diodo está em série com uma resistência de 220 Ω em um circuito com uma determinada fonte de tensão E. Se queda de tensão nessa resistência for de 4 V, qual será a corrente no diodo? Eletrônica Prof° Anderson Sena Exercício 4 Determine a tensão de saída V0 e a corrente na carga IR para o circuito em série abaixo.
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