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Embargos Infringentes e de Nulidade.

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PRÁTICA SIMULADA III - PENAL
Professora Ana Paula Couto
Aula 14: AGRAVO EM EXECUÇÃO
Aula 14: AGRAVO EM EXECUÇÃO
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL
CASO CONCRETO DA SEMANA 15
João, condenado definitivamente por vários crimes de homicídio qualificado, roubo, latrocínio e sequestro, a 156 anos de reclusão, iniciou o cumprimento de sua pena no dia 01/03/2007. Sob o argumento de que ele pertencia à organização criminosa, o Ministério Público, no dia 04/03/2007, requereu sua colocação em regime disciplinar diferenciado pelo prazo de 3 anos.
O Juiz, no dia 05/03/2007, sem ouvir o sentenciado, acatou o pedido, e determinou o encaminhamento de João para penitenciária destinada ao cumprimento da pena no regime disciplinar diferenciado. Data essa em que a decisão foi publicada.
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Como advogado de João, tomando ciência da decisão 5 dias após a publicação, redija a peça cabível e utilize os meios necessários à sua defesa. 
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Agravo em execução - Art. 197, Lei 7210/84.
 
Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
OBS.: Qual o procedimento do agravo em execução?
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Para a corrente majoritária deve ser seguido o procedimento do Recurso em sentido estrito.
(a) o juiz profere a decisão.
(b) no prazo de cinco dias, a parte ajuíza apenas a petição de interposição, manifestando o seu inconformismo com a decisão (art. 586 do CPP).
(c) o juiz faz o juízo de admissibilidade do recurso; se o recurso for recebido, devem ser observadas as fases abaixo; se o recurso não for recebido, é possível a interposição do recurso de carta testemunhável (art. 639 a 646 do CPP), apenas para discutir a admissibilidade do agravo em execução.
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(d) após receber o recurso, o juiz intima a parte recorrente, para que apresente suas razões recursais.
(e) no prazo de dois dias, a parte recorrente deve apresentar suas razões recursais.
(f) no prazo de dois dias, a parte recorrida deve apresentar as suas contrarrazões recursais.
(g) no prazo de dois dias, com as razões e as contrarrazões, o juiz tem a possibilidade de exercer o juízo de retratação (art. 589, caput, do CPP).
(h) se o juiz não exercer o juízo de retratação, ou seja, se for mantida a decisão recorrida, os autos sobem ao tribunal para o julgamento do recurso.
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(i) se o juiz exercer o juízo de retratação, ou seja, se for reconsiderada a decisão, os autos permanecem na primeira instância e o processo segue normalmente, salvo se, inconformada com a reconsideração, a parte então recorrida interpuser recurso, sendo certo que, neste caso, através de simples petição, sem a necessidade de novas razões e contrarrazões, a parte inconformada com a reconsideração da decisão levará a matéria à apreciação do tribunal (art. 589, parágrafo único, do CPP).
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Art. 52, Lei 7210/84
A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características:
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; 
II - recolhimento em cela individual;
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III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; 
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
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Art. 118, Lei 7210/84
A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS 
JOÃO, qualificação completa, por seu advogado regularmente constituído, inconformado com a decisão de fls. ___, vem, perante Vossa Excelência, interpor 
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Com base no art. 197, da Lei 7210/84, consoante as razões recursais que seguem em anexo.
Assim, espera ver o presente recurso admitido e que Vossa Excelência exerça o juízo de retratação.
Caso Vossa Excelência não exerça o juízo de retratação, o recorrente pleiteia o envio dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde espera vê-lo provido.
 
 Local, 15 de março de 2007.
 __________________
 Advogado
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RAZÕES RECURSAIS
RECORRENTE: JOÃO
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCESSO Nº
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
1. DOS FATOS
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2. DO DIREITO
2.1. Da inconstitucionalidade do regime disciplinar diferenciado;
2.2. Da inexistência de falta grave e determinação do regime com base no §2º, do art. 52, da LEP;
2.3. Do prazo estabelecido para o regime.
2.4. Da necessidade da oitiva prévia do réu. 
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3. DO PEDIDO
Por esses motivos, o recorrente espera que Vossa Excelência exerça o juízo de retratação a fim de tornar sem efeito a determinação de enviar o réu ao regime disciplinar diferenciado.
Caso Vossa Excelência não exerça o juízo de retratação, a recorrente requer o envio dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, esperando o provimento do presente recurso.
Espera deferimento.
 
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Local, 15 de março de 2007.
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Advogado 
Inscrição OAB nº
 
 
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