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Fichamento Contabilidade

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Sarah Sofia Koech Pinnow
Trabalho da disciplina Contabilidade
 Tutora: Prof. Claudia Basilio
Porto Alegre / RS
2017
Estudo de Caso:
CONTABILIDADE
Cafés Monte Bianco: Elaborando um Plano Financeiro
REFERÊNCIA: SIMONS, Robert L. DAVILA, Antonio. Cafés Monte Bianco: elaborando um plano financeiro. Harvard Business School, 114 – P02, 2000.
O artigo trata da empresa Cafés Monte Bianco, com sede em Milão, fundada por Mário Salvetti há mais de oitenta anos. O sr. Salvetti trabalhou durante décadas na América do Sul em plantações de café e retornou à Itália com a intenção de combinar os melhores grãos de café que havia encontrado em suas pesquisas. Seu projeto deu certo e rapidamente a Cafés Monte Bianco se tornou renomada, ficando conhecida pelo sabor e qualidade de seus cafés. Desde então, Mário passou seus conhecimentos para seu filho, que por sua vez passou para seu filho, Giacomo, presidente da companhia atualmente.
Giacomo anualmente passava dois meses viajando pelo mundo visitando plantações de café para ampliar seus conhecimentos e manter contato com produtores. E as pesquisas não paravam por aí, além disso, a empresa possuía um laboratório com seis pesquisadores à procura de novas combinações de sabores e realizando testes em produtos já presentes no mercado.
O neto, visando superar o sucesso de seu avô, almejava aumentar agressivamente o negócio. Nos últimos cinco anos investiu em estrutura visando aumentar a capacidade da empresa, destacando-se a produção de marcas próprias para duas cadeias de supermercados italianas, o que acabou salvando a empresa de uma crise há três anos. Inicialmente Giacomo foi contra essa ideia, mas a desaceleração do mercado no fim da década de 90 persuadiu-o que marcas próprias eram uma boa opção para ocupar a capacidade produtiva e absorver custos fixos. Outrossim, era um desejo do mercado varejista poder colocar a sua própria marca no café.
Com o objetivo de planejar o futuro da Cafés Monte Bianco, Giacomo marcou uma reunião. Ele tinha dúvidas se deveria continuar investindo no mercado de marcas próprias: “Nós estamos prestes a tomar uma decisão que pode afetar o futuro da nossa empresa”. Toda a direção da empresa estava reunida: diretor de marketing, diretor de produção, diretor financeiro, diretora de planejamento estratégico, com exceção do diretor de P&D, que estava na Colômbia. A diretora de planejamento estratégico, Carla Salvetti, defendeu veementemente que a empresa deveria realizar uma transição completa para marcas próprias, até porque, durante a última recessão a demanda por cafés premium era praticamente nula. Em contrapartida, Roberto Bianchi, diretor P&D, replicou que os cafés premium eram a essência da empresa e utilizar toda produção para as marcas próprias seria uma traição à missão do fundador da empresa. 
Apesar de Giacomo simpatizar com ambos posicionamentos, precisava de mais fatos a respeito da lucratividade da estratégia de marcas próprias. Além do que, era preciso um maior entendimento do impacto financeiro que isso causaria, para não mudar radicalmente os objetivos estratégicos da empresa. Por fim, recomendou ao time executivo que aprofundassem a análise com fatos e números para que fosse possível uma tomada de decisão mais segura.
 Verificou-se que o mercado de marcas próprias era especialmente exigente quanto aos preços e capacidade de fornecimento, apesar do seu custo de produção ser menor. A escolha por produção de marcas próprias reduziria custos em todos os setores da empresa, ficando o custo fixo da produção 781 milhões de liras italianas a menor. Outra vantagem da produção de marcas próprias a ser mencionada é a simplificação do plano de produção, já que este tipo de café pode ser estocado, ao contrário do Premium, que perde sua qualidade e frescor. De acordo com levantamento realizado, a transição completa da empresa para a produção de marcas próprias levaria a uma grande economia com despesas de vendas, diminuiria em 75% os custos de P&D e em 50% as despesas administrativas. Entretanto, a diretoria não levou em consideração um importante dado que seria o fluxo de caixa, uma vez que o café Premium era negociado com recebimento em 30 dias, enquanto que no setor de marcas próprias, trabalhava-se com o prazo de 90 dias. Devido aos varejistas exigirem esse prazo maior para pagamento e a demanda no verão ser muito menor, a projeção era de que a empresa estaria utilizando todo o seu limite de crédito, que correspondia a 25 bilhões de liras.
Dessa maneira, com investimentos na infraestrutura e capacidade de produção, o senhor Giacomo poderia explorar ambos os mercados, não perdendo o de cafés premium, responsável pela grande credibilidade conquistada pela empresa ao longo de seus 80 anos, estando também a mesma presente no mercado de marcas próprias, o qual apesar de ter um prazo de recebimento maior, é menos vulnerável às instabilidades econômicas eventualmente vividas na economia. Enfim, explorar a fabricação de ambas as marcas pode ser uma ideia financeiramente certeira e pouco arriscada, uma vez que preservaria a identidade que a empresa construiu ao longo de oito décadas e ao mesmo tempo atuar em um setor mais estável como o de marcas próprias.
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