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Artigo O Papel do Docente no Ensino de Qualidade Ana Paula Araújo

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O Papel do Docente no Ensino de Qualidade
Ana Paula de Araújo Moura[1: Docente Assistente da Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior. Graduado em Direito pela Faculdade de Timbaúba. Especialista. e-mail: anapaula@fimes.edu.br. ]
Resumo
Este trabalho tem como objetivo ressaltar o papel do professor no processo do ensino de qualidade como mediador e gerenciador do conhecimento. O ensino de qualidade atualmente está sendo tema de muitas discussões. A arte de ensinar envolve todo um processo social também como a interação com a cultura, tradições, leis, entre outras diversidades na formação social do aluno. Além deste, está associado a educação também o processo pessoal: no desenvolvimento individual, com suas particularidades, características, habilidades para o encontro de um caminho. Assim o professor além de ensinar, aprende com este novo cenário de Ensino de Qualidade.
Palavras-chave: Importância. Ensino. Qualidade.
Abstract
This paper aims to highlight the role of the teacher in the process of teaching quality as mediator and manager of knowledge. Quality education is currently the subject of many discussions. The art of teaching involves a whole social process as well as the interaction with culture, traditions, laws, among other diversities in the social formation of the student. Besides this, it is associated with education also the personal process: in the individual development, with its particularities, characteristics, skills to meet a path. Thus the teacher, besides teaching, learns with this new scenario of Quality Teaching.
Keywords: Importance. Teaching. Quality
Introdução
O professor é considerado figura mais importante do processo educativo, em todas as suas esferas. Cabe ao mestre o dever de ensinar, orientar, estimular e incentivar crianças e jovens a descobrir suas potencialidades.
A essência da razão de existir do professor é a educação tomada em seu sentido integral. Não há mais espaço para professores que trabalham apenas conteúdo específicos, aguardando que outro profissional ensine fundamentos de ética, solidariedade e verdade, pois esses valores e sua fixação são responsabilidade de todos (ANTUNES, 2002, p.108).
Pode-se considerar que o docente como principal agente no processo de ensino, tem um papel ativo na formação de seus alunos, auxiliando e incitando a reconstrução dos esquemas de pensamento, sentimento e comportamento de cada indivíduo. Esta concepção inclui tanto despertar a ativa participação intelectual do próprio educando como facilitar o contraste com as formulações alternativas das representações críticas da cultura intelectual (GÓMEZ, 2001, p.300).
A qualidade na educação é um conceito dinâmico e polissémico, dependendo do contexto histórico, cultural e temporal. Para a UNESCO (2001), [...] “a educação de qualidade deve proporcionar a todos, uma participação ativa na sociedade e a serem cidadãos do mundo” 
Dessa forma, com estes contextos complementando um ao outro, falar do papel do professor no ensino de qualidade, é mostrar como deve ser permeada sua prática: não como um mero transmissor de informações, mas como um gerenciador do conhecimento, valorizando a experiência e o conhecimento internalizado de seu aluno na busca de sua formação como pessoa capaz de pensar, criar e vivenciar o novo, assim como da formação de sua cidadania.
2. O que vem a ser qualidade no ensino?
O conceito de Qualidade como qualquer conceito não é de todo estático, pelo contrário, é dinâmico, multifacetado e aberto a introdução de novas ideias. No entanto, é importante a sua definição num trabalho como este, a fim de estabelecer uma plataforma comum de compreensão. 
Clímaco (1995), refere que quanto mais elevado o nível de qualidade dos pais, mais consideravam como qualidade da escola, o ensino estimulante e o desenvolvimento de competências intelectuais enquanto que, para os pais com baixa formação cultural relacionavam a qualidade na escola, com a aquisição de conhecimentos, prémios e castigos. 
Para Morão e Zotes (2008), muitos discursos referem-se ao ensino de qualidade e poucos à educação de qualidade. O ensino visa disponibilizar conhecimentos relacionados com as áreas de história, línguas, matemática, de entre outras. A educação é mais abrangente porque privilegia a integração do ensino na vida, conhecimento e ética e ação e reflexão.
Mesmo com a precariedade de informações diante os indicadores da qualidade de ensino, existe um ponto em comum entre os pesquisadores e estudiosos em que concordam que o objetivo da educação numa visão crítica propõe uma formação abrangendo a totalidade do ser humano na suas dimensões físicas, afetivas, cognitivas, não se reduzindo a dimensão econômica (LIBÂNEO, 2001).
De acordo com Veiga (2000): [...] “Mudar a educação em si não resolverá os problemas da educação que são sociais. É de essencial necessidade mudar a sociedade. Os desafios que envolvem essas mudanças definem o objetivo da educação”.
Diante destes contextos, é impossível desconectar a economia atual com a educação, estão interligados. É importante mencionar essa ligação, pois, através dela torna-se possível superar as desigualdades sociais e atender efetivamente a todos e não apenas uma minoria privilegiada.
Libâneo (2001) propõe a discussão de um conjunto de objetivos para uma educação básica de qualidade que compõe:
Preparação para o mundo do trabalho em que a escola se organize para atender às demandas econômicas de emprego;
Formação para a cidadania crítica, formando um cidadão-trabalhador capaz de interferir criticamente na realidade para transformá-la;
Preparação para a participação social fortalecendo os movimentos sociais com o objetivo de viabilizar o controle público não estatal sobre o Estado.
Formação ética que explicita valores e atitudes por meio das atividades escolares, para uma formação quanto a exploração que se mantém o capitalismo contemporâneo.
Assim, partindo desses objetivos surge uma nova concepção de ensino, e a necessidade de se fazer uma nova escola. 
3. A formação do docente para esse novo ensino de qualidade
Diante de tantas transformações no mundo, onde, a globalização é causa principal, vê- se a necessidade de revisar as políticas públicas educacionais, com ênfase em sua administração e na formação de seus educadores.
De acordo com TOLEDO et.al (2005):
Os professores possuem um amplo corpo de conhecimentos e habilidades que adquirem durante um prolongado período de formação. A formação do professor é uma constante, uma vez que visa o desenvolvimento pessoal e profissional, mediante as práticas de envolvimento na organização do trabalho escolar. A sua importância concentra-se na própria natureza do saber e do fazer humano, como práticas que se transformam constantemente. (TOLEDO et.al, 2005, p. 35).
De acordo com a UNESCO (apud TOLEDO et.al 2005, p. 36):
A procura pela qualidade de ensino na educação básica está focada na formação da cidadania, para uma educação fundamentada no aprendizado no conhecimento, em aprender a fazer, em aprender a conviver e aprender a ser e para as novas necessidades do conhecimento, exige necessariamente, repensar a formação inicial de professores, assim como requer um cuidado especial com a formação continuada desse profissional com um olhar crítico e criativo.
Diante dessa nova concepção pode-se afirmar que o professor competente deve ser um pesquisador envolto pela capacidade de dialogar, elaborar ciência e ter consciência teórica, metodológica, empírica e prática em sua atuação”. Assim, o professor passa a desenvolver no aluno o hábito da pesquisa objetivando criar novos mestres ao invés de apenas discípulos Demo (1990)
Para Libâneo (2001, p. 28) novas atitudes docentes serão necessárias para o currículo do novo professor frente às exigências que a contemporaneidade traz consigo. São estes:
Assumir o ensino como mediação: aprendizagem ativa do aluno com a ajuda pedagógica do professor;
Modificar a ideia de uma escola e de uma práticapluridisciplinar para uma escola interdisciplinar;
Conhecer as estratégias do ensinar a pensar, ensinar a aprender a aprender;
Persistir no empenho de auxiliar os alunos a buscarem uma perspectiva crítica dos alunos, a se habituarem a aprender as realidades enfocadas nos conteúdos escolares de forma crítico-reflexiva;
Assumir o trabalho de sala de aula como um processo comunicacional e desenvolver capacidade comunicativa;
Reconhecer o impacto das novas tecnologias da comunicação e informação na sala de aula;
Atender a diversidade cultural e respeitar as diferenças do contexto da escola e da sala de aula;
Investir na atualização científica, técnica e cultura, como ingredientes do processo de formação continuada;
Integrar no exercício da docência à dimensão afetiva;
Desenvolver comportamento ético e saber orientar os alunos em valores e atitudes em relação à vida, ao ambiente, às relações humanas e a si próprios.
Essas novas atitudes vêm demonstrar que o profissional atual inclui ousadia de inovar as práticas de sala de aula, trilhando caminhos inseguros e não conhecidos, precisando assim, assumir responsabilidades e correr riscos, a fim de desenvolver habilidades dos alunos superando a crença de que para ser professor, basta transmitir com clareza determinados conteúdo.
4. Considerações finais
Mesmo com tantas opiniões acerca do papel do educador no ensino de qualidade, entre os educadores há um consenso sobre a construção deste educador, onde, concordam que essa formação é diária, que deve buscar ter um papel ativo através de reflexões e conhecimentos críticos de suas ações como docentes, podendo através disso reconstruir as condições de ensino o tornando de qualidade.
No ensino de qualidade o docente em sua prática pedagógica necessita estar inserido num processo de reflexão sobre sua ação, ter a consciência que o ensino é muito mais que expor na sala de aula a teoria, mas, é estar conectado ao aluno, entendendo a sociedade que ele vive e a forma como vê e age no mundo. 
O desafio do docente é ser peça principal para a contribuição do avanço do ensino de qualidade, integrando todas as dimensões do ser humano. Para tanto, é necessário que haja gestores e professores pratiquem essa integração consigo mesmos, que se tornem abertos, proativos, afetivos e éticos, que transitem de forma fácil entre o pessoal e o social, que expressem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo, mudando, avançando.
4. Referências bibliográficas
ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar. Novas maneiras de aprender. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
CLIMACO, M. C. A acção imperativa”, in Correio da Educação, nº 92, Porto, Ed. CriapAsa. 1995.
DEMO, P. Qualidade da Educação-Tentativa de definir conceitos e critérios de avaliação. AvaliaçãoEducational. Fundação Educational Carlos Chagas, Jul-Dez, 1990. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.18222/eae00219902389> Acesso em 10 de mar. 2017.
GÓMEZ, Pérez A.I. A cultura escolar na sociedade neoliberal. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
MORÃO, J e ZOTES, L. Qualidade na Educação ou uma Educação de Qualidade: um Olhar Contemporâneo sobre as Tentativas de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior no Brasil. IV Congresso Nacional em Excelência na Gestão. 2008.
TOLEDO, Elizabeth; ARAUJO, Fabíola Peixoto de; PALHARES, Willany. A formação dos professores: tendências atuais. Pesquisa na prática pedagógica (fundamentação) normal superior. EAD UNITINS / EDUCON: Palmas-TO, 2005.
UNESCO. Laboratório Latino-americano de Evaluación de la Calidade de la Educación: Informe Técnico. Santiago de Chile, 2001. Disponível em: <<http\\iesalc.org>> Acesso em 10 de mar. de 2017. 
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (coord.) et. al. Repensando a didática. 15ª.ed. Campinas, SP: Papirus, 2000.

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