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43626 AULA 2 OS PARTIDOS POL TICOS(1)

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OS PARTIDOS POLÍTICOS 
NA LEI Nº. 9.096/95 
 Em 1995 foi promulgada a lei nº. 9.096/95, 
a Lei Geral dos Partidos Políticos, garantindo 
autonomia aos partidos, considerados pessoas 
jurídicas de direito privado, e, ao mesmo 
tempo, regulamentando os limites a esta 
autonomia, em consonância com a Constituição 
Federal. 
 Em seus primeiros artigos, correspondentes ao 
título I "disposições preliminares", a Lei nº. 9.096/95, 
repetindo, muitas vezes, preceitos constitucionais, 
estabelece, logo no seu artigo 1º , que o partido político 
é pessoa jurídica de direito privado, destinada a 
assegurar, "no interesse do regime democrático, a 
autenticidade do sistema representativo e defender os 
direitos fundamentais definidos na Constituição Federal". 
 
 Posteriormente, o Código Civil de 2002, em seu 
artigo 44, V, consagrou, mais uma vez, a regra segundo a 
qual os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito 
privado que gozam de autonomia para organização e 
funcionamento. 
 É assegurado o pluripartidarismo no estado brasileiro 
tendo autonomia para definir sua estrutura interna, 
organização e funcionamento. 
 
 É assegurado aos candidatos, partidos políticos e 
coligações autonomia para definir o cronograma das 
atividades eleitorais de campanha e executá-lo em qualquer 
dia e horário, observados os limites estabelecidos em lei. Os 
filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres. 
 
 A ação do partido tem caráter nacional e é exercida 
de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a 
entidades ou governos estrangeiros. É vedado ao partido 
político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de 
organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus 
membros. O partido político, após adquirir personalidade 
jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal 
Superior Eleitoral. 
 Somente será é admitido o registro do 
estatuto de partido político que tenha caráter 
nacional, considerando-se como tal aquele que 
comprove, no período de dois anos, o 
apoiamento de eleitores não filiados a partido 
político, correspondente a, pelo menos, 0,5% 
(cinco décimos por cento) dos votos dados na 
última eleição geral para a Câmara dos 
Deputados, não computados os votos em 
branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou 
mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um 
décimo por cento) do eleitorado que haja 
votado em cada um deles. 
 Veja-se: 
 Só o partido que tenha registrado seu 
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode 
participar do processo eleitoral, receber recursos 
do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e 
à televisão. 
 
 Somente o registro do estatuto do partido no 
Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade 
da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a 
utilização, por outros partidos, de variações que 
venham a induzir a erro ou confusão. 
 
Da criação e do registro dos partidos políticos 
 
 O TSE não aceita como válidas assinaturas de 
apoiamento colhidas pela internet. 
 Após a obtenção do apoiamento mínimo, deverá ser 
realizado o registro do estatuto do novo partido no TSE, através 
de requerimento acompanhado de: 
 Feita a instrução, o processo é distribuído a 
relator, no prazo de 48h; é ouvida a procuradoria, no 
prazo de 10 dias; e, após, é fixado prazo de 10 dias 
para eventuais diligências. Ao final, verifica-se um 
último prazo, de 30 dias, para o registro. 
 
 Apenas após o registro no TSE, garante-se ao 
partido o recebimento de recursos do fundo partidário, 
o acesso gratuito ao rádio e TV e a exclusividade da sua 
denominação, sigla e símbolos, bem como a 
possibilidade de participar de eleições. 
Sintetiza-se as diversas etapas do processo de criação e registro dos partidos políticos abaixo: 
 O partido comunica ao Tribunal Superior Eleitoral 
a constituição e eventuais alterações de seus órgãos de 
direção nacional e nomes dos respectivos integrantes, e 
aos Tribunais Regionais Eleitorais quando se tratar de 
órgãos de direção estaduais, municipais ou zonais. 
 
 O partido político funciona, nas Casas 
Legislativas, por intermédio de uma bancada, que deve 
constituir suas lideranças de acordo com o estatuto do 
partido, as disposições regimentais das respectivas 
Casas e as normas desta Lei. 
 
Responsabilidade civil e trabalhista dos órgãos partidários 
 O artigo 15-A da lei n°. 9.096/95 estabelece 
que cabe exclusivamente ao órgão partidário que 
tiver dado causa a não cumprimento de obrigação 
civil ou trabalhista, ou qualquer outro ato ilícito, a 
sua responsabilidade, excluída a solidariedade de 
outros órgãos de direção partidária (nacional, 
estadual ou municipal). 
 
 O órgão nacional do partido político, quando 
responsável, somente poderá ser demandado 
judicialmente na circunscrição especial judiciária da 
sua sede, inclusive nas ações de natureza cível ou 
trabalhista. 
Do Programa e do Estatuto 
do Partido Político 
 O partido é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e para 
estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento, 
de vendo prever normas sobre o nome, denominação abreviada e o estabelecimento 
da sede na Capital Federal, a filiação e desligamento de seus membros, os direitos e 
deveres dos filiados, a estrutura administrativa, a fidelidade e disciplina partidárias, 
processo para apuração das infrações e aplicação das penalidades, assegurado amplo 
direito de defesa, as condições e forma de escolha de seus candidatos a cargos e 
funções eletivas, as finanças e contabilidade, estabelecendo, inclusive, normas que os 
habilitem a apurar as quantias que os seus candidatos possam despender com a 
própria eleição, que fixem os limites das contribuições dos filiados e definam as 
diversas fontes de receita do partido, além daquelas previstas nesta Lei e os critérios 
de distribuição dos recursos do Fundo Partidário entre os órgãos de nível municipal, 
estadual e nacional que compõem o partido. 
 
 A responsabilidade, inclusive civil e trabalhista, cabe exclusivamente ao órgão 
partidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado causa ao não cumprimento 
da obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a qualquer ato ilícito, excluída 
a solidariedade de outros órgãos de direção partidária. 
Da filiação partidária 
 Só pode filiar-se a partido o eleitor que 
estiver no pleno gozo de seus direitos políticos. 
 
 Considera-se deferida, para todos os 
efeitos, a filiação partidária, com o atendimento 
das regras estatutárias do partido. 
 
 Deferida a filiação do eleitor, será entregue 
comprovante ao interessado, no modelo 
adotado pelo partido. 
 
Da filiação partidária 
 Na segunda semana dos meses de abril e 
outubro de cada ano, o partido, por seus órgãos 
de direção municipais, regionais ou nacional, 
deverá remeter, aos juízes eleitorais, para 
arquivamento, publicação e cumprimento dos 
prazos de filiação partidária para efeito de 
candidatura a cargos eletivos, a relação dos 
nomes de todos os seus filiados, da qual 
constará a data de filiação, o número dos 
títulos eleitorais e das seções em que estão 
inscritos. 
Da filiação partidária 
 Se a relação não é remetida nos prazos 
mencionados neste artigo, permanece inalterada a 
filiação de todos os eleitores, constante da relação 
remetida anteriormente. 
 
 Os prejudicados por desídia ou má-fé 
poderão requerer, diretamente à Justiça Eleitoral a 
inclusão na relação de filiados. 
 
 Os órgãos de direção nacional dos partidos 
políticos terão pleno acesso às informações de seus 
filiados constantes do cadastro eleitoral. 
Da filiação partidária 
 É facultado ao partido político estabelecer, em seuestatuto, prazos de filiação partidária superiores aos previstos 
na Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos. 
 
 Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do 
partido, com vistas a candidatura a cargos eletivos, não podem 
ser alterados no ano da eleição. 
 
 Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação 
escrita ao órgão de direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona 
em que for inscrito. 
 
 Decorridos dois dias da data da entrega da 
comunicação, o vínculo torna-se extinto, para todos os efeitos. 
Da filiação partidária 
 O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se 
nos casos de: 
 I - morte; 
 II - perda dos direitos políticos; 
 III - expulsão; 
 IV - outras formas previstas no estatuto, com comunicação 
obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas da 
decisão. 
 V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o 
fato ao juiz da respectiva Zona Eleitoral. 
 
Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a 
mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o 
cancelamento das demais. 
Da filiação partidária 
 Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se 
desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito. 
 
 Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária 
somente as seguintes hipóteses: 
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa 
partidário; 
II - grave discriminação política pessoal; e 
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta 
dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para 
concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do 
mandato vigente 
 
Disciplina e fidelidade partidárias 
 A CF/88, artigo 17, § 1º, é muito clara ao dispor 
que deverão os partidos políticos, em seus respectivos 
estatutos, dispor sobre normas de fidelidade e disciplina 
partidárias. 
 
 A responsabilidade por violação dos deveres 
partidários deve ser apurada e punida por cada partido 
político, na forma do seu estatuto, assegurada a ampla 
defesa ao filiado. 
 
 O parlamentar que deixar o partido sob cuja 
legenda tenha sido eleito perderá, automaticamente, a 
função ou cargo que exerça na casa legislativa em 
virtude da proporção partidária. 
 
 Desde a CF/88 tornaram-se muito comuns os casos 
de troca de partidos por parlamentares, e também 
titulares de cargos executivos, após as eleições, no curso 
do mandato. 
 
 A CF/88 exige que todas as candidaturas a cargos 
eletivos no Brasil sejam viabilizadas através de partidos 
políticos, vedando as candidaturas avulsas. 
 
 O tradicional troca-troca termina por distorcer os 
objetivos do legislador constitucional, enfraquecendo as 
legendas partidárias e priorizando os interesses 
subjetivos dos mandatários em detrimento aos 
interesses do povo, verdadeiro titular da soberania. 
 Em 2007, no entanto, decisão histórica do Tribunal 
Superior Eleitoral, em resposta à Consulta n°. 1398, 
formulada pela antigo Partido da Frente Liberal (PFL), 
mudou o curso da história, ao estabelecer que os 
mandatos políticos conquistados nas eleições 
proporcionais (eleições de vereador e deputados 
estaduais, distritais e federais) pertencem aos partidos 
políticos, e não aos candidatos eleitos. 
 
 A partir da citada consulta, finalmente foram 
distinguidos os conceitos de fidelidade e disciplina 
partidárias, abrindo-se a possibilidade de cassação de 
mandatos de parlamentares infiéis aos seus partidos. 
 
 Mas, afinal de contas, qual é a distinção existente 
entre disciplina e fidelidade partidária? 
 A disciplina partidária é um instituto de 
direito privado, que relaciona os partidos 
políticos aos seus filiados. 
 
 O filiado indisciplinado deverá ser 
advertido, suspenso, ou até mesmo expulso do 
partido, sem que tal fato acarrete a perda de 
eventual mandato que esteja exercendo. 
 
 O que está em jogo, tão somente, é a 
relação do filiado com o partido político, e o 
respeito a questões interna da agremiação 
partidária. 
 O instituto da fidelidade partidária está 
relacionando não apenas o mandatário ao seu 
partido político, mas sim ao próprio eleitor que, 
ao elegê-lo, escolheu também votar em 
determinado partido. 
 
 Um ato de infidelidade é muito mais 
grave que um ato de indisciplina, devendo 
acarretar a perda do mandato político 
titularizado pelo seu praticante. 
 Cabe ao partido político interessado pedir, 
perante a Justiça Eleitoral, a decretação da 
perda do mandato eletivo em decorrência de 
desfiliação partidária sem justa causa, tendo 
para isso o prazo de trinta dias. 
 
 Após o esgotamento deste prazo, quem 
quer que tenha interesse jurídico e o Ministério 
Público podem formular o referido pedido, 
também no prazo de trinta dias. 
 Mas o que seria uma justa causa para a desfiliação 
partidária? 
 Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se 
desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito. 
 
 Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária 
somente as seguintes hipóteses: 
 
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa 
partidário; 
 
II - grave discriminação política pessoal; e 
 
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias 
que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à 
eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato 
vigente. 
 A Resolução n°. 22.610 do TSE estabelece que o 
requerente, expondo os fundamentos do pedido na 
inicial, deverá juntar prova documental da desfiliação, 
podendo arrolar testemunhas, até o máximo de 3 (três), e 
requerer, justificadamente, outras provas, inclusive 
requisição de documentos em poder de terceiros ou de 
repartições públicas. 
 
 O mandatário que se desfilou e o eventual partido 
em que esteja inscrito serão citados para responder no 
prazo de 5 (cinco) dias, contados do ato da citação, sob 
pena de revelia. Na resposta, o requerido juntará prova 
documental, podendo arrolar testemunhas, até o máximo 
de 3 (três), e requerer, justificadamente, outras provas, 
inclusive requisição de documentos em poder de 
terceiros ou de repartições públicas. 
 
 Decorrido o prazo de resposta, o tribunal ouvirá, em 48 
(quarenta e oito) horas, o representante do Ministério Público, quando 
não seja requerente, e, em seguida, julgará o pedido, em não havendo 
necessidade de dilação probatória. 
 
 Havendo necessidade de provas, deferi-las-á o relator, 
designando o 5° (quinto) dia útil subsequente para, em única 
assentada, tomar depoimentos pessoais e inquirir testemunhas, as 
quais serão trazidas pela parte que as arrolou. 
 
 Declarando encerrada a instrução, o relator intimará as partes 
e o representante do Ministério Público, para apresentarem, no prazo 
comum de 48 (quarenta e oito) horas, alegações finais por escrito. 
Cabe ao relator, na ocorrência de julgamento, antecipado ou não, 
preparar o voto e pedir a inclusão do processo na pauta da sessão 
seguinte do tribunal, observada a antecedência de 48 horas. Aos 
interessados, é facultada a sustentação oral por um prazo máximo de 
15 minutos, durante a sessão de julgamento. 
 Julgando procedente o pedido, o tribunal 
decretará a perda do cargo, comunicando a decisão ao 
presidente do órgão legislativo competente para que 
emposse, conforme o caso, o suplente ou o vice, no 
prazo de 10 (dez) dias. 
 
 Havendo coexistência de filiações partidárias, 
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral 
determinar o cancelamento das demais. 
Da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos 
 A lei 9.906/95 também disciplina os 
procedimentos de fusão, incorporação e extinção 
dos partidos políticos.É importante destacar a diferença entre os 
procedimentos de fusão e de incorporação entre 
dois partidos políticos. 
 
 Na fusão, dois partido se juntam, 
extinguindo-se, para formar um novo partido. 
 
 Já na incorporação, um partido deixa de 
existir, passando a fazer parte de outro. 
Da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos 
 Havendo fusão ou incorporação, devem ser 
somados exclusivamente os votos dos partidos fundidos 
ou incorporados obtidos na última eleição geral para a 
Câmara dos Deputados, para efeito da distribuição dos 
recursos do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao 
rádio e à televisão. 
 
 O novo estatuto ou instrumento de incorporação 
deve ser levado a registro e averbado, respectivamente, 
no Ofício Civil e no Tribunal Superior Eleitoral. 
 
 Somente será admitida a fusão ou incorporação 
de partidos políticos que hajam obtido o registro 
definitivo do Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 
5 (cinco) anos. 
 O partido político, ainda, poderá se dissolver, na forma 
do seu estatuto, ou após decisão judicial transitada em julgado 
no TSE, ter o seu registro civil e seu estatuto cancelado. 
 
 
O funcionamento parlamentar e a cláusula de barreira 
 O partido político funciona nas casas legislativas por intermédio 
de uma bancada, que deve constituir suas lideranças de acordo com o 
estatuto do partido, as disposições regimentais das respectivas casas e as 
normas desta lei. 
 
 Os critérios para que o partido político possa ter funcionamento 
parlamentar, determinando, como requisito para tal fim, que, em cada 
eleição para a Câmara dos Deputados, o partido político tenha que 
alcançar, no mínimo, cinco por cento os votos válidos apurados, 
distribuídos em, pelo menos, um terço dos estados, com o mínimo de 
1/3, do total de votos apurados em cada um deles. É a chamada cláusula 
de barreira. 
 
 Os partidos que não obtivessem um número considerável de 
votos seriam, na prática, "degolados", pois passariam a ter restrições ao 
funcionamento parlamentar, ao acesso gratuito ao rádio e à TV e ao 
recebimento de recursos do fundo partidário. 
O funcionamento parlamentar e a cláusula de barreira 
 Após as eleições de 2006, duas ações diretas 
de inconstitucionalidade (ADI n°. 1351-3 e ADI 
1354-8) foram propostas, sob o argumento que a 
cláusula de barreira seria inconstitucional por 
afrontar o princípio da liberdade partidária. 
 
 Julgando as duas ações, o STF derrubou a 
cláusula de barreira, NÃO MAIS APLICADA, 
portanto, permitindo o funcionamento parlamentar 
dos partidos políticos independentemente do 
cumprimento dos requisitos previstos no artigo 13 
da Lei n°. 9.096/95. 
Das finanças e contabilidades dos 
partidos políticos 
 As finanças e contabilidade dos partidos políticos 
através de seus órgãos nacionais, regionais e municipais, 
deverão manter escrituração contábil, de forma a permitir o 
conhecimento da origem de suas receitas e a destinação de 
suas despesas. 
 Até o dia 30 de abril do ano seguinte, os partidos 
políticos estão obrigados a enviar, anualmente, à Justiça 
Eleitoral, balanços contábeis do exercício findo. 
 
O balanço contábil do órgão nacional deverá ser enviado ao 
TSE, os dos órgãos estaduais aos respectivos TREs e o dos 
órgãos municipais aos juízes eleitorais. No ano em que 
ocorrerem eleições, o partido deverá enviar balancetes 
mensais à Justiça Eleitoral durante os quatro meses 
anteriores e os dois meses posteriores ao pleito. 
Das finanças e contabilidades dos 
partidos políticos 
 Quem analisa as prestações de contas dos partidos políticos 
é a Justiça Eleitoral e não os Tribunais de Contas. Para efetuar os 
exames necessários à fiscalização sobre a escrituração contábil e a 
prestação de contas do partido e das despesas de campanha eleitoral, 
a Justiça Eleitoral pode requisitar técnicos do Tribunal de Contas da 
União e dos estados, pelo tempo que for necessário. 
 
 A fiscalização sobre a escrituração contábil e a prestação de 
contas dos partidos e das despesas de campanha eleitoral tem por 
escopo tão somente identificar a origem das receitas e a destinação 
das despesas com as atividades partidárias e eleitorais, mediante o 
exame formal dos documentos contábeis e fiscais apresentados pelos 
partidos políticos, comitês e candidatos, sendo vedada a análise das 
atividades político-partidárias ou qualquer interferência em sua 
autonomia. 
Das finanças e contabilidades dos partidos políticos 
 O partido político não pode receber, sob qualquer forma ou 
pretexto, contribuição em dinheiro, ou estimável em dinheiro, inclusive 
através de publicidade de qualquer espécie, procedente de: 
 
I- entidade ou governo estrangeiros; 
II - autoridade ou órgãos públicos, ressalvadas as originadas do fundo 
partidário; 
IIII - autarquias; 
IV - empresas públicas; 
V - concessionárias de serviços públicos; 
VI - sociedades de economia mista 
VII - fundações instituídas em virtude de lei e para cujos recursos 
concorram órgãos ou entidades governamentais. 
VIII - entidade de classe ou sindical. 
Das finanças e contabilidades dos partidos políticos 
 Constatada a violação de normas legais ou 
estatutárias o partido estará sujeito à suspensão 
do recebimento das quotas do fundo partidário 
até que o esclarecimento seja aceito pela Justiça 
Eleitoral no caso de recursos de origem não 
mencionada ou esclarecida; 
 
 A desaprovação das contas do partido 
implicará exclusivamente a sanção de devolução 
da importância apontada como irregular, 
acrescida de multa de até 20% (vinte por cento) 
Das finanças e contabilidades dos partidos políticos 
 A responsabilização pessoal civil e criminal 
dos dirigentes partidários decorrente da 
desaprovação das contas partidárias e de atos 
ilícitos atribuídos ao partido político somente 
ocorrerá se verificada irregularidade grave e 
insanável resultante de conduta dolosa que 
importe enriquecimento ilícito e lesão ao 
patrimônio do partido. 
 
 A falta de prestação de contas implicará a 
suspensão de novas cotas do Fundo Partidário 
enquanto perdurar a inadimplência e sujeitará os 
responsáveis às penas da lei 
Do fundo partidário 
 Como forma de colaborar financeiramente para o 
funcionamento dos partidos políticos, a Lei n°. 9.096/95 
estabeleceu, nos artigos 38 e seguintes, o Fundo Especial de 
Assistência Financeira aos Partidos Políticos, também chamado 
de Fundo Partidário, constituído pelos seguintes recursos: 
Do fundo partidário 
 As doações de recursos financeiros somente 
poderão ser efetuadas na conta do partido político por 
meio de: 
I - cheques cruzados e nominais ou transferência 
eletrônica de depósitos; 
II - depósitos em espécie devidamente identificados; 
III - mecanismo disponível em sítio do partido na internet 
que permita inclusive o uso de cartão de crédito ou de 
débito e que atenda aos seguintes requisitos: 
a) identificação do doador; 
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada 
doação realizada. 
 
 
Do fundo partidário 
 Em ano eleitoral os partidos políticos poderão 
aplicar ou distribuir pelas diversas eleições os recursos 
financeiros recebidos e os critérios definidos pelos 
respectivos órgãos de direção e pelas normas 
estatutárias. 
 
 A previsão orçamentária de recursos para o 
Fundo Partidário deve ser consignada ao Tribunal 
Superior Eleitoral. 
 O Tesouro Nacional depositará, mensalmente, os 
duodécimos no Banco do Brasil, em conta especial à 
disposição do Tribunal Superior Eleitoral. 
Do fundo partidário 
 Na mesma conta especial serão depositadas as quantias 
arrecadadas pela aplicação de multas e outras penalidades pecuniárias, 
previstas na Legislação Eleitoral. 
 
 O Tribunal Superior Eleitoral, dentro de cincodias, a contar da data 
do depósito a que se refere o § 1º do artigo anterior, fará a respectiva 
distribuição aos órgãos nacionais dos partidos, obedecendo aos seguintes 
critérios: 
 
1% do total do Fundo Partidário será destacado para entrega, em partes 
iguais, a todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal 
Superior Eleitoral; 
 
99% do total do Fundo Partidário serão distribuídos aos partidos que tenham 
preenchido as condições da proporção dos votos obtidos na última eleição 
geral para a Câmara dos Deputados. 
 
 
Do fundo partidário 
 Do total do Fundo Partidário: 
 
I - 5% (cinco por cento) serão destacados para entrega, 
em partes iguais, a todos os partidos que atendam aos 
requisitos constitucionais de acesso aos recursos do 
Fundo Partidário; e 
 
II - 95% (noventa e cinco por cento) serão distribuídos 
aos partidos na proporção dos votos obtidos na última 
eleição geral para a Câmara dos Deputados. 
 
 
 
Do fundo partidário 
 De acordo com o previsto no artigo 44 da lei n°. 9.096/95, 
os recursos oriundos do Fundo Partidário deverão ser aplicados 
da seguinte forma: 
Do fundo partidário 
 No pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres 
devidos a organismos partidários internacionais que se destinem 
ao apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação política, aos 
quais seja o partido político regularmente filiado; 
 
 No pagamento de despesas com alimentação, incluindo 
restaurantes e lanchonetes. 
 
 A Justiça Eleitoral pode, a qualquer tempo, investigar 
sobre a aplicação de recursos oriundos do Fundo Partidário. 
 
AS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS 
 Os partidos políticos têm autonomia para adotar os critérios de 
escolha e os regimes de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de 
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal. 
 
 As coligações partidárias, conceituadas como acordos entre dois ou 
mais partidos para apresentação à eleição da mesma ou das mesmas 
candidaturas. 
 
 As coligações têm suas existências confirmadas nas convenções 
partidárias que ocorrem no mês de junho dos anos eleitorais, e se extinguem 
com o fim do processo eleitoral, possuindo denominação própria e 
funcionando como um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e 
no trato de interesses interpartidários. 
AS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS 
 Os candidatos de uma mesma coligação concorrem juntos, como se 
fizessem parte de um único partido. 
 As coligações terão denominações próprias, que poderão ser a 
junção de todas as siglas dos partidos que as integram, sendo a elas 
atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere 
ao processo eleitoral. 
 Uma vez coligado, o partido político somente possui legitimidade 
para atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionar a 
validade da própria coligação, durante o período compreendido entre a data 
da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de 
candidatos, encerrando uma antiga polêmica acerca das prerrogativas dos 
partidos políticos coligados, ao dispor que os mesmos somente possuem 
legitimidade para atuar de forma isolada no processo eleitoral quando 
questionarem a validade da própria coligação, durante o período 
compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a 
impugnação do registro de candidatos. 
 
 
AS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS 
 Na chapa da coligação podem inscrever-se candidatos 
filiados a qualquer partido político dela integrante. 
 
 O pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito 
pelos presidentes dos partidos coligados, por seus delegados, 
pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de 
direção ou por representante da coligação. 
 
 Os partidos integrantes da coligação devem designar um 
representante, que terá atribuições equivalentes às de 
presidente de partido político, no trato dos interesses e na 
representação da coligação, no que se refere ao processo 
eleitoral.

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