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DIREITO PENAL IV

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DIREITO PENAL IV
CASO CONCRETO 1 Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO. a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada. Sim, conforme no art. 327 CP ele se considerado funcionário público por está exercendo o cargo b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente. R: Ronaldo tendo consciência e vontade, a conduta dele é subjetiva com dolo direto, Respondendo o art. 327 CP na forma consumada.
CASO CONCRETO 2 Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada. R: Art 331 CP Desacato é quando o individuo agredir verbalmente o agente público. Já o art 329 Resistência, já que naquele eventual violência ou ameaça perpetrada contra funcionário público, como vimos Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário. Art 330 Desobediência ocorre quando o sujeito ativo da prática delitiva não atende a ordem legal emanada por funcionário público competente, através de um comando expresso àquele que tem o dever jurídico de obedecer. E no caso cima Flaviano não obedece a ordem do funcionário publico. b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: Flaviano Bom de Tinta responderá nos art´s 329 e 330 do CP. Por Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário e Flaviano não obedece a ordem do funcionário publico.
CASO CONCRETO 3 ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: A capitulação correta é crime do favorecimento real, conforme previsão do artigo 349 do CP, pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do roubo do veículo cometido por Arnaldo. Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já ele não agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do mesmo. b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO? R: A menoridade de Arnaldo apenas o torna inimputável e, assim, fica isento de pena, mas sujeito à medida socioeducativa conforme previsto no ECA. Portanto, essa inimputabilidade do agente que cometeu o crime anterior, Arnaldo, é irrelevante para a tipificação da conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. Arnaldo incorreu no crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP.
CASO CONCRETO 4 A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira (14). a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: De acordo com o tribunal o STF prevê que a sumula 610 STF se consuma o crime mesmo não havendo subtração da coisa. b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: De acordo com a lei 8.072/90 do artigo2 §2 o Motoqueiro sendo Reincidente ele poderá progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Reincidente por crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007. 
CASO CONCRETO 5 ROMOALDO, padrasto de L.T , de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castiga -lá ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto. R: A situação narrada versa sobre a distinção entre os delitos de tortura, equiparados o delito hediondo e o delito de maus tratos previstos no art. 136/CP. Desta forma pode nos observar claramente a finalidade do réu em fazer a vitima experimentar sofrimento físico e emocional, o que se exige para a caracterização do delito de tortura previsto no art.1, inciso 2 da lei 9455/97. Para Guilherme nucci o dolo específico do agente neste delito e de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, acrescentando que não se trata de submeter alguém a uma situação de maus tratos.
CASO CONCRETO 6 LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. R: O entendimento que prevalece é pela não aplicabilidade do princípio da insignificância haja vista que é um crime de perigo abstrato e que tem como bem jurídico tutelado a saúde pública. Portanto a conduta ultrapassa a esfera pessoal do acusado e atinge toda a coletividade, em face da própria potencialidade ofensiva em delito de porte de drogas.
CASO CONCRETO 7 Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. R: Sofreu coação moral irresistível, o que exclui a sua culpabilidade no elemento inexigibilidade de conduta diversa, devendo ele ser absolvidocom base no artigo 386 Inc. VI do CPP. Subsidiariamente poderá suscitar a sua primariedade, seus bons antecedentes, que não se dedica a atividades criminosas e que não integra qualquer organização criminosa para ter sua pena reduzida com base no §4º do art. 33 da lei 11343/06. b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? R: O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada a hediondo, sendo inclusive cancelada a Súmula 512 do ST c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? R: É possível a conversão da PPL em PRD segundo o STF no crime de tráfico, desde que preenchidos os requisitos do art. 44 do Cp, porque o STF declarou a inconstitucionalidade da vedação da conversão da PPL em PRD prevista no art. 44 da lei 13343/06, que teve a sua execução suspensa pela resolução n.5 do Senado publicado 15-02-2012.
CASO CONCRETO 8 A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa para fins de tráfico de drogas. R: Organização Criminosa: Prevista na lei12.850/2013. Necessita de pelo menos de 4 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais (crimes e contravenções penais) cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transacional. Associação criminosa: Prevista no art. 288,CP. É uma infração de médio potencial ofensivo. Conduta: pune-se a associação de 3 ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes, de acordo com Mirabete, o agente que integra mais de uma associação criminosa, viola diversas vezes a lei, caracterizando concurso material de delitos. Associação criminosa para fins de tráfico de drogas: previsão legal no art. 35 da lei 11.343/06: Associar 2 ou mais pessoas para o fim de, reiteradamente ou não, traficar (prática do art. 33 caput, § 1º e 34 da lei 11.343/06). b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque. R: Aplica-se a lei de drogas pelo principio da especialidade, ainda que haja uma estrutura organizada com 4 ou mais pessoas, irá se aplicar o art. 35 da lei de drogas.
CASO CONCRETO 9 Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO? R: Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma configurando assim apenas uma irregularidade administrativa. Já a segunda entende que caracterizaria o crime de porte ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, uma vês que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo autorizados a adquirir a arma, somente poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e tem que deve ser renovado por meio de comprovação periódica. b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas? R: A tese defensiva seria a mera infração administrativa, não respondendo assim por crime. 
CASO CONCRETO 10 No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Estrada Velha de Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor caminhão VW, placa KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, conforme laudo de fl. 09. R: Existe duas correntes que disputam esse tema. O agente responderá tanto pelo art.306,CTB (embriaguez ao volante), quanto pelo art. 303 do CTB, em concurso material. A segunda corrente (Guilherme Nucci) entende que toda vez que tiver no mesmo contexto de fático o crime de perigo e de dano, o segundo crime absorverá o primeiro aplicando-lhe o princípio da consunção. Quando o crime é de desacato a doutrina entende que o fato dele estar embriagado ou mesmo com o comportamento alterado não exclui o dolo para a pratica deste crime contra a administração da justiça.
CASO CONCRETO 11 Foi instaurado inquérito policial pela Delegacia de Polícia Fazendária SR/DPF/RJ, em face de FERNANDO ALBERTO CHIQUE, com o fim de investigar suposto delito de sonegação fiscal, relativo à declaração do IRPF, entre os anos 2002 a 2005. a) Identifique, sob o aspecto jurídico-penal, as condutas de sonegação fiscal na Legislação Penal Especial? R: condutas omissivas e comissivas. Conforme os ensinamentos de Ricardo Antônio Andreucci, o elemento subjetivo dos crimes de sonegação fiscal consiste na vontade livre e consciente de praticar as condutas típicas, a saber as do Art 1º e 2º da Lei nº 8.137/90. b) Qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de trancamento da ação penal? R: A tese defensiva apresentada no habeas corpus é de que há necessidade que se tenha uma decisão definitiva no procedimento administrativo-fiscal em trâmite, isso tudo com base na Súmula Vinculante nº 24 do Supremo Tribunal Federal: “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. 
CASO CONCRETO 12 CELSO, conhecido como Professor Celso, foi denunciado por ter estabelecido e explorado atividade irregular de Educação Infantil e Ensino Fundamental, bem como por ter promovido publicidade e celebrado contratos, omitindo de seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar. R: A conduta de Celso se capitula no Art. 66 e 67 do Código de Defesa do Consumidor, pois Celso promoveu publicidade (enganosa) e celebrou contratos, omitindo de seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar, tudo previsto como infração penal no CDC, ou seja, capitulado nos seguintes artigos: Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. § 2º Se o crime é culposo; Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabeou deveria saber ser enganosa ou abusiva: Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
CASO CONCRETO 13 A Polícia Civil de Jundiaí (SP), por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), cumpre 12 mandados busca e apreensão nesta sexta-feira (25), em uma megaoperação que visa levantar informações e documentos de um esquema de captação e lavagem de dinheiro. R: Se condenados, os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
CASO CONCRETO 14 JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre vontade e consciência, submeteu a filha adolescente E. a) Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de JOSIVALDO? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: É considerado crime de tortura submeter alguém, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Lei n.9.945 de 1997, Legislação Penal Especial. b) Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica. R: A violência de gênero (que pode ser física ou simbólica), relaciona-se com padrões de crença sobre lugares e papéis sociais decorrentes do gênero e não é exclusiva de mulheres e a Violência doméstica é todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar em comum.
CASO CONCRETO 15 O dono da empresa CBB (Companhia Brasileira de Bauxita), condenado por uma das maiores contaminações ambientais do Pará, foi preso em São Paulo na última quarta-feira (20), informou o Ministério Público do Estado. a) Qual a objetividade jurídica dos delitos ambientais? R: O legislador da Lei n° 9.605/98, quando protegeu, através da criação de condutas típicas que configuram crime ambiental, a flora, objetivou efetivar, de forma mediata, a tutela ao direito fundamental exposto na Constituição Federal de 1988, qual seja, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. b) Qual a correta capitulação da conduta do dono da empresa CBB face aos ditames da Lei n.9065/1998? R: A correta capitulação de Pedro, dono da empresa CBB, esta prevista nos Art. 56,§1º,II, da Lei 9605/98, a saber: c) A empresa CBB poderá ser responsabilizada criminalmente pelo delito ambiental? R: Sim, com base no Art.54 da Lei nº 9065/98. “Causa poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou destruição significativa da daflora: Pena - reclusão de 1 a 4anos, e multa.”

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