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Violência contra o idoso

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Violência contra o idoso
Quase sempre a velhice tem sido pensada como um processo degenerativo, como se nessa etapa da vida a pessoa idosa deixasse de existir. O estereótipo tradicional da terceira idade é visto como doente, impotente, dependente, demência, visto como um problema para a sociedade. Esquecemos que envelhecer é inevitável, um processo que enfrentamos todos os dias. A cada instante nos tornamos mais velhos. Jovens e crianças um dia serão os idosos do seu tempo. Envelhecer como um direito pessoal e a proteção como um direito social garantido por lei e pela legislação vigente.
A velhice tem sido um tema recente a ser debatido, pelo crescimento dessa população na expressão de suas demandas, e necessidades perante a sociedade. Tais como aposentadoria, doenças crônicas, a necessidade de oferta e aumento de serviços sociais, necessitando de uma atenção ainda maior. Garantir um envelhecimento saudável e propositivo é um desafio para a sociedade brasileira, que segundo o IBGE (2010) tem expressivamente 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.
Quando o assunto é violência contra o idoso, rapidamente remetemos a violência física, mas esta não é a única, há varias outras formas de violência, que são veladas. A violência também pode manifestar-se como agressão psicológica, econômica, moral, sexual, e na maioria das vezes advinda do seio da própria família com atos de omissão e negligência. E sem perceber tornamos os idosos pessoas invisíveis. Mesmo com Leis que os resguardam, seu descumprimento os desqualifica como cidadãos. O mais expressivo é o Estatuto do Idoso sob a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, diz quem é o idoso, os direitos fundamentais e as penalidades para quem incorrer em crimes contra o idoso.
Esses idosos não precisam mais que as demais pessoas, estas desejam apenas terem seus diretos, serem tratados com dignidade, independentemente de sexo, deficiência, raça, situação econômica, cor e religião, como assegura o artigo 4º “nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência”. E para isto é preciso mudar as atitudes, praticas e políticas, para potencializar o envelhecimento, favorecendo-o para que seja digno e seguro, criando oportunidades de desenvolvimento pessoal. 
Vivemos em um mundo onde a violência tem reinado, impacto de uma crise geral. Entretanto, para a maioria das pessoas há uma dificuldade de compreender a demissão do problema, a violência contra pessoas idosas é uma violação de direitos humanos e é uma das causas mais importantes de lesões, doenças, perda de produtividade. A violência sofrida a essas pessoas é um fenômeno universal e apresenta um importante problema , considerado uma questão de saúde pública.
 
	Para que haja a redução dos abusos e violências contra a pessoa idosa, é necessário uma atuação multidisciplinar que participe os profissionais da justiça e dos diretos humanos, segurança publica, da saúde e da assistência. Existem vários fatores para que essas pessoas sofram violência, entre a mais freqüentes, está o relacionamento entre os familiares. Um outro motivo existente está associado ao cuidador. Infelizmente ainda é um fenômeno pouco reconhecido / falado e denunciado. É preciso quebrar esse silêncio sobre a temática . Em sua maioria, a agressão ocorre na sua própria residência , dentro do contexto familiar , praticada por um membro da família, e mediante a isto, muitas vezes o idoso se cala. Em muitas situações é difícil para eles denunciar o próprio marido, filho... neta agressor, a pessoa idosa acaba se culpando pela violência sofrida achando “normal” receber esse “tipo de tratamento” decorrente da idade. Os Profissionais da saúde e assistência em muitas situações são os únicos que têm contato com essas pessoas. A responsabilidade aumenta muito na prevenção dessas diversas situações de violência, detectando os fatores de risco e elaborando estratégias eficientes de intervenção. 
Não é fácil detectar a violência, o fenômeno é geralmente velado pelos agressores e por quem é agredido. Entretanto é de extrema necessidade detectado, é uma necessidade e uma responsabilidade do profissional ( seja Assistente Social, da Saúde ou qualquer outro).
Há diversas situações, condutas, sintomas e sinais que podem direcionar suspeitas de possíveis agressões . A própria queixa por parte da pessoa idosa é um dos indicadores. Ela se caracteriza como um aviso e é recomendado que se vá em busca de mais informações.
Os mesmos demonstram : Ter medo de um familiar ou de um cuidador , não quem responder quando perguntam, ou olham para o cuidador antes de responder, mudam de comportamento quando estão no mesmo ambiente que o seu cuidador, retratam o o cuidador como uma pessoa de “gênio forte”, mostra exagerado respeito ao cuidador entre outros... Ante a estas observações, não existe um modelo especifico a ser seguido no que se refere as suspeitas de agressões, mas existem algumas recomendações. Em primeiro lugar, reformular perguntas gerais, pensando em obter uma amplitude do bem-estar geral da pessoa idosa. Afim de identificar de qual agressão se trata ( física, psicológica, financeira, abandono, etc). 
É importante observar o comportamento verbal e o não verbal entre a possível vitima e o possível agressor, com a interação entre ambos. Em muitos casos o contato do profissional com a vitima é dificultado ou negado. Geralmente, a chave para o acesso a pessoa idosa é a persistência. É valido ressaltar que o profissional deve oferecer um ambiente seguro que possibilite a pessoa idosa se expressar mediante ao que esta passando. É de grande importância o respeito a vitima, deixando sempre claro que o desejo do profissional é ajudá-lo perante a situação que esta vivenciando, estabelecendo uma relação de confiança, sendo fundamental a intervenção.

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