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Principios de Movimentacao e Armazenagem na Construcao Civil

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
GRAMSCI RESENDE MOTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza - Ceará 
2009 
 
 
ii 
 
GRAMSCI RESENDE MOTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia submetida à Coordenação do 
Curso de Engenharia Civil da Universidade 
Federal do Ceará, como requisito parcial para 
obtenção do grau de Engenheiro Civil. 
 
Orientador(a): Prof. Luiz Fernando M. Heineck 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2009 
 
 
 
 
iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus pais José Vagno Mota e Francisca R. C. Mota pelo amor e dedicação 
em todos os momentos. 
Aos meus irmãos Keynes, Quesnay e Keoma pela verdadeira amizade e 
companheirismo. 
A tia Vó Lourdes pelos carinhos e cuidados desde meu primeiro dia de vida. 
Ao tio Aldir Lenon e ao primo Adriano que embora não estejam conosco sempre 
acreditaram e torceram por este momento. 
Dedico este trabalho a todos vocês. 
 
 
 
v 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus por se mostrar presente em todos os momentos da minha vida. 
Ao professor Luiz F. M. Heineck pela orientação deste trabalho e, em especial, 
pelas críticas, sugestões e incentivos. 
Aos professores da UFC, em especial, Tereza Denise e Thaís Alves pelo auxílio e 
atenção durante a minha formação acadêmica. 
Aos meus amigos de turma Daniel Dantas, Carlos Henrique, Yuri Cláudio, 
Francisco Maia, Alan Michel, Neto Benevides, Euclides Neto e Tiago de Oliveira pelos 
momentos de descontração no dia-a-dia da universidade. 
Ao mestre Francisco Batista pela paciência e atenção durante meus momentos 
como estagiário na construtora Inco Engenharia. 
A construtora Inco Engenharia pela oportunidade que me foi dada de por em 
prática meus conhecimentos teóricos, em especial ao engenheiro Valdener. 
 
 
 
 
 
vi 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1 
1.1 Contexto da Pesquisa ................................................................................................. 1 
1.2 Objetivos ..................................................................................................................... 1 
1.2.1 Objetivo principal ................................................................................................. 1 
1.2.2 Objetivo secundário .............................................................................................. 1 
1.3 Metodologia ................................................................................................................ 2 
1.4 Estrutura do Trabalho .............................................................................................. 2 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 3 
2.1 A Importância da Implantação de Melhorias nas Atividades de Movimentação e 
Armazenagem. ...................................................................................................................... 3 
2.2 Conclusões sobre o Capítulo ..................................................................................... 6 
3. PRINCÍPIOS ..................................................................................................................... 7 
3.1 Movimentação ............................................................................................................ 7 
3.1.1 Planejamento e gestão da movimentação ............................................................. 8 
3.1.2 Cuidados com os Caminhos de Circulação ........................................................ 20 
3.1.3 Cuidados com o Homem como Agente da Movimentação ................................ 25 
3.1.4 Características dos Equipamentos de Movimentação ........................................ 31 
3.1.5 Deslocamento e Trânsito de Pessoas .................................................................. 34 
3.2 Armazenagem ........................................................................................................... 37 
3.2.1 Planejamento e Gestão da Armazenagem .......................................................... 38 
3.2.2 Cuidados com o Ambiente de Armazenagem .................................................... 42 
3.2.3 Cuidados com os insumos .................................................................................. 44 
3.3 Considerações sobre o Capítulo .............................................................................. 49 
4. CONCLUSÕES E SUGESTÕES .................................................................................. 50 
4.1 Conclusões ................................................................................................................ 50 
4.2 Sugestões para Trabalhos Futuros ......................................................................... 50 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 51 
ANEXO 1 - Listagem inicial de princípios de movimentação e armazenagem. ............... 53 
ANEXO 2 – Check-list de princípios de movimentação e armazenagem .......................... 62 
 
 
 
 
 
 
vii 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 3.1 – Proximidade entre o estoque de cimento e betoneira. ....................................................................... 10 
Figura 3.2 – Estoque intermediário de tijolos. ....................................................................................................... 10 
Figura 3.3 – Caixa de descarga obstruindo o livre acesso aos vasos sanitários. .................................................... 12 
Figura 3.4 – Tubulação para transporte de entulho por gravidade......................................................................... 13 
Figura 3.5 – Detalhe da tubulação para transporte de entulho por gravidade. ....................................................... 13 
Figura 3.6 – Pilha de cimento envolvida com plástico. ......................................................................................... 14 
Figura 3.7 – Gradil com várias entradas. ............................................................................................................... 16 
Figura 3.8 – Ferramentas para conserto e manutenção dos equipamentos de transporte....................................... 17 
Figura 3.9 – Detalhe da ferramentaria. .................................................................................................................. 18 
Figura 3.10 – Identificação do destino do material. .............................................................................................. 19 
Figura 3.11 – Cruzamento do fluxo de ida e retorno. ............................................................................................ 19 
Figura 3.12 – Descarregamento prejudicando o fluxo de veículos. ....................................................................... 22 
Figura 3.13 – Estoque intermediário de tijolos na calçada. ................................................................................... 22 
Figura 3.14 – Obstáculoao livre fluxo de movimentação. .................................................................................... 23 
Figura 3.15 – Lona plástica protegendo porcelanato ao longo da área de circulação. ........................................... 24 
Figura 3.16 – Transporte manual de sacos de 50 kg. ............................................................................................. 25 
Figura 3.17 – Elementos práticos para facilitar a pega (Merino, 1996). ................................................................ 26 
Figura 3.18 – Braços estendidos na movimentação de materiais (Merino, 1996). ................................................ 27 
Figura 3.19 – Cargas simétricas em relação ao corpo. .......................................................................................... 28 
Figura 3.20 – Carga sobre ombros. ........................................................................................................................ 28 
Figura 3.21 – Aproveitamento de bancadas e alturas no levantamento de sacos (Merino, 1996). ........................ 29 
Figura 3.22 – Transporte manual de tijolos. .......................................................................................................... 30 
Figura 3.23 – Transporte com auxílio de carrinho de mão. ................................................................................... 30 
Figura 3.24 – Calibração de pneu da girica com bomba manual. .......................................................................... 33 
Figura 3.25 – Placa indicando almoxarifado. ........................................................................................................ 35 
Figura 3.26 – Armazenamento em prateleiras. ...................................................................................................... 39 
Figura 3.27 – Armazenamento sobre estrado de madeira. ..................................................................................... 40 
Figura 3.28 – Placas de identificação de materiais. ............................................................................................... 41 
Figura 3.29 – Não separação de materiais por tipo e dimensão. ............................................................................ 41 
Figura 3.30 – Extintores de água pressurizada e pó químico seco na entrada do almoxarifado. ........................... 44 
Figura 3.31 – Baias para estoque de brita e areia. ................................................................................................. 45 
Figura 3.32 – Pilha de cimento desaprumada. ....................................................................................................... 47 
Figura 3.33 – Caixas de cerâmica contrafiadas. .................................................................................................... 48 
 
 
viii 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 3.1 – Organização dos princípios de movimentação e armazenagem. ........................................................ 7 
Quadro 3.2 – Check-list de princípios sobre planejamento e gestão da movimentação. ....................................... 20 
Quadro 3.3 – Check-list de princípios sobre cuidados com os caminhos de circulação. ....................................... 24 
Quadro 3.4 – Check-list de princípios sobre cuidados com o homem como agente da movimentação. ............... 31 
Quadro 3.5 – Check-list de princípios sobre características dos equipamentos de movimentação. ...................... 34 
Quadro 3.6 – Check-list de princípios sobre deslocamento e trânsito de pessoas. ................................................ 37 
Quadro 3.7 – Check-list de princípios sobre planejamento e gestão da armazenagem. ........................................ 42 
Quadro 3.8 – Check-list de princípios sobre os cuidados com o ambiente de trabalho. ....................................... 44 
Quadro 3.9 – Check-list de princípios sobre cuidados com os insumos. ............................................................... 48 
 
 
ix 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um check-list conceitual de 
princípios que possibilitem uma reflexão sobre as atividades de movimentação e 
armazenagem em canteiros de obras. Para a realização deste trabalho, utilizou-se de uma 
listagem pré-existente de princípios de movimentação e armazenagem, da qual foram 
selecionados os que apresentassem uma fácil e prática aplicação em canteiros de obras. Por 
princípio entende-se como algo que regula, dirige, rege ou governa o modo correto de agir. 
Para fundamentá-los teoricamente foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Também foram 
feitas visitas a canteiros de obras para registrar, quando possível, a real aplicação dos 
princípios ou situações passíveis de implantação destes. Os princípios foram agrupados em 
duas grandes áreas, ou seja, movimentação e armazenagem. A primeira contou com 62 e a 
segunda com 24 princípios. Em termos de ilustração, foram detectadas, respectivamente, 25 e 
08 fotografias para cada área. 
 
Palavras-chave: Princípios de movimentação e armazenagem, logística e construção civil. 
 
 
 
 
1 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 Contexto da Pesquisa 
 
Segundo Koskela (1992 apud ALVES, 2000) por muitos anos a implantação de 
melhorias na indústria da construção civil enfatizou as atividades de conversão, 
negligenciando, assim, atividades de inspeção, transporte e armazenagem. 
Para Koskela (1992 apud CRUZ, 2002) a melhora nas atividades de fluxo 
(inspeção, movimentação e espera) deve ser focalizada para que então se tenha atividades de 
conversão mais eficientes. 
De acordo com a empresa NEOLABOR, a indústria da construção civil estabelece 
em 100% dos casos que o layout seja do tipo posicional, no qual há movimentação dos 
insumos para a realização do produto final, o que implica que a maior parte do tempo 
produtivo é gasto em atividades relacionadas com a movimentação. 
Partindo deste raciocínio, percebe-se o quanto as atividades de movimentação e 
armazenagem são campos passíveis da implantação de melhorias. 
 
1.2 Objetivos 
 
1.2.1 Objetivo principal 
 
Fornecer um check-list conceitual de princípios que permitam reflexões sobre o 
sistema de movimentação e armazenagem em canteiros de obras. 
 
1.2.2 Objetivo secundário 
 
a) Auxiliar no diagnóstico da situação do sistema de movimentação e 
armazenagem de obras; 
b) Gerar pensamento crítico em relação ao sistema de movimentação e 
armazenagem; 
 
 
2 
c) Auxiliar na definição de novas estratégias para o sistema de movimentação e 
armazenagem; 
d) Organizar os princípios em categorias; 
e) Ilustrá-los; e 
f) Contribuir para a consolidação dos princípios apresentados neste trabalho. 
 
1.3 Metodologia 
 
Inicialmente partiu-se de uma listagem pré-existente com 199 princípios sobre 
movimentação e armazenagem provenientes de notas de aula do professor da Universidade 
Federal do Ceará, Luiz Fernando M. Heineck, a partir da qual foi feito uma seleção de 
princípios que possibilitassem uma aplicação fácil e prática em canteiros de obras. 
Posteriormente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com objetivo de buscar 
embasamento teórico sobre os princípios e ter o conhecimento da real possibilidade de 
aplicação destes em canteiros de obras. 
Por fim, realizaram-se visitas em canteiros de obras para documentar, por meio de 
registro fotográfico, situações reais de aplicação dos princípios ou que fossem passíveis da 
implantação destes. 
 
1.4 Estrutura do Trabalho 
 
Este trabalho apresenta-se dividido conforme apresentado a seguir: 
O presente capítulo aborda a contextualização, objetivos e metodologia deste 
trabalho. 
O segundo capítuloapresenta uma revisão bibliográfica, a qual apresenta a 
importância da implantação de melhorias nas atividades de movimentação e armazenagem. 
O terceiro capítulo é dedicado a apresentação, descrição, registro fotográfico e 
ilustração dos princípios de movimentação e armazenagem. 
Por fim, no quarto capítulo encontram-se as considerações finais e sugestões para 
trabalhos futuros. 
 
 
 
 
3 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Este capítulo sintetiza a importância da implantação de melhorias nas atividades 
de movimentação e armazenagem, enfatizando a necessidade de princípios que facilitem este 
processo. 
 
2.1 A Importância da Implantação de Melhorias nas Atividades de Movimentação e 
Armazenagem. 
 
A indústria da Construção Civil, não diferentemente de outras manufaturas, 
processa insumos e gera produtos. No entanto, o caráter posicional do seu sistema produtivo, 
isto é, materiais, equipamentos e mão de obra se movimentam ao invés do produto, o torna 
um setor com características bastante peculiares, principalmente, ligadas as atividades de 
movimentação e armazenagem, as quais são áreas passíveis de implantação de melhorias e 
aperfeiçoamento. 
Para se dar início ao processo de implantação de melhorias é necessário detectar 
as ineficiências atreladas à atividade de movimentação e armazenagem. 
HEINECK et al (1995) apresentaram uma listagem dos principais problemas que 
podem ser encontrados em canteiros de obras. Dentre as várias áreas de abrangência deste 
trabalho, os autores relataram problemas referentes à movimentação de materiais. 
SANTOS et al (1995), no Manual 4 do Norie, descrevem técnicas para 
diagnóstico de canteiros de obras. Dentre estas técnicas, os autores utilizaram-se de uma lista 
de verificação para o diagnóstico simplificado do sistema de movimentação e armazenagem 
de materiais, a qual tem como objetivo analisar o apoio que a administração oferece para que 
não haja gargalos nestas atividades. 
A empresa NEOLABOR, no projeto sobre movimentação e armazenagem 
desenvolvido na construtora Método, detecta problemas que afetam o sistema de 
movimentação e armazenagem independente da obra ser vertical ou horizontal. 
Outro ponto importante durante o processo de implantação de melhorias é ter 
conhecimento de quais inovações estão sendo adotadas em relação ao gerenciamento de 
obras, as quais implicam em ganhos de produtividade durante a atividade de movimentação e 
armazenagem. 
 
 
4 
HEINECK (1993) apresentou as várias modificações encontradas em canteiros de 
obras, as quais implicavam em ganho de produtividade. 
FREITAS et al (1997) elaboraram um check-list com 240 itens divididos em 6 
grupos: apoio e dignificação da mão de obra; organização de canteiro; movimentação de 
materiais e deslocamentos internos; ferramentas, máquinas e técnicas especiais; segurança do 
trabalho e comunicação interna, as quais foram utilizadas para o diagnóstico de melhorias e 
inovações tecnológicas simples em 58 canteiros de obras. 
OLIVEIRA et al (2000), partindo do check-list de FREITAS et al (1997), 
realizaram uma análise da aplicação e evolução destes itens em 15 canteiros de obras. 
Não somente detectar as ineficiências ou ter conhecimento das modificações já 
implantadas com relação às atividades de movimentação e armazenagem é suficiente para o 
ganho de melhorias, sendo assim necessárias medidas para a implantação destas. 
O fato das atividades de movimentação e armazenagem não agregarem valor ao 
produto final faz com que gestores de obras não priorizassem melhorias nesta área. No 
entanto, apesar de não agregarem valor, geram custos que muitas vezes afetam a lucratividade 
do produto e a competitividade da empresa. 
Para SILVA e CARDOSO (1999), o ganho de competitividade num processo de 
produção passa, não somente por melhorias nas atividades de conversão, como também, nas 
atividades de espera, armazenagem, movimentação e inspeção. 
SALES et al (2004) discutem, no trabalho sobre a gestão dos fluxos físicos nos 
canteiros de obras, o quanto aspectos de logística de entrega, armazenamento e distribuição de 
materiais, equipamentos e mão de obra influem na produtividade e competitividade das 
empresas construtoras. COSTA et al (2005) defendem a importância da gestão dos fluxos 
físicos para o ganho de produtividade e competitividade. 
Assim, se faz necessário ter atenção para a movimentação e armazenagem em 
canteiros de obras, já que é uma atividade geradora de custos e desperdícios. 
HEINECK et al (1994) no trabalho sobre avaliação da importância da 
movimentação de materiais em canteiros de obras concluíram que 20 % do trabalho em obra 
refere-se a movimentação de materiais, o que dá ênfase a necessidade de implantação de 
melhorias e inovações nessa área. Os mesmos autores afirmam que a solução para melhorias 
não passa necessariamente pela aquisição de equipamentos de transportes sofisticados e sim 
por uma análise mais simples do sistema de movimentação que vai desde a necessidade de 
diminuir transporte e pontos de armazenagem, adoção de princípios de ergonomia e 
 
 
5 
movimentação, utilização de equipamentos adequados ao transporte até a necessidade de 
eliminação do desperdício de materiais. 
Entender que a melhoria na atividade de movimentação e armazenagem não 
requer elevados investimentos e sim inovações simples é o ponto crucial para implantação de 
melhorias nesta área. 
Uma forma simples de se ter um ganho de produtividade e implantação de 
melhorias durante o processo de movimentação e armazenagem é através do planejamento do 
canteiro de obra. 
No trabalho sobre planejamento e gestão de obras, GEHBAUER et al (2003) 
mostram como o planejamento do canteiro de obra é fundamental para minimizar os percursos 
dos transportes mais volumosos e frequentes dentro do canteiro. No tocante a caminhos para 
veículos e pedestres dentro do canteiro, os autores apresentam pontos que devem ser 
considerados para que não haja empecilho ao livre fluxo. 
TUJI et al (1996) no trabalho ligado a planejamento de layout de canteiro 
apresentam a relação existente entre o caráter posicional do layout de canteiro de obras e as 
atividades de movimentação e armazenagem. Também, no mesmo trabalho, estes autores 
apresentam fatores que devem ser considerados na elaboração do layout de canteiro, os quais 
direta ou indiretamente são influenciados pela movimentação e armazenagem necessária para 
o desenvolvimento da obra. 
Dando continuidade a importância que o layout de canteiro tem sobre as 
atividades de movimentação e armazenagem, SOUSA et al (1997) apresentam 
recomendações e diretrizes para localização e tamanho das partes que compõem um canteiro 
de obras, deixando, como legado, uma listagem de elementos importantes e necessários para 
elaboração do layout de canteiro, tais como elementos ligados as atividades de produção, de 
apoio a produção, de transporte e de apoio técnico/administrativo, entre outros. 
MAIA (1994) chama atenção para o fato dos projetos apresentarem um caráter 
ímpar e o quanto isto influencia o dimensionamento e determinação do layout do canteiro de 
obras. Embora a autora apresente diretrizes gerais, tem a intenção de apresentar, sempre que 
possível, o quanto as atividades de movimentação de pessoas e insumos e armazenagem de 
materiais são determinantes para as diretrizes apresentadas. 
FRITSCHE et al (1996) no trabalho sobre layout de canteiro de obra apresentam 
princípios para a definição do layout, os quais são embasados, na grande maioria, por fatores 
ligados a movimentação e armazenagem. 
 
 
6 
SILVA e CARDOSO (1998) relatam a importância da logística de suprimento e 
de canteiropara a organização dos sistemas de produção da construção civil. Além disso, os 
autores realizaram um estudo de caso em duas empresas construtoras para analisar, entre 
outros, o fluxo físico das obras. 
Outra forma de implantação de melhorias durante o processo de movimentação e 
armazenagem é através do cuidado com os operários ao manusear cargas. 
MERINO (1996) na dissertação sobre efeitos agudos e crônicos causados pelo 
manuseio e movimentação de cargas no trabalho apresenta recomendações de como manusear 
e movimentar cargas. 
RUGELES (2001) apresenta um estudo de caso, no qual enfoca a gestão da 
qualidade, segurança do ambiente de trabalho e saúde ocupacional dos operários em 
atividades de movimentação, manuseio e armazenagem. 
Além da disponibilidade de estudos providos de conhecimento que influenciam a 
aplicação de mudanças nas atividades de movimentação e armazenagem, existem princípios, 
embora pouco utilizados, balizadores destas mudanças. 
O trabalho sobre movimentação e armazenagem desenvolvido pela NEOLABOR 
apresenta princípios que fornecem subsídios ao planejamento e a operacionalização deste tipo 
de atividades em canteiros de obras. HEINECK (2007), não diferentemente, também 
disponibiliza, em notas de aulas, princípios facilitadores de implantação de melhorias nestas 
atividades. 
 
2.2 Conclusões sobre o Capítulo 
 
Se as publicações que direta ou indiretamente tratam sobre movimentação e 
armazenagens em canteiro de obras forem analisadas, percebe-se a necessidade de 
implantação de melhorias nestas atividades, porém a maior dificuldade para a implantação 
dessas mudanças é proveniente da deficiência de publicações com princípios facilitadores 
para aplicação destas. 
Mediante estas reflexões, conclui-se que é necessária a existência de princípios 
que facilitem a implantação de melhorias nas atividades de movimentação e armazenagem em 
canteiros de obras com intuito de aumentar a produtividade e reduzir custos. Tendo os 
gestores de obras o conhecimento de princípios básicos, poderão coordenar e implantar várias 
melhorias nas atividades de movimentação e armazenagem. 
 
 
7 
3. PRINCÍPIOS 
 
Aqui vão ser apresentados e discutidos princípios que devem ser entendidos como 
regras, ou seja, como algo que, num dado caso, regula, dirige, rege ou governa o modo certo 
de agir. Estes foram agrupados nas categorias de movimentação e armazenagem, que por sua 
vez foram organizados em subcategorias como apresentado no quadro 3.1. 
 
Quadro 3.1 – Organização dos princípios de movimentação e armazenagem. 
Categoria 
Sub-categoria Quantidade 
de Princípios 
Movimentação 
1. Planejamento e gestão da movimentação 28 
2. Cuidados com os caminhos de circulação 07 
3. Cuidados com o homem como agente da movimentação 11 
4. Características dos equipamentos de movimentação 08 
5. Deslocamento e trânsito de pessoas 08 
Armazenagem 
1. Planejamento e gestão da armazenagem. 08 
2. Cuidados com o ambiente de armazenagem. 06 
3. Cuidados com os insumos. 10 
 
Cada subcategoria é composta por princípios e um check-list prático para auxiliar 
no diagnóstico do sistema de movimentação e armazenagem em canteiro de obra. 
Inicialmente, será apresentada a categoria sobre movimentação. 
 
3.1 Movimentação 
 
Movimentação deve ser entendida como o ato ou processo de mover, ou seja, 
deslocar do local onde se encontrava. 
Como mostrado no quadro 3.1, os princípios sobre movimentação foram 
agrupados em cinco subcategorias, as quais serão apresentadas abaixo. 
 
 
 
 
 
8 
3.1.1 Planejamento e gestão da movimentação 
 
Planejar e gerenciar a movimentação em canteiros de obras com o auxílio dos 
princípios pode ser tão simples e óbvio quanto o princípio que diz que o melhor transporte é 
aquele que não existe, ou seja, não transportar. 
a) Não transportar 
 
A administração da obra deve, antes de qualquer outro princípio, se empenhar na 
busca da aplicação desta primeira regra. 
Não transportar seria o princípio ideal se não fosse o caráter posicional do sistema 
produtivo da indústria da construção civil. No entanto, esta característica, através da qual os 
equipamentos, pessoas e materiais se movimentam ao invés do produto, faz com que a 
necessidade por transporte seja uma atividade constante nos canteiros de obras e típica de 
apoio, ou seja, não agrega valor ao produto final. Sendo assim, a necessidade de transporte de 
materiais e equipamentos deve ser minimizada, já que não pode ser 100% evitada. Ações 
como evitar estoques intermediários e recebimento centralizado de tijolos e cimento 
minimizam a necessidade de transporte. 
 
b) Andar em linha reta 
 
A menor trajetória que liga dois pontos é representada por uma linha reta, portanto 
o fator linearidade, quando possível, deve ser determinante na escolha do caminho. 
 
c) Não subir e nem descer 
 
Em relação à movimentação horizontal devem-se evitar percursos com subida e 
descida, principalmente, quando for utilizado o esforço humano para se desenvolver o 
deslocamento de pessoas e materiais. Trajetórias com essas características exigem um maior 
esforço físico e como as atividades na construção civil se repetem ao longo da jornada de 
trabalho, este tipo de percurso torna-se desgastante para o operário. Uma situação na qual se 
deve obedecer a este princípio é durante a escolha do caminho para transporte de agregados 
 
 
9 
até a betoneira, já que a produção de concreto e argamassas são atividades que se repetem 
diariamente e por quase todo período de execução da obra. 
Já em relação à movimentação vertical subir e descer são um mal necessário. O 
que deve ser observado neste tipo de movimentação é a escolha dos equipamentos de 
transportes, os quais devem ser definidos principalmente pelo tipo, peso e volume do material 
a ser transportado. 
 
d) Utilizar rampas com inclinação adequada 
 
Caso as subidas e descidas não sejam evitáveis, deve-se ter atenção com relação à 
inclinação das rampas, sendo essas não superiores a 10%. 
 
e) Diminuir a distância entre área de estoque e posto de trabalho 
 
O fato do produto edificação ser tipicamente posicional requer uma proximidade 
entre materiais, equipamentos e locais de utilização para que haja racionalização nas 
atividades de transporte. Este princípio deve ser determinante na definição do layout, 
principalmente, de canteiros horizontais, uma vez que há possibilidade de implantação de um 
canteiro concentrado, ou seja, menores distâncias entre locais de armazenagem, preparação e 
utilização. Em canteiros verticais este princípio deve ser observado, principalmente, na 
proximidade das áreas de armazenagem com áreas de preparação (central de forma, 
argamassas e armação) e destes com os equipamentos de transporte vertical, já que a distância 
até o local de utilização não pode ser minimizada (movimento vertical). 
 
 
 
 
10 
 
Figura 3.1 – Proximidade entre o estoque de cimento e betoneira. 
 
f) Entregar materiais diretamente no local de trabalho ou de armazenagem 
 
O descarregamento de material diretamente no local de uso ou estoque é de 
fundamental importância para se evitar o duplo manuseio e consequentes desperdícios de 
material e mão de obra. Um exemplo típico da desobediência a esse princípio é observado 
com a impossibilidade do descarregamento de tijolos no posto de trabalho ou diretamente na 
área de armazenamento, acarretando, muitas vezes, a necessidade de estoques intermediários 
e duplo manuseio. 
 
 
Figura 3.2 – Estoque intermediário de tijolos. 
 
 
 
 
 
11 
g) Entregar materiais na quantidadeexata 
 
Esse princípio requer um conhecimento prévio dos quantitativos dos materiais a 
serem utilizados no postos de trabalho. Atenção deve ser dada a esse princípio para não se 
gerar carga de retorno ou necessidade complementar de materiais, o que acarreta em 
transporte extra. Um exemplo recorrente em obras verticalizadas é a necessidade de 
movimentação, muitas vezes manual, de materiais excedentes (tijolos, blocos, tubos, conexões 
e cerâmicas) de um pavimento para outro. 
 
h) Visitar e preparar a área de recepção 
 
Visitar e preparar a área de recepção dos materiais antes do recebimento é fator 
decisivo para se evitar improvisações, tais como estoques intermediários, duplo manuseio, 
desorganização do canteiro, obstrução de caminhos e acessos aos materiais. Uma forma 
simples de se preparar a área de recepção pode ser por intermédio de check-list, cuja função é 
enumerar todos os pré-requisitos básicos que a administração da obra deve fornecer ao 
operário para o exercício da função de recebimento do material. Um exemplo clássico é a 
necessidade de estrados (plataformas) para o armazenamento de cimento. 
 
i) Dispor materiais na sequencia de sua utilização 
 
Uma forma de se facilitar o manuseio e movimentação dos materiais é organizá-
los de acordo com as prioridades produtivas da obra, ou seja, dispor na sequencia de sua 
utilização. 
 
j) Não empilhar materiais diferentes ou obstruir o acesso de uns pelos outros 
 
Muitos materiais utilizados em canteiros de obras, tais como blocos, tijolos, 
cerâmicas, tintas, louças e cimento permitem organizá-los de forma empilhada o que acarreta 
diretamente a redução de áreas mortas. No entanto, é necessário se ter atenção para não 
empilhar materiais diferentes e obstruir o acesso de uns pelos outro, já que a necessidade de 
 
 
12 
utilização de materiais localizados na parte inferior ou atrás da pilha implicará em um 
trabalho extra de movimentação de materiais. 
 
 
Figura 3.3 – Caixa de descarga obstruindo o livre acesso aos vasos sanitários. 
 
k) Indicar um caminho único entre “a” e “b” 
 
Definir um roteiro único facilita a movimentação e evita erros de percurso. 
 
l) Planejar o caminho de ida e de volta 
 
Os caminhos de ida e de volta devem ser planejados de modo a se definir como e 
aonde se inicia, como se desenvolve o movimento, como se finaliza o transporte e o retorno. 
Com o conhecimento de todo o processo de movimentação é possível se determinar o tempo 
de utilização e a produtividade dos equipamentos de transporte. 
 
m) Planejar o uso de carga de retorno 
 
Sempre que possível os equipamentos de transportes devem retornar com uma 
carga, ou seja, não voltar vazio. A implantação deste princípio induz uma maior 
racionalização não somente da movimentação de materiais como também da utilização dos 
equipamentos de transportes. Um exemplo de aplicação desse princípio é planejar a 
movimentação do entulho, não como uma atividade principal para utilização dos 
equipamentos de transporte e sim com uma carga de retorno. 
 
 
13 
n) Colocar cargas em plataformas e depois transportar 
 
Ainda pouco utilizado em canteiros, esse princípio possibilita uma maior fluência 
no transporte, facilita a carga e descarga e diminui a necessidade de mão de obra. Produtos 
que apresentam formas idênticas, tais como: blocos, tijolos, pisos e cimentos podem ser 
movimentados em conjunto com auxílio de plataformas, porém, normalmente, são 
transportados um a um. A implantação desse princípio requer investimentos em equipamentos 
de transporte, tais como aquisição ou aluguel de empilhadeiras, gruas e paleteiras. 
 
o) Movimentar por gravidade 
 
A opção do uso da gravidade para movimentar materiais é viável 
economicamente. A prática deste princípio reduz tanto a mão de obra como a utilização dos 
equipamentos de transportes. Como exemplo da redução da mão de obra tem-se o 
descarregamento de agregados através de caminhão basculante. Já como redução da utilização 
dos equipamentos de transporte tem-se o transporte de entulho por meio de tubulação. 
 
 
Figura 3.4 – Tubulação para transporte de entulho por 
gravidade. 
 
Figura 3.5 – Detalhe da tubulação para transporte de 
entulho por gravidade. 
 
 
 
 
14 
p) Travar, amarrar, cintar e contrafiar materiais que possam se movimentar durante o 
transporte 
 
Durante a atividade de transporte os materiais podem se movimentar devido a 
mudanças de trajetórias, frenagem, aceleração, trepidação e oscilação. Portanto travá-los, 
contrafiá-los ou amarrá-los torna o transporte mais seguro, evita perdas tanto de insumos 
como de mão de obra e é possível aumentar a velocidade de movimentação. O transporte de 
blocos de concreto e, em alguns casos, de cimento utilizam esse princípio, uma vez que as 
pilhas são envolvidas com plástico. 
 
 
Figura 3.6 – Pilha de cimento envolvida com plástico. 
 
q) Transportar somente quando o kit estiver pronto 
 
O atendimento a esse princípio evita a necessidade extra de trabalhos de 
movimentação. Em relação à movimentação interna esse princípio aplica-se, principalmente, 
na preparação de kit composto por materiais e ferramentas mais leves referentes a instalações 
hidro-sanitária, elétrica e pinturas. A aplicação extremada desse princípio deve ser evitada 
desde que a preparação total do kit seja impossibilitada por ausência de algum componente. Já 
na movimentação externa, ou seja, logística de suprimento do canteiro, a entrega deve ser 
realizada quando todos os materiais solicitados estejam disponíveis, exceto em casos de 
urgência de utilização. 
 
 
 
15 
r) Desenhar o fluxo de materiais em obra através de um mapofluxograma 
 
A criação de mapofluxogramas auxilia na identificação das diversas atividades e 
na determinação do local onde as mesmas se desenvolvem durante o fluxo dos materiais. Com 
essa forma de documentação e visualização do processo é possível a identificação dos 
problemas e implantação de oportunidades de melhorias. 
 
s) Considerar as atividades de transporte na etapa de plano de médio prazo (lookhead) 
 
O planejamento de médio prazo tem como objetivo identificar quais atividades se 
realizarão em um período entre quatro e seis semanas e as providências cabíveis para a 
garantia de sua execução. Na maioria das vezes, durante esse planejamento se considera 
somente como as atividades serão executadas e com quais materiais, ferramentas e mão de 
obra, deixando as atividades de movimentação de pessoas e insumos para serem resolvidas de 
acordo com a necessidade e disponibilidade dos equipamentos de transporte, ou seja, utiliza-
se a cultura da improvisação. A aplicação desse princípio requer que as necessidades que 
envolvem as atividades de transporte sejam consideradas logo no plano de médio prazo. 
 
t) Eliminar as restrições motivadas pela falta de capacidade do sistema de transporte 
 
O mau dimensionamento da capacidade do sistema de transporte induz ao 
surgimento de restrições ao processo de movimentação. As restrições são: impossibilidade 
dos equipamentos de comportar dimensionalmente os materiais e incapacidade de suporte de 
carga, o que pode acarretar em um aumento de atividades de transporte, não utilização ou 
quebras dos equipamentos. Pode se eliminar essas restrições por meio do dimensionamento 
prévio da capacidade dos equipamentos de transporte a partir do conhecimento de 
características como formato, volume, peso e quantidade do material a ser transportado. 
 
u) Conhecer aspectos do produto, como volume, quantidade, peso e sua fragilidade. 
 
Conhecer características como volume, quantidade,peso e fragilidade dos 
produtos permite-se antecipar e planejar as necessidades envolvidas na atividade de 
 
 
16 
movimentação, tais como mão de obra e equipamentos de transporte. A aplicação desse 
princípio pode minimizar as improvisações, tornando assim a atividade de movimentação 
menos improdutiva. 
 
v) Ter acesso a obra por toda a sua frente 
 
A possibilidade de acesso ao canteiro por toda sua frente permite 
descarregamentos simultâneos e facilita, quando necessário, a movimentação dos operários e 
dos equipamentos de transporte durante esse tipo de atividade. Uma inovação tecnológica 
simples é a substituição do tradicional tapume por gradil, o qual poderá oferecer vários pontos 
de entradas. 
 
 
Figura 3.7 – Gradil com várias entradas. 
 
w) Manter e transportar materiais nas embalagens originais 
 
Sempre que possível deve-se transportar materiais nas embalagens originais, uma 
vez que essas são, na grande maioria, dimensionadas com o objetivo de acomodar, prevenir e 
resistir a ações danosas, mantendo as características geométricas e físico-químicas do material 
durante as atividades de movimentação. Caso não seja possível obedecer a esse princípio 
devido à necessidade de fracionamento do material, deve-se ter a atenção em transportar em 
concordância, dependendo do tipo de material, com princípios, tais como proteger o material 
a ser transportado ou travar, amarrar, cintar e contrafiar materiais que podem se movimentar 
durante o transporte. 
 
 
17 
x) Proteger o material a ser transportado 
 
Durante a movimentação de material, atenção deve ser dedicada a esse princípio 
com intuito de se evitar danos, misturas e derramamentos, ou seja, desperdícios e perdas. Esse 
princípio se aplica tanto a material acomodado em embalagens como também a produtos que 
não são ou, caso sejam, fracionados. Uma forma de obediência a esse princípio é buscar por 
em prática ações e cuidados simples como travar, amarrar, contrafiar, cintar, cobrir, acomodar 
e embalar os materiais a serem transportados, principalmente, aqueles que dependem da 
integridade de suas características físicas, tais como: louças, lâmpadas, esquadrias de 
alumínio e vidro, luminárias e espelhos entre outros. Um exemplo de aplicação desse 
princípio é observado no transporte de areia em caminhão caçamba, uma vez que o material é 
coberto com lona com intuito de se evitar derramamento. Outro exemplo observa-se no 
transporte de esquadrias de alumínio e vidro quando é necessário embalar, acomodar e 
amarrar para que, durante a movimentação, evitem-se possíveis danos ao produto. 
 
y) Manter em obra ferramentas simples para conserto e manutenção dos equipamentos de 
transporte 
 
A utilização dos equipamentos de transporte requer manutenção e consertos 
durante sua vida útil, principalmente, os utilizados em canteiros de obras, os quais 
transportam cargas pesadas. Assim é de suma importância procurar manter ferramentas 
simples com destinação para este tipo de serviço que, muitas vezes, é simples e de fácil 
realização. Portanto, o atendimento a este princípio prolonga a vida útil dos equipamentos. 
 
 
Figura 3.8 – Ferramentas para conserto e manutenção dos equipamentos de transporte. 
 
 
18 
 
 
Figura 3.9 – Detalhe da ferramentaria. 
 
 
z) Manter a obra limpa 
 
São muitas as situações em que há aumento de percurso, acidentes de trabalho e 
interrupção dos deslocamentos devido ao acúmulo desordenado de resíduos sólidos nos 
canteiros de obras. Portanto, a obediência a este princípio, além do fator de higiene e estético, 
facilita o deslocamento de pessoas e equipamentos, o que torna a movimentação uma 
atividade mais produtiva e segura. 
 
aa) Criar endereço para destino do material transportado 
 
Uma forma de se evitar movimentações desnecessárias ou imprecisas de materiais 
é através da criação de endereços para destino do material transportado. Situações em que a 
movimentação de materiais é realizada em elevadores de cargas são passíveis de aplicação 
deste princípio para se evitar enganos no momento do descarregamento, uma vez que 
materiais com destinos diferentes podem ser transportados na mesma viagem. 
 
 
 
19 
 
Figura 3.10 – Identificação do destino do material. 
 
bb) Garantir espaço para o não cruzamento de fluxos de ida e retorno 
 
Os caminhos de circulação em canteiros de obra devem ser dimensionados de 
forma a não permitirem, durante a movimentação de pessoas, equipamentos e veículos de 
transporte, o cruzamento de ida e retorno, evitando assim congestionamentos ou esperas. O 
posicionamento inadequado das áreas de estoque e preparação de produtos pode reduzir os 
espaços para circulação, acarretando, possivelmente, a necessidade de cruzamento de fluxos 
de ida e retorno. Portanto, de preferência, devem existir caminhos separados. 
 
 
Figura 3.11 – Cruzamento do fluxo de ida e retorno. 
 
O quadro 3.2 sintetiza os princípios sobre planejamento e gestão da 
movimentação em forma de um check-list. 
 
 
 
20 
Quadro 3.2 – Check-list de princípios sobre planejamento e gestão da movimentação. 
Você aplica os seguintes princípios no gerenciamento de sua obra? Sim Não 
Não transportar. 
Andar em linha reta. 
Não subir e nem descer. 
Utilizar rampas com inclinação adequada. 
Diminuir a distância entre área de estoque e posto de trabalho. 
Entregar materiais diretamente no local de trabalho ou de armazenagem. 
Entregar materiais na quantidade exata. 
Visitar e preparar a área de recepção. 
Dispor materiais na sequencia de utilização. 
Não empilhar materiais diferentes ou obstruir o acesso de uns pelos outros. 
Indicar um caminho único entre “a” e “b”. 
Planejar o caminho de ida e de volta. 
Planejar o uso de carga de retorno. 
Colocar cargas em plataformas e depois transportar. 
Movimentar por gravidade. 
Travar, amarrar, cintar e contrafiar materiais que possam se movimentar 
durante o transporte. 
 
Transportar somente quando o kit estiver pronto. 
Desenhar o fluxo de materiais em obra através de um mapofluxograma. 
Considerar as atividades de transporte na etapa do plano de médio prazo 
(lookhead). 
 
Eliminar as restrições motivadas pela falta de capacidade do sistema de 
transporte. 
 
Conhecer aspectos do produto a ser transportado, como volume, 
quantidade, peso e sua fragilidade. 
 
Ter acesso a obra por toda sua frente. 
Manter e transportar materiais nas embalagens originais. 
Proteger o material a ser transportado. 
Manter em obra ferramentas simples para conserto e manutenção dos 
equipamentos de transporte. 
 
Manter a obra limpa. 
Criar endereço para destino do material transportado. 
Garantir espaço para o não cruzamento de fluxos de ida e retorno. 
 
3.1.2 Cuidados com os Caminhos de Circulação 
 
Atenção deve ser dada aos caminhos de circulação de modo que estes facilitem a 
movimentação. 
 
 
 
21 
a) Criar corredores e ruas de transporte 
 
Prever durante o planejamento do layout do canteiro e disponibilizar áreas de 
circulação, tais como corredores e ruas facilitam a fluência não somente dos 
equipamentos/veículos de transporte como também os deslocamentos de operários. Em obras 
verticais muitas vezes com a indisponibilidade de espaços não é possível a criação dessas 
vias. Já em grandes obras horizontais deve ser primordial a obediência a esse princípio. A 
criação desses caminhos de circulação deve obedecer a princípios como: usar o caminho mais 
direto possível; não subir e descer; utilizar rampas com inclinação adequada e pavimentar,drenar e iluminar previamente os caminhos de transporte. No entanto não somente criar 
caminhos resolve o problema como também é necessário, através da conscientização do 
usuário, garantir a manutenção, integridade e desobstrução dessas vias. 
 
b) Pavimentar, drenar e iluminar previamente os caminhos de transporte 
 
Quanto melhor as condições dos caminhos/percursos em canteiros de obra mais 
facilmente fluirão o deslocamento de pessoas e equipamentos de transporte durante a 
movimentação, principalmente, pelo fato da atividade tornar-se mais segura, o que implicará, 
possivelmente, em um ganho de produtividade. Pavimentar, drenar e iluminar, ou seja, 
proporcionar melhores condições aos caminhos de circulação são ações que minimizam a 
insegurança durante a atividade de movimentação. Situações grosseiras como subsolo mal 
iluminado e o descuido com a regularização durante a concretagem dos pavimentos, são 
exemplos recorrentes da desobediência a esse princípio. Outra situação de não atendimento a 
esse princípio é observada em obras com grandes áreas não pavimentadas, nas quais é 
possível o empoçamento dos caminhos de circulação devido à falta ou deficiência na 
drenagem desses espaços. 
 
c) Não prejudicar o trânsito de veículos e pedestres durante o descarregamento de 
produtos 
 
É comum, durante atividades de descarregamento em canteiros de obra, se 
prejudicar o fluxo de veículos e pedestres, principalmente, pelo fato da não disponibilidade de 
espaços dentro dos limites da obra. A impossibilidade de estacionar dentro do terreno da obra 
 
 
22 
implica na necessidade de se usufruir das calçadas e ruas para se aproximar do canteiro. A 
partir do momento que se utiliza dessas áreas pode-se dificultar a movimentação de pedestres 
e veículos. Um exemplo corriqueiro em obras é observado quando se obstrui as calçadas para 
armazenamentos intermediários de tijolos. Outro exemplo é a interrupção de parte ou 
totalidade de uma faixa da rua ou avenida durante o descarregamento de concreto bombeado. 
Uma forma de minimizar ou até mesmo se evitar esses empecilhos é disponibilizar áreas de 
descarregamento dentro do canteiro ou priorizar, quando possível, que o descarregamento 
ocorra em ruas menos movimentadas ou em horários menos críticos com relação ao trânsito 
de pedestres e veículos. 
 
 
Figura 3.12 – Descarregamento prejudicando o fluxo de veículos. 
 
 
Figura 3.13 – Estoque intermediário de tijolos na calçada. 
 
d) Eliminar as restrições causadas por obstáculos ao livre fluxo de transporte 
 
 
 
23 
Obstáculos ao livre fluxo da mão de obra e dos equipamentos de transporte 
tornam a movimentação uma atividade ineficiente e insegura. O principal obstáculo ao fluxo 
de transporte é motivado pelo armazenamento inadequado dos materiais e falta de 
organização dos canteiros, ou seja, consequência da cultura da improvisação. 
 
 
Figura 3.14 – Obstáculo ao livre fluxo de movimentação. 
 
e) Garantir amplo espaço de circulação em volta dos locais de armazenagem 
 
O grande empecilho na aplicação desse princípio é a restrita disponibilidade de 
espaços livres nos canteiros. No entanto existe a necessidade de se garantir espaço de 
circulação em volta das áreas de estocagem para facilitar não só o acesso ao material como 
também o manuseio dos equipamentos de transportes. 
 
f) Proteger a obra ao longo do caminho de circulação 
 
Esse princípio tem como objetivo a preservação, principalmente, das áreas já 
acabadas da obra, tais como ambientes com revestimento de parede e piso prontos. Um 
exemplo típico de proteção da obra é colocação de papelão ou lona plástica nos caminhos de 
circulação com revestimento já assentado. 
 
 
 
24 
 
Figura 3.15 – Lona plástica protegendo porcelanato ao longo da área de circulação. 
 
g) Isolar a área de movimentação de materiais 
 
Os caminhos de circulação devem ser demarcados e se possíveis isolados. Esse 
princípio tem como objetivo evitar a obstrução e preservar os caminhos de circulação, 
evitando assim que estes sejam ocupados para outros usos. Também pode auxiliar na proteção 
de áreas já acabadas e que não devem ser utilizadas para circulação. 
 
A seguir será apresentado o check-list referente à subcategoria sobre cuidados 
com os caminhos de circulação. 
Quadro 3.3 – Check-list de princípios sobre cuidados com os caminhos de circulação. 
Você aplica os seguintes princípios no gerenciamento de sua obra? Sim Não 
Criar corredores e ruas de transporte. 
Pavimentar, drenar e iluminar previamente os caminhos de transporte. 
Não prejudicar o trânsito de veículos e pedestres durante o 
descarregamento de produtos. 
 
Eliminar as restrições causadas por obstáculos ao livre fluxo de transporte. 
Garantir amplo espaço de circulação em volta dos locais de armazenagem. 
Proteger a obra ao longo do caminho de circulação. 
Isolar a área de movimentação de materiais. 
 
 
 
25 
3.1.3 Cuidados com o Homem como Agente da Movimentação 
 
Como grande parte da movimentação em canteiros de obras é operacionalizada 
com o auxílio do esforço humano, então segue uma apresentação de princípios que tem 
objetivo de cuidar do agente da movimentação. 
 
a) Transportar pesos adequados a capacidade humana 
 
A indústria da construção civil é caracterizada pela grande necessidade de 
movimentação e manuseio de materiais, sendo, essas, atividades repetitivas e realizadas, na 
grande maioria, de forma manual, ou seja, com esforço de operários. Partindo-se dessa 
frequente rotina observada em canteiros, é necessário que atenção seja dada, principalmente, 
pelos gestores de obras, para que os operários transportem pesos compatíveis com a 
capacidade humana. A desobediência a esse princípio em conjunto com a frequente repetição 
das atividades de transporte de cargas são indutoras de sérios riscos a saúde e bem-estar dos 
operários. Segundo MERINO (1996), a legislação brasileira limita em 60 kg o peso máximo 
que um trabalhador deve manusear e movimentar, enquanto que o método NIOSH 
desenvolvido nos Estados Unidos em 1980, sob iniciativa da National Institute for 
Ocupational Safety and Health, estabelece como limite máximo 23 kg. 
 
 
 
Figura 3.16 – Transporte manual de sacos de 50 kg. 
 
 
 
 
26 
b) Prover pega adequada 
 
A grande maioria das movimentações em canteiros de obra exige o esforço físico 
dos operários, implicando, assim, na frequente necessidade do uso das mãos. Uma forma de 
facilitar esse manuseio é através da utilização de pegas adequadas, ou seja, prover alças, 
ressaltos e encaixes para as mãos. Porém, não só prover pega facilita o manuseio. É 
necessário que ela tenha características que promovam certo conforto as mãos. Assim, 
recomenda-se que o encaixe ou ressalto sejam compostos por material compressível e não 
derrapante. Já para alça, além das características do encaixe e ressalto, é de fundamental 
importância que apresente formato cilíndrico. 
 
 
Figura 3.17 – Elementos práticos para facilitar a pega (Merino, 1996). 
 
c) Utilizar a mão como um todo para empunhar materiais 
 
A forma mais adequada e confortável de se manusear materiais com uso das mãos 
é utilizando-as como um todo, evitando, sempre que possível, o uso somente dos dedos. A 
área da pega deve ser a maior possível, utilizando sempre a palma das mãos e a base dos 
dedos, promovendo, assim, uma melhor acomodação da carga ao corpo humano e, 
consequentemente, redução de fadiga e ocorrência de possíveis acidentes. A aplicação deste 
princípio, em conjunto com o de prover pega adequada, torna o manuseio menos desgastantepara as mãos do trabalhador. 
 
 
 
27 
d) Usar braços estendidos 
 
Durante a movimentação de cargas os braços devem ser utilizados, quase que 
exclusivamente, para segurá-la, evitando, sempre que possível, que sejam usados para 
levantá-la. A posição mais recomendada para os braços é estendida, promovendo, assim, uma 
menor fadiga dos músculos. 
 
 
Figura 3.18 – Braços estendidos na movimentação de materiais (Merino, 1996). 
 
e) Empurrar ao invés de puxar 
 
Ao se movimentar uma carga, seja por meio de rolamento ou tombamento, 
deve-se procurar empurrar ao invés de puxar, uma vez que, ao empurrá-la, o peso do corpo do 
trabalhador atua como contrapeso, facilitando e ajudando no deslocamento. Além disso, o 
trabalhador se põe sempre de frente ao movimento da carga o que implica aumentar o campo 
visual e evitar possíveis acidentes. 
 
f) Colocar as cargas em equilíbrio e simétricas em relação ao corpo 
 
Ao se transportar cargas em equilíbrio e simétricas em relação ao corpo evita-se o 
desequilíbrio postural e sobrecarga de algum grupo muscular. Um exemplo de aplicação deste 
princípio pode ser observado em atividades de movimentação de galões (baldes) de tintas. 
 
 
 
28 
 
Figura 3.19 – Cargas simétricas em relação ao corpo. 
 
g) Colocar cargas sobre os ombros ou cabeça 
 
 
Figura 3.20 – Carga sobre ombros. 
 
h) Transportar a máxima quantidade de cada vez 
 
Sempre que possível, o trabalhador deve transportar a máxima carga de cada vez, 
no entanto não se esquecendo de obedecer, também, ao princípio de transportar cargas 
compatíveis com a capacidade humana. Ao se aplicar este princípio tem-se um ganho de 
produtividade durante a atividade de movimentação, pois se minimiza o número viagens. 
Porém sua aplicação extremada em atividades repetitivas e em discordância com o princípio 
de transportar cargas compatíveis com a capacidade humana pode levar, ao longo da 
atividade, a perda de produtividade e fadiga da muscular. 
 
 
 
29 
i) Facilitar a carga e descarga 
 
Ao se por em prática este princípio pode-se ter um ganho de produtividade e 
reduzir o desgaste e fadiga do trabalhador, uma vez que, ao se facilitar a carga e descarga, o 
esforço físico utilizado na atividade de movimentação e manuseio será disponibilizado, quase 
que exclusivamente, para o transporte propriamente dito. Um exemplo de aplicação deste 
princípio é observado em atividade em que tanto o carregamento quanto o descarregamento 
de cargas é auxiliado por outro trabalhador. Outra maneira de facilitar a carga e descarga é 
aproveitar bancadas e alturas com o objetivo de auxiliar a elevação e deposição da carga. 
 
 
Figura 3.21 – Aproveitamento de bancadas e alturas no levantamento de sacos (Merino, 1996). 
 
j) Substituir o esforço humano por equipamentos ou máquinas simples 
 
Carregar, elevar, puxar, empurrar, deslizar, arremessar, tombar e rolar são ações 
rotineiras em atividades de movimentação e manuseio de cargas com utilização de força 
muscular, porém, sempre que possível, devem ser substituídas ou auxiliadas por máquinas 
simples, buscando, assim, substituir o esforço humano por equipamentos de transporte. Não 
só substituir implica na obediência correta a este princípio. É necessário que a utilização dos 
equipamentos de movimentação de cargas esteja adaptada ao trabalhador. Ao se praticar este 
princípio, além de se evitar o desgaste e fadiga do trabalhador, se ganha em termo de 
produtividade. Este princípio é observado em movimentações de cargas com auxílio de 
carrinhos de mão, giricas e carrinhos porta pallet. 
 
 
 
30 
 
Figura 3.22 – Transporte manual de tijolos. 
 
 
Figura 3.23 – Transporte com auxílio de carrinho de mão. 
 
 
Abaixo é apresentado o check-list referente à subcategoria de cuidados com o 
homem como agente da movimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Quadro 3.4 – Check-list de princípios sobre cuidados com o homem como agente da movimentação. 
Você aplica os seguintes princípios no gerenciamento de sua obra? Sim Não 
Avaliar a carga antes da movimentação. 
Substituir o esforço humano por equipamentos ou máquinas simples. 
Empurrar ao invés de puxar. 
Transportar pesos adequados a capacidade humana. 
Transportar a máxima quantidade de cada vez. 
Utilizar a mão como um todo para empunhar materiais. 
Prover pega adequada. 
Usar braços estendidos. 
Facilitar a carga e descarga. 
Colocar as cargas em equilíbrio e simétricas em relação ao corpo. 
Colocar a carga sobre os ombros ou cabeça. 
 
3.1.4 Características dos Equipamentos de Movimentação 
 
Entendem-se como equipamento de movimentação os instrumentos que auxiliam 
a operacionalização do manuseio e transporte de cargas. 
 
a) Usar equipamentos flexíveis que possam ser adaptados a vários tipos de materiais 
 
Quanto mais flexível for a utilização dos equipamentos de transporte, ou seja, 
adaptados a movimentação de vários tipos de materiais, menos sub-utilizados serão. 
Equipamentos, tais como elevador de carga e grua são representantes da aplicação deste 
princípio, pela sua flexibilidade. 
 
b) Usar equipamentos que não requeiram esforço para seu equilíbrio 
 
Quanto mais segura for a condição de trabalho mais produtiva será a atividade de 
movimentação. Partindo disso deve-se, sempre que possível, buscar utilizar equipamentos 
 
 
32 
estáveis, ou seja, que não requeiram esforço para seu equilíbrio. Assim, o operário fornecerá 
apenas a força de tração, aumentando, portanto, a velocidade do fluxo de movimentação. 
 
c) Usar equipamentos estáveis e que evitem oscilações bruscas 
 
Embora na construção civil os materiais, na grande maioria, sejam grosseiros e 
não requerem cuidados especiais é necessário que os equipamentos apresentem estabilidade e 
que evitem oscilações bruscas. Para os equipamentos de transporte de pessoas, este princípio 
deve ser aplicado rigorosamente para que não provoquem desconforto durante a 
movimentação e sejam seguros. 
 
d) Prover dispositivos de trava 
 
Em movimentações dentro do canteiro, são as irregularidades e desnivelamento de 
pisos que tornam o transporte, em algumas situações, instáveis. Já em movimentações 
externas são as curvas, frenagens, acelerações, oscilações e irregularidades das vias que 
produzem instabilidade. Uma forma de se evitar as inconvenientes consequências dessa 
instabilidade, ou seja, deslocamento da carga, e até mesmo danos ao material é buscar prover 
dispositivos de trava nos meios de transporte, tais como corda, cinta e ligas de borracha. 
 
e) Usar equipamentos leves com baixo peso próprio 
 
É notável que todos os equipamentos de transporte apresentem carga limitada e 
que parte desta capacidade é dispensada para transportar o peso próprio do equipamento, ou 
seja, peso morto, o que implica numa atividade de movimentação menos produtiva, 
aumentando, consequentemente, o número de viagens para transporte de cargas. Embora as 
tecnologias disponíveis no momento ainda produzam equipamentos de transporte pesados, 
deve-se sempre buscar equipamentos leves e com baixo peso próprio para que, assim, se 
minimize os custos operacionais da atividade de transporte de cargas. 
 
 
 
 
33 
f) Calibrar pneus 
 
Ao utilizar equipamentos com pneus deve-se sempre mantê-los com a calibração 
adequada, uma vez que pneu descalibrado requer maior esforço, seja físico ou mecânico, para 
movimentação da carga, além do maior desgaste. Manter na obra equipamento para calibração 
de pneu, por mais simples que sejae até mesmo manual, é uma forma de atender a este 
princípio. A desobediência a este princípio pode acarretar na subutilização de equipamentos 
simples, tais como carrinho de mão e girica. 
 
 
Figura 3.24 – Calibração de pneu da girica com bomba manual. 
 
g) Utilizar o maior tamanho de roda possível 
 
Quanto maior a roda do equipamento de transporte mais facilmente se 
desenvolverá o deslocamento de cargas, já que rodas com maior raio sofrem menos influência 
das irregularidades ou desnivelamento do piso. Portanto, sempre que se for adquirir 
equipamentos que apresentem a opção de escolha do tamanho da roda, deve-se procurar optar 
pelas de maior tamanho. 
 
h) Usar rodas leves 
 
Este princípio busca minimizar o peso próprio do equipamento de transporte, ou 
seja, reduzir o peso morto. 
 
 
 
34 
O quadro 3.5 apresenta, em forma de check-list, os princípios sobre as 
características dos equipamentos de movimentação. 
 
Quadro 3.5 – Check-list de princípios sobre características dos equipamentos de movimentação. 
Você aplica os seguintes princípios no gerenciamento de sua obra? Sim Não 
Usar equipamentos flexíveis que possam ser adaptados a vários tipos de 
materiais. 
 
Usar equipamentos que não requeiram esforço para seu equilíbrio. 
Usar equipamentos estáveis e que evitem oscilações bruscas. 
Prover dispositivos de trava. 
Usar equipamentos leves e com baixo peso próprio. 
Calibrar pneus. 
Utilizar o maior tamanho de roda possível. 
Usar rodas leves. 
 
3.1.5 Deslocamento e Trânsito de Pessoas 
 
Este grupo de princípios tem como intuito tornar a movimentação de pessoa uma 
atividade mais segura, precisa e produtiva dentro do canteiro de obra. 
 
a) Criar banheiros, ferramentaria e local para descanso próximo a área de trabalho 
 
A aplicação deste princípio evita deslocamentos desnecessários de funcionários, o 
que acarreta a redução dos tempos improdutivos durante a jornada de trabalho. 
 
b) Criar corredores de acesso para funcionários, visitantes, clientes e fornecedores 
 
Criar corredores de acesso é uma forma de buscar manter seguras as pessoas que 
acessam o canteiro de obra, evitando, assim, possíveis acidentes. A aplicação deste princípio é 
observada, principalmente, em obras verticais, as quais são passíveis de queda de materiais 
durante a execução da torre de pavimentos. Esses corredores podem ser feitos, de uma forma 
 
 
35 
simples, de madeira e tela contornando seus limites. Também podem ser cobertos com folha 
de zinco ou madeirite. 
 
c) Dar direções e identificar locais na obra 
 
A movimentação em canteiro de obra se torna mais produtiva a partir do momento 
em que há sinalização tanto de direcionamento quanto de identificação dos locais e áreas de 
trabalho. A aplicação deste princípio tem como objetivo principal facilitar o deslocamento não 
somente dos operários como também de visitantes e fornecedores, uma vez que a sinalização, 
quando bem definida, evita ocorrência de dúvidas quanto a direção a seguir e em qual local a 
pessoa se encontra na obra. Um exemplo de aplicação deste princípio é observado ao 
sinalizar, com placas de identificação, banheiros para visitantes, sala técnica, almoxarifado, 
pavimento e unidades tipo entre outras áreas. Outro exemplo é observado tanto ao se dar 
direções dos caminhos a serem seguidos por visitante, operários e fornecedores como ao se 
indicar locais que não devem ser acessados. 
 
 
Figura 3.25 – Placa indicando almoxarifado. 
 
d) Isolar áreas que não estejam sendo trabalhadas 
 
A aplicação deste princípio busca minimizar a possibilidade de movimentações 
improdutivas, estocagens não autorizadas de materiais e, dependendo da situação, evitar 
acidentes ou preservar ambientes. Assim, sempre que possível, deve-se isolar, com telas, fitas 
 
 
36 
zebradas ou alguma outra forma de obstrução do acesso (madeira e tapumes) áreas que não 
estejam sendo trabalhadas. 
 
e) Trabalhar em equipes e aproximar frentes de trabalho 
 
Sempre se deve otimizar os deslocamento tanto de operários quanto de 
supervisores, ou seja, minimizá-los. Uma forma de atingir este objetivo é através da 
aproximação das frentes de trabalho. 
 
f) Indicar os locais onde está havendo trabalho 
 
Não saber onde as equipes de produção estão trabalhando é uma situação bastante 
vivenciada em canteiros de obras, o que pode gerar deslocamentos imprecisos e 
desnecessários. A aplicação deste princípio busca minimizar o deslocamento principalmente 
dos supervisores. 
Algumas formas de aplicação deste princípio já são possíveis de serem 
observadas, principalmente, em obras verticais. Uma delas é o Andon, ou seja, uma 
ferramenta de gerenciamento visual, a qual é oriunda dos conceitos de Produção Enxuta. Esta 
foi adaptada para a construção civil, tendo como objetivo principal facilitar a comunicação 
dentro da obra entre supervisores e equipes de produção, indicando os locais onde estão sendo 
executados serviços e como está seu andamento, ou seja, se há algum problema na rotina de 
trabalho. 
 
g) Diminuir o número de visitas em cada local de trabalho 
 
A aplicação deste princípio acarreta em movimentações mais produtivas, 
principalmente, por parte dos gestores e supervisores da obra. Uma forma de atender a este 
princípio pode ser através do desenvolvimento prévio de check-list, indicando quais detalhes 
devem ser analisadas e que material é necessário em cada visita ao local de trabalho. Outra 
forma pode ser por meio de Andon, o qual indica a necessidade ou não da presença de 
supervisores no posto de trabalho. 
 
 
 
37 
h) Examinar as condições de trabalho do próximo local de atividades 
 
São muitos os casos em que a equipe de produção desloca-se para áreas de 
trabalho que, muitas vezes, não estão liberadas para execução do novo serviço. Um exemplo 
dessa situação pode ser observado em casos em que a equipe de pedreiros é deslocada para 
um ambiente onde realizarão serviços de reboco, no entanto há necessidade de arremates, tais 
como emestramento ou conclusão da alvenaria. Uma forma simples de se evitar esse tipo de 
deslocamentos improdutivos pode ser por meio de visita prévia ao próximo local de trabalho. 
Essas visitas sempre que possível devem ser amparadas com auxílio de check-list. 
 
Abaixo se encontra o quadro 3.6, o qual apresenta um check-list de princípios 
sobre deslocamento e trânsito de pessoas. 
 
Quadro 3.6 – Check-list de princípios sobre deslocamento e trânsito de pessoas. 
Você aplica os seguintes princípios no gerenciamento de sua obra? Sim Não 
Criar banheiro, ferramentaria e local para descanso próximo a área de 
trabalho. 
 
Criar corredores de acesso para funcionários, visitantes, clientes e 
fornecedores. 
 
Dar direções e identificar locais na obra. 
Isolar áreas que não estejam sendo trabalhadas. 
Trabalhar em equipes e aproximar frentes de trabalho. 
Indicar locais onde está havendo trabalho. 
Diminuir o número de visitas em cada local de trabalho. 
Examinar as condições de trabalho do próximo local de atividades. 
 
A seguir serão apresentados os princípios sobre as atividades de armazenagem em 
canteiros de obras. 
 
3.2 Armazenagem 
 
Para a construção civil, o termo armazenagem deve ser entendido como o ato ou 
efeito de acumular insumos ou produtos necessários para posterior utilização. 
 
 
38 
Como observado no quadro 3.1, os princípios sobre armazenagem foram 
agrupados em três subcategorias, as quais serão apresentadas a seguir. 
 
3.2.1 Planejamento e Gestão da ArmazenagemTer um bom planejamento e gestão do sistema de armazenagem é crucial para 
tornar mais eficiente e otimizar as áreas destinada a este fim. Alguns quesitos que podem ser 
observados são colocados a seguir. 
 
a) Não usar a obra como depósito de si mesma 
 
Obras de construção requerem áreas de armazenamento, no entanto, na grande 
maioria dos canteiros, há insuficiência ou ausência de espaços que possam ser destinados a 
este fim. Quando ocorre este tipo de situação, muitas vezes, a solução mais rápida, porém 
nem sempre a mais viável e correta, é utilizar a própria obra como área para estoque ou, 
irregularmente, os espaços públicos como calçadas, ruas e avenidas. Ao utilizar a própria obra 
é possível que haja necessidade de duplo manuseio e ocorra obstrução das vias de circulação e 
postos de trabalho. Uma forma de se evitar o armazenamento na própria obra é procurar 
alugar, quando possível, depósitos em terrenos vizinhos ao canteiro. Um exemplo deste tipo 
de situação é observado em obras de reforma, onde, muitas vezes, os serviços e o 
funcionamento do estabelecimento ocorrem simultaneamente. 
 
b) Utilizar o espaço tridimensional para armazenamento 
 
Uma forma de se racionalizar o ambiente de estocagem é utilizando ao máximo o 
espaço. Esse princípio pode ser aplicado por meio do empilhamento direto do material ou 
utilização de prateleiras. 
 
 
 
39 
 
Figura 3.26 – Armazenamento em prateleiras. 
 
c) Armazenar junto ao fabricante e fazer a entrega just in time 
 
A prática desse princípio promove uma maior racionalização das áreas do canteiro 
de obra, uma vez que se utiliza como área de armazenamento o depósito do fornecedor, 
evitando assim a necessidade de maiores áreas para estoque na própria obra. O grande 
empecilho para se por em prática esse princípio é proveniente da ineficiência, por parte da 
administração da obra, em se determinar a quantidade mínima de estoque e, por parte dos 
fornecedores, da entrega com confiabilidade. 
 
d) Garantir acesso a qualquer momento pelos quatro lados da área de armazenagem 
 
Disponibilizar acesso pelos quatro lados da área de armazenagem facilita tanto o 
armazenamento e acomodação como a retirada do material seja esta manual ou com auxílio de 
máquinas/equipamentos, tornando o manuseio uma atividade, possivelmente, mais produtiva. 
Também permite que os materiais que primeiro cheguem ao estoque sejam os primeiros a 
saírem. A aplicação deste princípio, muitas vezes, não é possível pela insuficiência de espaço 
nos canteiros de obras. 
 
 
 
40 
e) Usar depósito central e fazer entrega na obra em pequenos caminhões 
 
Dependendo do porte da empresa, pode-se optar por este princípio. Empresas com 
dois ou mais canteiros de obras podem usar depósito central e, em função da demanda de cada 
obra, fazer entrega em pequenos caminhões. A aplicação deste princípio implica na redução 
da necessidade de grandes espaços para o armazenamento de materiais em cada obra. Uma 
situação em que a aplicação deste princípio pode ser útil é quando da aquisição de grandes 
lotes de materiais, tais como tubos, conexões, pisos e revestimentos. 
 
f) Não utilizar o chão diretamente para armazenagem 
 
O armazenamento direto em contato com o chão pode ser prejudicial às 
características físico-químicas do material e da própria embalagem, como também dificulta, 
dependendo do produto, seu içamento. Como exemplo de materiais que se deve evitar o 
contato direto com o solo tem-se cimento, cal, aço e madeira. Uma forma de aplicação desse 
princípio é observada ao se armazenar os materiais sobre estrados de madeira. 
 
 
Figura 3.27 – Armazenamento sobre estrado de madeira. 
 
g) Garantir localização visual dos materiais 
 
A indicação visual dos materiais facilita tanto sua localização como a manutenção 
dos estoques. Uma forma de aplicação desse princípio é a utilização de placas de identificação 
dos materiais. 
 
 
41 
 
 
Figura 3.28 – Placas de identificação de materiais. 
 
h) Separar quanto à cor, dimensão e tipo 
 
Devido a improvisações durante a armazenagem, os materiais são dispostos sem 
distinção quanto à cor, dimensão e tipo. Essa desorganização requer tempo para a localização 
do material e dificulta a manutenção de estoques, principalmente, de produtos que apresentam 
uma maior variedade como material hidro-sanitário, elétrico, tinta, aço, metal e miudezas em 
geral. Esse princípio deve ser aplicado durante o dimensionamento do almoxarifado e áreas de 
armazenagem. 
 
 
Figura 3.29 – Não separação de materiais por tipo e dimensão. 
 
 
 
42 
A seguir será apresentado o check-list dos princípios sobre planejamento e gestão 
da armazenagem. 
 
Quadro 3.7 – Check-list de princípios sobre planejamento e gestão da armazenagem. 
Você aplica os seguintes princípios no gerenciamento de sua obra? Sim Não 
Não usar a obra como armazenagem de si mesma. 
Utilizar o espaço tridimensional para armazenamento. 
Armazenar junto ao fabricante e fazer a entrega Just in time. 
Garantir acesso a qualquer momento pelos quatro lados da pilha. 
Usar depósito central e fazer entrega na obra em pequenos caminhões. 
Não utilizar o chão diretamente para armazenagem. 
Garantir localização visual de materiais 
Separar quanto à cor, dimensão e tipo. 
 
3.2.2 Cuidados com o Ambiente de Armazenagem 
 
As áreas destinadas à armazenagem devem dispor de características necessárias a 
preservação e segurança dos insumos como ilustrados pelos princípios abaixo. 
 
a) Iluminar os locais de armazenagem 
 
Uma boa iluminação natural do ambiente de armazenagem, além de facilitar a 
localização dos materiais, diminui o gasto com energia elétrica. Quando a iluminação é 
proveniente de luz artificial, deve-se posicioná-la de modo que evite a projeção de sombras 
sobre outros materiais. O ambiente de armazenagem deve, sempre que possível, ser iluminado 
por fonte natural, servindo a energia artificial somente como fonte complementar. 
 
b) Ventilar o local de armazenagem 
 
Materiais como solventes e tintas são explosivos e tóxicos, portanto é necessário o 
cuidado com o acúmulo e geração de substâncias provenientes desses produtos. Para se evitar 
acidentes com esses materiais é de suma importância, além da preservação em condições 
 
 
43 
adequadas, se permitir a ventilação do local de armazenamento. Outro fator que implica na 
necessidade de ventilar o ambiente de armazenagem, principalmente, o almoxarifado, é 
devido ao fato do almoxarife passar boa parte da jornada de trabalho dentro desse ambiente, 
ou seja, há necessidade de se evitar um local perigoso e insalubre. 
 
c) Drenar o entorno do local de armazenagem 
 
Materiais como bloco de concreto, areia, brita e tijolo cerâmico, que na maioria 
dos canteiros estão expostos a chuva, devem merecer o cuidado para se evitar o acúmulo de 
água no local de armazenagem. Para se evitar o acúmulo de água nestas áreas, deve-se drenar 
o entorno do local de armazenagem. A drenagem deve ser realizada, principalmente, na área 
de acesso ao material para que não haja dificuldade para a aproximação de operários e 
equipamentos de transporte. 
 
d) Garantir soleiras nos depósitos 
 
Este princípio ajuda a prevenir a entrada de água no depósito por meio de soleira, 
já que alguns materiais e algumas embalagens são sensíveis ao contato da água. 
 
e) Colocar áreas de armazenagem em partes elevadas do canteiro 
 
Durante a locação de áreas de armazenamento é de suma importância prevenir-se 
contra inundações, tendo sempre o cuidado de colocá-las em partes mais

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