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cap2 Chaves fusíveis

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2-1 
Capítulo2 CHAVES-FUSÍVEIS PARA PROTEÇÃO DE ALIMENTADORES E 
TRANSFORMADORES 
 
2.1 Introdução 
 
 Classicamente, os sistemas de distribuição primários, aéreos, trifásicos e aterrados, constituídos por 
condutores nus, têm os seus sistemas de proteção de sobrecorrentes constituídos por chaves-fusíveis, 
religadores, relés em conjunto com disjuntores e seccionalizadores ou chaves seccionadoras 
automáticas. 
Por razões didáticas, este Curso será iniciado pelo estudo das chaves-fusíveis e seus respectivos elos. 
Nos itens que seguem serão vistos o princípio de funcionamento de chave-fusível, as suas características para 
especificação, o dimensionamento de elos-fusíveis e a filosofia de coordenação entre os mesmos. 
 
2.2 Chaves fusíveis 
 
 Aqui serão abordados os principais tipos de chaves-fusíveis, suas características para especificação, 
princípio de funcionamento e critérios de dimensionamento. 
 As chaves-fusíveis são dispositivos eletromecânicos que têm como função básica, interromper o 
circuito elétrico quando ocorrer a fusão do elo-fusível. Possuem as seguintes características para especificação 
: 
• Tensão nominal; 
• Nível básico de isolamento para impulso (NBI); 
• Freqüência; 
• Corrente nominal; 
• Corrente de interrupção (capacidade de interrupção); 
• Corrente de curta-duração 
 
 Sob o ponto de vista de proteção, a característica mais importante é a corrente de interrupção, que 
deve ser especificada com base no valor assimétrico da corrente do maior curto-circuito no ponto de 
instalação da chave. 
 De acordo com sua aplicação as chaves-fusíveis são classificadas em dois tipos: distribuição e 
força. 
 
a) Chaves-fusíveis de distribuição 
 
São identificadas pelas características inerentes aos sistemas de distribuição: 
 
• NBI de sistemas de distribuição (para a classe de tensão 15kV: 95 ou 110kV); 
• Mecanicamente, são construídas para montagem em cruzetas; 
• Tensões nominais de sistemas de distribuição. No Brasil, as mais comuns são: 11,4kV, 
 13,2kV, 13,8kV ( estas são consideradas da classe 15kV) e 34,5kV. 
 
 b) Chaves-fusíveis de força 
 
 De modo geral, são empregadas em subestações para proteção de barramentos, transformadores, 
bancos de capacitores, e "bypass" de disjuntores. Possuem NBI para classes de tensões mais elevadas (69kV, 
138kV, por exemplo), cujos os Níveis Básicos de Isolação (NBI) são 350kV e 650kV, respectivamente. 
Geralmente, as capacidades de interrupção são superiores às das chaves-fusíveis de distribuição. 
Mecanicamente , são construídas para montagens em estruturas de subestações. 
 De maneira geral, as chaves-fusíveis empregadas até 25kV, são ditas de distribuição. Acima deste 
valor, são consideradas de força. Entretanto, essa regra não é rígida. 
 
 2-2 
 Baseado na construção, as chaves-fusíveis podem ser do tipo aberta ou fechada: 
 
a) Tipo fechada : O cartucho e as garras estão montados dentro de uma caixa protetora de material 
isolante. 
 
b) Tipo aberta : O cartucho e as garras não possuem caixa protetora. 
 
 Quanto ao modo de operação, podem ser: 
 
a) De expulsão; 
b) Imersas em óleo; 
c) Limitadora de corrente 
 
No Brasil, são fabricadas e largamente empregadas as chaves-fusíveis de expulsão, monofásicas, com 
cartucho em fibra isolante, abertas, não repetitivas e indicadoras, conhecidas também como "chaves Matheus" 
. 
 O princípio de funcionamento se baseia na extinção do arco elétrico formado dentro do cartucho 
ou canela, devido a abertura do circuito após a fusão do elo-fusível. O arco irá queimar o tubinho e/ou 
paredes do cartucho, produzindo gases desionizantes (CO2 , nitrogênio, etc), que irão extinguí-lo. Além 
disso, a expansão destes gases no interior do cartucho, dá origem a uma intensa diferença de pressão interna, 
que irá expulsar os mesmos pela parte inferior. Isto origina um empuxo para cima (princípio da ação e reação) 
, que desconecta o contato superior do cartucho do contato da chave, fazendo-o girar através de uma junta 
articulada. Após a operação da chave, o cartucho fica "pendurado", indicando a operação ("canela 
arriada"). Daí, dizer-se que a chave tem a propriedade indicadora ou sinalizadora visual . 
 
Os principais componentes de uma chave-fusível tipo expulsão são : 
 
• Elo-fusível (liga de material condutor); 
• Cartucho ou canela (tubo de fibra isolante); 
• Isolador (porcelana ou resina epoxi); 
• Base ou dispositivo de fixação (aço zincado). 
 
 É importante observar que este tipo de chave-fusível não deve ser empregado para manobra de 
circuito com carga, pois são do tipo "seca" , isto é, os seus contatos não possuem meios de interrupção de 
arco (óleo, SF6 , etc.). A abertura de circuito com carga leva a um desgaste prematura dos contatos da chave. 
Além disso, pode provocar danos físicos e risco de vida à pessoa que está realizando a operação de abertura, 
principalmente nos dias chuvosos. Isto acontece porque, no momento da abertura, o arco elétrico pode 
envolver a cruzeta e, estando esta aterrada, vai originar um curto-circuito fase-terra, que, por sua vez, poderá 
produzir tensões de passo elevadas. 
 
 Foram desenvolvidos alguns acessórios para essas chaves que, quando instalados, possibilitam, com 
segurança, a abertura de circuitos com carga. Um desses acessórios, bastante utilizado, é o "gancho" próprio 
para o "load buster". Existem chaves que sãor equipadas com câmara de extinção de arco. 
 
Geralmente, o cartucho e o elo-fusível são intercambiáveis, isto é, podem ser substituídos por outros 
do mesmo fabricante ou de outros. 
 
A instalação da chave na cruzeta, forma um ângulo de aproximadamente 70o , em relação à horizontal 
para, através da ação da gravidade, facilitar o giro do cartucho após a operação. 
 
 
 
 
 
 2-3 
A Tabela 2.1 fornece as chaves mais usadas no Brasil na classe 15kV : 
 
Tab. 2.1 Chaves-fusíveis mais usadas no Brasil 
 
Tensão 
Nominal 
 
 
NBI 
 
Corrente 
 
 
 
Observação 
(kV) (kV) 
Nominal 
(A) 
De 
interrupção 
Assímetrica 
(kA) 
 
15 95 50 1,2 * 
15 95 100 2 * 
15 95 100 4 ou 5 * 
15 95 100 8 ou 10 * 
15 110 200 4 ou 8 * 
15 110 300 10 * 
 
* Pode ser equipada com ganchos próprios para "Load Buster" (dispositivo que permite abrir a chave-fusível 
em carga). 
 
2.3 Dimensionamento de chaves-fusíveis 
 
 Para especificar uma chave-fusível, é necessário o dimensionamento da capacidade de interrupção 
e da corrente nominal. Para isso, deve-se conhecer as correntes de carga e de curto-circuito máximas no 
ponto de instalação da mesma. 
 
Deverão ser observados os critérios a seguir : 
a) A corrente nominal da chave deverá ser igual ou maior do que a corrente de carga máxima, no 
ponto de instalação da mesma, multiplicada por um fator k ; ou superior ao valor da corrente 
admissível do fusível empregado, também multiplicada por K. 
 
 
 IkI MAX,CCH,N ××××≥≥≥≥ (2.1) 
Onde : 
IN,CH : Corrente nominal da chave; 
IC, MAX : Corrente de carga máxima no ponto de instalação; 
K : Fator de segurança, comumente tomado com valor 1,5 . Mas, pode ser qualquer valor entre 1 e 2 
 
O fator de segurança K, é empregado para levar em conta situações de remanejamento de carga, de 
sobrecarga ou o próprio crescimento de carga do circuito. O seu valor é tomado de acordo com a condição de 
operação do circuito, geralmente, para o caso mais desfavorável ou mais freqüente. 
 
 Para o caso de crescimento de carga, o fator K é determinado pela expressão : 
 
 
n)a1(k ++++==== (2.2) 
Onde : 
n : número de anos do planejamento (em sistemas de distribuição é comum se empregar dois anos: n=2); 
a : taxa de crescimento anual do sistema.É mais comum ser utilizado o critério de corrente admissível do fusível empregado, ou seja: 
 
 FUS,ADMCH,NOM IkI ××××≥≥≥≥ (2.3) 
 2-4 
Onde: 
I NOM, CH : Corrente nominal da chave 
I ADM ,FUS : Corrente admissível do fusível. 
K : fator de segurança, geralmente é tomado com o valor 1,5 . 
 
b) A corrente de interrupção da chave deverá ser igual ou superior ao maior valor assimétrico da 
corrente de curto-circuito no ponto de instalação da mesma. 
 
 
 )I( maiorI
 ASSIM,CURTOCH,INT ≥≥≥≥ (2.4) 
Onde: 
I INT, CH : Maior corrente que a chave é capaz de interromper ser sofrer danos (capacidade de interrupção) 
I CURTO, ASSIM : Maior corrente de curto-circuito, valor assimétrico, no ponto de instalação. 
 
2.4 Elos-fusíveis 
 
Os elos-fusíveis são a parte ativa da chave-fusível, ou seja, são os elementos sensores que detectam a 
sobrecorrente e juntamente com o cartucho, interrompem o circuito. Não devem fundir com a corrente de 
carga do equipamento ou do circuito protegido e devem obedecer as curvas características tempo x corrente 
fornecidas pelos fabricantes. 
 
 Os elos-fusíveis são identificados por sua corrente nominal e tipo, devendo ainda aparecer 
(geralmente no botão) o nome ou marca do fabricante. São constituídos das seguintes partes: 
 
• Botão com arruela; 
• Elemento fusível; 
• Tubinho; 
• Rabicho 
 
 São classificados em dois grandes grupos: distribuição e força. 
 
a) De distribuição : 
 
• Tipo K - Elos-fusíveis rápidos; 
• Tipo T - Elos-fusíveis lentos 
 
 Tipo H - Elos-fusíveis de alto surto (high surge), de ação lenta para surtos de corrente (a 
corrente transitória de magnetização de transformador, por exemplo) . São fabricados somente para pequenas 
correntes nominais. Geralmente, são usados para proteger transformadores de pequenas potências (até 75 
kVA) e pequenos bancos de capacitores. 
 
Correntes nominais normalmente padronizadas para esses elos-fusíveis: 
 
• Valores preferenciais para os tipos K e T : 1, 2, ,5 , 6 , 10 , 15 , 25 , 40 , 65 , 100 , 140 e 200 A 
 
• Valores não preferenciais para os tipos K e T: 8 , 12 , 20 , 30 , 50 e 80 A . 
 
• Valores para os tipo H : 1 , 2 , 3 , 5 A . 
Os elos-fusíveis K e T , geralmente admitem correntes 50% acima da nominal (corrente admissível). 
Por exemplo, o elo de 10K admite uma corrente de 15A . Isto é, permite uma sobrecarga. 
 
 2-5 
 NOMADM I5,1I ××××==== (2.5) 
Onde : 
IADM : Corrente admissível 
INOM : Corrente nominal 
 
Na Tabela 2.2, estão dadas as correntes nominais e admissíveis dos elos K e H mais comuns, com as 
respectivas chaves. 
 
b) De força : 
 
• Tipo EF - Elos-fusíveis rápidos; 
• Tipo ES - Elos-fusíveis lentos 
 
Tab. 2.2 Correntes nominais e admissíveis 
de elos H e K e as respectivas chaves-fusíveis 
 
 
Elo-fusível 
 
 
 
Chave-fusível : corrente 
nominal 
(A) 
 
Corrente 
nominal 
(A) 
Corrente 
admissível 
(A) 
 
 
Tipo H 
 
1 1 
2 2 
3 3 
5 5 
 
Tipo K 
 
50 
6 9 
8 12 
10 15 
12 18 
15 22,5 
20 30 
25 37,5 
30 45 
 
40 
 
60 
 
50 75 100 
65 97,5 
 
80 
 
120 
 
100 150 200 
140 190 
200 200 
 
O funcionamento do elo-fusível, se baseia na fusão do elemento fusível (geralmente de liga de estanho ou 
prata) por efeito Joule, quando a corrente passante está superior a corrente admissível. A maioria dos elos 
atingem o ponto de fusão em uma temperatura próxima de 230o C. Para a corrente admissível, o elo 
trabalha com temperatura em torno de 100o C . 
 2-6 
 
 Devido o arco elétrico, em tensões elevadas (classe 15kV, ou superiores, por exemplo), a fusão do 
elo geralmente não interrompe o circuito. Para interrompe-lo efetivamente, torna-se necessário a extinção do 
arco. Isso é feito por gases desionizantes produzidos no interior do cartucho, em conseqüência da queima do 
tubinho e/ou das paredes internas do próprio cartucho. 
 A energia liberada pelo arco vai depender do tempo, da tensão e da corrente. Se o cartucho não for 
adequado, dependendo da energia, pode ocorrer "inchaço", explosões ou outros danos mecânicos. 
Os fabricantes de elos-fusíveis fornecem, por bitola, curvas características tempo x corrente de fusão 
e interrupção, conhecidas como: 
 
• Curvas de tempos mínimos de fusão; 
• Curvas de tempos máximos de fusão; 
• Curvas de tempos totais de interrupção 
 
 As curvas de tempos mínimo e máximo de fusão são determinadas em ensaios de fusão de várias 
amostras, feitos com baixa tensão para não haver formação de arco. 
 As curvas de tempos totais de interrupção, ou tempos máximos de aberturas, são determinadas por 
ensaios efetuados sob 15kV, havendo, portanto a ocorrência de arco elétrico. A ABNT postula também que as 
curvas de tempos totais podem ser obtidas das curvas de tempos máximos de fusão mediante a adição de 
tempos de arco (em torno de 10ms). 
 Para a coordenação ou seletividade de elos-fusíveis são usadas as curvas de mínimos tempos de 
fusão e de máximos tempos totais de interrupção. 
 
 2.5 Dimensionamento de elos-fusíveis 
 
 Na distribuição aérea primária, a maior aplicação de elo-fusível é na proteção de transformadores e 
ramais. Para cada caso existem critérios a serem observados, que serão apresentados nos parágrafos seguintes. 
 
2.5.1 Elos-fusíveis para proteção de transformador 
 
 Os elos-fusíveis de proteção de transformador, devem satisfazer aos seguintes requisitos: 
a) Operar para curtos-circuitos no transformador ou na rede secundária; 
 
b) Suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga permissível ao transformador. Para 
transformador de distribuição, admite-se uma sobrecarga de duas vezes a sua carga nominal. 
 
c) De acordo com a curva de tempos máximos admissíveis para sobrecorrentes em 
transformador, deverá fundir num tempo inferior a 17s , com correntes de 2,5 a 3 vezes a 
corrente nominal do transformador; 
 
d) Não deverá fundir para a corrente transitória de energização do transformador, estimada em 8 a 
12 vezes a sua corrente nominal (para transformador com potência até 2MVA). Considera-se 
este transitório com duração em torno de 0,1s. 
 
e) Deve coordenar com as proteções à montante e a jusante do transformador; 
 
f) Deve coordenar com a curva térmica do transformador. 
Para facilidade de aplicação, os catálogos de fabricantes fornecem tabelas com os elos-fusíveis 
apropriados para proteção de transformadores de distribuição (Tabela 2.3). 
 
 
 
 
 2-7 
 
 
Tab. 2.3 Elos-fusíveis para proteção de transformadores trifásicos de distribuição 
 
Potência do 
 
Transformador trifásico 
Transformador 6,6 kV 13,8 kV 22 kV 
(kVA) Corrente 
(A) 
Fusível Corrente 
(A) 
Fusível Corrente 
(A) 
Fusível 
15 1,31 1H 0,63 1H 0,39 - 
30 2,62 3H 1,26 2H 0,79 - 
45 3,94 5H 1,88 3H 1,18 1H 
75 6,56 8K 3,14 5H 1,97 2H 
112,5 9,84 10K 4,71 6K 2,95 5H 
150 13,12 15K 6,28 8K 3,94 5H 
225 19,68 20K 9,41 10K 5,90 6K 
300 26,24 30K 12,55 15K 7,87 10K 
 
 
2.5.2 Elos-fusíveis para proteção de circuitos primários 
 
 O dimensionamento de elos-fusíveis para proteção de circuitos primárias, leva em conta os critérios 
de corrente e seletividade. 
a - A corrente nominal do 1o elo-fusível de um ramal, no sentido da carga para a fonte, deverá ser 
igual ou maior do que 1,5 vezes o valor máximo da corrente de carga medida ou 
convenientemente avaliada no ponto considerado . 
 
 MAX , CARGAELO ,NOM I5,1I ××××≥≥≥≥ (2.6) 
 
b- Os demais elos-fusíveis instalados à montante do anterior, deverão obedecer aos critérios a seguir: 
b.1- A capacidade nominal do elo-fusível deverá ser igual ou maior doque 1,5 vezes o 
valor máximo da corrente de carga medida ou convenientemente avaliada no ponto de 
instalação; 
 
b.2 - A capacidade nominal do elo-fusível protetor deverá ser, no máximo, um quarto (1/4) 
da corrente de curto-circuito fase terra mínimo no fim do trecho protegido por ele; 
 
b.3 - O elo protegido, deverá coordenar com o elo protetor, pelo menos, para o valor da 
corrente de curto-circuito fase-terra mínimo no ponto de instalação do elo protetor. 
 
c - Quando existir três ou mais elos-fusíveis em cascata, poderá se tornar impraticável a obediência 
aos critérios anteriores. Portanto, deverá ser sacrificada a perfeição da coordenação, mantendo-se, 
porém, a seletividade. 
 
d - Para maior facilidade de coordenação de elos-fusíveis, deverá ser evitado o uso de elos tipo H 
como proteção de circuitos, ficando restrito à proteção de transformadores de distribuição. Para 
proteção de circuitos deverão ser empregados apenas elos tipo K ou T. 
 
e - Para ampliar a faixa de coordenação e reduzir o número de elos utilizados, recomenda-se optar, 
sempre que possível, pela utilização de elos-fusíveis preferenciais. 
f - Para a coordenação de elos, deve-se utilizar as Tabelas de Coordenação (2.4 , 2.5 , 2.6 e 2.7) 
fornecidas pelos fabricantes. Na falta destas, podem-se determinar os valores limites de coordenação 
pelas curvas tempo x corrente. Para isso, a coordenação é considerada satisfatória quando: 
 
 2-8 
“O tempo total de interrupção do fusível protetor não exceder 75% do mínimo tempo de fusão 
do fusível protegido” . 
 
PROTEGIDO ELO , FUS MINPROTETOR ELO ,INT t75,0t ××××≤≤≤≤ (2.7) 
 
Em um sistema elétrico radial , o elo-fusível mais próximo do local da falta (F) é chamado de 
protetor (proteção principal), e o elo na retaguarda deste, é conhecido como protegido (proteção de 
retaguarda) (Fig 2.1) . Explicando melhor, para todas as faltas no trecho AB, protegido por 1, este deverá 
queimar antes do 2 . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tab. 2.4 Coordenação de elos K e H 
Elo protegido Elo 
protetor 8K 10K 12K 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K 200K 
1H 125 280 380 510 650 840 1060 1350 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
2H 45 220 450 650 840 1060 1350 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
3H 45 220 450 650 840 1060 1350 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
5H 45 220 450 650 840 1060 1350 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
8H 45 220 450 650 840 1060 1350 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
 
 
 
Tab. 2.5 Coordenação de elos T e H 
Elo protegido Elo 
protetor 8T 10T 12T 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 200T 
1H 400 520 710 920 1200 1500 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
2H 240 500 710 920 1200 1500 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
3H 240 500 710 920 1200 1500 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
5H 240 500 710 920 1200 1500 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
8H 240 500 710 920 1200 1500 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
 
 
 
 
 
 
 
 
S
 
S 
Fonte 
F 
Elo 
protegido 
Elo Protetor 
Fig. 2.1 – Elos protetor e protegido 
A 
B 
1 
2 IF 
Corrente de falta 
 2-9 
 
 
 
Tab. 2.6 Coordenação de elos K 
Elo protegido Elo 
protetor 8K 10K 12K 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K 200K 
6K 190 350 510 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
8K 210 440 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
10K 300 540 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
12K 320 710 1050 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
15K 430 870 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
20K 500 1100 1700 2200 2800 3900 5800 9200 
25K 660 1350 2200 2800 3900 5800 9200 
30K 850 1700 2800 3900 5800 9200 
40K 1100 2200 3900 5800 9200 
50K 1450 3500 5800 9200 
65K 2400 5800 9200 
80K 4500 9200 
100K 2000 9100 
140K 4000 
 
 
 
 
Tab. 2.7 Coordenação de elos T 
Elo protegido Elo 
protetor 8T 10T 12T 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 200T 
6T 350 680 920 1200 1500 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
8T 375 800 1200 1500 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
10T 530 1100 1500 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
12T 680 1280 2000 2540 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
15T 730 1700 2500 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
20T 990 2100 3200 4100 5000 6100 9700 15200 
25T 1400 2600 4100 5000 6100 9700 15200 
30T 1500 3100 5000 6100 9700 15200 
40T 1750 3800 6100 9700 15200 
50T 1750 4400 9700 15200 
65T 2200 9700 15200 
80T 7200 15200 
100T 4000 13800 
140T 7500 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2-10 
 
2.6 Exercício de aplicação 
Para o sistema de distribuição dado na Fig. 2.2, pede-se fazer o dimensionamento dos elos-fusíveis e 
das respectivas chaves. Para o caso dos elos, observar a coordenação entre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resolução: 
a) Dimensionamento dos elos-fusíveis dos transformadores 
 
No dimensionamento dos elos foi utilizada a Tabela 2.3 . 
 
b) Dimensionamento dos elos-fusíveis dos ramais 
 
 Para isso, é necessário se conhecer as correntes de carga e de curtos-circuitos, conforme estão dadas 
na Fig. 2. 3. 
 
♦ Critério de corrente 
• INOM, ELO 4 ≥ 1,5 x 6,3 � INOM, ELO 4 ≥ 9,45 A � 10K , 12K , 15K … 
 
• INOM, ELO 4 ≤ 1/4 x 125 � INOM, ELO 4 ≤ 31,25 � 10K, 12K, 15K, 20K, 15K, 30K 
 
♦ Critério de coordenação 
• Pela tabela de coordenação de elos K e H (Tabela 2.4), verifica-se que no ponto 4 deve ser instalado o 
elo 12K , pois coordena com o 5H (ponto 1) para a corrente limite de 220A , satisfazendo aos critérios 
de corrente e coordenação. Como o 12K coordena com o 5H, então, automaticamente, coordenará com 
os elos 2H e 3H. 
• No ponto 5, será colocado o elo 20K, pois satisfaz ao critério de corrente e coordena com o 12K até o 
limite de corrente de 320A (vê Tabela 2.6). 
 
 
 
 
 
S/E 
Fig. 2.2 – Exercício de aplicação de elo e chave-fusível 
S
 
S
 
S 
S 
S 
500kVA 
150kVA 
75kVA 
30kVA 
45kVA 
33,5 A 
6,3 A 
12,6 A 
6,3 A 2 1 
3 
5 
4 
Transformador de 
distribuição 
13,8 kV 
 2-11 
 
 
c) Dimensionamento das chaves-fusíveis 
 
De acordo com os critérios dados nas Equações 2.3 e 2.4 e as Tabelas 2.1 e 2.2, a chave com a especificação 
a seguir satisfaz a todos os pontos. 
 
• Corrente nominal = 50 A; 
• Capacidade de interrupção = 1,2 kA; 
• Tensão nominal = 13,8 kV; 
• Classe de tensão 15 kV; 
• NBI = 95 kV; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na Fig. 2.3, tem-se o resumo do exercício resolvido. É importante que após o dimensionamento dos 
elos-fusíveis, eles sejam alocados no diagrama unifilar do sistema, conforme foi feito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ICC,φφφφ
ICC,2φφφφ 
ICC,3φφφφ 
 
S/E 
Fig. 2.3 – Exercício de aplicação de elo e chave-fusível 
S
 
S
 
S 
S 
S 
75kVA 
30kVA 
45kVA 
2H 
3H 
5H 12K 
20K 
33,5 A 
6,3 A 
12,6 A 
6,3 A 
810 
778 
565 
275 
245 
170 
210 
185 
125 
230 
206 
130 
335 
310 
225 
2 1 
3 
5 
4 
Legenda 
Curto trifásico 
Curto bifásico 
Curto fase-terra 
 2-12 
 
2.7 Exercício proposto 
 
Dimensionar e especificar os elos-fusíveis e as respectivas chaves do sistema de distribuição dado abaixo.ICC,φφφφ
ICC,2φφφφ 
ICC,3φφφφ 
Legenda 
Curto trifásico 
Curto bifásico 
Curto fase-terra 
 
S/E 
S
 
S 
S 
S 
75kVA 
125kVA 
155 A 
25 A 
450 
390 
300 
300 
260 
200 
380 
329 
230 
600 
520 
500 
carga 
carga

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