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aula rafael 4

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O CONCEITO DE COMPETÊNCIAS
CPA SETORIAL – CAMPUS CAMPOS DOS GOYTACAZES
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Os estudos sobre as relações entre o trabalho e a educação valeram-se,
no passado, da noção de qualificação. 
Atualmente se valem desta e da noção de competência, muitas vezes entendidas, erroneamente, como sinônimas.
A noção de qualificação profissional situa-se no âmbito das preocupações
da sociologia do trabalho e tem sido por esta exaustivamente estudada. 
A de competência, por seu turno, tem origem no campo econômico
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A ABORDAGEM DAS COMPETÊNCIAS
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O termo competências ganhou força na década de 1990, principalmente a partir das reformas educacionais ocorridas no Brasil para atenderem às demandas do processo de reestruturação produtiva do capital. 
Pode ser definido como:
Competência é inseparável da ação e os conhecimentos teóricos e/ou técnicos são utilizados de acordo com a capacidade de executar as decisões que a ação sugere. A competência é a capacidade de resolver um problema em uma situação dada. A competência baseia-se nos resultados. 
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A PEDAGOGIA DAS COMPETÊNCIAS
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A Pedagogia das Competências é um termo surgido no contexto da crise estrutural do capitalismo, em decorrência de formação de um “novo” trabalhador que precisava adequar-se às exigências da produção, substituindo, por esse motivo, o termo qualificação. 
A pedagogia das competências começa a ganhar forma como a expressão da passagem de um ensino centrado sobre os saberes disciplinares a um ensino definido visando a produzir competências verificáveis nas situações e tarefas específicas.
Nessa lógica, os diplomas validam saberes, ao passo que a lógica das competências remete a uma mistura de saber e de comportamento que confere um lugar preponderante ao saber-ser e ao investimento psicológico;
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Philippe Perrenoud defende a idéia de que a competência surge na escola como resposta “a um problema antigo: o de transferir conhecimentos”. Nessa afirmação, ele critica a escola porque esta não faz uma ligação dos conhecimentos transmitidos com a própria vida do educando. 
É o saber prático voltado para o desenvolvimento de habilidades necessárias à resolução de problemas cotidianos, bem como àqueles saberes valorativos relacionados ao saber conviver;
Visando educar sob a lógica das competências, o autor propõe uma mudança na postura e no papel do professor, que só pode ser possível se a escola diminuir o peso dos conteúdos para que o professor trabalhe os saberes fundamentais para a autonomia das pessoas
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É válido ressaltar que essa lógica acima descrita se coaduna com a perspectiva do conceito de empregabilidade e de empreendedorismo. 
Nessa perspectiva, o termo empregabilidade refere-se a um conjunto de saberes que o trabalhador deve ter para estar inserido no mercado de trabalho e garantir seu emprego, isto é, para ser colocado ou recolocado no mercado de trabalho e continuar nele. 
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A adoção do conceito de competência de maneira acrítica pode implicar, entretanto, em alguns riscos. 
O primeiro é a visão adequacionista da formação, voltada para o atendimento exclusivo às necessidades da reestruturação econômica e às exigências empresariais.
Ao construir competências para as necessidades estritas do mercado de trabalho ou para as exigências das tecnologias, a formação profissional estará desconhecendo que as competências dos trabalhadores são também fruto das relações sociais e que existem, portanto, limites e possibilidades de colocá-las em ação no processo produtivo. 
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O segundo risco da apropriação acrítica da noção de competência constitui-se na abordagem individualizada e individualizante que se faz dela. 
Finalmente, um terceiro risco é a preocupação com o produto (resultados) e não com o processo de construção das competências.
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