Buscar

APOSTILA TÉCNICAS DE ORATÓRIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

���
 FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE CAMPO GRANDE. 
 Curso: DIREITO
 Disciplina: HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO
 Prof. : JOSÉ CHADID.
	 
 COMUNICAÇÃO VERBAL
 Técnicas de Oratória
	 
 Falar em público é uma das atribuições mais importantes do todo profissional, em especial, do operador do Direito.
	Falar em público, para um grande número de pessoas, inspira medo, as vezes terror até. Esse medo é um dos males mais comuns no mundo do trabalho. Carreiras podem ir ao chão como folhas se a dificuldade de falar em público, não for contornada.
	Pesquisa realizada pelo jornal Sunday Times, com 3.000 americanos. “Qual seu pior medo?” As respostas: 42% disseram que era falar em público; 32% medo de altura; 22% de insetos; 22% problemas financeiros; 19% de doenças e 19%, da morte;
	Identificar o medo e enfrentá-lo são as melhores formas de impedir que ele atrapalhe o seu desenvolvimento profissional.
	Saber comunicar-se é essencial para quem quer ir para frente na profissão. Faz parte do seu Marketing Pessoal, saber falar em público é pré-requisito para quem pretende ser um líder.
	Pesquisa realizada com executivos brasileiros mostra que o medo de falar em público atinge 64% dos entrevistados. Reinaldo Polito, professor de expressão verbal há mais de 20 anos e autor de nove livros sobre o assunto, afirma que cerca de 90% das pessoas que procuram seu curso, tem medo de falar em público.
	Se você for como a maioria das pessoas, será normal que tenha esse tipo de medo. Como vimos, diferentes estudos mostram que o medo de falar em público é o maior medo das pessoas. E não, estamos, nos referindo ao medo de fazer palestras ou conferências, mas sim ao medo de falar diante de grupos de pessoas, como reuniões da empresa ou encontros sociais.
	O medo é o pior inimigo do homem, já dizia o Psic. Emilio Mira Y Lopez, um dos mais destacados estudiosos do comportamento humano.
	O medo escraviza a vontade, limita a criatividade, inibe a espontaneidade, interrompe o desenvolvimento.
	Muita gente não conhece esse medo e tenta se justificar com outras desculpas. É bom começar a prestar atenção nisso.
	Existem muitas pessoas que possuem todos os atributos do orador: boa voz, dicção satisfatória, conhecimento gerais suficientes, boa postura, porém se convenceram que nunca conseguirão falar em público. Ora, o medo é natural; até os mais experientes oradores sentem tremer as pernas, suam, ficam pálidas ao primeiro contato com o público.
	Já imaginou como a vida poderia ser mais agradável se você pudesse se expressar, em qualquer ambiente, de maneira confiante, desembaraçada sem medo? Sim é possível falar com segurança e sem receio de que as pessoas possam censurá-lo ou criticá-lo.
	Só que não adianta ficar fazendo planos e sonhando em ser um comunicador eficiente e seguro, você precisa arregaçar as mangas e trabalhar duro. Se não transformar seus objetivos em ações concretas, só vai sonhar, sonhar e não chegará a lugar algum.
	Duas notícias para você. A má: Vencer esse medo é fundamental para você ter chances de sucesso. A boa: é possível dominar esse medo e até fazê-lo trabalhar a seu favor.
	Osmar Santos, um dos maiores comunicadores brasileiros confessou certa vez, que sempre ficava nervoso antes de falar e achava isso tão importante que tinha prometido a si mesmo abandonar a profissão de locutor esportivo quando não sentisse mais essa sensação antes de narrar um evento.
	Não existe nada realmente especial em falar em público. Não é dom genético herdado nem está sujeito à inspiração divina. É um ofício que se aprende, exatamente como se aprende o ofício de marceneiro, de saxofonista, afirma o conferencista americano Jack Valentim, autor do livro “A fácil arte de falar em público”.
	Os autores Fessenden e Thompson, no seu livro “Experiências básicas na oratória”, sintetizam em sete pontos o que o orador iniciante precisa saber sobre o temor frente ao público:
O temor é uma experiência normal. O fato de um indivíduo estar assustado indica que ele é como a maioria dos homens.
2) 	 Os temores são infundados. Os oradores não morrem a falar, nem sequer desmaiam. Em geral, o auditório os recebe com simpatia e cordialidade. 
A menos que o orador vá expor uma tese à qual o auditório se oponha firmemente, os ouvintes desejam que tenha êxito. Os ouvintes não comparecem às reuniões para ver alguém fracassar.
Os oradores que se preparam adequadamente, quase sempre obtém bons resultados.
Os oradores raras vezes parecem tão assustados como se sentem. Muito raramente o público vê os joelhos do orador tremerem ou seu rosto empalidecer.
O nervosismo tende a desaparecer com a experiência. Do mesmo modo que na décima vez que se dirige um carro, na décima vez que um estudante falar em público se sentirá muito mais tranqüilo que em sua primeira apresentação.
A tensão que se sente ao iniciar um discurso pode ser benéfica para o orador. Os oradores que já não acham seu auditório estimulante, tem grandes chances de se tornarem áridos e tediosos. O medo pode ser dominado a partir do momento, que você praticar e reconhecer em si os aspectos positivos da sua fala. Seguem-se alguns conselhos úteis para dominar o medo:
I – Respire profundamente várias vezes;
II – Antes de deslocar-se para o local do evento, em que irá falar, relaxe intensamente.
III – Não fique alimentando a chama do seu nervosismo, roendo as unhas, bebendo ou fumando muito (o álcool é grande inimigo do orador). Descontraia o seu corpo.
IV – Mantenha uma postura calma e serena ao caminhar para a tribuna; demonstra segurança e confiança.
V – Acredite na sua preparação e no seu conhecimento do assunto. Você controlará o medo de falar em público se souber exatamente o que vai dizer.
VI – Não adiante muletas – Bolsos, canetas, fio de microfone, folha de papel – elas não lhe darão segurança e poderão desviar a atenção do auditório.
VII – Utilize a respiração para “trazer a voz”. É natural que os iniciantes na arte de falar em público, sintam a voz enroscada na garganta. Tossir ou pigarrear não resolve o problema; respire profundamente e com certeza a vez soará normal.
VIII – Lembre-se sempre: só a prática será capaz de oferecer-lhe a confiança e controlar o medo, a ansiedade.
IX – Não limite o seu potencial, acredite que você pode tornar um ótimo orador e caminhar seguro e confiante rumo ao sucesso.
# - A seguir reunimos os sete passos que você precisa saber para que a dificuldade e o medo de falar em público não atrapalhe o seu sucesso:
Saiba o que você vai falar. Tenha em mente um bom roteiro do que quer falar, das principais idéias;
Conheça o terreno em que vai pisar. Nunca faça uma apresentação, sem conhecer algumas informações básicas: para quem você vai falar, o que esse público quer ouvir, quanto tempo você terá, se você será o único orador, qual a ordem das apresentações, se haverá um período para perguntas e respostas, o local da apresentação, que instrumentos estarão à sua disposição (retroprojetor, vídeo, lousa, etc.).
Seja breve: a duração deve variar dependendo do horário e local da apresentação. O mesmo vale para o caso em que você seja um entre vários oradores.
Aprenda a se relacionar com o público. Em primeiro lugar tire da cabeça a idéia de que o público está lá para criticar você. Olhe para o público. Escolha algumas pessoas e foque nelas. Não fique com o olhar perdido. Tente criar uma certa intimidade. Cada pessoa tem que sentir que você está falando só para ela.
Seja você mesmo: a melhor forma de ser bem-sucedido é não se considerar um mestre em oratória, não tente ser nada além de você mesmo.
Treine, treine e treine: é só a prática que vai dar-lhe mais segurança. Não há nada melhor a ser feito. A qualidade do seu discurso será proporcional à quantidade de tempo que você gastou sepreparando.
Vá em frente, mesmo com um friozinho na barriga: a falta de experiência também gera insegurança. É a melhor forma de superá-la é enfrentar as situações que aparecerem. Não recuse convites, não fuja de reuniões e nem tente adiar alguma apresentação. Seja persistente!
Um antigo adágio latino diz: O poeta nasce, o orador se faz. E quais serão as qualidades que deve possuir o orador?
Inicialmente você precisa libertar-se das crenças limitadoras: as crenças moldam os comportamentos, que determinam os resultados. Se você é daquelas que acreditam firmemente que não conseguem falar em público, será difícil desenvolver esta habilidade enquanto não reverter este paradigma.
Comunicar-se com o público não é dom, é uma habilidade que pode ser desenvolvida com treinamento, disciplina e persistência.
Demóstenes, o maior orador grego, foi vaiado quando de suas primeiras exibições ao público; sua gagueira afetava profundamente a dicção. Graças à sua determinação, isolou-se e começou a treinar com pequenas pedras na boca e a gritar na praia competindo com o barulho das ondas a rebentar.
# A seguir alguns itens que você precisa desenvolver:
1 - Memória:
A memória é de fundamental importância porquanto o orador deve guardar datas, nomes, fatos e circunstâncias. Porém é uma faca de dois gumes porque se confiar demasiado nela e na hora da locução ele falhar? Isso acontece com os mais experientes oradores; e como proceder então? Utilizando esquemas, guias que contenham as partes principais do discurso e praticá-los várias vezes, não havendo necessidade de decorá-los. Apresente-se em público tranqüilamente e a memória não falhará. Os oradores escravos da memória tornam-se autômatos, perdem totalmente a espontaneidade.
2 - Imaginação/ criatividade
Este binômio é o maior tesouro do orador. Com ele o comunicador leva o público a viajar na exposição, a ver roupagem nova em conceitos antigos. Criar significa diferenciar-se dos lugares comuns, forçar a imaginação a encontrar artifícios que despertem a atenção e convençam o público. Ambos podem ser desenvolvidos com muita leitura.
3 – Inspiração:
É o dom principal dos improvisadores, daqueles que conseguem dar brilho intenso aos assuntos mais simples do cotidiano. Mistura-se à imaginação para possibilitar mudar o rumo de uma exposição frente a alguma reação negativa do público. A inspiração não se manifesta somente nas expressões verbais, mas nos gestos, na aparência e na voz. Consiste em saber aproveitar as circunstâncias e surpreender o público.
4- Entusiasmo:
É o combustível da Expressão Verbal. Ninguém dá crédito a um comunicador apático, frio, insensível. O entusiasmo consiste em envolver todo o auditório num ambiente de emoção.
É passar ao ouvinte a vibração do tema e com isso convencê-lo com muito mais facilidade. Principalmente os advogados que não demonstrarem entusiasmo em suas oratórias estarão fadados ao insucesso. Exercita-se com a leitura exagerada de textos.
5 – Aparência:
A finalidade da exposição é persuadir a platéia e para isso é necessário captar a simpatia dos ouvintes. Por isso quem sabe apresentar-se bem, quem tem boa aparência, já conseguiu metade do seu objetivo porque já conta com a atenção e a boa vontade do público. Roupas inadequadas, cabelos desalinhados, barba por fazer, postura inadequada, tudo isso se constitui em barreira que podem determinar o insucesso da exposição.
O orador ao apresentar-se deve ter atitude serena, digna; cabeça posicionada de tal modo que não pareça nem arrogante, ameaçador, nem submisso, humilde em demasia. Lembre-se que a primeira impressão é a que fica. 
6 - A Voz
A oratória se baseia na voz como a música no som, como a pintura na cor.
Quem não tiver voz perfeita jamais conseguirá ser bom orador.
Lembre-se de Demóstenes!
A respiração, a dicção, a velocidade, a expressividade, a intensidade, o brilho e o vocabulário são componentes da voz que podem ser treinados, corrigidos e aperfeiçoados com exercícios.
7 - Postura e Gestos
A entrada “em cena” de um orador pode significar o sucesso ou o fracasso da apresentação. A postura elegante, segura a discreta; o olhar franco, olhos nos olhos; o sorriso sincero, sem afetações, tem grandes possibilidades de conquistar de imediato, a simpatia do público.
Estudos nos dão conta que 7% da importância da exposição ficam para as palavras, 38% para a tonalidade da voz e 55% para a linguagem corporal.
Por isso o orador deve treinar a gesticulação e a postura para parecer natural porque não existe técnica mais importante que a naturalidade.
O orador ao aprender a gesticular adquire mais um elemento positivo na sua comunicação, e isso proporcionará maior segurança.
Todo o nosso corpo “fala” quando estamos nos comunicando. Cada gesto tem um significado, emana uma mensagem, A posição do tronco, a expressão do semblante, o movimento de pernas, braços e mãos, são ferramentas muito úteis na comunicação. Isso pode ser treinado e incorporado ao nosso hábito. Os orientais praticamente não gesticulam, enquanto os latinos, principalmente italianos e espanhóis o fazem exageradamente.
 
8 -A Naturalidade do gesto: 
Os gestos, para quem não está habituado, devem ser incorporados gradativamente porque nada deve superar a naturalidade.
O gesto deve vir, sempre, antes da palavra ou junto com ela, jamais depois. . A seguir alguns erros comuns e sugestões para eliminá-los;
Mãos nos bolsos ou no cós da calça;
Gestos sem sincronismo;
Levantar os braços acima da cabeça;
Levantar a cabeça de tal modo que pareça arrogante, ou, baixá-la demasiado que pareça excessivamente humilde, submisso;
Cruzar os braços; unir as mãos em forma de prece;
Coçar a cabeça; brincar com anel, pulseiras, caneta, etc.
Observação:
a) Se o uso de uma “bengala” for indispensável, no caso das mãos, leve uma ficha de anotações.
b) Recitar poesias em frente do espelho ajuda sobremaneira na eliminação dos erros mais comuns, além de ser ótimo exercício para a gesticulação.	
9 - O Valor do Olhar:
Por estranho que possa parecer, muitos oradores não olham para seu público enquanto falam. A voz de um orador é apoiada pela magia do seu olhar e do seu sorriso, e será melhor tirar o máximo proveito deles.
Manobras como olhar para o teto, para as laterais, fitar o chão, condenam o orador ao fracasso. O ato de falar com público é um processo bilateral e bidirecional. É uma corrente que flui em ambos os sentidos. O que o orador entrega ao auditório lhe é devolvido sob forma de atenção. O que o auditório oferece ao orador em magnetismo e inspiração é igualmente devolvido, uma vez mais, pelo orador. Mas se o orador não olha seus ouvintes, não poderá perceber a reação que desperta neles. Faça as pessoas que o ouvem se sentirem como se fossem as mais importantes do mundo. O público perdoará quase tudo a um orador, menos o pecado de ignorá-los ou a afronta de dirigir-lhe apenas uma olhada indiferente de vez em quando.
- Preparação de Palestras ou Discursos:
	A preparação de um discurso ou de uma palestra requer técnica para que seja apresentada com clareza e objetividade.
	Alguns oradores afirmam que podem falar de improviso durante horas. Ocorre que o que “parece improviso” não o é; o sólido conhecimento sobre o assunto, a habilidade desenvolvida durante anos pelo orador e a fácil adaptabilidade à ocasião, dão-nos a impressão que tudo é improvisado. Na realidade o improviso é muito bem planejado antecipadamente. O segredo para apresentar-se bem em público consiste em disciplina, trabalho e preparação, além de:
Ter algo de concreto a dizer;
Desejar dizê-lo, e
Preparar-se adequadamente.
# Vejamos a seguir, passo a passo, as fases de elaboração de um discurso ou de uma palestra:
I - Planejamento
a) Público – O máximo de informações que você puder obter sobre o público ser-lhe-á de grande utilidade. A faixa etária, o nível intelectual e, principalmente, o estado de espíritodo público, definirão a maneira de abordar o assunto.
b) Assunto – Avalie o seu grau de conhecimento sobre o assunto a ser enfocado e também o grau de conhecimento do público (quanto mais preparado o público mais preparação do assunto).Estabeleça relação entre os níveis de aceitação da platéia sobre o assunto, bem como a complexidade do tema.
c) Local – Certifique-se da capacidade do local, do conforto que será oferecido à platéia. Um público mal instalado já demonstrará a sua má vontade para com o orador.
d) Meios Disponíveis – Certifique-se com antecedência dos meios auxiliares que você poderá dispor. Se você preparou sua oratória ilustrando-a com transparência certifique-se que no local haverá tela e retroprojetor.
II - Preparação
	Muitas pessoas confiam na infabilidade da inspiração, mas... se ela falhar? Seja uma preparação mental apenas, ou escritas após rascunhos e revisões, ela é essencial para que você não seja traído na hora “H”. A seguir uma proposta de divisão da peça oratória que tem se mostrado bastante eficaz nos tempos modernos:	
a) Divisão
a. 1. - Introdução – Segundo Cícero: “é a introdução que prepara o ânimo do ouvinte para receber bem o restante do discurso”. É o chamado “quebra-gelo”. Entrar-se direto no assunto é desaconselhável porque o orador corre o risco de o público não “decolar” com ele.
A finalidade da introdução é conseguir a atenção e aceitação inicial do auditório.
a.2. - Preparação – Após a introdução, quando já se obteve a atenção da platéia, deve-se tornar clara a idéia do assunto central, como este será desenvolvido. Consiste em prepara e motivar seus ouvintes para acompanhar e compreender a mensagem.
a.3. - Assunto Central – É a própria razão de ser da palestra e normalmente consome 80% do tempo previsto. O assunto central deverá ter um encadeamento lógico: do geral para o particular; cronológico, do simples para o complexo, do global para o regional.;
a.4 - Conclusão – É o fecho do trabalho, o resumo final e, muitas vezes é o que fica gravado de todo o assunto exposto.
- Dicas de como expor oralmente seu trabalho escolar:
I - Fale com volume de voz suficiente para que todos ouçam, principalmente quem estiver no fundo da sala.
II - Não fale muito rápido, nem devagar.
III - Alterne o volume da voz e a velocidade de fala para que o ritmo seja interessante.
IV - Fique posicionado de maneira elegante, distribuindo naturalmente o peso do corpo sobre as duas pernas.
V - Não fique parado na frente da classe, mas também não se movimente se não tiver motivo.
VI - evite ficar com os braços nas costas ou cruzados na frente do corpo. Também não é conveniente ficar com as mãos nos bolsos, nem esfregá-las nervosamente. Mesmo que você não esteja à vontade, não revele essa insegurança aos ouvintes.
VII - Mantenha o semblante arejado e simpático e olhe para todos os colegas da sala.
VIII - Fale com maior naturalidade possível, como se estivesse conversando de maneira animada com os amigos. Como, provavelmente, todos os colegas estão familiarizados com sua maneira espontânea de se comportar, qualquer atitude artificial seria facilmente percebida, e o resultado da sua exposição poderia ser prejudicado. Fale sempre com entusiasmo.
IX - Elimine sons e ruídos desnecessários como né? Tá? Humm.
X - Faça uma rápida introdução comentando a importância do tema que irá expor.
XI - Conclua sua apresentação com uma reflexão sobre o tema, falando da sua satisfação em ter pesquisado sobre o assunto ou ainda incentivando os ouvintes a se aprofundar mais nesta matéria que julga tão importante.
XII - Use anotações e consulte-as sem receio, mas não se escravize a elas.
Se usar recursos visuais, como powerpoint ou retroprojetor, ensaie bastante, para ter certeza de que seguirá a seqüência correta, e chegue mais cedo para se certificar de que os aparelhos estão funcionando na maneira desejada.
- Dicas para ler em público:
	As pessoas não sabem ler em público por dois motivos essenciais: primeiro porque tiveram poucas oportunidades de praticar essa atividade; depois, porque, além de normalmente não existir a experiência da leitura em público, quando as pessoas lêem apresentam-se se nenhum critério técnico.
	Portanto, para aprender a ler bem em público é preciso seguir algumas regrinhas muito simples e praticar bastante:
	I – Olhe para os ouvintes: durante as pausas prolongadas e nos finais de frases, olhe para os ouvintes e demonstre com essa atitude que as informações estão sendo transmitidas para eles. Distribua a comunicação visual olhando ora para um lado, ora para o outro da platéia.
	Para não se perder na leitura enquanto olha para os ouvintes, marque a linha de leitura com o dedo polegar, pois, ao voltar para o texto, saberá exatamente onde parou.
	II - Segure o papel na altura correta: deixe a folha na parte superior do peito, para ler com mais facilidade e não se esconder do público.
	III – Faça poucos gestos: a gesticulação na leitura deverá ser moderada. A leitura de uma página, de maneira geral, pode ser feita com menos de meia dúzia de gestos. 
	É preferível fazer poucos gestos, que destaquem as informações mais relevantes com convicção e firmeza, a demonstrar hesitação soltando repetidamente a mão do papel e retornando depressa, como se estivesse arrependido. Se você for muito inexperiente e encontrar dificuldade para gesticular, será melhor que não gesticule.
	IV – Marque o texto: use traços verticais antes das palavras para indicar o momento de fazer pausas mais expressivas. Essas marcações não coincidirão necessariamente com a pontuação gramatical.
	
	Finalizamos com estas dicas do professor Reinaldo Polito, baseado nas suas obras: “Como falar corretamente e sem inibições”, “gestos e posturas para falar melhor” e “Superdicas para falar bem”.
1 - Seja você mesmo:
• Essa é a primeira e maior “dica” de como falar melhor; a naturalidade acima de tudo. Nenhuma técnica poderá ser mais importante que a sua naturalidade. Aprenda, aperfeiçoe, progrida, mas ao falar seja sempre natural.
2 – Pronuncie bem as palavras:
• Pronuncie completamente todas as palavras. Principalmente não omita a pronúncia dos “s” e “r” finais e dos “i” intermediários. Por exemplo: fale primeiro, janeiro, terceiro, precisar, trazer, levamos e não, janero, tercero, precisá, trazê, levamo. Pronunciando todos os sons corretamente, a mensagem será melhor compreendida pelos ouvintes e haverá maior valorização da imagem de quem fala. Faça exercícios para melhorar a dicção lendo qualquer texto com o dedo entre os dentes e procurando falar da forma mais clara possível.
3 – Fale com boa intensidade:
• Se falar muito baixo, as pessoas que estiverem distantes não entenderão suas palavras e deixarão de prestar atenção. Também não deverá falar muito alto porque, além de se cansar rapidamente, poderá irritar os ouvintes. Fale numa altura adequada para cada ambiente. Nunca deixe, entretanto, de falar com entusiasmo e vibração. Se não demonstrar interesse por aquilo que transmite, não conseguirá também interessar sua platéia.
4 – Fale com boa velocidade:
• Não fale rápido demais. Se a sua dicção for deficiente será ainda mais grave, já que dificilmente alguém conseguirá entendê-lo. Também não fale muito lentamente, com pausas prolongadas, para não entediar os ouvintes. Use um aparelho gravador para conhecer melhor a velocidade de sua fala e decidir-se pelo melhor estilo.
5 – Fale com bom ritmo:
• Alterne a altura e a velocidade de fala para construir um ritmo agradável de comunicação. Quem se expressa com velocidade e altura constantes acaba por desinteressar os ouvintes, não pela falta de conteúdo, mas pela maneira “descolorida” como se apresenta.
6 – Tenha um vocabulário adequado:
• Um bom vocabulário tem de estar isento do excesso de termos pobres e vulgares, como palavrões e gírias. Por outro lado, não se recomenda um vocabulário repleto de palavras difíceise quase sempre incompreensíveis. Evite também o vocabulário específico da sua profissão diante de pessoas não familiarizadas com esse tipo de palavreado. Evitando o vocabulário pobre e vulgar, não tendo a preocupação de se expressar com palavras difíceis, e reservando o vocabulário profissional apenas para aqueles que atuam dentro da mesma área, você estará desenvolvendo um vocabulário simples, objetivo e suficiente para identificar todas as suas idéias e pensamentos.
7 – Cuide da gramática:
• Um erro gramatical, dependendo da sua gravidade, poderá atrapalhar a apresentação e até mesmo destruir sua imagem. Toda a gramática precisa correta, mas principalmente faça uma revisão de concordância e conjugação de verbos. Muitos hesitam na construção das frases porque têm dúvidas sobre a concordância a fazer ou o verbo a conjugar. Além disso, aumente suas leituras de livros de bons autores e observe atentamente a construção das suas frases. A leitura é uma das melhores fontes de aprendizado.
8 – Tenha postura Correta:
• Fique sempre bem posicionado. Ao falar procure não colocar as mãos nos bolsos, nas costas, cruzar os braços, nem se debruce sobre a mesa, cadeira ou tribuna. Deixe os braços naturalmente ao longo do corpo ou acima da linha da cintura e gesticule com moderação. O excesso de gesticulação é mais prejudicial que a falta.
• Distribua o peso do corpo sobre as duas pernas, evitando o apoio ora sobre uma perna, ora sobre a outra. Essa atitude torna a postura deselegante. Também não se fique movimentando desordenadamente de um lado para outro e quando estiver parado não abra demasiadamente as pernas. Só se movimente se pretender se aproximar dos ouvintes, ou dar ênfase a determinada informação.
• Não relaxe a postura do tronco com os ombros caídos. Poderá passar uma imagem negligente, ou de excesso de humildade. Cuidado também para não agir de forma contrária não levantando demasiadamente a cabeça nem mantendo rígida a posição do tórax. Poderá passar uma imagem arrogante e prepotente. Deixe o semblante sempre descontraído e, sendo possível, sorridente. Não fale em alegrias com a fisionomia fechada nem em tristeza com a face alegre. Lembre-se sempre que é preciso existir coerência entre o que falamos e o que demonstramos na fisionomia.
• Ao falar olhe para todas as pessoas para ter certeza de que estão ouvindo e prestando atenção nas suas palavras. Principalmente ao ler, este cuidado tem de ser redobrado, pois existe sempre a tendência de olhar o tempo todo para o texto, esquecendo a presença dos ouvintes.
9 - Tenha início, meio e fim:
• Toda fala, seja simples conversa ou numa apresentação para uma grande platéia, precisa ter início, meio e fim.
	I - O início:
	No inicio procure conquistar os ouvintes desarmando suas resistências e conquistando seu interesse e atenção. Para isso poderá usar algumas das seguintes “dicas”:
a) - Conte uma pequena história que tenha estreita relação com o conteúdo da sua mensagem. Histórias normalmente despertam interesse.
b) - Elogie sinceramente os ouvintes.
c) - Use uma frase que provoque impacto.
d) - Diga que não irá consumir muito tempo.
e) - Faça uma citação de autor respeitado pelos ouvintes.
f) - Use um fato bem humorado. Entretanto, evite piadas.
g) - Levante uma reflexão.
h) - Demonstre sutilmente que conhece o assunto e possui experiência.
i) - Aproveite uma circunstância fazendo um comentário sobre alguém presente ou ainda sobre um acontecimento conhecido dos ouvintes.
	No início você não deverá:
a) - Pedir desculpas por estar com problemas físicos (gripe, resfriado, dor de cabeça, etc.) ou por não estar devidamente preparado para falar.
b) - Contar piadas
c) - Fazer perguntas quando não desejar a resposta.
d) - Tomar partido sobre assuntos polêmicos.
e) - Começar com “Chavões” ou frases muito usadas. Por exemplo: A união faz a força; Uma andorinha só não faz verão, etc.)
f) - Fazer citações de autores muito polêmicos.
Saiba ainda que o início deverá ser breve, neutro e guardar interdependência com o restante da fala.
II - O meio
Na primeira parte do meio, prepare o tema a ser abordado:
a) - Conte numa única frase sobre a matéria que irá abordar. Por exemplo: “Vou falar sobre o lazer do homem moderno”.
b) - Em seguida, faça um relato histórico do tema, ou levante um problema para o qual dará solução.
c) - Finalmente, fale sobre as etapas do assunto que irá desenvolver. Por exemplo: se o tema fosse lazer, as etapas poderiam ser: o lazer no campo, o lazer na praia e o lazer no clube.
Na Segunda parte, desenvolva o assunto principal atendendo ao que foi preparado. Se fez um relato histórico, agora fale do presente; se levantou um problema, agora dê a solução: se dividiu o tema, agora cumpra as etapas prometidas. Use comparações, exemplos, estatísticas, testemunhos, enfim, tudo que puder para confirmar o conteúdo da sua exposição. Se sentir que alguém poderia fazer alguma objeção às suas afirmações, este é o momento de refutá-la.
	III - O fim
No final, faça uma breve recapitulação. Em apenas uma ou duas frases, faça um resumo do que apresentou. Em seguida para encerrar, use os mesmos recursos sugeridos para iniciar: elogiar o auditório, fazer uma citação, aproveitar uma circunstância, um fato bem-humorado, levantar uma reflexão, etc. Além disso, poderá pedir que ajam de acordo com suas propostas.
Não encerre dizendo “era isso que eu tinha para falar”, ou outras formas vazias, sem objetividade.
10 – Fale com emoção:
Fale com entusiasmo, vibre com a sua mensagem, demonstre emoção e interesse nas suas palavras e ações. Assim, terá autoridades para interessar e envolver os seus ouvintes.
11 – Enfrente melhor o medo de falar:	
	a) Saiba exatamente o que vai dizer no início, quase palavra por palavra;
	b) Leve sempre um roteiro escrito com os principais passos da apresentação. Você se sentirá mais seguro com ele;
	c) Se tiver de ler, imprima o texto em um cartão grosso. Assim, se as suas mãos tremerem um pouco, o público não perceberá e você ficará mais tranqüilo;
	d) Ao chegar diante do público, não tenha pressa para começar. Respire o mais tranquilamente que puder, acerte devagar a altura do microfone, olhe para todos os lados da platéia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não demonstrará a instabilidade emocional para o público;
	e) No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, se houver uma mesa diretora, cumprimente cada um dos componentes com calma. Desta forma, ganhará tempo para superar os momentos iniciais tão difíceis;
	f) Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer: preste atenção no que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um pouco;
	g) Se estiver muito nervoso, deixe as mãos apoiadas sobre a mesa ou a tribuna até ficar mais calmo;
	h) Antes da apresentação, treine com os colegas de trabalho ou pessoas próximas. Lembre-se de exercitar respostas para possíveis perguntas ou objeções. Assim, não se surpreenderá diante do público;
	i) Se der branco, não se desespere. Diga: “na verdade o que eu quero dizer é...” Esta frase permitirá que reconte a informação por outro ângulo. Se este recurso falhar, diga aos ouvintes que mais à frente voltará ao assunto; 
	j) Todas essas recomendações ajudam no momento da falar, mas nada substitui uma consistente preparação. Use sempre todo o tempo de que dispõe.
�PAGE �
�PAGE �2�

Outros materiais