Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Área de Inovação e Tecnologia – Experimentação Bancada de Reynolds Patrick Antonio Cordeiro mat: 0218985 Romário Teles de Souza mat: 0239122 Igor Miguel Borsoi mat: 0239126 Fenômenos de Transporte, Professora Andréa Timm 06 de outubro de 2016 1. Objetivo O experimento tem a finalidade de, verificar a vazão possível no tubo transparente com água e um filete de corante que são liberados por uma válvula. Através da bancada de REYNOLDS é possível determinar a vazão, velocidade e o tipo de escoamento que ocorre, analisando se é laminar de transição ou turbulento. 2. Introdução Teórica Fluidos são assim denominados os líquidos e os gases pelo fato de poderem se escoar com grande facilidade. Seu estudo teve início com Arquimedes e sua mecânica dos fluídos, responsável pelo estudo da hidrostática, força gerada por líquidos e gases. Um escoamento pode ser classificado como laminar, transição ou turbulento. Em um escoamento laminar, ocorre quando as partículas de um fluido movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, apresentando lâminas ou camadas (daí o nome laminar) cada uma delas preservando sua característica no meio. No escoamento laminar a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de surgimento da turbulência. Este escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades e em fluídos que apresentem grande viscosidade. Escoamento de transição, é a passagem do escoamento laminar para o escoamento turbulento, ou seja, uma fase de transição de um movimento regular para um movimento com mistura do corante com o fluido. Escoamento turbulento, ocorre quando as partículas de um fluido não movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, ou seja as partículas descrevem trajetórias irregulares, com movimento aleatório, produzindo uma transferência de quantidade de movimento entre regiões de massa líquida. Este escoamento é comum na água, cuja a viscosidade é relativamente baixa. Para definir os tipos de escoamento, recorre-se à experiência de Reynolds (1883) que define-se abaixo. “Seja, por exemplo, um reservatório que contém água. Um tubo transparente é ligado ao reservatório e, no fim deste, uma válvula permite a variação da velocidade de descarga da água. No eixo do tubo é injetado um líquido corante do qual deseja-se observar o comportamento. Nota-se que ao abrir pouco à válvula, portanto para pequenas velocidades de descarga, forma se um filete reto e contínuo de corante no eixo do tubo. Ao abrir mais a válvula, o filete começa a apresentar ondulações e finalmente desaparece a uma pequena distância do ponto de injeção. (BRUNETTI, 2008) 3. Procedimento Experimental Utilizando a bancada de REYNOLDS, foi possível observar os três tipos de escoamento, para obter a vazão, foi encontrada a velocidade através do tempo necessário para encher um tubo graduado com um litro de água, esse tempo foi medido três vezes e realizada a média em cada fase de escoamento entre os resultados. Valores de interpolação direta da tabela: Tabela 1: interpolação Temperatura µ Massa especifica (p) 20° 0.00102 998 24° 0.0009168 996.8 25° 0.000891 997 Fluido Água à 24 °C; Diâmetro: de 30 mm, 0,03 m. A= π.r2 A=3,14*(0,015m)2 A=7,06x10-4 (PADRÃO) Escoamento Laminar: Para obter o escoamento laminar, apartir do experimento de Reynolds, após colocar água e corante nos recipientes, abri-se a válvula (5) com baixa velocidade, após abrir a válvula (6) até que o líquido corante obtenha a mesma velocidade que a vazão da água, assim possibilitando observar que o líquido corante esteja linear dentro do tubo. Tabela 2: calcúlos escoamento transição Tempo(s) V(ml) Q(ml/s) V(m/s) Re(calculado) 60 870 14,5 20,54 669969,63 60 850 14,16 20,05 653986,91 60 820 13,66 19,34 630828,27 Tempo de escoamento: 1 minuto (60 segundos) Quantidade de liquido escoado: 870 ml Q(vazão)= V/t Q=870ml/60s Q=14,5 ml/s Q/1000= 0,0145 m3/s V(velocidade)= Q/A v=0,0145/7,06x10-4 v=20,54 m/s Escoamento de Transição: Obtem-se o escoamento de transição, a partir do escoamento laminar, apenas aumentando a velocidade de escoamento na válvula (5). Onde observa-se que o líquído está movimentando-se aleatóriamente. Tabela 3: calcúlos escoamento transição Tempo(s) V(ml) Q(ml/s) V(m/s) Re(calculado) 60 1840 30,66 43,34 1413655,48 60 1840 30,66 43,34 1413655,48 60 1840 30,66 43,34 1413655,48 Tempo de escoamento: 60 segundos Quantidade de liquido escoado: 1840 ml Q(vazão)= V/t Q=1840ml/60s Q=30,66 ml/s Q/1000= 0,03066 m3/s V(velocidade)= Q/A v=0,03066x10-5 /7,068x10-4 v=43,34 m/s Escoamento Turbulento: Obtem-se o escoamento turbulento, aumentando ainda mais a velocidade de vazão da água na válvula (5) do escoamento de transição. Resultando que o líquido corante está totalmente misturado com a água, a partir do ponto de injeção do mesmo. Tabela 4: cálculos escoamento turbulento Tempo(s) V(ml) Q(ml/s) V(m/s) Re(calculado) 10 1480 148 209,63 6837669,634 10 1480 148 209,63 6837669,634 10 1480 148 209,63 6837669,634 Tempo de escoamento: 10 segundos Quantidade de liquido escoado: 1480 ml Q(vazão)= V/t Q=1480ml/10s Q=148 ml/s Q/1000= 0,148 m3/s v(velocidade)= Q/A v=0,148 /7,068x10-4 v=209,63 m/s 4. Análise dos Resultados Por meio dos dados obtidos e análise feita sobre a bancada de Reynolds, o resultado não foi conforme o esperado para o escoamento de transição, sendo nítida a presença de falhas durante o experimento, mas já o escoamento laminar e o turbulento ocorreram de forma correta no experimento. No escoamento laminar foi obtido um valor pequeno, mas está dentro do que se é permitido, ou seja, o valor de Reynolds visto após o cálculo é de 669.969 sendo que para ser laminar tem que estar abaixo de 2000 (RE), obtendo-se assim uma boa visibilidade do corante no tubo. O mesmo aconteceu para o escoamento turbulento, que teve o RE de 6837.669, ficou dentro do esperado que deveria ser acima de 4000 (RE). Já para o escoamento de transição se obteve o valor de Reynolds (RE) de 1413.655, o qual deveria esta dentro dos valores de tabela que são de 2000< RE>4000, mesmo com o RE sendo abaixo do valor de tabela, pode-se observar o liquido corante fazendo seu trajeto corretamente Tabela 5: resultados. Tipos de escoamento Valores de RE obtidos Valore de RE esperados Laminar 669.969 RE <2000 Transição 1413.655 2000 < RE > 4000 Turbulento 6837.669 4000 < RE 5. Conclusão Foi possível visualizar perfeitamente as fases de escoamento laminar, transição e turbulento, porém quando comparado com os valores tabelados de Reynolds não foi atingido o valor estimado, devido a vazão dos fluidos estar abaixo do necessário. O experimento poderia ser melhor realizado se, os cálculos fossem realizados durante o processo a qualidade do experimento ficou abaixo porque havia a inexperiência dos alunos ao avaliar visualmente devido a isso não se sabia se o escoamento da água deveria ser maior ou menor, controlando junto a liberação de corante, para que ocorresse tudo certo, visualmente os três escoamentos foram corretos, mas quando foram desenvolvidos cálculos aplicados em formulas, pode-se provar que apenas o escoamento laminar e turbulento obteve valor esperado , já o escoamento de transição ficou abaixo, então a visibilidade por mais boa que esteja de água e corante não pode se basear por ela, tem que desenvolver o estudo. 6. Referências Bibliográficas BRUNETTI, Franco; Mecânica dos Fluídos. 2º edição, Pearson Prentice Hall, São Paulo, 2008. POTTER, Merle C.; WIGGERT, David C.; Mecânica dos fluídos. 3ºEdição, Editora Cengage Learning, São Paulo, 2009. GILES, RanaldV.; Mecânica dos fluídos e hidráulica. 1ºEdição, Editora McGraw- Hill do Brasil LTDA, São Paulo, 1975.
Compartilhar