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19/03/2014 1 APLICABILIDADE DO SISTEMA HACCP / APPCC NO SETOR ALIMENTÍCIO INTRODUÇÃO CQT (Controle de Qualidade Total): • ação sobre situações consideradas críticas e que colocariam em risco a garantia do produto. • objetivo satisfação total do consumidor. Eliminar desperdícios e agregar valores Simplificar os processos de manufatura Criar um clima de melhoria contínua Visualizar os problemas existentes Implementar um sistema de controle estatístico de processos HACCP / APPCC C H Hazard A Análise de A Analysis of P Perigos e C Critical P Pontos C Control C Críticos de P Points C Controle • Criado em 1959. • Exigências da NASA alimentos com “defeito zero” aos astronautas. • Identificação dos “perigos potenciais” em pontos específicos do processo, possibilitando o controle sobre estes pontos passíveis de falha. Objetivo segurança alimentar Bases fundamentais que darão suporte ao HACCP/ APPCC: G Good B Boas M Manufacturing P Práticas de P Practice F Fabricação S Sanitation P Procedimentos P Procedimento S Standard P Padrão de O Operacional O Operating H Higiene P Padrão P Procedures O Operacional Programas de Pré-Requisitos (PPR): Programas de Pré-Requisitos Operacionais (PPRO): Conjunto de medidas que garantam a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos, durante toda a cadeia produtiva de alimentos Padrão de identidade e qualidade. Condições ambientais e Controle da água para consumo; Instalações e Saneamento (adequação estrutural do estabelecimento); Equipamentos e Utensílios; Recursos Humanos (controle de saúde dos funcionários); Controle e Garantia de Qualidade das matérias-primas; Armazenagem; Transporte; Informações ao consumidor; Exposição / Comercialização; Desinfecção / Desinfestação (Controle Integrado de Pragas); Regras para visitantes. BPF Os PPHO são representados por requisitos de BPF considerados críticos na cadeia produtiva de alimentos. Para estes procedimentos, recomenda-se a adoção de programas de monitoração, registros, ações corretivas, além de aplicação constante de checklists. Os principais aspectos abordados são: Potabilidade da água; Higiene das superfícies de contato com o produto; Prevenção da contaminação cruzada; Higiene pessoal e saúde dos manipuladores; Proteção contra qualquer contaminação dos produtos; Proteção contra agentes tóxicos; Controle integrado de pragas. PPHO 19/03/2014 2 Assim, surgiu o HACCP: ferramenta com características preventivas, baseada na identificação e no controle de perigos de natureza biológica, química ou física, relacionados à saúde do consumidor, em etapas específicas ao longo das etapas da cadeia de processamento dos alimentos, denominadas pontos críticos de controle (PCC), com o objetivo de evitá-los, eliminá-los ou reduzi-los a níveis toleráveis pelo organismo humano garantia de inocuidade do produto final até sua chegada ao consumidor análise de riscos. HACCP / APPCC Os 7 princípios do sistema HACCP: 1. Identificação dos perigos e avaliação de sua severidade 2. Determinação dos Pontos Críticos de Controle (PCC) 3. Especificação de limites críticos dos PCCs 4. Monitoramento dos PCCs 5. Aplicação de medidas corretivas 6. Sistema de registro e arquivo de dados 7. Procedimento de verificação da eficácia HACCP • Controle dos possíveis perigos exercido durante toda a produção. • Forma eficiente de abordagem de riscos. INSPEÇÃO • Visitas esporádicas; • A supervisão reflete os acontecimentos do dia, do momento. Controle proativo ações corretivas podem ser tomadas antes que o problema ocorra. Muitas medidas podem ser tomadas para cada grupo de produtos controle focado nos pontos críticos da operação. Controle reativo ações corretivas são tomadas depois que o problema ocorreu. Somente um número limitado de amostras pode ser avaliado custo variável, lentidão, interpretação específica . Análise de Risco: Etapas • Comunicação do risco Entre avaliadores, gerentes, consumidores e outras partes interessadas. • Gerenciamento do risco Ponderação dos resultados, identificando os PCCs para aplicação de medidas de controle. • Avaliação do risco Identificação dos possíveis perigos para a avaliação dos riscos e sua posterior caracterização. RISCO • É a probabilidade da ocorrência do perigo. Representa uma “ameaça”. • É a possibilidade de ocorrer um fato indesejável, como resultado de eventos naturais ou de atividades humanas. • Ex: descontrole na assepsia de equipamentos e linhas. PERIGO • Trata-se da “ameaça” em si, a qual deve ser observada quanto à severidade, probabilidade de ocorrência e grau de segurança do processo. • Ex: contaminação, deterioração, ou sobrevivência de microrganismos/toxinas/enzimas inaceitáveis nos alimentos. Podem ser de origem biológica, química ou física. É necessário se considerar, em cada operação: • A Introdução de novos perigos; • O destino dos perigos pré-existentes; • As possibilidade de contaminação / recontaminação. Algumas áreas comuns de identificação dos perigos: Fontes de ingredientes; Métodos e duração do processamento; Estocagem e transporte; Experiência, conhecimento, atitude e treinamento de pessoal. Exemplos de perigos: Não esterilidade; descontrole de processo térmico; Possibilidade de recontaminação; Potencial de abuso no transporte e venda; Ausência de cozimento no lar ou na instituição. Possíveis danos por persistência dos perigos: Surtos de doenças toxicoalimentares (agravos ao consumidor); < vida de prateleira; deterioração de produtos; comprometimento da garantia da qualidade; divulgação negativa pela mídia; perda de clientes; multas e indenizações, etc. 19/03/2014 3 IDENTIFICAÇÃO DOS PCCs – GERENCIMENTO DOS RISCOS PCC local, equipamento, prática, etapa particular ou procedimento em operação específica. Seu desvio implica em risco inaceitável à saúde do consumidor . A determinação dos riscos é baseada na severidade e na percepção de ocorrência do perigo o PCC controla esse perigo, na tentativa de anular ou minimizar esses riscos sua correção é garantia de qualidade final. Severidade I – Baixa II – Moderada III – Crítica IV – Catastrófica A – Muito improvável Risco Desprezível Risco Desprezível Risco Desprezível Risco Menor B – Improvável Risco Desprezível Risco Desprezível Risco Menor Risco Moderado C – Ocasional Risco Desprezível Risco Menor Risco Moderado Risco Sério D – Provável Risco Menor Risco Moderado Risco Sério Risco Crítico E - Freqüente Risco Moderado Risco Sério Risco Crítico Risco Crítico Percepção de ocorrência do perigo Mais de um perigo pode ser controlado em um mesmo PCC, e mais que um PCC pode ser necessário para se controlar um único perigo! Perigo 1: bactérias Perigo 2: vírus Perigo 3: parasitas PCC: cocção Perigo: Salmonella spp PCC 1: cocção PCC 2: acidificação PCC 3: incorporação de aditivos Entretanto, análises de PCCs em excesso pode diminuir a ênfase às operações que realmente são críticas: PC Pontos de Controle • A perda do controle não ocasionaria risco à saúde, mas sua correção é necessária. • Pontos/etapas que afetam a segurança do produto, mas que são controlados prioritariamente por PPRs. PCC Pontos Críticos de Controle • A perdado controle ocasionaria risco inaceitável à saúde do consumidor. • Quando bem estabelecidas e seguidas as BPF e PPHO, há poucos pontos no processo considerados verdadeiramente críticos. HACCP: APLICABILIDADE DESTE PLANO Materiais e ingredientes utilizados? Quantidades? MOs nas matérias primas? Quais? Ingredientes com propriedades tóxicas? Conservantes? Qual concentração? pH e aw inibem crescimento dos MOs? Chance de contaminação durante preparo, processamento ou armazenamento? Inativação dos MOs/toxinas no cozimento/aquecimento? Manuseamento do produto? Chance de recontaminação após processamento adequado (calor/frio)? Identificação completa do produto: Um processamento mais severo será desejável? O processo é fundamentado cientificamente? A embalagem utilizada é adequada? Os tempos de preparo, processamento e armazenamento são adequados? Quais as condições de distribuição? Qual o consumidor/público alvo? CONTROLE E MONITORAMENTO DOS PCCs Permitem avaliar se um perigo está sob controle. Resultados rápidos correções antes de desenvolvimento de riscos microbiológicos mais sérios. Alguns pontos podem deixar de ser críticos; pontos novos podem passar a ser críticos e outros ainda permanecerem sob controle e monitoramento. Avaliações sensoriais, observações visuais, medições químicas e físicas, testes microbiológicos. 19/03/2014 4 FLUXOGRAMA DOS PCCs – DETALHAMENTO DO PROCESSO Equipe multidisciplinar 3 a 7 pessoas. Fluxograma elaborado a partir da descrição completa do produto, até o seu consumo tabela com sequência ordenada de etapas relativas ao fluxograma do produto, relacionando a tipagem do ponto crítico com a descrição do perigo que tal ponto possa evidenciar. MONITORAMENTO DOS PCCs Sucessão planejada de observações ou medidas de controle de parâmetros para avaliar se um PCC é/está sendo controlável. Variável envolvida; Descrição do Perigo; Limite crítico; Limite de Segurança; Medida corretiva; Medida preventiva de controle. LIMITE CRÍTICO LIMITE DE SEGURANÇA • Parâmetro mensurável e único, de valor máximo ou mínimo, que garantirá a segurança do alimento. • Separa a aceitação da rejeição. • se violado, os produtos afetados são considerados como potencialmente inseguros. • É o limite antecedente ao limite crítico, atuando como alarme para se começar a ação sobre o PCC em foco. • Valores ou atributos próximos aos limites críticos que são adotados como medida de segurança para reduzir a possibilidade de os mesmos não serem atendidos. • Limites de segurança são estabelecidos com o intuito de se evitar que os limites críticos sejam ultrapassados. ADOÇÃO DE MEDIDAS CORRETIVAS E PREVENTIVAS Quando a monitoração indicar que não foram alcançados os critérios, acionam-se planos corretivos. Quando a monitoração indicar que foram alcançados os critérios, acionam-se planos preventivos. Verificação da eficácia do programa em andamento: SISTEMA DE AUDITORIAS Necessárias para efetivar e tornar eficaz o acompanhamento rotineiro das medições e dos processos. Periodicidade determinada de acordo com a política de qualidade adotada pela empresa. A adesão aos processos produtivos nas indústrias alimentícias é considerada lenta, por não se visualizarem benefícios de início; Previne perigos relacionados a contaminação de alimentos; Permite a rastreabilidade do processo quanto às contaminações; É um sistema preventivo, diminuindo a necessidade de realização de análises laboratoriais durante o processo, exigindo-as basicamente para a verificação do sistema. Aumenta a competitividade entre as empresas; Os resultados são baseados num paradigma de qualidade a longo prazo. É aplicável em toda a cadeia produtiva de alimentos; É um sistema redutor de custos, pois centra-se nos maiores riscos (maximiza lucros / reduz perdas); A certificação promove maior demanda dos produtos devido à maior qualidade. Aspectos desfavoráveis Aspectos favoráveis 19/03/2014 5 PAS (Programa Alimento Seguro) Vigente desde agosto/2002 • material para atender escolas de ensino fundamental, visando ao aperfeiçoamento de merendeiras e estudantes sobre o tema segurança alimentar. • palestras de treinamento e informação sobre boas práticas no ambiente industrial. • cursos destinados a empresas de micro e pequeno porte (apoio da ANVISA). Contribui para a Segurança Alimentar e Nutricional dos indivíduos em situação de maior vulnerabilidade e atua na redução do desperdício, mediante distribuição de alimentos doados por parceiros e no desenvolvimento de ações educativas. Ações: boas práticas na preparação de alimentos; hábitos nutricionais saudáveis; higiene; conservação e preparação de refeições; formas de evitar o desperdício (desenvolvimento de receitas com aproveitamento integral dos alimentos). Projeto Mesa Brasil (desdobramento do PAS):
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