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Conversão de Demonstrações Contábeis em Moeda Estrangeira

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Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio em investimentos no exterior e conversão de demonstrações contábeis
NBC TG 02 (R2) - CPC 02 (R2) – IAS 21
Conversão de demonstrações contábeis em moeda estrangeira
A conversão de demonstrações contábeis em moeda estrangeira torna-se necessária quando se tem uma demonstração cuja moeda de apresentação não seja a moeda funcional da empresa. 
Esse processo de tradução é requerido, por exemplo, no caso de apresentação de demonstrações de filiais, divisões, subsidiárias e outras investidas, que são incorporadas às demonstrações financeiras da companhia por combinação, consolidação ou método de equivalência patrimonial.
 Há duas maneiras de nós adequarmos essas demonstrações para a consolidação: Conversão de Demonstrações Contábeis; ou Contabilidade em Moeda Estrangeira, e esses procedimentos são bastante distintos.
Na Conversão de Demonstrações Contábeis, a empresa mantém sua contabilidade em moeda nacional e somente no final do exercício, após o encerramento das demonstrações contábeis, aplica os procedimentos de conversão.
 No caso de Contabilidade em Moeda Estrangeira, as operações são convertidas para a moeda estrangeira à medida que ocorrem e registradas em sistema contábil próprio, apurando ao término do exercício as demonstrações contábeis em moeda estrangeira, não havendo a necessidade de nenhuma conversão.
Diferença?
  Conversão de Demonstrações Contábeis: 
há a Conversão das Demonstrações em Moeda Nacional para a Moeda Estrangeira
Contabilidade em Moeda Estrangeira:
 há a Conversão das Operações para a Moeda Estrangeira e sua contabilização nessa moeda
Trocando em miúdos: 
Conversão das Demonstrações Contábeis, nada mais é do que apresentar em moeda funcional (moeda do meu país), as operações no exterior, ou operações em moeda estrangeira.
Exemplo: Quando a empresa faz uma exportação em dólares, ela não pode informar no balanço essa operação em dólares, mas deverá informar em reais, que é a moeda funcional do Brasil. Para isso ela deve fazer a conversão dos dólares para reais mediante a aplicação da taxa de câmbio.
Desta forma, uma primeira dificuldade na conversão de demonstrações está na determinação da moeda funcional da empresa, que leva em conta fatores como influência da moeda nos preços de venda e custos dos bens e serviços, dentre outros.
Moeda Funcional
Fatores a serem analisados para determinar qual a moeda funcional da empresa
A moeda que mais influencia os preços de venda de bens e serviços.
A moeda do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na determinação dos preços de venda para seus bens e serviços.
A moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).
Outros fatores a serem analisados
A moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações).
A moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades operacionais são usualmente acumulados.
Há vários outros fatores a serem analisados (ver CPC 02).
Após a moeda funcional ter sido estabelecida, ela não deve ser alterada, a menos que tenha havido mudança nas transações, nos eventos e nas condições subjacentes.
Caso a moeda funcional seja uma moeda de economia hiperinflacionária, as demonstrações contábeis da entidade que reporta a informação devem ser reelaboradas de acordo com as regras previstas no Pronunciamento Técnico CPC 42 – Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária (pelo método da correção integra enquanto não emitido o Pronunciamento Técnico CPC 42 mediante, por exemplo a escolha de outra moeda que não seja aquela determinada em consonância com este Pronunciamento com sua moeda funcional).
 Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas formas. 
Ela pode ter transações em moedas estrangeiras ou pode ter operações no exterior. 
Adicionalmente, a entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em uma moeda estrangeira. 
Em ambos os casos nós precisamos escolher a taxa a ser utilizada.
  As taxas que podem ser utilizadas são as seguintes:
 Taxa Histórica- Taxa de cambio vigente na data de ocorrência do fato. 
Por exemplo: o custo de aquisição de um imóvel adquirido em 20 de março de X1 seria convertido para a moeda americana pela taxa de cambio vigente nessa data e mantido na contabilidade por esse valor em dólar.
 Taxa Corrente- Taxa de cambio na data em que determinada operação está sendo realizada ou em que o exercício social está sendo. 
Por exemplo: quando a empresa utiliza a contabilidade em moeda estrangeira, as operações de pagamentos e recebimentos, compras e vendas, serão convertidas pela taxa de cambio na data de cada uma dessas operações.
 Taxa de Fechamento- Taxa de cambio na data de encerramento das demonstrações contábeis. 
Por exemplo: o saldo de contas a receber existente no balanço será convertido pela taxa de cambio dessa data para representar o equivalente em moeda estrangeira.
 Taxa Média- Média aritmética ponderada das taxas vigentes durante determinado período, normalmente o período utilizado é o mês, apurada por média aritmética ponderada, de forma que melhor represente a evolução das taxas durante o período, a utilização de uma média anual não é recomendada, pois distorce as demonstrações contábeis. 
Por exemplo: as despesas de determinado mês seriam convertidas pela taxa média ponderada desse mês.
 Taxa Projetada ou Prevista- Algumas empresas podem utilizar taxas projetadas para datas futuras, quando essas empresas atuam em economias hiper inflacionarias. Essas taxas são utilizadas para converter itens com valor fixo em moeda nacional e vencimento futuro. 
Por exemplo: uma duplicata a pagar ou a receber, seria convertida pela taxa de cambio estimada para a data de vencimento. O ajuste a valor presente pode ser utilizado por empresas atuam em economias hiper inflacionarias.
Por exemplo: 
O saldo das Contas a Receber está expresso em R$ pelo seu valor nominal se houver variação na taxa de cambio até a data de liquidação, nessa data o valor recebido em R$ será o mesmo, mas o valor em US$ será menor se a taxa de cambio aumentar, ou vice-versa. 
Quanto menor for a variação da taxa de câmbio, menor será a variação entre os valores em US$ da data do balanço e da data de recebimento.
Definições importantes
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera.
Moeda estrangeira é qualquer moeda diferente da moeda funcional da entidade.
Entidade no exterior é uma entidade que pode ser controlada, coligada, empreendimento controlado em conjunto ou filial, sucursal ou agência de uma entidade que reporta informação, por meio da qual são desenvolvidas atividades que estão baseadas ou são conduzidas em um país ou em moeda diferente daquelas da entidade que reporta a informação.
Itens monetários são unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e passivos a serem recebidos ou pagos em um número fixo ou determinado de unidades de moeda.
Investimento líquido em entidade no exterior é o montante que representa o interesse (participação na maior parte das vezes) da entidade que reporta a informação nos ativos líquidos dessa entidade.
Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis são apresentadas.
3.1.2. Investimento líquido em entidade no exterior
 Também devem ser considerados como parte do investimento líquido de uma entidade em entidade no exterior:
 Itens monetários cuja liquidação não é provável que ocorra e nem há um planejamento de pagamento em um futuro previsível (Exemplos: Contas a receber da entidade no exterior ou contas a pagar para a entidade no exterior).
 Não devem consideradas, na situação acima, as contas a receber e as contas a pagar relacionadas a operações comerciais normais.
 A entidade em questão pode ser
qualquer controlada no grupo econômico.
 Exemplo do Pronunciamento: Uma entidade possui duas controladas: “A” e “B”.
 A controlada “B” é uma entidade no exterior.
 A controlada “A” concede um empréstimo à controlada “B”.
 O empréstimo que a controlada “A” tem a receber da controlada “B” será considerado parte do investimento líquido da controladora na controlada “B” se a sua liquidação não for provável de ocorrer, tampouco estiver planejada para um futuro previsível.
 Do mesmo modo esse entendimento valeria se a controlada “A” fosse por completo uma entidade no exterior.
  Característica Essencial de Item Monetário: Direito a receber (ou a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de moeda.
 Exemplos:
 Passivos de planos de pensão ou outros benefícios a empregados a serem pagos com caixa.
 Provisões que devem ser liquidadas em caixa.
 Dividendos a serem distribuídos com caixa, que são reconhecidos como passivo.
 Contrato com previsão de direito a receber (ou obrigação a entregar) em número variável de instrumentos patrimoniais da própria entidade ou uma quantidade variável de ativos, cujo valor justo a ser recebido (ou a ser entregue) iguala-se a um número fixo ou determinável de unidades de moeda.
Característica Essencial de Item Não Monetário: Ausência do direito a receber (ou da obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de moeda.
 Exemplos:
 Adiantamento a fornecedores de mercadorias.
 Adiantamento a prestadores de serviços.
 Aluguéis antecipados.
 Goodwill.
 Ativos intangíveis.
 Estoques.
 Imobilizado.
  Provisões a serem liquidadas mediante entrega de ativos não monetários.
Resumo da Abordagem Requerida por Este Pronunciamento
 Determinar a moeda funcional da entidade.
 Converter os itens expressos em moeda estrangeira para sua moeda funcional.
 Reportar os efeitos da conversão em moeda estrangeira.
 Os resultados e a posição financeira de cada entidade individual incluída na entidade que reporta a informação, no caso, por exemplo, de filiais, agências, sucursais ou dependências, devem ser convertidos para a moeda de apresentação das demonstrações contábeis.
 De acordo com o Pronunciamento, é permitido que a moeda de apresentação das demonstrações contábeis individuais ou separadas da entidade que reporta a informação seja em qualquer moeda (ou moedas).
 Caso a moeda de apresentação seja diferente da moeda funcional, os resultados e a posição financeira deverão ser convertidos para a moeda de apresentação.
EXEMPLO PRÁTICO SOBRE A IAS 21 – EFEITOS DAS MUDANÇAS NAS TAXAS DE CÂMBIO
Alpha é uma empresa brasileira de bebidas, atuando principalmente na distribuição de produtos importados no país. Um dos maiores sucessos de venda de Alpha é a tequila mexicana Chispiriti.
Alpha está encerrando suas demonstrações financeiras de 2009. Em 15 de outubro de 2009, foi adquirido estoque a prazo de um fornecedor mexicano de Chispiriti por 250.000 Pesos. Em 20 de dezembro de 2009, Alpha pagou integralmente a quantia a este fornecedor mexicano. Os estoques não foram vendidos até 31 de dezembro de 2009.
 Pede-se:
(a) Faça os lançamentos contábeis para a transação se for pago totalmente.
(b) Faça os lançamentos contábeis para a transação se não for pago.
(10,15 pesos = R$ 1,00)
cotações R$
pesos
15 de novembro
10,15
20 de dezembro
9,8
31 de dezembro
10
(a) Pagamento ao fornecedor: 
Data
D/C
Contas
 Valor
15/nov
D
Estoques (250.000/10,15)
24.631
 
C
Fornecedores
 
 
 
 
 
20/dez
D
Fornecedores
24.631
 
D
Outras despesas operacionais (por diferença)
879
 
C
Caixa (250.000/9,80)
25.510
 O estoque será demonstrado por R$ 24.631 em 31 de dezembro de 2009. 
(b) Se não for pago 
Data
D/C
Contas
 Valor
15 de novembro
D
Estoques (250.000/10,15)
        24.631
 
C
Fornecedores
 
31 de dezembro
D
Outras despesas operacionais
              369
 
C
Fornecedores ((250.000/10,15) – (250.000/10,00))
 
 O estoque será demonstrado por R$ 24.631 em 31 de dezembro de 2009.
Na data do levantamento das demonstrações contábeis de encerramento do exercício social, uma entidade tem, em seus registros contábeis, itens monetários em moeda diferente da funcional. De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2), aprovado pela Deliberação CVM no 640/2010, sobre os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações, essa entidade deverá proceder à conversão desses itens para a moeda funcional com a utilização da taxa de câmbio
 
(A) de abertura
(B) de fechamento
(C) do dia da aquisição dos itens
(D) média do período de reporte
(E) média da data de aquisição e data do balanço
(Bacharel em Ciências Contábeis-Exame de Suficiência-CFC-2015-1) Em 15.12.2014, uma Sociedade Empresária, cuja moeda funcional é o Real, adquiriu mercadoria para revenda importada, a prazo, com pagamento previsto para 15.1.2015, com base na cotação de uma moeda estrangeira – nesse caso, hipotética e denominada Estrangeiro (ES$)* –, no montante de ES$10.000,00. Sabe-se que a mercadoria não havia sido revendida nem o pagamento efetuado até 31.12.2014. As taxas de câmbio do Estrangeiro (ES$), em relação ao Real (R$), estão apresentadas na tabela a seguir:
Em 31.12.2014, o preço de venda estimado para a mercadoria mencionada era de R$26.000,00, e a despesa para vender era de R$2.000,00.
 Considerando-se que não havia saldos anteriores de estoque, com base apenas nas informações ora apresentadas e desconsiderando-se os aspectos tributários, o valor dessa mercadoria a ser apresentado no Balanço Patrimonial, encerrado em 31.12.2014, é de:
a) R$18.000,00. b) R$20.000,00. c) R$21.000,00. d) R$24.000,00.
Data
Estrangeiro (ES$)*
Real (R$)
15.12.2014
1,00
1,80
31.12.2014
1,00
2,00
15.1.2015
1,00
2,10
 Reconhecimento de Variação Cambial
 As variações cambiais decorrentes da liquidação de itens monetários ou da conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram convertidos no reconhecimento inicial, durante o período ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas na demonstração do resultado do exercício em que surgirem.
 Exceção: Variações Cambiais oriundas de itens monetários que fazem parte do investimento líquido em entidade no exterior da entidade que reporta a informação – São reconhecidas no resultado nas demonstrações contábeis separadas da entidade que reporta a informação ou nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior.
 Nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informação (por exemplo: demonstrações contábeis individuais com avaliação das investidas por equivalência patrimonial, ou demonstrações contábeis consolidadas quando a entidade no exterior é uma controlada), tais variações cambiais devem ser reconhecidas, inicialmente, em outros resultados abrangentes em conta específica do patrimônio líquido, e devem ser transferidas do patrimônio líquido para a demonstração do resultado quando da baixa do investimento líquido.
Caso o item monetário faça parte do investimento líquido em entidade no exterior e:
 1) Está expresso em moeda funcional da entidade que reporta a informação: Variação cambial aparecerá nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior.
 2) Está expresso em moeda funcional da entidade no exterior: Variação cambial ocorrerá aparecerá nas demonstrações contáveis separadas e nas demonstrações contábeis individuais da entidade que reporta a informação.
 3) Está expresso em moeda que não é a moeda funcional da entidade que reporta a informação e não é a moeda funcional da entidade no exterior: Variação cambial ocorrerá nas demonstrações contábeis separadas e nas demonstrações contábeis individuais da entidade que reporta a informação e nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior.
 Essas variações cambiais devem ser reconhecidas em outros resultados
abrangentes em conta específica do patrimônio líquido nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informação.
 Exemplo: Demonstrações contábeis nas quais a entidade no exterior é consolidada ou é tratada contabilmente pelo método da equivalência patrimonial.
Variação Cambial em Itens Monetários Originados de Transações em Moeda Estrangeira: A variação cambial ocorre quando há mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação.
 I) Liquidação ocorre dentro do mesmo período contábil em que foi originada: Toda a variação cambial deve ser reconhecida nesse período.
 II) Liquidação ocorre em período contábil subsequente: A variação cambial é reconhecida em cada período, até a data da liquidação, e deve ser calculada pela variação da taxa de câmbio em cada período.
 Variação Cambial em Itens Não Monetários Reconhecidos em Conta Específica de Outros Resultados Abrangentes: A variação cambial deve ser reconhecida em conta específica de outros resultados abrangentes.
 Variação Cambial em Itens Não Monetários Reconhecidos em Conta Específica da Demonstração do Resultado do Exercício: A variação cambial deve ser reconhecida em conta específica da Demonstração do Resultado do Exercício.
 Caso a entidade mantenham os registros contábeis em moeda diferente da sua moeda funcional, ao elaborar as suas demonstrações contábeis, todos os montantes devem ser convertidos para a moeda funcional.
Alteração na Moeda Funcional
 A moeda funcional só pode ser alterada se ocorrerem mudanças nas transações, nos eventos e nas condições subjacentes que são relevantes para a entidade.
 Exemplo: Uma alteração na moeda que influencia fortemente os preços de venda de bens e serviços pode conduzir a uma alteração na moeda funcional da entidade.
 Se houver alteração da moeda funcional da entidade, devem ser realizados, prospectivamente, os procedimentos de conversão para a nova moeda funcional a partir da data da alteração (utilizando a taxa de câmbio observada na data da alteração).
 Os montantes resultantes da conversão, no caso dos itens não monetários, devem ser tratados como se fossem seus custos históricos.
 Variações cambiais advindas da conversão da entidade no exterior, previamente reconhecidas em outros resultados abrangentes, não devem ser transferidas do patrimônio líquido para a demonstração do resultado até a baixa da entidade no exterior.
Uso de moeda de apresentação diferente da moeda funcional
 Conversão para a moeda de apresentação
 A entidade pode apresentar as suas demonstrações contábeis em qualquer moeda (ou moedas).
 Caso a moeda de apresentação das demonstrações contábeis seja diferente da moeda funcional, os resultados e a posição financeira da entidade que reporta a informação deverão ser convertidos para a moeda de apresentação.
 Exemplo: Caso um conglomerado econômico seja composto por entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e a posição financeira de cada entidade devem ser expressos na moeda comum a todas elas, de modo que as demonstrações contábeis consolidadas possam ser apresentadas.
Procedimento para conversão da moeda funcional na moeda de apresentação (Premissa: A moeda funcional não é moeda de economia hiperinflacionária):
 Ativos e passivos: Convertidos pela taxa de câmbio de fechamento na data do balanço patrimonial;
 Receitas e despesas: Convertidas pela taxa de câmbio na data da ocorrência da transação (Pode ser utilizada a taxa de câmbio média para o período, por questões práticas. Contudo, se a taxa de câmbio flutuar significativamente, a taxa de câmbio média não deve ser utilizada).
 Variações cambiais resultantes da conversão de receitas e despesas pelas taxas de câmbio na data da transação; de ativos e passivos pela taxa de câmbio do fechamento; e de ativos líquidos (patrimônio líquido) pela taxa de câmbio de fechamento atual, diferente da taxa de câmbio de fechamento anterior: Reconhecidas em outros resultados abrangentes.
 As variações cambiais não devem ser reconhecidas na demonstração do resultado, pois as mudanças nas taxas de câmbio têm pouco ou nenhum efeito direto sobre os fluxos de caixa atuais e futuros advindos das operações.
As variações cambiais devem ser apresentadas em conta específica separada do patrimônio líquido da entidade, até que ocorra a baixa da entidade no exterior.
 Procedimento para conversão da moeda funcional na moeda de apresentação (Premissa: A moeda funcional é moeda de economia hiperinflacionária):
 Ativos, Passivos, Patrimônio Líquido, Receitas e Despesas: Convertidos pela taxa de câmbio de fechamento da data do balanço patrimonial mais recente;
 Quando os montantes forem convertidos para a moeda de economia não hiperinflacionária, os montantes comparativos devem ser aqueles que seriam apresentados como montantes do ano corrente nas demonstrações contábeis do ano anterior (não ajustados para mudanças subsequentes no nível de preços ou mudanças subsequentes nas taxas de câmbio).
Métodos de mensuração de investimentos societários
São avaliados por dois métodos alternativos:
Método de Custo.
Método da Equivalência Patrimonial (MEP).
Método de Custo
Os investimentos ficam registrados pelo valor de custo até a data da sua venda.
Os lucros obtidos são contabilizados somente quando da declaração de dividendos por parte da empresa investida, ou quando do recebimento de dividendos (caso não tenha havido a declaração anterior de dividendos).
Devem ser ajustados ao provável valor de realização quando o valor de realização for inferior ao custo e este fato caracterizar-se como permanente (deve-se, então, constituir uma Provisão para Perdas).
Método da Equivalência Patrimonial (MEP)
Os investimentos são registrados pelo valor justo na data da aquisição.
O valor do investimento é atualizado, em cada balanço patrimonial, pelo percentual de participação que a investidora tem no Capital da empresa investida multiplicado pelo Resultado do Período obtido pela empresa investida.
Este valor, que é registrado como atualização da conta de ativo (Investimentos), deve ser contabilizado em contrapartida de uma conta de receita ou despesa do período pela investidora.
O valor do investimento é atualizado também em função dos demais acréscimos e decréscimos no Patrimônio Líquido da empresa investida, sendo a contrapartida contabilizada diretamente no Patrimônio Líquido da empresa investidora.
Avaliação de investimentos societários no exterior pelo MEP
Elaborar as demonstrações contábeis da empresa investida na moeda funcional da própria investida.
Fazer a conversão das demonstrações contábeis da empresa investida para a moeda funcional da empresa investidora.
Reconhecer o resultado da investida por Equivalência Patrimonial com base na demonstração do resultado convertida para a moeda funcional da empresa investidora.
Reconhecer os ganhos ou perdas cambiais no investimento em uma conta específica no Patrimônio Líquido.
Caso seja um investimento em empresa controlada, a investidora deverá fazer a consolidação a partir das demonstrações contábeis convertidas da empresa controlada.
Conversão pelo Método da Taxa Corrente
Todos os Ativos e Passivos são convertidos pela taxa corrente do dólar (dólar da data de fechamento do Balanço).
O Patrimônio Líquido inicial será o Patrimônio Líquido final do período anterior.
As mutações do Patrimônio Líquido ocorridas no período (pagamento de dividendos e aumento de capital) são convertidas pela taxa histórica do dólar (dólar das datas em que ocorreram as transações).
Receitas e Despesas são convertidas pelas taxas cambiais das datas das transações. Alternativamente, pode ser utilizada a taxa média do dólar no período (desde que não haja efeito relevante nas informações).
As variações cambiais decorrentes dos tópicos anteriores são reconhecidas em conta específica no patrimônio líquido.
Princípio do Método
O resultado do exercício representa o desempenho operacional no país de origem
e o CTA representa as perdas ou ganhos que o investidor teve por investir nesse país de origem
Conversão pelo Método da Taxa Corrente
As variações cambiais são decorrentes de:
(a) diferença entre a conversão de receitas e despesas pelas taxas cambiais em vigor nas datas das transações e a de conversão de ativos e passivos pela taxa de fechamento. Tais variações cambiais decorrem também dos registros efetuados diretamente no patrimônio líquido.
(b) diferença entre a conversão do patrimônio líquido inicial pela taxa atual de fechamento e pela taxa anterior de fechamento.
Essas variações cambiais não são reconhecidas no resultado pois as mudanças nas taxas cambiais têm pouco ou nenhum efeito direto sobre os fluxos de caixa atuais e futuros de operações.
Conversão pelo Método Temporal
Ativos e Passivos Monetários são convertidos pela Taxa Corrente do dólar (dólar da data do Balanço)
Ativos e Passivos Não Monetários são convertidos pela Taxa Histórica do dólar (dólar da data da incorporação do item ao Balanço)
Receitas e Despesas são convertidas pelas taxas das datas em que ocorrerem (quando relacionadas a itens monetários) ou pelas taxas históricas (quando relacionadas com itens não monetários). Alternativamente, as receitas e despesas podem ser convertidas pela taxa média do dólar no período, caso não haja distorções relevantes nas informações obtidas.
As perdas e ganhos sobre itens monetários são apresentadas em uma única conta na Demonstração do Resultado e é chamada de Perdas ou Ganhos na conversão (Translation Gain or Loss).

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