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PARALISIA FACIAL
Atinge cerca de 80 mil pessoas por ano no Brasil e ocorre
devido um comprometimento do Nervo Facial responsável
pela inervação dos músculos da mímica facial que pode
levar a uma paresia ou paralisia. 
Cerca de 80% do nervo facial é motor com a função de
inervar os músculos da mímica facial. Os outros 20%
desse nervo são representados pelo nervo intermédio,
responsável pela sensibilidade da região auricular
posterior, do meato auditivo externo, gustação dos 2/3
anteriores da língua, secreção das glândulas sudoríparas
da face, glândulares, salivares e lacrimais. 
Assim dependendo do local e da extensão da lesão que
acometer o nervo facial, qualquer uma das funções acima
citadas pode estar prejudicada. 
Trajeto do nervo facial:
O núcleo do nervo facial está localizado na ponte e sai da
ponte através do sulco bulbopontino, tanto a raiz motora
quanto a sensitiva. Ao saírem do sulco bulbo pontino, as
duas raízes se dirigem para o conduto auditivo interno,
entram no canal facial (aqueduto de Falópio) onde
fundem-se e chegam ao gânglio geniculado realizando
uma curva em ângulo reto (joelho externo do facial).
Emergem da cavidade craniana pelo forame
estilomastóideo, onde se dirigem para a face formando,
primeiramente, dois ramos: Temporofacial e Cervicofacial.
O temporofacial se divide em 2 ramos e o cervicofacial se
divide em 3 ramos.
Ramos Sub-ramificações Músculos inervados
 
 
 
 TEMPOROFACIAL
TEMPORAL auricular superior e anterior,
occiptofrontal ou frontal e
temporo parietal.
 
 ZIGOMÁTICO corrugador do supercílio e
orbicular das pálpebras.
 
 
 
 
 
 
BUCAL prócero, nasal, depressor do
ângulo da boca, elevador do
lábio superior, zigomático
maior e menor, orbicular da
boca e bucinador.
 CERVICOFACIAL 
 MANDIBULAR risório, depressor do lábio
inferior e mentoniano.
 
 CERVICAL platisma
 
Tipos de Paralisia Facial: 
Paralisia facial Central
A paralisia facial central é causada por lesões
supranucleares, levando a um maior acometimento da
hemiface inferior contralateral à lesão. O local e a
extensão da lesão produzem diferentes graus de
acometimento. No córtex cerebral, área motora primária,
cada grupo muscular está representado em um
determinado local, podendo haver maior
comprometimento dos músculos orbiculares da boca, por
exemplo, que do platisma e assim por diante, em relação
aos demais músculos faciais. 
Os detalhes da lesão proporcionam variados graus de
acometimento e quadros clínicos. Como o quadrante
superior da face recebe inervação dos dois hemisférios
cerebrais, o déficit fica evidente no quadrante inferior, mas
no superior, pode passar despercebido. 
Causas:
• Isquemias ou hemorragias cerebrais, 
• tumores no encéfalo,
• abscessos cerebrais, 
• traumatismos crânio encefálicos. 
OBS: Normalmente, é acompanhada de hemiplegia
(homolateral à paralisia facial central).
Sinais clínicos:
• desvio da rima bucal para o lado não paralisado,
adquirindo uma forma oval;
• paralisia do tipo espástica
• apagamento do sulco nasolabial;
• ausência da contração do platisma do lado paralisado;
• queixas de dificuldade de ingestão de líquidos; 
• líquido escorre pela comissura labial do lado oposto,
devido a impossibilidade de fechamento completo da
boca; 
• mastigação também pode estar prejudicada, devido a
paralisia do músculo bucinador;
• impossibilidade/dificuldade em assoprar e assobiar –
devido a incapacidade de protrusão dos lábios e
perfeito fechamento;
• disartria – geralmente discreta, devido a paralisia do
músculo orbicular da boca, apresenta dificuldade em
pronunciar as consoantes bilabiais e labiodentais (p,
b, m, f, v); 
Paralisia facial periférica
A lesão pode ser tanto a nível nuclear como
infranuclear, ou seja, no núcleo do nervo ou no trajeto
nervo. Em razão disso, o déficit observado é de toda a
hemiface, homolateral à lesão. Nessa paralisia, ambos
os sexos são igualmente afetados. Cerca de 85% dos
pacientes apresentam recuperação total ou próxima disso
após 5 meses de evolução do quadro e cerca de 1/6 dos
pacientes permanecem com déficits moderados a
severos. A paralisia periférica também é conhecida como
paralisia de Bell.
Causas:
• Polineuropatias (Guillian Barré)
• Neurites do nervo facial (inflamação)
• Origem metabólica, infecciosa ou tóxica,
• Compressões por tumores a nível da ponte
• Afecções de ouvido ou garganta
• Herpes zoster
• Lesões traumáticas de ouvido
• Processos cirúrgicos (cirurgia de glândulas parótidas
de ouvido médio),
• Focos dentários
• Afrígore (ocasionada por mudança brusca de
temperatura).
Sinais clinicos
• Apagamento das rugas frontais do lado paralisado;
• Apagamento do suco nasolabial;
• Boca tem forma de raquete
• Ageusia (ausência da gustação dos 2/3 anteriores da
língua);
• Hiperacusia (dor quando ouve sons graves do lado
lesado);
• Alterações das secreções salivares.
 
SINAL DE BELL Ao fechar as pálpebras, o globo ocular do
lado afetado pode ser visto girar para cima
e para o lado externo.
SINAL DE NIGRO Pedir para o paciente olhar para cima. No
lado paralisado o globo vai se elevar
primeiro.
SINAL DE CÍLIO DE BARRE OU
SOUQUES
Pedir para o paciente fechar os olhos e os
cílios do olho paralisado vão estar mais
proeminentes.
SINAL DE BOCA OVAL DE PETRIS Quando se pede para o paciente abrir a
boca, o fisioterapeuta nota uma abertura
mais ampla no lado sadio.
SINAL DE LOGOFTALMO Observa-se uma abertura mais ampla no
olho que está paralisado e devido o
elevador da pálpebra superior estar intacto
SINAL DE EPÍFORA A lágrima ao invés de descer no canto do
olho, ela desce pela pálpebra inferior em
direção a bochecha.
SINAL DE CHVOSTEK O físio coloca a polpa dos dedos na parte
paralisada e o paciente não treme, ou seja,
não fibrila.
 
Cuidados:
Colírios e tampões oculares são essenciais para evitar o
desenvolvimento de úlcera na córnea por falta de
lubrificação decorrente da ausência do piscar - déficit que
ocorre porque o músculo levantador da pálpebra superior
é inervado pelo Nervo Óculomotor. Como o III par
craniano estar íntegro, ele impede o movimento oposto
(piscar), cuja a função é do nervo Facial. (paralisia
periférica)
Paralisia Facial Periférica Paralisia Facial Central
Paralisia atinge toda uma hemiface Paralisia atinge somente a metade inferior
de uma hemiface
A paralisia é homolateral a lesão A paralisia é contralateral a lesão
A lesão é nuclear ou infranuclear, esta
última é mais comum
A lesão é supranuclear
Esta paralisia geralmente é menos grave.
Causas: viral, trauma de nervo, diabetes
Esta paralisia geralmente é mais grave.
Causas: AVC, tumor,
 
 
 
 
 
 
1. O feixe que não cruza inerva os quadrantes
superiores
2. O feixe que cruza inerva os quadrantes
superiores e inferiores
Tratamento
Objetivos do tratamento fisioterapêutico:
1. Manter a percepção corporal facial, para não
prejudicar a programação e a execução dos
movimentos à medida que a recuperação avança
com a evolução do quadro.
2. Melhorar a movimentação ativa dos músculos
acometidos
3. Tentar evitar que assimetrias e atrofias musculares
sejam instaladas
4. Acelerar o tempo de recuperação, visando à melhora
tanto estética quanto funcional 
Consiste na execução de exercícios isométricos,
isotônicos e isocinéticos nos músculos da mímica facial
visando o ganho de força e controle motor. A quantidade e
a duração da resistência utilizada nestes exercícios são
sistematicamente aumentadas de acordo com a
habilidade do paciente.
Os exercícios cinesioterapêuticos também podem ser
realizados, manipulando a hemiface contralateral, para
evitar o desenvolvimento de assimetrias e contraturas e
para promover a irradiação para a hemiface acometida.
Podem ser feitos exercíciosde massagem e
alongamento, preparando a região para o trabalho
muscular posterior, bem como a estimulação sensorial.
Recursos como aplicação de gelo ou estímulos rápidos
cutâneos também são muito frequentes, com o intuito de
facilitar a contração dos músculos desejados. O uso de
espelho, ou seja, da retroalimentação visual, potencializa
os movimentos em execução. 
A estimulação elétrica trata-se da aplicação de corrente
elétrica para auxiliar a contração dos músculos
paralisados, contribuindo como um recurso a mais para o
ganho de força diminuindo assim o grau de atrofia e
mantendo a nutrição muscular.
 
 
 
Além dos exercícios realizados na fisioterapia, o paciente
pode realizar alguns exercícios em casa, como, por
exemplo:
1. Fazer bolinhas de sabão
2. Encher balões de ar.
3. Fazer caretas
Estes exercícios irão, pouco a pouco, fortalecer a
musculatura da boca e facilitar a realização de
movimentos com os músculos da face.
 
Testando o conhecimento:
1- O quadro clínico da paralisia facial periférica distingue-
se do quadro da paralisia facial central e apresenta
paralisia de toda musculatura da mímica
(A) de uma hemiface, desvio da rima para o lado são e o
olho mantém-se fechado.
(B) de uma hemiface, desvio da rima para o lado afetado
e o olho mantém-se fechado.
(C) de uma hemiface, desvio da rima para o lado são e o
olho mantém-se aberto pela ação do músculo elevador da
pálpebra.
(D) do quadrante inferior de uma hemiface, desvio da rima
para o lado são e o olho mantém-se aberto pela ação do
músculo elevador da pálpebra.
(E) dos dois quadrantes inferior e o olho mantém-se
aberto pela ação do músculo elevador da pálpebra.
 
2- A paralisia facial é um distúrbio que envolve a
expressão facial, com repercussões biopsicossociais
importantes na vida da pessoa acometida. A reabilitação
dos déficits funcionais ocasionados por essa condição
deve ser acompanhada por um fisioterapeuta que saiba
reconhecê-la e classificá-la corretamente. Com base nos
conhecimentos sobre paralisia facial, assinale a
alternativa correta.
a) A paralisia facial periférica causa hipertonia clássica.
b) A paralisia facial central causa hipertonia clássica. 
 c) O acometimento da paralisia facial central é ipsilateral
à lesão.
 d) Na paralisia facial central, o paciente não consegue
fechar o olho do lado paralisado.
 e) O nervo facial não faz parte dos doze nervos
cranianos.
 
3- Avalie as informações a seguir:
I - As lesões do nervo facial em qualquer parte de seu
trajeto resultam em paralisia total (homolateral a lesão)
dos músculos da expressão facial na metade lesada
(quadrante superior e inferior).
II - Na paralisia facial periférica é comum que o olho do
lado lesado permaneça aberto, pois a pálpebra superior é
inervada pelo n. oculomotor que não se encontra
lesionado nesta patologia.
III - Na paralisia facial periférica é comum que o olho do
lado lesado permaneça fechado, pois a pálpebra superior
é inervada pelo n. facial lesionado nesta patologia.
IV - Um dos sinais característicos da paralisia facial
periférica é o acometimento da sensibilidade da face
devido ao acometimento do nervo facial.
V - Na paralisia facial periférica o acometimento motor se
da na hemiface homolateral a lesão com subsequente
quadro de paralisia flácida dos músculos da mímica facial
deste lado.
É correto apenas o que se afirma em:
A) II, III e IV.
B) I, II, IV e V.
C) I, II, III e V.
D) II, III, IV e V.
E) I, II e V.

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