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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS DFQ - Departamento de Física e Química – Instituto de Ciências Exatas e Informática Curso de Bacharelado em Engenharia Civil MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA Aluna: Lílian Kiefer de Oliveira Professor: José Carlos Bezerra Belo Horizonte 2017 2 1. OBJETIVO Nesta prática temos como objetivo, verificar a condição para máxima transferência de potência elétrica P de uma fonte eletromotriz para um circuito elétrico ou eletrônico. Em seguida, construiremos o gráfico de P x i para uma fonte eletrônica de resistência interna igual a 10Ω. Determinando assim, a corrente elétrica i que circula no circuito elétrico de carga a tensão elétrica V sobre o resistor de carga de resistência R e o rendimento ƞ da fonte eletrônica. Por fim, construiremos o gráfico de P x R determinando o valor da resistência elétrica R do resistor de carga para o qual a transferência de potência elétrica P é máxima. 2. INTRODUÇÃO O Teorema da Máxima Transferência de Potência trata fundamentalmente da transferência de energia entre a fonte (bateria e geradores) e a carga do circuito (resistores). Para entender melhor consideremos o fato de que as baterias e as fontes comumente usadas não são ideais, sempre existe uma limitação na corrente i que elas podem fornecer. Tais fontes podem ser representadas pela associação em série de uma fonte ideal (gerador de força eletromotriz) com uma resistência (responsável pela dissipação de energia no interior do gerador). De acordo com outro teorema, a Máxima Transferência de Potência para a corrente quando: R = Ri Com cargas de baixa resistência, a fonte é forçada a gerar muita energia elétrica, sendo que boa parte dessa energia é dissipada na própria fonte. Isso tem dois efeitos ruins, sobreaquecimento da fonte, o que pode danificá-la e um consumo elevado de energia (se a fonte for, por exemplo, uma pilha será descarregada mais rapidamente do que se estiver alimentando uma carga de maior resistência). Agora a Máxima Transferência de Potência não significa eficiência máxima. De fato, apenas metade da potência gerada é dissipada na carga resultando em 50% de eficiência. Pela equação vemos que a eficiência: 3 Portanto, a eficiência é máxima quando a resistência interna do gerador é pequena em comparação com a resistência de carga. O ideal é que a resistência da carga seja muito maior do que a resistência interna do gerador, porque nessa situação a eficiência será próxima de um e a potência dissipada como calor no gerador será pequena. Portanto, em situações operacionais utilizam-se geradores que possuem resistência interna muito menores que as resistências de carga. A potência transferida por uma fonte de força eletromotriz (gerador de corrente elétrica) e um dispositivo de dois eletrodos em geral metálicos com carregamento elétrico +Q e –Q. Quando o gerador de corrente elétrica é ligado a um circuito elétrico ou eletrônico faz circular uma corrente i, a tensão V nos seus terminais é diferente da eletromotriz (Ԑ) medida utilizando o voltímetro. Na prática sobre as forças eletromotriz deduziu-se que o valor de V pode ser calculado da equação: Onde r é a resistência elétrica interna do gerador de corrente elétrica, ou seja, a resistência elétrica dos eletrodos metálicos do gerador. A potência elétrica dissipada no circuito elétrico ou eletrônico de resistência elétrica R ligado ao gerador e dada pelo produto da tensão elétrica V sobre o circuito e da corrente elétrica i que circula nos eletrodos do gerador de corrente elétrica. A equação utilizada no experimento foi: Vimos que o maior valor de potência elétrica que o gerador de corrente elétrica pode fornecer para o circuito elétrico ou eletrônico ligado a ele e ocorre quando a resistência elétrica total R do circuito é igual a resistência elétrica dos eletrodos do gerador. Define-se o rendimento ƞ do gerador de corrente elétrica da razão entre a potência elétrica P fornecida ao circuito elétrico ou eletrônico ligado a ele e a potência gerada (Pg) à equação utilizada é: 4 PARTE 2 – DESENVOLVIMENTO 2.1 MATERIAIS 01 voltímetro; 01 amperímetro; 01 caixa de resistência R (circuito elétrico de carga); 01 fonte de corrente contínua; 01 resistor de 10Ω; 06 cabos de ligação. 2.2 MÉTODO Sobre o experimento, ligamos o voltímetro na saída CC da fonte eletrônica e fixamos a tensão eletrônica da saída CC da fonte de 5V. Em seguida ligamos em série o resistor de 10Ω, o miliamperímetro e a caixa de resistências. Assim, quando ligarmos o voltímetro em paralelo com a caixa de resistência, variamos o valor de R com a caixa e para cada valor de R mediremos a corrente elétrica i que inclui no resistor R e a tensão elétrica V sobre ele. Deste modo, construímos uma tabela de valores em relação ao experimento ocorrido na aula. 2.3 RESULTADOS E ANÁLISES R (Ω) 100 80 60 40 20 10 8 4 2 1 0 V (V) 4,40 4,28 3,57 3,25 2,96 2,15 1,91 0,96 0,69 0,38 0,03 і (mA) 0,04 0,05 0,09 0,11 0,15 0,22 0,24 0,22 0,33 0,36 0,37 P (mW) 0,17 0,21 0,32 0,35 0,44 0,47 0,45 0,30 0,22 0,13 0,01 Ƞ (%) 88,00 85,60 71,40 65,00 59,20 43,00 38,28 19,30 13,84 7,70 0,68 Tabela 1: Diferença de potencial V entre os terminais do resistor de resistência R, corrente elétrica i e potência P dissipada no circuito. Ƞ é a eficiência da fonte. 5 Gráfico 1: P x i correspondente a equação empírica através do programa Scidavis. Gráfico 2: P x R que determina o valor de R para a potência máxima, através do programa Scidavis. 6 3.1 CONCLUSÃO Vimos que a transferência de energia entre a fonte e a carga ocorre, porém devido as baterias e a fonte não serem ideais por que sempre existe uma limitação de corrente. A razão disso é que a carga que se move no interior do material de qualquer fonte real encontra-se uma resistência, quando essa resistência segue a lei de Ohm ela deve ser constante independente da corrente i. No experimento, vimos que a medida que a resistência aumentava a corrente diminuía, nisso a tensão de 5V se mantendo contínua. O ideal seria que a resistência da carga fosse muito maior do que a resistência interna do gerador, por que nessa situação a eficiência será próxima de um e a potência dissipada como calor no gerador seria pequena. Assim, na situação usamos um gerador com a resistência interna muito menor que a resistência da carga. 4.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIMA, Evandro Conde. WERKHARIZER, Fernando Eustáquio. RESENDE, Flávio de Jesus. SILVEIRA, Tomas de Aquino. MOURA, Vânia Aguiar. FREITAS, Welerson Romaniello. DFQ – Departamento de Física e Química, Belo Horizonte, 2011. HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. WALKER, Jearl. Fundamentos de Física 3 Eletromagnetismo.
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