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Desafio profissional

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
CENTRO EDUCACIONAL A DISTÂNCIA
CURSO: SERVIÇO SOCIAL
4ª SÉRIE
DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS DAS POLÍTICAS SOCIAIS; PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL II; DIREITOS HUMANOS; ÉTICA PROFISSIONAL; FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOMETODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
NOME: Ruama Rodrigues Alves Machado, R.A: 6199740334
NOME: Aline Teodoro da Silva, R.A: 5444746871
DESAFIO PROFISSIONAL
Tutor Distância: Maria Aparecida Correa
Jundiaí, 2017
INTRODUÇÃO
A provisão de serviços sociais na maioria dos países é uma mistura de provisão social pública e privada. Para as provisões sociais serem consideradas públicas elas devem ser diretamente legisladas e administradas pelo Estado ou deve existir um mandato governamental para que setor privado forneça o serviço. Desde 1930 o Brasil passou por um processo de desenvolvimento econômico, modernização social e participação política, acompanhado de períodos autoritários e de crises econômicas. O crescimento da econômica e as mudanças do comportamento demográfico, assim como a melhora as condições de vida das pessoas e o aumento da participação do setor público na prestação de serviços sociais demonstraram a importância de se estudar como ocorre a dinâmica das políticas sociais no Brasil. Com a Constituição de 1988 passa a ficar claro o dever do Estado em prover de maneira universal os serviços sociais básicos, saúde, educação de qualidade e previdência social. Para se fazer essa análise, se faz um corte temporal do período de 1930 a 2012, apresentado as políticas sociais no período e suas peculiaridades, demonstrando a maneira como o governo faz políticas sociais atualmente não tem as mesmas características de períodos anteriores, e mostrando a evolução desta.
O DESENVOLVIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL A PARTIR DE 1930, NATUREZA E DESENVOLVIMENTO
A partir dos anos 80 (século XX), a profissão passou a ter uma consistente produção sobre o tema, a análise das políticas sociais tem muitos caminhos a percorrer, este estudo intenciona apresentar a dinâmica das políticas sociais, bem como suas características, organização e gestão no desenvolvimento do capitalismo e das lutas profissionais e sociais. As políticas sociais no Brasil estão relacionadas diretamente às condições vivenciadas pelo País em níveis econômico, político e social. São vistas como mecanismos de manutenção da força de trabalho, em alguns momentos, em outros como conquistas dos trabalhadores, ou como doação das elites dominantes, e ainda como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do cidadão. Dessa forma, o Serviço Social como uma das profissões responsáveis pela mediação entre Estado, burguesia e classe trabalhadora na implantação e implementação das políticas sociais destinadas a enfrentar a “questão social”, que emergiu na primeira metade do século XIX. Não se pode precisar um período específico do surgimento das primeiras identificações chamadas políticas sociais, visto que, como processo social, elas se originam na confluência dos movimentos de ascensão do capitalismo como a Revolução Industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal. Sua origem relaciona-se aos movimentos de massa socialmente democratas e à formação dos estados-nação na Europa Ocidental do final do século XIX, A política econômica e a política social estão relacionadas intrinsecamente com a evolução do capitalismo (conforme proposta de reflexão), fundamentando-se no desenvolvimento contraditório da história A política social surge no capitalismo com as mobilizações operárias e a partir do século XIX com o surgimento desses movimentos populares, é que ela é compreendida como estratégia governamental. O período que vai de meados do século XIX até os anos de 1930, é marcado predominantemente pelo liberalismo e sustentado pela concepção do trabalho como mercadoria e sua regulação pelo livre mercado.
A busca da classe operária pela emancipação humana, a socialização da riqueza e uma nova ordem societária garantiram algumas conquistas importantes na dimensão dos direitos políticos tais como: o direito de voto, de organização e a formação de sindicatos e partidos, de livre expressão e manifestação, e de ampliar os direitos sociais. Mas, ao desenvolver-se um sentido mais humano de igualdade social, faz-se uma segunda análise da sociedade construída pelo regime capitalista. Mesmo após a instauração formal dos direitos civis, na prática observavam se falhas de execução concretizadas principalmente pela parcialidade e pelos preconceitos de classe derivados das desigualdades econômicas; no caso dos direitos políticos, essas falhas materializavam-se pela intimidação das classes inferiores pelas superiores no momento do voto.
O ATUAL CENÁRIO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
A precarização no mundo do trabalho é causada basicamente pela divergência de interesses entre as classes sociais. A sociedade capitalista é dividida em classes sociais, é fato que essas classes têm interesses antagônicos. Além disso, a valorização de uma alta racionalização dos processos produtivos desde a revolução industrial, o aumento da exploração do trabalho humano e as consequentes acumulação de riqueza e aumento da desigualdade social, só fizeram recrudescer as hostilidades e divergências entre as classes ao longo da história do capitalismo enquanto modo de produção predominante.
Nos dias de hoje, vale dizer que o desenvolvimento tecnológico leva a uma exclusão da mão de obra humana, gerando um processo de desemprego estrutural. A atual conjuntura de desenvolvimento do capitalismo é marcada pela forte automatização da produção, isto é, o significativo processo irreversível de transformações no processo produtivo pela substituição da mão de obra humana. Por isso é preciso compreender como se dá a luta entre os interesses de classe e, mais precisamente, como se dão os conflitos no mundo do trabalho, uma vez que essas transformações podem significar uma precarização do trabalho, se pensarmos, por exemplo, nos níveis de desemprego. Contudo, é fato que as condições de trabalho e os direitos trabalhistas de certo modo avançaram. Obviamente, esses avanços no sentido dos direitos e das garantias ao trabalhador não foram dádivas da classe empresarial, mas fundamentalmente resultado da luta de movimentos sindicais, operários. No Brasil de hoje, as chamadas centrais sindicais, em linhas gerias, têm os seguintes pontos como reivindicação: mudanças na política econômica para reduzir juros e distribuir renda; redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas; extinção do fator previdenciário; e regulamentação da terceirização de serviços. Ainda assim, a despeito dos avanços no tocante ao trabalho e à resolução de alguns conflitos (por meio de legislações trabalhistas) que dele resultam, não se pode esquecer a lógica da exploração inerente ao capitalismo (tão presente no cotidiano do trabalhador).
Todos os trabalhadores estão sujeitos à tal realidade, pois a precariedade não atinge somente alguns trabalhadores. Ela tem grandes consequências para a vivência e conduta dos que trabalham. A precarização se apresenta como uma nova forma de dominação, de manipulação a que estão submetidos os trabalhadores, levando-os a viverem 16 constantemente com medo. Esse medo passa a ser permanente e gera condutas de obediência e de submissão. Percebemos esse medo permeando o grupo de trabalhadores pesquisado. Medo de participar da pesquisa e receber algum tipo de futura retaliação da chefia. Medo de expor suas reais experiências, medo de se dar conta de sua real condição e sofrimento, preferindo a postura passiva. Quanto à construção da subjetividade, percebemos o que Guattari registra. Que a modelação da subjetividade se dá no campo do social e que, segundo ele, a “produção da subjetividade constitui matéria-prima de toda e qualquer produção”. Seria a ideia “de uma subjetividade de natureza industrial, maquiniza, ou seja,essencialmente fabricada, modelada, recebida, consumida. ” Os trabalhadores pesquisados apresentam essa subjetividade fabricada e modelada para atender aos interesses capitalísticos. Não percebemos sinais de autoanálise ou reflexão da situação a que estão submetidos, nenhum questionamento de suas reais necessidades ou desejos. Pelo contrário, o que percebemos foi um comportamento de submissão, passividade e docilidade. A construção da subjetividade dos trabalhadores é totalmente comprometida pela situação a que estão sujeitos, mas não é só devido a esse fator, pois é na cultura, na família, no cotidiano que se dá a construção da subjetividade. Ou seja, os trabalhadores já são moldados pela cultura muito antes de chegarem ao mercado de trabalho. Contudo, o que pode parecer total submissão do trabalhador diante dos conflitos sociais e econômicos atuais, do sofrimento psíquico, causado pelas relações com o trabalho, acreditamos ser uma estratégia defensiva contra a desestabilização psíquica, através de uma dura luta.
CONCLUSÃO
Diante da análise realizada fica evidente que as desigualdades sociais surgiram e se perpetuam em nossa realidade sem que o estado possa desenvolver uma política econômica ou social que minimize esta questão. Temos em nosso país uma série de medidas assistencialistas que em nada contribuiu para a solução do problema da desigualdade, apenas vai camuflando uma realidade caótica que precisa ser urgentemente discutida e construídas medidas que possam resolver a situação de milhões de brasileiros que vivem na pobreza e na mais profunda miséria. A atual questão social refere-se à ampliação do trabalho na sociedade capitalista começando pela degradação do trabalho, a perda e o desaparecimento de muitas categorias e postos de trabalho, e isso ocorre quando o estado passa a se retirar do campo social com cortes, privatizações e etc. assim sendo, para ver a questão social como objeto do serviço social é preciso fazer uma das duas coisas: ou se rejeitar a amplitude da questão social, ou o Serviço social volta a ter uma função de atuar nas variações e mudanças da sociedade.
REFERÊNCIAS
http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/piana-9788579830389-02.pdf
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conflitos-precarizacao-no-mundo-trabalho.htm

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