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CCE0757 – CIÊNCIAS DO AMBIENTE Aula 11: MEIO AQUÁTICO Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Meio Aquático Caracterização e tratamento de efluentes Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático CARACTERIZAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS Hidrocarbonetos Gorduras Fenóis Proteínas, etc. Metais pesados Nitrogênio Fósforo Cloretos, etc. Sulfeto de H2 Metano Oxigênio Características dos efluentes líquidos Características químicas Conteúdo de inorgânicos Conteúdo de orgânicos Conteúdo de gases Sólidos Cor Odor temperatura Res. animais Res. vegetais Bactérias Vírus Características físicas Características biológicas Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Fontes típicas e efeitos dos poluentes presentes em efluentes líquidos Poluentes Efeitos Fontes típicas Orgânicosbiodegradáveis Desoxigenação, condiçõesanaeróbicas, morte de peixes, odores Efluentes com grande quantidade dehidrocarbonetos dissolvidos; refino de açúcar; destilarias; cervejarias; processamento de leite; indústria de papel e celulose. Metaispesados Morte de peixes,envenenamento do gado; morte do plâncton acumulação na carne dos peixes e dos moluscos limpeza, platinado e decapagem demetais; refinamento dos fosfatos e da bauxita; geração de cloro; fabricação de baterias; curtimento do couro. Ácidos eálcalis Afetação do sistema decompensação do pH desordenamento do sistema ecológico. Percolados das jazidas de carvão;decapagem do aço; indústrias têxteis; produções químicas; limpeza dalâ; lavadores Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Fontes típicas e efeitos dos poluentes presentes em efluentes líquidos Poluentes Efeitos Fontes típicas Desinfetantes, Cl2, H2O2,Fomalina, fenóis Morte seletiva demicroorganismos, aparecimento de sabor e odor na água Branqueamento do papel e tecidos; síntese de resinas; fabricação de penicilina; fabricação de gás, coque e alcatrão de carvão; tinturas e produções químicas. íons: Fe, Ca,Mg, Mn, SO4 Mudanças nas características da água: aparecimento da cor, dureza, salinidade e incrustações Metalurgia; fabricação de cimento; cerâmica; bombeamento de petróleo das jazidas Agentes oxidantes e redutores, NH3, NO2, NO3, S-, SO-2 Alteração do balanço químico por esgotamento rápido do oxigêniosobrenutrição; aparecimento de odores e crescimento seletivo de microrganismos Fabricação de gás e coque; plantas de fertilizantes; fabricação de explosivos; tintura e fabricação de fibras sintéticas; o obtenção de polpa a partir da madeira; branqueamento. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Fontes típicas e efeitos dos poluentes presentes em efluentes líquidos Poluentes Efeitos Fontes típicas Poluentes evidentes à vista e ao olfato Espuma, sólidos sedimentáveis eflotantes; odores; decomposição anaeróbica no fundo óleos e gorduras Resíduos de detergentes; tinturas; processamento de alimentos e carne; fábricas de açúcar de beterraba; plantas de manufatura de lã; fezes de aves; refino de petróleo. Microrganismos patogênicos Infecções em humanos, reinfecção de outros seres vivos; doenças das plantas pela irrigação com água contaminada por fungos Resíduos de matadouros; processamento de lã; águas residuais do processamento de aves; resíduos hospitalares. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático MÉTODOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS Estações de tratamento barreira final entre o efluente e o corpo receptor estão fortemente atreladas as legislações vigentes que, acabam estabelecendo o tipo de tratamento a ser adotado. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático MÉTODOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS Operação Definição e aplicação Peneiramento Remoção dos sólidos grossos e decantáveis utilizando-se de grades e peneiras. Desintegração Moagem dos sólidos grossos até dimensões mais ou menos uniformes e que não afetem a operação de bombas e outros equipamentos auxiliares. Equalização Atenuação das variações das características do efluente líquido, em particular da vazão, da concentração de compostos orgânicos (DBO) e da concentração de sólidos em suspensão. Mistura Garante a mistura homogênea de reagentes químicos e gases durante as diferentes operações de tratamento. Utiliza- se também para manter os sólidos em suspensão. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático MÉTODOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS Operação Definição e aplicação Floculação Promove a aglomeração de partículas pequenas em flocos, visando uma melhoria na eficiência do processo de decantação gravitacional. Consegue se a aglomeração por colisão entre as partículas. Decantação Remoção dos sólidos decantáveis e espessamento de Iodos por sedimentação gravitacional. Flotação Remoção dos sólidos em suspensão e de partículas com densidade aproximadamente igual à da água. Utiliza-se também para o espessamento de Iodos. Este tratamento baseia-se na formação de uma grande quantidade de borbulhas de ar, distribuídas uniformemente pelo volume do reator, e que arrastam os sólidos em suspensão até a superfície do líquido. Filtragem Remoção dos sólidos em suspensão, que ficam logo após o tratamento biológico e químico. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático ETAPAS DE UM TRATAMENTO DE EFLUENTE O funcionamento de uma Estação de Tratamento de Efluente (ETE) compreende basicamente as seguintes etapas: pré-tratamento (gradeamento e desarenação), tratamento primário (floculação e sedimentação), tratamento secundário (processos biológicos de oxidação), tratamento do lodo e tratamento terciário (polimento da água). Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO PRELIMINAR Constituído unicamente por processos físicos. Nesta etapa, é feita a remoção dos materiais em suspensão, através da utilização de grelhas e de crivos grossos (gradeamento), e a separação da água residual das areias a partir da utilização de canais de areia (desarenação). Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Gradeamento Etapa na qual ocorre a remoção de sólidos grosseiros, onde o material de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é retido. Há grades grosseiras (espaços de 5,0 a 10,0 cm), grades médias (espaços entre 2,0 a 4,0 cm) e grades finas (entre 1,0 e 2,0 cm) que têm pôr objetivo reter o material sólido grosseiro em suspensão no efluente. As principais finalidades do gradeamento são: proteção dos dispositivos de transporte dos efluentes (bombas e tubulações); proteção das unidades de tratamento subseqüentes e proteção dos corpos receptores. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Desarenação Etapa na qual ocorre a remoção da areia por sedimentação. Este mecanismo ocorre da seguinte maneira: os grãos de areia, devido às suas maiores dimensões e densidade, vão para o fundo do tanque, enquanto a matéria orgânica, de sedimentação bem mais lenta, permanece em suspensão, seguindo para as unidades seguintes. As finalidades básicas da remoção de areia são: evitar abrasão nos equipamentos e tubulações; eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações, tanques, orifícios, sifões, e facilitar o transporte do líquido, principalmente a transferência de lodo, em suas diversas fases. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO PRELIMINAR O tratamento primário é constituído unicamente por processos físico-químicos. Nesta etapa procede-se a equalização e neutralização da carga do efluente a partir de um tanque de equalização e adição de produtos químicos. Seguidamente, ocorre a separação de partículas líquidas ou sólidas através de processos de floculação e sedimentação, utilizando floculadores e decantador (sedimentador) primário. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Floculação O processo de coagulação, ou floculação, consiste na adição de produtos químicos que promovem a aglutinação e o agrupamento das partículas a serem removidas, tornando o peso especifico das mesmas maior que o da água, facilitando a decantação Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Decantação Primária Esta etapa consiste na separação sólido (lodo) – líquido (efluente bruto) por meio da sedimentação das partículas sólidas. Os tanques de decantação podem ser circulares ou retangulares. Os efluentes fluem vagarosamente através dos decantadores, permitindo que os sólidos em suspensão, que apresentam densidade maior do que a do líquido circundante, sedimentem gradualmente no fundo. Essa massa de sólidos, denominada lodo primário bruto, pode ser adensada no poço de lodo do decantador e enviada diretamente para a digestão ou ser enviada para os adensadores. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Peneira Rotativa Dependendo da natureza e da granulometria do sólido, as peneiras podem substituir o sistema de gradeamento ou serem colocadas em substituição aos decantadores primários. A finalidade é separar sólidos com granulometria superior à dimensão dos furos da tela. O fluxo atravessa o cilindro de gradeamento em movimento, de dentro para fora. Os sólidos são retidos em função da perda de carga na tela, removidos continuamente e recolhidos em caçambas. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático SISTEMAS DE DECANTAÇÃO Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático SISTEMAS DE DECANTAÇÃO Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático SISTEMAS DE DECANTAÇÃO Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático SISTEMAS DE DECANTAÇÃO Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático SISTEMAS DE FLOCULAÇÃO Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO DE ÁGUAS CONTAMINADAS COM ÓLEOS O selecionamento do tipo de separador a ser utilizado irá depender da granulometria das gotículas no efluente. Formas de separar líquidos imiscíveis: separação mecânica por força gravitacional coalescência. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO DE ÁGUAS CONTAMINADAS COM ÓLEOS O tipo mais usual é o separador baseado na força gravitacional óleos lodosos com gotículas maiores que 150 µm óleo acumula-se na superfície saindo pelo duto e o material sólido é retirado pelo fundo sob a forma de lodo. oleofílicas: polipropileno, polivinil cloreto, aço inox e aço carbono as partículas aderidas se juntam as de maior diâmetro e aumentam a eficiência do equipamento Nos separadores por coalescência é possível obter uma concentração de óleo não emulsionado na saída de 10 mg/l Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Separadores Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Separadores Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO BIOLÓGICOS Utiliza o metabolismo de microorganismos para reduzir a níveis aceitáveis o teor de compostos orgânicos dos efluentes resultado = massa decantável de microorganismos. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Filtros Biológicos efluente primário é aspergido sobre uma camada de pedras britas ou outro meio coberto de uma película biológica (bactérias, protozoários e fungos) Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Biodiscos Equipamento constituído de chapas corrugadas que funcionam como suporte para culturas microbianas aderidas. Durante a rotação o disco arrasta uma película de efluente, à qual transfere-se oxigênio e nutrientes durante o contato com o ar. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Biodiscos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Biodiscos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático PISCINAS OU LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO Tipos de lagoas : Facultativas ou de oxidação. relação entre algas e bactérias. O oxigênio para satisfazer a DBO é produzido pelas algas como resultado da fotossíntese, e utilizado pelas bactérias Lagoas de maturação. segunda etapa para as lagoas facultativas, teor de orgânicos muito baixo, remoção de microorganismos patógenos Lagoas anaeróbicas. tratamento de efluentes com alto teor de sólidos Lagoas aeradas. Introduz-se aeração forçada visando dar maior flexibilidade e diminuir os requisitos de área Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO SECUNDÁRIO Etapa na qual ocorre a remoção da matéria orgânica, por meio de reações bioquímicas. Os processos podem ser Aeróbicos ou Anaeróbicos. Os processos Aeróbios simulam o processo natural de decomposição, com eficiência no tratamento de partículas finas em suspensão. O oxigênio é obtido por aeração mecânica (agitação) ou por insuflação de ar. Já os Anaeróbios consistem na estabilização de resíduos feita pela ação de microorganismos, na ausência de ar ou oxigênio elementar. O tratamento pode ser referido como fermentação mecânica. Maiores detalhes sobre estes tratamentos podem ser encontrados no artigo técnico “Tratamento Biológico de Efluentes”. Como exemplo, cita-se o processo aeróbico lodo ativado. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTOS QUÍMICOS Um tipo de tratamento que vem tomando uma certa popularidade é o tratamento anaeróbico. Este tratamento pode ser dividido em três etapas: Liquefação: A matéria orgânica sólida é fracionada pelo efeito de enzimas produzidas pelas bactérias e dissolvida na água circundante Formação de ácidos: As bactérias produzem ácido acético, ácidos voláteis (propiônico e butírico), CO2 e H2 Metanogênese: As bactérias metanogênicas transformam o acetato e o CO2 em CH4 Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático a) Coagulação: Processo de desestabilização das partículas coloidais (0,1 – 1 µm) - agrupam e são eliminadas por floculação. b) Precipitação química: consiste na alteração do equilíbrio iônico de um composto metálico, para produzir um precipitado insolúvel. Exemplos de tratamentos químicos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Exemplos de tratamentos químicos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático c) Oxidação: obter intermediários de fácil biodegradação ou removíveis por adsorção. (ferro - coloração da água, manganês – pesticidas). oxidantes químicos: Oxigênio, Cloro, permanganato de potássio, peróxido de hidrogênio Exemplos de tratamentos químicos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Exemplos de tratamentos químicos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático d) Adsorção com carvão ativo: O carvão ativado é utilizado basicamente para a remoção de compostos orgânicos solúveis. Como: Solventes orgânicos (clorados e aromáticos) Compostos de alto peso molecular: Aromáticos polinucleares. Aminas e surfactantes de alto peso molecular Metais pesados Exemplos de tratamentos químicos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Exemplos de tratamentos químicos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático e) Separação por membranas: separação seletiva de diferentes compostos de um efluente. Exemplos de tratamentos químicos Operações industriais Tecnologia de membranas Concentração de alimentos Purificação de açúcar Recuperação de metais Dessalinização de água do mar Osmose inversa Ultra Filtragem e OI Micro Filtragem, Ultra filtragem Osmose Inversa Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Exemplos de tratamentos químicos Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Tanque de Aeração Tanque no qual a remoção da matéria orgânica é efetuada por reações bioquímicas, realizadas por microrganismos aeróbios (bactérias, protozoários, fungos etc). A base de todo o processo biológico é o contato efetivo entre esses organismos e o material orgânico contido nos efluentes, de tal forma que esse possa ser utilizado como alimento pelos microrganismos. Os microrganismos convertem a matéria orgânica em gás carbônico, água e material celular (crescimento e reprodução dos microrganismos). Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Decantação Secundária e Retorno do Lodo Etapa em que ocorre a clarificação do efluente e o retorno do lodo. Os decantadores secundários exercem um papel fundamental no processo de lodos ativados. São os responsáveis pela separação dos sólidos em suspensão presentes no tanque de aeração, permitindo a saída de um efluente clarificado, e pela sedimentação dos sólidos em suspensão no fundo do decantador, permitindo o retorno do lodo em concentração mais elevada. O efluente do tanque de aeração é submetido à decantação, onde o lodo ativado é separado, voltando para o tanque de aeração. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Decantação Secundária e Retorno do Lodo O retorno do lodo é necessário para suprir o tanque de aeração com uma O efluente líquido oriundo do decantador secundário pode ser descartado diretamente para o corpo receptor, pode ser oferecido ao mercado para usos menos nobres, como lavagem de ruas e rega de jardins, ou passar por tratamento para que possa ser reutilizado internamente Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Elevatória do Lodo Excedente - Descarte do Lodo Etapa em que acontece o descarte do lodo excedente. Os sólidos suspensos, lodo produzido diariamente correspondente à reprodução das células que se alimentam do substrato, devem ser descartados do sistema para que este permaneça em equilíbrio (produção de sólidos = descarte de sólidos). O lodo excedente extraído do sistema é dirigido para a seção de tratamento de lodo. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO DE LODO Adensamento do Lodo Etapa em que acontece a redução do volume do lodo. Como o lodo contém uma quantidade muito grande de água, deve-se realizar a redução do seu volume. Esta etapa ocorre nos Adensadores e nos Flotadores. O adensamento é o processo para aumentar o teor de sólidos do lodo e, conseqüentemente, reduzir o seu volume. Desta forma, as unidades subseqüentes, tais como a digestão, desidratação e secagem, beneficiam-se desta redução. Dentre os métodos mais comuns, temos o adensamento por gravidade e por flotação. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO DE LODO Adensamento do Lodo O adensamento por gravidade do lodo tem por princípio de funcionamento a sedimentação por zona, sistema similar aos decantadores convencionais. O lodo adensado é retirado do fundo do tanque. No adensamento por flotação, o ar é introduzido na solução através de uma câmara de alta pressão. Quando a solução é despressurizada, o ar dissolvido forma micro-bolhas que se dirigem para cima, arrastando consigo os flocos de lodo que são removidos na superfície. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO DE LODOS De forma geral, os sólidos gerados no tratamento de efluente são lançados nos aterros sanitários (naturalmente que a depender da composição pode-se avaliar outras aplicações). Os métodos empregados para secagem do material sólidos são: Secagem gravitacional em leitos de secagem Filtragem a vácuo Filtros prensa (+ utilizado. pressão de até 15bar, unidade final de 20%) Centrifugação Secagem por secadores Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Processo de Lodo ativado Consiste na produção de uma massa ativada de microorganismos onde uma parte é recirculada para o tanque de aeração e misturada com o efluente, a fim de estabilizar a matéria orgânica contida nele. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Digestão Anaeróbia Etapa na qual ocorre a remoção da matéria orgânica, por meio de reações bioquímicas. Os processos podem ser Aeróbicos ou Anaeróbicos. Os processos Aeróbios simulam o processo natural de decomposição, com eficiência no tratamento de partículas finas em suspensão. O oxigênio é obtido por aeração mecânica (agitação) ou por insuflação de ar. Já os Anaeróbios consistem na estabilização de resíduos feita pela ação de microorganismos, na ausência de ar ou oxigênio elementar. O tratamento pode ser referido como fermentação mecânica. Maiores detalhes sobre estes tratamentos podem ser encontrados no artigo técnico “Tratamento Biológico de Efluentes”. Como exemplo, cita-se o processo aeróbico lodo ativado. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Condicionamento Químico do Lodo Etapa na qual ocorre a estabilização do lodo pelo uso de produtos químicos tais como: cloreto férrico, cal, sulfato de alumínio e polímeros orgânicos. O condicionamento químico, usado antes dos sistemas de desidratação mecânica, tais como filtração, centrifugação, etc, resulta na coagulação de sólidos e liberação da água adsorvida. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Desidratação do lodo Etapa na qual é feita a remoção de umidade do lodo, com o uso de equipamentos tais como: centrífuga, filtro prensa ou belt press. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático Secagem do lodo Etapa na qual é feita a secagem do lodo, com o uso de secador térmico. A secagem térmica do Lodo é um processo de redução de umidade através de evaporação de água para a atmosfera com a aplicação de energia térmica, podendo-se obter teores de sólidos da ordem de 90 a 95%. Com isso, o volume final do lodo é reduzido significativamente. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático TRATAMENTO TERCIÁRIO O tratamento terciário pode ser empregado com a finalidade de se conseguir remoções adicionais de poluentes em águas residuárias, antes de sua descarga no corpo receptor e/ ou para recirculação em sistema fechado. Essa operação é também chamada de “polimento”. Em função das necessidades de cada indústria, os processos de tratamento terciário são muito diversificados; no entanto pode-se citar as seguintes etapas: filtração, cloração ou ozonização para a remoção de bactérias, absorção por carvão ativado, e outros processos de absorção química para a remoção de cor, redução de espuma e de sólidos inorgânicos tais como: eletrodiálise, osmose reversa e troca iônica. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. Ciências do Ambiente AULA 11: Meio Aquático
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