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ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Processual do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
1 
 
1. Pressupostos de Admissibilidade 
 
Os pressupostos de admissibilidade são exigências legais, que devem ser cumpridas, a fim de que seja analisado 
o mérito do recurso. 
Os pressupostos são subdivididos em intrínsecos (subjetivos) e extrínsecos (objetivos). Todos devem ser preenchi-
dos, sob pena do não conhecimento do recurso. Os pressupostos são previamente analisados pelo juízo que pro-
feriu a decisão recorrida e, posteriormente, no Tribunal, pelo relator. 
Os pressupostos de admissibilidade intrínsecos, também chamados de subjetivos, relacionam-se com as partes. 
São eles: a legitimidade, a capacidade e o interesse. 
Já os pressupostos de admissibilidade extrínsecos, também chamados de objetivos, referem-se ao recurso. São 
pressupostos de admissibilidade extrínsecos: a recorribilidade da decisão, adequação, tempestividade, depósito 
recursal, custas e regularidade de representação. Segue a análise de cada um deles: 
a) Recorribilidade do ato: o ato precisa ser recorrível. Despachos de mero expediente e a maioria quase absoluta 
das decisões interlocutórias não o são, ou não o são de imediato. 
b) Adequação do recurso: deve ser utilizado o recurso próprio e adequado para impugnar aquele ato. 
c) Tempestividade: O conhecimento do recurso depende de sua interposição dentro do prazo legal. O prazo dos 
recursos no Processo do Trabalho é unificado e corresponde a 8 dias, salvo os embargos de declaração, cujo prazo 
é de 5 dias, o recurso extraordinário, em que o prazo é de 15 dias, e o pedido de revisão, no qual o prazo é de 48 
horas. 
 
No Processo do Trabalho, litisconsortes com procuradores diferentes não possuem prazo em dobro para 
recorrer (OJ 310, SDI-I, TST). 
O prazo para Fazenda Pública e MPT recorrer será em dobro, inclusive para opor embargos de declaração 
(DL nº 779/69 e OJ 192, SDI-I, TST). 
 
d) Custas processuais: 
 
Nas relações de emprego, na fase de conhecimento, as custas serão recolhidas pela parte vencida e corresponde-
rão a 2% do valor da condenação ou do acordo ou, na ausência deste, a 2% do valor da causa (art. 789, CLT). 
As custas serão recolhidas pela parte vencida, que, se recorrer, deverá recolhê-las no prazo do recurso (8 dias), 
e, se não recorrer, após o trânsito em julgado (art. 789, § 1º, CLT). O recolhimento é efetuado por meio de GUIA 
GRU. 
No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, aplica-se a Súmula nº 25 do TST. 
Em caso de acordo, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes, salvo se dispuserem de forma 
diversa (art. 789, § 3º, CLT). 
São isentos do recolhimento de custas: a) os beneficiários da justiça gratuita; b) a União, os Estados, os Municípios, 
o DF e as respectivas autarquias e fundações públicas que não explorem atividade econômica; c) o Ministério Pú-
blico do Trabalho; e d) a massa falida (art. 790-A, CLT e Súmula nº 86, TST). 
A União, os Estados, os Municípios, o DF e as respectivas autarquias e fundações públicas que não explorem 
atividade econômica não estão dispensadas de reembolsar as despesas realizadas pela parte vencedora (art. 790-
A, parágrafo único, CLT). 
Na fase de execução, as custas processuais serão recolhidas pelo executado, ao final, em valor definido no artigo 
789-A da CLT. 
Em sede de dissídio coletivo, as partes vencidas responderão solidariamente pelo recolhimento das custas calcula-
das pelo Presidente do Tribunal ou arbitradas na decisão (art. 789, § 4°, CLT). 
e) Depósito recursal: 
Quanto ao depósito recursal tem-se que possui natureza de garantia do juízo, portanto, só é realizado pelo 
reclamado e se este for empregador ou tomador dos serviços. 
A IN nº 27/2005 do TST estabelece no parágrafo único de seu artigo 2° que o depósito recursal também é exigido 
para as novas ações de competência da Justiça do Trabalho nos moldes da CLT. Logo, o tomador dos serviços 
também deverá efetuar o depósito para a interposição de recurso quando condenado em pecúnia e não se enqua-
drar em nenhuma das hipóteses de isenções previstas em lei. 
Exigem depósito recursal: o recurso ordinário, o recurso de revista, os embargos ao TST, o recurso extraordinário e 
 
 
 
 
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ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Processual do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
2 
recurso ordinário em ação rescisória. 
 
 
 
Imporante memorizar 
O reclamado depositará o valor da condenação ainda não depositado, até o limite do teto es-
tabelecido pelo tst 
 
O teto estabelecido pelo TST, a partir de 1° de agosto de 2015, é de R$ 8183,06 para o recurso ordinário e 
de R$ 16.366,10 para o recurso de revista, embargos ao TST e recursos extraordinário e recurso ordinário em ação 
rescisória. 
A Lei nº 12.275/2010 inseriu o § 7° no artigo 899 da CLT, passando a exigir depósito recursal para interposição 
do agravo de instrumento, no importe de 50% do valor do depósito de recurso ao qual se pretende destrancar. 
Ressalte-se, entretanto, que quando todo o valor da condenação já estiver depositado nada mais poderá ser exigido 
a título de depósito recursal. Assim, para apurar o valor a ser depositado deve ser utilizado o seguinte raciocínio: 
 
Imporante memorizar 
O reclamado depositará o valor da condenação ainda não depositado, até o limite de 50% do 
valor do depósito do recurso que se pretende destrancar. 
 
Ressalte-se, entretanto, que a lei 13.015/2014 incluiu no art. 899 da CLT, o § 8º, estipulando uma hipótese em 
que não será necessária a realização do depósito recursal para interposição de agravo de instrumento. Trata-se do 
caso em que este recurso tiver a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que 
contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em 
orientação jurisprudencial. 
 
 Caso a arguição de contrariedade à súmula ou à orientação jurisprudencial seja infundada, temerária ou 
artificiosa, o agravo de instrumento será considerado deserto (art. 23, Ato 491/SEGJUD.GP/2014 - Presidência do 
TST). 
 
 Contudo, a dispensa do § 8º, do art. 899 da CLT, não será aplicável aos casos em que o agravo de instru-
mento se refira a uma parcela da condenação, pelo menos, que não seja objeto de arguição de contrariedade a 
súmula ou a orientação jurisprudencial do TST. (art. 23, Ato 491/SEGJUD.GP/2014 - Presidência do TST). 
 
Seguem hipóteses em que o depósito recursal é inexigível: 
• O depósito recursal só será exigível quando houver condenação em pecúnia (Súmula nº 161, TST). 
• A massa falida é isenta do depósito, bem como do recolhimento das custas processuais. Tal vantagem, contudo, 
não se aplica às empresas em liquidação extrajudicial. Nesse sentido é a súmula nº 86 do TST. 
• Nos termos do art. 1º, IV, do Dec.-Lei nº 779/69, a União os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas 
respectivas autarquias e fundações públicas que não explorem atividade econômica estão dispensadas da 
realização de depósito recursal. 
Em síntese: 
 
Parte Recorrente 
Condenação em 
pecúnia 
Depósito Fundamento 
Reclamante – Não Art. 899, § 4º, CLT 
Reclamado Não Não Súmula nº 161, TST 
Reclamado Sim Sim Art. 899, CLT 
Reclamado 
Massa falida 
Sim Não Súmula nº 86, TST 
Fazenda Sim Não 
Art. 1°, IV, DL nº 
779/60 
 
 
 
 
 
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ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Processual do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
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 O reclamado beneficiário da justiça gratuita não é isento do depósito recursal, uma vez que este tem natu-
reza de garantia do juízo. 
 
O prazo para efetuar o depósito recursal corresponde ao mesmo do recurso, ou seja, 8 dias. A Súmula nº 245 
do TST assevera que eventual interposição antecipada do recurso não prejudica a dilação legal, ou seja, a interpo-sição do recurso, no 3º dia do prazo, por exemplo, não impede a realização e comprovação do depósito até o 8º dia 
do prazo. 
A Súmula nº 245 do TST não se aplica ao agravo de instrumento. Neste recurso, o depósito deve ser compro-
vado no ato de sua interposição (art. 899, § 7º, CLT). 
Quando o trabalhador estiver sujeito ao regime do FGTS, o depósito será realizado por meio da guia GFIP, 
sendo o valor destinado à sua conta vinculada no FGTS. Se, entretanto, o trabalhador não estiver ligado a tal regime, 
o depósito será realizado na sede do juízo, ficando à disposição deste (Súmula nº 426, TST). 
Na sentença, o juiz arbitrará valor provisório à condenação e é a partir deste será calculado o depósito recursal, 
bem como, o valor das custas processuais. Caso a somatória do valor dos depósitos realizados resulte no valor 
integral da condenação, nada mais poderá ser exigido a tal título (Súmula nº 128, TST). 
Todas as vezes que houver condenação solidária, o depósito realizado por uma das reclamadas será aprovei-
tado pelas demais, salvo se a que realizou o depósito estiver pedindo a sua exclusão da lide (Súmula nº 128, III, 
TST). 
 
2. Recursos em Espécie 
2.1. Recurso ordinário 
 
Cabe recurso ordinário no Processo do Trabalho em duas hipóteses: a) das decisões definitivas e termi-
nativas das varas do trabalho (art. 895, I, CLT) e b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais do Trabalho em ações de sua competência originária (art. 895, II, CLT). 
 A competência para o julgamento da ação rescisória está definida em lei e, a depender da decisão, sua 
desconstituição se dará perante um juízo diferente, podendo ser esquematizada do seguinte modo: 
 
COMPETÊNCIA – AÇÃO RESCISÓRIA 
Decisão a ser desconstituída Juízo competente 
Sentença TRT 
TRT TRT 
TST TST 
 
Ressalte-se que da decisão do TRT em ação rescisória cabe recurso ordinário para o TRT (Súmula nº 158, 
TST). 
O mandado de segurança é ação cuja competência está estabelecida em lei da seguinte maneira, segundo 
bem esclarece o professor Mauro Schiavi: 
 
Antes da EC nº 45/2004, praticamente, o mandado de segurança era utilizado tão somente contra 
ato judicial e apreciado pelo Tribunal Regional do Trabalho. Somente em algumas hipóteses res-
tritas, como, por exemplo, se o Diretor de Secretaria, praticando um ato de sua competência ex-
clusiva, poderia figurar como autoridade coatora, quando recusasse, injustificadamente, a conce-
der carga do processo a um advogado que está no seu prazo de falar nos autos. Em razão do 
aumento da competência da Justiça do Trabalho, os Mandados de Segurança passaram a ser 
cabíveis contra atos de outras autoridades, além das judiciárias, como nas hipóteses dos incisos 
III e IV do art. 114, da CF; em face dos Auditores Fiscais e Delegados do Trabalho, Oficiais de 
Cartórios que recusam o registro de entidade sindical, e até mesmo ato dos membros do Ministério 
Público do Trabalho em Inquéritos Civis Públicos, uma vez que os incisos IV do art. 114 diz ser da 
competência da justiça do trabalho o mandamus quando o ato questionado envolver matéria su-
jeita à sua jurisdição. 
Em resumo: 
 
COMPETÊNCIA – MANDADO DE SEGURANÇA 
 
 
 
 
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ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Processual do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
4 
Autoridade Coatora Juízo competente 
Auditor fiscal do trabalho; Juiz 
Superintendente regional do trabalho; 
Oficial de cartório (quando se recusar a registrar 
a entidade sindical) 
 
Membro do ministério do Trabalho (nos inquéri-
tos civis) 
 
JUIZ TRT 
TRT TRT 
TST TST 
 
Quando o mandado de segurança for de competência originária do TRT, desta decisão caberá recurso ordinário 
a ser julgado pelo TST (Súmula nº 201, TST). 
O recurso ordinário é dirigido ao juízo que proferiu a decisão para análise dos pressupostos recursais. Admitido 
o recurso pelo juízo a quo, a parte recorrida será intimada para apresentar as contrarrazões, no mesmo prazo do 
recurso, conforme estabelece o artigo 900 da CLT. Após o recebimento das contrarrazões, e mantida a admissibili-
dade do recurso, será realizada a remessa do recurso ao Tribunal. 
O juízo ad quem reexaminará os pressupostos recursais e, em verificando a presença do todos eles, apreciará 
o mérito do recurso. 
O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão recorrida. Trata-se do efeito substitutivo das decisões 
(art. 1.008, NCPC). 
No procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário deve ser imediatamente distribuído, devendo o relator liberá-
lo no prazo máximo de 10 dias para que seja colocado em pauta para julgamento, sem revisor (art. 895, § 1º, II, 
CLT). 
Nesse procedimento é facultado ao Ministério Público do Trabalho exarar parecer oral, quando entender 
necessário, e será registrado na certidão de julgamento (art. 895, § 1º, III, CLT). 
No procedimento sumaríssimo, o acórdão consistirá unicamente na certidão de julgamento, em que conte-
nha a indicação suficiente do processo e da parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a 
sentença for confirmada pelos seus próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circuns-
tância servirá de acórdão (art. 895, § 1º, IV, CLT).

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