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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
TRABALHO DE D.CIVIL III
ALUNO: LUCIANO NOLASCO FERREIRA 			MAT. 201402070306
PROFESSOR: CESAR ROLIM
TIPOS DE CONTRATO: ESTIMATÓRIO
Conceito - (Artigos 534 a 537)
Alguém recebe de outrem bens móveis, ficando autorizado a vendê-los e obrigando-se a pagar um preço estimado previamente, se não restituir as coisas consignadas dentro do prazo ajustado. Também conhecido como venda em consignação.
Partes
Consignante - Quem entrega a coisa.
Consignatário - Quem recebe a coisa para vender.
Classificação
Bilateral e oneroso (obrigações recíprocas, envolvendo sacrifício patrimonial), real (exige a entrega do objeto), comutativo (as partes têm conhecimento prévio de suas prestações), informal (não exige forma solene) e temporário.
Regras
O consignante não perde a propriedade da coisa até que o consignatário a negocie com terceiros.
O consignatário deve pagar as despesas de custódia e venda.
A coisa consignada não pode ser penhorada por credores do consignatário.
TIPOS DE CONTRATO: DEPÓSITO
Conceito - (Artigos 627 a 652)
Alguém recebe bem móvel de outrem, para guardar temporariamente, até ser reclamado. Difere do comodato, pois neste há o uso da coisa.
Partes
- Depositante - Quem entrega a coisa em depósito.
- Depositário - Quem a recebe.
Classificação
Unilateral (regra) - Obriga apenas o depositário: guardar e restituir o bem. Pode ser bilateral; admite-se remuneração. O contrato não se desnatura se o depositário realizar algum serviço na coisa (ex.: lavar o veículo).
Gratuito - A regra é a gratuidade, exceto se houver convenção em contrário ou se o depositário o pratica por profissão.
Real - Efetiva-se com a entrega do bem móvel, exceto se o depositário já se encontrava na posse.
Temporário - Ao final do contrato, o bem deve ser restituído (não há depósito perpétuo).
Intuitu personae - Decorre da confiança que o depositante tem no depositário.
Regras em relação ao depositário
- Guardar e conservar a coisa, tendo cuidado e diligência, como se fosse sua, mantendo-a no estado em que foi entregue e respondendo pelos prejuízos a que der causa.
- Não pode usar nem transferir a coisa, salvo disposição em contrário, sob pena de responder por perdas e danos.
- Restituir a coisa ao final do contrato ou quando solicitada, com seus frutos e acrescidos, no local convencionado.
- Receber despesas feitas com a coisa e indenização dos prejuízos.
- Exigir remuneração (se pactuada) e reter a coisa até que seja paga a retribuição.
- Requerer o depósito judicial, nos casos permitidos.
Regras em relação ao depositante
- Pagar a remuneração (se convencionada), reembolsando as despesas necessárias.
- Exigir a conservação da coisa que entregou e sua restituição, com os acessórios, a qualquer tempo, mesmo que outro tenha sido estipulado.
Espécies
1. Voluntário ou convencional - Resulta de livre acordo entre as partes. Deve ser feito por escrito. Pode ser regular (recai sobre bens infungíveis) ou irregular (bens fungíveis).
2. Necessário - Presume-se oneroso.
a) Legal - No desempenho de obrigação legal: depósito de objeto achado, dívida vencida, pendência de lide, etc.
b) Miserável - Por ocasião de calamidade: terremoto, incêndio, inundação, naufrágio, saque, etc.
c) Hoteleiro ou hospedeiro (ver “Bagagem em hotel e similares”, a seguir).
3. Judicial ou sequestro - Determinação do juiz, que entrega a terceiro coisa litigiosa (móvel ou imóvel) para preservar sua incolumidade, até decisão da causa principal.
Tipos de contrato: mandato
Conceito - (Artigos 653 a 692)
Alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses.
Partes
- Mandante (outorgante) - Quem confere os poderes.
- Mandatário (outorgado ou procurador) - Quem recebe os poderes. É o representante, atuando na vida jurídica em nome e por conta do mandante. Deve ser aceito (expressa ou tacitamente), embora, em regra, não assine o instrumento. Estabelece-se um liame obrigacional entre o mandante e a terceira pessoa, por meio do mandatário.
Classificação
Unilateral - Gera obrigações somente para o mandatário. Havendo remuneração, passa a ser bilateral.
Gratuito ou oneroso - Presume-se gratuito quando não for estipulada retribuição, exceto se seu objeto corresponder àquele em que o mandatário atua por ofício ou profissão lucrativa (ex.: advogado, despachante).
Intuitu personae - Leva-se em consideração a idoneidade técnica e moral do mandatário (fidúcia: mútua confiança).
Consensual e não solene - Torna-se perfeito com a simples manifestação de vontade das partes, não havendo forma especial. Há casos em que se exige formalismo (ex.: compra e venda de bens imóveis).
Revogabilidade - As partes podem pôr fim ao contrato sem justificativa: revogação pelo mandante ou renúncia pelo mandatário.
Instrumento
A procuração é a forma pela qual o contrato se instrumentaliza. Pode ser por:
Instrumento particular - O reconhecimento da firma do outorgante é condição essencial a sua validade em relação a terceiros.
Instrumento público - Relativamente incapaz, cego, analfabeto, cônjuge conferindo poderes para o outro vender, doar, hipotecar ou gravar de ônus real os bens imóveis do casal, prestar fiança, etc.
Espécies
Legal - Decorre da lei e dispensa instrumento (pais que representam os filhos menores para administrar seus negócios; tutores e curadores em relação aos tutelados e curatelados).
Judicial - É conferido em virtude de processo judicial. O mandatário é nomeado pela autoridade judicial: inventariante (representa o espólio), administrador judicial (massa falida), etc.
Convencional - Decorre de acordo entre as partes: ad judicia e ad negotia.
Proibição
Os atos extrapatrimoniais podem ser praticados por meio de procuração, como a celebração de casamento (artigo 1.542), mas proíbe-se a realização de atos personalíssimos: fazer ou revogar testamento, prestar exames, exercer cargos ou funções, votar, etc.
Regras
Mandato possibilita substabelecimento - O substabelecimento é válido. O substabelecido responde pessoalmente perante o mandante, como seu procurador. Haverá responsabilidade do mandatário que substabelece apenas se o substabelecido for notoriamente incapaz ou insolvente.
Mandato é omisso - O substabelecimento é válido. O mandatário continua responsável por prejuízo causado a título de culpa do substabelecido.
Mandato proíbe substabelecimento - O substabelecimento é válido. O mandatário responde perante o mandante por prejuízo que aquele causar, mesmo que por caso fortuito, salvo provando-se que o fato ocorreria ainda que não tivesse havido o substabelecimento.
Menores
A partir de 16 anos podem ser mandatários ad negotia, mas o mandante não tem ação de regresso para cobrar prejuízos eventualmente causados.
Exceções:
- o menor foi autorizado por seu representante;
- o menor se apresentou como maior ou ocultou a idade.
Tipos de contrato - prestação de serviços
Conceito - (Artigos 593 a 609)
Pessoa se obriga a fornecer a outra, sem vínculo empregatício, prestação de atividade, mediante remuneração. Também chamada de locação de serviço. O Código Civil possui caráter residual, pois somente se aplica às relações não regidas pela Consolidação das Leis de Trabalho e pelo Código de Defesa ao Consumidor.
O contrato de trabalho cria relação de emprego (ou vínculo empregatício): habitualidade, subordinação e dependência econômica.
A prestação de serviços não gera vínculo trabalhista. Ficam sob sua égide: profissionais liberais, representantes comerciais, trabalhador eventual (ex.: jardineiro), etc.
Objeto
Toda espécie de serviço ou trabalho (material ou imaterial), desde que não proibido por lei e bons costumes. É obrigação de fazer.
Partes
- Prestador de serviços (executor, contratado ou locador) - Quem presta os serviços.
- Tomador (solicitante, contratante ou locatário) - Quem contrata os serviços da outra parte e remunera.
Classificação
Bilateral (ambos assumem obrigações), comutativo (prestaçõesconhecidas e equivalentes), oneroso (transferência recíproca de direitos e vantagens), consensual e de forma livre.
Regras
Remuneração
Estipulada livremente entre as partes. Se não o fizerem, será fixada por arbitramento, segundo o costume do lugar, tempo de serviço e qualidade. A regra é que seja feita em dinheiro, depois do serviço prestado; nada impede que seja em alimento, vestuário, moradia, etc.
Prazo
Não pode ser superior a quatro anos. Decorrido esse prazo, findará o contrato, ainda que não concluída a obra (caso contrário, seria escravidão). Nada impede que outro contrato seja celebrado.
Não havendo prazo estipulado, as partes podem rescindir o contrato a qualquer tempo, bastando simples aviso prévio:
- com antecedência de oito dias, se o salário for fixado por um mês ou mais;
- com antecedência de quarto dias, se o salário for fixado por uma semana ou quinzena;
- na véspera, se por menos de sete dias.
Rescisão
- O prestador, contratado por tempo certo ou por dia determinado, não pode se ausentar ou rescindir o contrato, sem justa causa, antes de preenchido o tempo ou concluída a obra. Rescindindo o contrato sem justa causa, tem direito à retribuição vencida, mas responde por perda e danos.
- O tomador que, sem justa causa, despedir o prestador será obrigado a pagar-lhe por inteiro a retribuição vencida e por metade a que lhe tocaria se concluísse o contrato.
Extinção
- Vencimento do prazo.
- Conclusão da obra.
- Morte do prestador.
- Rescisão contratual, com ou sem justa causa (com ou sem indenização).

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