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AULA 1 ETICA

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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
Clara Brum
Aula 1
Ética da Advocacia
 
Quais são os instrumentos normativos que regulam a atividade advocatícia?
Ética da Advocacia
 Além do Estatuto, temos o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (CED/2015), o Regulamento Geral da Ordem dos Advogados do Brasil (RGOAB) e os Provimentos do Conselho Federal (Prov.).
Ética da Advocacia
O EOAB atribuiu competência ao Conselho Federal da OAB (CFOAB) para editar e alterar o Regulamento Geral (art. 54, V e art. 78, Lei 8.906/94), o Código de Ética e Provimentos que entender necessários.
Ética da Advocacia
O CED/2015 foi editado pelo CFOAB. Também é uma norma em sentido material e não formal, mas de cumprimento obrigatório, sob pena de processo ético disciplinar. O objetivo deste código de conduta é ressaltar valores e estabelecer forma de comportamentos adequados ao exercício da profissão.
Ética da Advocacia
Além do CED, temos o RGOAB que embora não seja uma Lei sob o ponto de vista formal, é uma norma do ponto de vista material. Sua finalidade é mostrar o modus operandi do conteúdo expresso no EOAB. O RGOAB vai esmiuçar os procedimentos, detalhando a matéria que está no EOAB. Também tem força cogente, portanto é norma de cumprimento obrigatório a ser respeitada pelos advogados.
Ética da Advocacia
Os Provimentos do Conselho Federal da OAB tratam de assuntos bem específicos. Temos como exemplo o Prov. 114/2006 que trata especificamente da Advocacia Pública, o Provimento 144/2011 que versa sobre o Exame de Ordem, dentre outros.
Ética da Advocacia
O Exame de Ordem 
Um dos requisitos para ingresso nos quadros da OAB requer a aprovação no Exame de Ordem. Não é o único requisito, mas é um requisito necessário. 
O art. 8° do EOAB elenca todos os requisitos necessários para o pedido de inscrição como advogado.
Ética da Advocacia
A aprovação no Exame de Ordem é, portanto, requisito necessário, dentre os demais elencados, para a inscrição nos quadros da OAB como advogado, nos termos do art. 8º, IV, da Lei n.º 8.906/1994 combinado com o Prov. 144/2011.
Ética da Advocacia
Art. 8º, EOAB. Para inscrição como advogado é necessário: capacidade civil (I); diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada (II) e art. 23, RGOAB; título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro (III); aprovação em Exame de Ordem (IV); não exercer atividade incompatível com a advocacia (V) e art. 28, EOAB; idoneidade moral (VI); prestar compromisso perante o conselho (VII).
Ética da Advocacia
O art. 6º do Prov. 144/2011, em seu parágrafo único, estabelece uma exceção quando declara que estão dispensados do Exame de Ordem os postulantes oriundos da Magistratura e do Ministério Público e os bacharéis alcançados pelo art. 7º da Resolução n. 02/1994, da Diretoria do CFOAB.
Ética da Advocacia
O que significa? 
Significa dizer que os magistrados ou membros do Ministérios Público quando aposentados podem solicitar sua inscrição nos quadros, cumprindo todos os demais requisitos exceto o exame de ordem. Esses bacharéis que a regra menciona são aqueles que se formaram até julho de 1996. 
Ética da Advocacia
Os estudantes que exercem atividades incompatíveis podem prestar o Exame de Ordem?
 
É facultado ao bacharel em Direito que detenha cargo ou exerça função incompatível com a advocacia prestar o Exame de Ordem, ainda que vedada a sua inscrição na OAB.
Ética da Advocacia
o princípio da incompatibilidade que assevera que a carreira jurídica não é cumulável com cargos e funções elencados no Estatuto (art. 28) porque propiciaria captação de clientela, possibilidade de confusão nas finalidades de atuações diversas ou vínculos de subordinação vulneradores do princípio da independência (NALINI, 2008). 
Ética da Advocacia
O estrangeiro ou brasileiro formado no exterior poderá prestar o Exame de Ordem?
 
Poderá prestar o Exame de Ordem o portador de diploma estrangeiro, brasileiro ou não, que tenha sido revalidado* na forma prevista no art. 48, § 2º, da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.1, conforme estabelece o art. 7º, § 2º Prov. 144. 
Ética da Advocacia
Quem poderá usar a denominação de Advogado?
 
O EOAB estabelece que os inscritos na OAB são denominados ADVOGADOS e possuem capacidade postulatória. Somente os bacharéis em Direito podem se submeter ao Exame de Ordem como um dos requisitos para ingresso os quadros da advocacia (Art.3º, EOAB). 
Ética da Advocacia
Como o advogado está inserido no Ordenamento Jurídico brasileiro?
 
O legislador constituinte conferiu à carreira importância em razão do papel que exerce junto à sociedade quando estabeleceu no art. 133 da Constituição que “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
Ética da Advocacia
No Código de Ética, no Título I - Da ética do advogado, Capítulo 1, Dos princípios fundamentais, encontramos dois artigos importantes. O artigo 1° observa que o exercício da advocacia requer conduta em conformidade com os preceitos do Código e no art. 2° reforça o teor do art. 133, CRFB/1988.
Ética da Advocacia
Art. 2º, CED. O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes.
Referências:
BRASIL. Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. Lei 8.906, de 4 de julho de 1994. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
 
BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República 2002. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm> Acesso em: 08 jan. 2016.
​
Machado, Ana Lucia G. Formas de Tratamento e Relações de Poder. Disponível em: <http://www.getempo.org/index.php/revistas/26-02/artigos/51-formas-de-tratamento-e-relacoes-de-poder-por-ana-lucia-golob-machado> Acesso em: 08 jan.2016.
 
MARTINS, Ives Gandra. A função social do Advogado. In: Revista do Advogado. v. 5. n. 14. p. 94/99, jul/set, 1983.
 
MENDES, G. F.; COELHO, I. M.; BRANCO, P.G.G. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2013.
Clara Maria Cavalcante Brum de Oliveira
Possui graduação em Comunicação Social - Faculdades Integradas Hélio Alonso (1990), graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2000), graduação em Direito pela Universidade Estácio de Sá (2005) e mestrado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professora assistente da Universidade Estácio de Sá. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia, filosofia da ciência, filosofia, filosofia política e filosofia do direito. Lattes:  http://lattes.cnpq.br/2000062113086870
Como é ser um Filósofo?

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