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Resumo de processo civil 2

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Conceito de processo
Processo é instrumento usado para tornar efetivo um direito material. O direito materIal gera direitos e obrigações, mas não se efetiva sozinho por isso há uma relação de instrumentalidade (complementaridade) o direto material e o direito processual. É método pelo qual se opera a jurisdição, com isso, é meio para acionar o Poder Judiciário, com vistas à composição de litígios.
Escopo do processo
O escopo principal é aplicação da lei a um caso controvertido, não solucionado extraprocessualmente, e cuja solução é pedida pelo autor. Todo processo deve ser efetivo, ou seja, deve dar a quem tem direito tudo aquilo que tem direito de obter. Para Carnelutti e Chiovenda a efetividade é a real finalidade do processo, o escopo do processo, assim, é a justa composição da lide (solução desta).
Normas processuais
Todas as normas de direito processual são de ordem pública, pois destinam-se à regulamentação da prestação jurisdicional do Estado.
Procedimento
Assim, é uma sucessão de atos coordenados a partir da iniciativa da parte e direcionada a um provimento. É o modo como os atos processuais se manifestam e desenvolvem para revelar o processo.
"Procedimento é o modus operandi do processo". (Carreira Alvim)
Espécies de procedimento
A natureza do conflito de interesse a ser solucionado é que define a espécie de procedimento. Pode ser comum ou especial.
Procedimento especial: é aquele disciplinado pela lei. Ex: mandado de injunção, habeas data, ação civil pública.
Procedimento comum: é aquele que não há procedimento especial previsto em lei para que seja solucionado o conflito.
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
Art. 272. Parágrafo único: O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se pelas disposições que lhe são próprias, aplicando-se subsidiariamente, as disposições gerais do procedimento ordinário.
Procedimento comum ordinário: é sempre residual ou seja, se não for especial ou comum sumário, será ordinário.
Procedimento sumário: O procedimento sumário é aquele que concentra a prática de determinados atos em uma mesma fase. – Art. 275 CPC/73.
Art. 280: No procedimento sumario não são admissíveis a ação declaratória incidental e a intervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro.
Fases do procedimento comum – CPC/2015
O procedimento comum no novo CPC, é constituído de 4 fases, dentro das quais, são praticados os atos respectivos a cada fase.
O legislador pretendeu criar um procedimento comum mais célere que o ordinário para causas que ele entendeu menos complexa, não eliminando os atos próprios de cada fase, mas condensando em momentos únicos de forma a acelerar o procedimento comum.
A vigência do CPC/2015 revoga o código de 73, mas os processos pendentes que adotaram o procedimento comum sumário e não tiveram sentença prolatada, que tenham regras revogadas, continuaram a serem aplicadas no novo código.
Postulatória: PROVIDENCIAS PRELIMINARES à corresponde a petição inicial; a citação do réu e a resposta deste, que pode consistir em contestação, exceção ou reconvenção (art. 297). A reconvenção é uma espécie de “contra – ataque”, onde o réu reage ao ataque do autor no mesmo processo em questão conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa (art. 315, CPC).. Normalmente, o juiz decide nesta fase as provas a produzir, determina exame pericial, caso pedido, e designa audiência de instrução e julgamento.
Saneadora: DESTINADA A VERIFICAR A REGULARIDADE DO PROCESSOà O juiz exerce durante o processo atividades de saneamento visando sempre a regularidade do processo. Busca-se deixa – lo em ordem com fins de proferir a sentença (art. 331, § 2º., CPC).
- Instrutórias: COLETA DO MATERIAL PROBATÓRIO à Coleta das provas, embora as partes já tenham feito a disposição de provas desde o início do processo, quando de suas primeiras manifestações. Compete à parte instruir a petição inicial, ou a resposta, com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. Nesta fase, normalmente, são colhidas as provas orais e periciais. Havendo revelia (se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor) e produzindo-se o efeitos, ou sendo a questão meramente de direito e não havendo a necessidade de novas provas, esta fase é eliminada. Ocorrerá então o julgamento antecipado da lide.
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.
- Decisória: PROLAÇÃO DA SENTENÇA DE MÉRITO à após a instrução do processo (coleta de provas) e das alegações finais (art. 454). É o momento no qual o juiz prolata a sentença de mérito. A sentença deve ser proferida na própria audiência ou nos dez dias posteriores (art. 456- Encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 10 dias). A sentença só adquire valor definitivo quando publicada, isto é, quando de sua integração ao processo.
Art . 281: Findos a instrução e os debates orais, o juiz proferirá sentença na própria audiência ou no prazo de 10 dias.
Para descobrir qual é o procedimento:
Primeiramente, distinguir se é rito comum ou especial. Se não tiver lei especial, será rito processual comum. Após essa verificação, se for considerado rito comum, é necessário distinguir se é rito comum sumário ou rito comum ordinário, verificando o artigo 275 do CPC/73. Se não se enquadrar em nenhuma hipótese do artigo 275, será rito Ordinário.
(Obs:. Verificar no CPC/73 pois no CPC/2015 o procedimento comum sumário foi extinto).
Será distinguido em procedimento comum sumário ou ordinário lendo o artigo 275 do CPC/73:
Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário:
I - nas causas, cujo valor não exceder 20 (vinte) vezes o maior salário mínimo vigente no País;
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo;
II - nas causas, qualquer que seja o valor
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução;
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial
g) nos demais casos previstos em lei.
g) que versem sobre revogação de doação;
h) nos demais casos previstos em lei.
Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado e à capacidade das pessoas.
Ex. Revisional de clausula processual – Após verificado no código de processo civil, é verificado que não há lei especial, será procedimento comum. Sendo procedimento comum, é necessário em segundo lugar, no código de 73, se seguirá o rito sumário comum ou rito ordinário comum. Se não ter rito sumário, será ordinário.
Pressupostos processuais
Se dividem em:
1. Pressupostos de existência
a-) Subjetivos:
juiz: órgão investido de jurisdição
parte: capacidade de ser parte
b-) Objetivos: existência da demanda
2. Requisitos e validade
a-) Subjetivos
Juiz: competência e imparcialidade
parte: capacidade processual, capacidade postulatoria e legitimidade ad causam
b-) Objetivos
Intrísecos: respeito ao formalismo processual
Extrínsecos:
negativos: inexistência de perempção, litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem.
Positivos: interesse de agir.
Ação
Direito de ação é direito fundamental, configura como poder de acessar os tribunaise exigir deles uma tutela jurisdicional adequada, tempestiva e efetiva. O critério de diferenciação das ações se dá pela pretensão deduzida em juízo e não pelo resultado que se espera.
O processo civil se divide em três principais vertentes:
Ação de Conhecimento: Etapa em que se discute o direito de cada um dos litigantes, e termina com a decisão do juiz, é conhecida como Processo de Conhecimento. Pode ser meramente declaratória, constitutiva ou condenatória. Tem-se a certificação de um direito.
Tutela cognitiva: A tutela cognitiva, que provoca a instauração de um processo de conhecimento, é quando o individuo afirma que é titular de um direito ameaçado, portanto, precisa que o Estado juiz certifique que ele é titular daquele direito, é preciso de uma tutela jurisdicional cognitiva. Se a tutela depende dessa atuação do Estado juiz, é uma tutela cognitiva, portanto será um processo de conhecimento.
Declaratória: ação que confirma ou não a existência de uma certa relação jurídica. A declaratória negativa declara a não existência da relação jurídica, a positiva busca a declaração de existência da mesma.
Constitutiva: ação que busca a exceção, modificação ou extinção de uma certa relação jurídica.
Condenatória: a pretensão é de imposição de uma obrigação à parte contrária.
Ação de Execução: pedido que visa fazer valer um direito já reconhecido por meio de título extrajudicial. Efetivação de um direito.
Com a reforma do CPC pela Lei 11.232 de 22 de dezembro de 2005, só há ação de execução de títulos extrajudiciais. Já não busca o reconhecimento do direito, mas sim a realização deste.
Ação Cautelar: pedido de providências urgentes antes ou durante a tramitação do Processo de Conhecimento ou de execução. Proteger a efetivação de um direito.
"a medida cautelar não tem por função proteger a jurisdição ordinária, mas ao contrário, sua missão é dar proteção a um direito da parte, enquanto perdurar um estágio perigoso que o provocou." - Ovídio A. Baptista da Silva.
* Obs:. No CPC/15 a ação cautelar foi extinta. O procedimento cautelar não é mais subsidiário visto que o pedido de medida cautelar será formulado no mesmo processo principal. Não há mais o processo cautelar subsidiário.
Tutela cautelatória: Obtida a tutela cautelatória, o autor tem no prazo de 30 dias, propor uma nova ação para conseguir alcançar o pedido. Nos termos do artigo 300 a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (Os referidos requisitos são o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora” dos provimentos cautelares).
* Obs: Tutela cautelatória e tutela antecipada:
Art. 273: O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação.
o novo CPC adota um sistema muito mais simples. Ele unifica o regime, estabelecendo os mesmos requisitos para a concessão da tutela cautelar e da tutela satisfativa (probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). Ou seja, ainda que permaneça a distinção entre as tutelas, na prática os pressupostos serão iguais. Com efeito, o parágrafo único do art. 294 deixa claro que a tutela de urgência é gênero, o qual inclui as duas espécies (tutela cautelar e tutela antecipada). Já o art. 300 estabelece as mesmas exigênciaspara autorizar a concessão de ambas.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1oPara a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão
Elementos da ação
São eles: causa de pedir e pedido, partes. (obs:. Pedidos e causa de pedir ver em baixo nos requisitos da PI).
Partes: Tanto será o autor como o réu, são os sujeitos da demanda. Precisam ter legitimidade (condição da ação para configurar como polo passivo e ativo. O sujeito subordinante tem legitimidade para configurar como polo ativo, o sujeito subordinado, que resistiu, como polo passivo).
A parte autora pode ter legitimidade ordinária (quando o sujeito que demanda é o próprio sujeito da relação jurídica material, a legitimidade é ordinária) e extraordinária (quando sujeito na demanda defende não interesse próprio, mas alheio).
Obs: terceiros, não são considerados sujeitos da demanda, mas são considerados parte.
Qualquer pessoa pode ser parte, já que a capacidade de ser parte é a capacidade de ser sujeito da relação jurídica processual. Nem todas, porém, têm capacidade processual. A capacidade processual, só as pessoas que estão no exercício de seus direitos tem.
Parte processual é aquela que está em uma relação jurídica processual, faz parte do contraditório, assumindo qualquer uma das situações jurídicas processuais, atuando com parcialidade e podendo sofrer alguma consequência com a decisão.
Pedido: O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada ao Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
Doutrinariamente o pedido é divido em dois:
· Pedido Imediato: É o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional.
· Pedido Mediato: É o objeto da ação propriamente dito, o desejo do autor contra o réu, o desejo de submissão do réu a pretensão jurídico levada ao judiciário, ou seja, o desejo sobre o bem jurídico pretendido.
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
Os juros legais compreendidos no principal já estavam previstos no código de 73. O legislador de 2015 acrescentou a correção monetária e as verbas de sucumbências, inclusive honorários advocatícios.
A correção monetária envolve mera reposição do valor intrínseco da moeda. Considerando o período do vencimento e o efetivo pagamento.
A verba sucumbêncial decorre da norma. Como regra os honorários pertencem ao advogado.
O juiz ao sentenciar deixará claro que o réu deverá pagar a dívida devidamente corrigida de juros e fixará os honorários de sucumbência. Se não constar a condenação, está compreendido, ou seja, se não tiver expresso, está imbutido.
Na hora do cumprimento da sentença, o vencedor irá incluir no cálculo, os juros, as despesas que teve e deve deixar expresso quanto serão os honorários de sucumbência. Em regra o juiz deixará tudo claro. Caso não deixar, caberá ED para o juiz fixar os honorários de sucumbência.
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
O CPC/2015 teve a observância de destacar os princípios processuais. Ou seja, o pedido deve ser formulado com lealdade, apreciado a luz da conduta ética. Quando no parágrafo supra é dito “conjunto de postulação”, o legislador teve uma preocupação de evitar a discussão acerca do pedido determinado ou não.
O conjunto de postulação envolve não só o que é extraído do corpo da petição mas pedidos que eventualmente se contradizem, ou seja, se ele foi dúbio (for controverso), deverá ter uma interpretação do que realmente foi pedido.
O pedido implícito é exceção a regra, visto que a regra é o pedido certo. Temos entretanto, normas do Art. 323 que admitem o pedido implícito.
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido(SERÃO CONSIDERADAS IMPLICITAMENTE), independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
O pedido precisa ser certo e determinado. O autor tem que declarar na P. I qual é o pedido mediato que ele formula expressamente, e qual o pedido imediato, ou seja, qual é o provimento que ele quer alcançar para obter o bem da vida. O pedido certo abrange tanto o pedido mediato quanto o imediato.
Dizer que o pedido precisa ser determinado é delimitar a sua quantidade e qualidade. É preciso dizer claramente o que se quer alcançar no que se refere à qualidade e quantidade, para que o pedido não seja genérico e o juiz consiga compreender o limite da sua decisão, além da garantia do contraditório do réu. Com esse princípio, o réu consegue saber o que ele precisa impugnar.
O pedido certo quanto o determinado, são regra geral, mas comportam exceções.
Art. 324
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
É possível reclamar uma universalidade de direito ou de fato, sem que no momento da propositura da ação, se conheça exatamente os bens que compõem aquela universalidade.
Ex: Propor ação para reclamar herança. Configura-se como um pedido genérico, pois é desconhecido pelo autor quais são os bens que compõem a herança, quantos são imóveis, se há veículos, portanto, é formulado um pedido genérico, reclamando a universalidade, qual seja, o direito à herança (como um todo).
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
Ex: Uma pessoa atravessa a rua e é atropelada. Pelo atropelamento, ela fica machucada e precisa fazer um tratamento, que gastou 30 mil reais. Tem-se uma ação indenizatória pela vítima, pois nasceu uma relação jurídica material, envolvendo vitima e vitimador. A vítima, portanto, irá propor ação de 30 mil reais (o que gastou com o tratamento até o momento) somado 10 mil reais por danos morais. A vítima, entrentanto, não sabe quanto sairá seu tratamento inteiro, pois não sabe as consequências exatas do fato, ou seja, se seu quadro pode piorar ou não. Visto isso, a vítima faz pedido determinado em relação ao que gastou e em relação com o que irá gastar, faz pedido indeterminado, genérico, pois não sabe mensurar as consequências advindas daquele fato, pois continua em tratamento.
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
O autor afirma ser credor do réu, mas ele não pode formular o pedido determinado, ou seja, determinar o valor do seu crédito. Para isso, ele depende do ato do próprio réu.
Obrigações controvertidas definidas/ valor incontroverso: proposta a demanda que tenha por objeto a discussão da dívida oriunda de empréstimo, financiamento ou alienação de bens, cabe ao autor identificar precisamente qual o valor que pretende controverter (quer impugnar) e qual é a parcela incontroversa (que não se pode contestar). Ou seja, não basta o pedido de revisão da dívida, é preciso especificar o que se discute. Não discriminado o valor, cabe ao juiz determinar a intimação do autor, para que emende na PI, não retificado o defeito, a PI há de ser indeferida, por inépcia.
Pedido alternativo:
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Quando o legislador fala em pedido alternativo, não quer dizer que haja dois pedidos. O autor formula um único pedido, que pode ser atendido mediante prestações diversas, a escolha do devedor, ou seja, pode cumprir a prestações de mais de um modo. O juiz deverá assegurar o réu o direito a escolha, mesmo se na PI não esteja expresso o pedido alternativo.
Pedido em ordem sucessiva/subsidiário
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Nessa hipótese sim existe mais de um pedido. O autor formula mais de um pedido, porém, não são cumulativos, ou seja não se somam. O que o autor faz é indicar um pedido principal que se não for acolhido, subsidiariamente, formulará outro. Existe uma ordem de preferência.
Pedido cumulados:
Tem-se soma de pedidos, o autor quer o provimento de todos. O juiz por sua vez, pode acolher os dois pedidos, apenas um deles, negar os dois ou aceitar parcialmente um deles, um para dano moral e outro para dano material.
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1oSão requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
A petição será inepta quando os pedidos forem incompatíveis entre si.
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
O juízo para todos os pedidos devem ser o mesmo.
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2oQuando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
O fato de o autor abrir Mao do procedimento especial para viabilizar a cumulação adotando o procedimento comum, não impede que o juiz possa praticar os atos técnicos do procedimento especial que não foi adotado.
Por ex: Quero cumular pedidos de integração de posse, que envolve procedimento especial (ações possesórias). No procedimento tem audiência de justificação, para ouvir o autor para conceder a liminar ou não. O autor para poder cumular, abre Mao do procedimento especial para cumular no comum. O legislador diz que a audiência não será prejudicada, pois não conflita com o procedimento comum. O que significa que so será possível cumular pedidos abrindo Mao do procedimento especial, se o procedimento comum não conflitar com o procedimento especial, precisa poder haver uma adequação. Ex: prestação de contas, é procedimento especial tão especifico que não da para adequar ao procedimento comum.
Outro cuidado, eu não posso cumular pedidos, envolvendo o pedido imediato, se não for possível o procedimento comum.
§ 3oO inciso I do § 1onão se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326
Cumulação simples
1. Sucessiva: Para acolhimento do segundo pedido, melhor que ocorra o acolhimento do primeiro.
2. Identificada na causa de pedir: o autor pode formular 2 pedidos cumulados que convergem para o mesmo provimento.
3. Superviniente: se dá quando os pedidos são formulados em momentos processuais diversos.
Pedido cominatório: envolve uma pena para aquele não cumpre. É aquele pedido que o autor quer que o juízo exija uma conduta do réu, sob pena de multa. O código de 2015 extinguiu essa temática sob titulo de pedido.
Principio da estabilização do processo
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
A um momento que o processo precisa ser estabilizado, por que a fase seguinte será acolhida de provas (fase instrutória) ou uma decisãode mérito (fase decisória), julgado o conflito. O artigo diz que o autor poderá alterar o pedido ou a causa de pedir, aditando a petição inicial, independentemente do consentimento do réu se ainda não citado. Se o réu já estiver sido citado, poderá o autor alterar a causa de pedir ou pedido, mas com consentimento do réu. Se houver o saneamento do processo não poderá haver mudança, o processo está regular, começará a colher provas. Se o legislador admitisse depois do saneamento a mudança, toda prova poderá ser desperdiçada. O legislador no código 2015 deixa expresso o direito ao contraditório. Se o autor altera o pedido ou causa de pedir, o réu tem direito de se manifestar do que foi alterado. Para alguns doutrinadores, não há necessidade do consentimento do réu se ele embora citado, não tiver ainda apresentado contestação, pois como ele toma ciência antes. O réu é reveu quando não apresenta contestação.
Prestações indivisíveis
Aquele credor que teve a incitativa de demandar formulará o pedido do todo, mas terá direito à sua cota parte do crédito, ficando autorizado aos credores que não demandaram a levantar cada um sua cota parte deduzidas as despesas tidas pelo credor que demandou. Se a demandar for de bem indivisível, o demandante poderá a seu critério ficar com todo, ressarcindo a cota parte de cada um.
Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
Condições da ação – analisadas pelo juízo de admissibilidade
Legitimidade – Ativa (Ordinária ou extraodinária)
- Passiva
Interesse processual: atrelado a necessidade e a adequação.
Necessidade é quando está presente o interesse secundário (Estado tutelando o interesse primário). Ex: Pagamento. Quando A não paga B, surge o interesse secundário, que esta atrelado a necessidade de ver o Estado agir na sua função jurisdicional, para ver esse conflito resolvido.
Adequação: Necessidade da aprovação do Estado, que tem um interesse inútil, ou seja atividade do Estado desnecessária, o direito poderia ser concedido diretamente.
Possibilidade jurídica do pedido: Eu não posso pedir algo que o ordenamento jurídico não tutela, por exemplo, reclamar herança de pessoa viva, visto que só posso reclamar herança de pessoa morta. Ex 2. Cobrar dinheiro de jogo de azar. Será considerada sentença de mérito.
Sentença terminativa – coisa julgada formal, mas, não material porque não julgou o mérito.
Sentença definitiva – transitada em julgada, resultada em coisa julgada formal, por que o ato se torna imutável no processo, resulta em resolução definitiva, com julgamento do mérito.
 Formação do processo e petição inicial
O processo nasce com a propositura da demanda. A demanda considera-se proposta na data em que a petição inicial foi protocolada.
A petição inicial deverá vir acompanhada de procuração, que conterá o endereço do advogado, eletrônico e não eletrônico.
Exceção não apresentar procuração: Art. 104 CPC: salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente; a parte estiver representada pela defensoria pública.
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
A partir desta data, do protocolo da petição inicial, surge a litispendência (a pendência da causa): o processo existe e, para o autor, todos os efeitos daí decorrentes se produzem. Para o réu, no entanto, a litispendência somente produz efeitos a partir de sua citação.
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
2. Petição inicial e demanda
A petição inicial não é a demanda. A demanda é um ato jurídico que requer forma especial. A petição inicial é a forma da demanda, o seu instrumento, a demanda é o conteúdo da petição inicial.
3. Requisitos da petição inicial
A petição inicial precisa atender obrigatoriamente alguns requisitos para que seja apta (ao contrário será inepta). É necessário que o autor observe os requisitos impostos na lei processual. Os requisitos devem estar presentes.
Requisitos Art. S 319 e 320 + 106 CPC/2015
CPC/73 – arts. 282 e 283 + 39
Forma: A postulação inicial como regra deve ser escrita, datada e assinada.
Assinatura de quem possua capacidade postulatória: Essa assinatura deve vir de quem tem capacidade postulatória, normalmente o advogado regularmente inscrito na OAB, o defensor público e membro do MP.
*Obs:. Há algumas hipóteses em que o leigo tem capacidade postulatória: habeas corpus, juizados especiais cíveis na primeira instancia cujas causas não excedam 20 salários mínimos.
Indicação do juízo a que é dirigida a demanda: O autor tem de indicar o juízo (singular ou colegiado) perante o qual formula a sua pretensão, observando as regras de competência.
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
Ex: Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 12ª Vara Cível do Foro da Comarca de Penápolis, SP.
Se houver erro no endereçamento haverá redistribuição da ação, entretanto, o endereçamento incorreto não afasta os efeitos da citação válida.
Qualificação das partes: o demandante apresentará qualificação das partes, dele próprio e do réu.
O objetivo da qualificação das partes é individualizar o sujeito por meio da sua qualificação.
Art. 319: II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
àÉ importante falar o estado civil por que, nos exemplos de ação cuja controvérsia é de direito real imobiliário, é preciso ter a aceitação do cônjuge.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
Se não tem todos os dados completos e for imprescindível como nome, sobrenome, CPF; deve-se requerer a diligencia ao juiz já na petição inicial (princípio da cooperação). Se a informação não for relevante como endereço eletrônico ou profissão, nesses casos, importa apenas, por exemplo, avaliar um pedido de justiça gratuita. A falta dessas informações não levará ao indeferimento da petição inicial se for possível a citação do réu.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso á justiça
Não se pode impedir o acesso a justiça se a exigência desse requisito for impossível ao autor. Se essa situação ficar retratada na petição inicial, não será causa de indeferimento e serão tomadas as providencias para ter essas informações.
Causa de pedir: o fato e o fundamento jurídico do pedido
Deve também a P. I conter a exposição dos fatos e dos fundamentos jurídicos do pedido, que formam a denominada causa de pedir.
A causa de pedir nada mais é do que a situação fática que traz consequências jurídicas, através de um ordenamento jurídico, que autoriza pedir provimento jurisdicional. Não se rompe a inércia de jurisdição sem causa de pedir.
Tem assim, o autor de, em sua P. I expor todo o quadro fático necessário à obtenção do efeito jurídico perseguido, bem como demonstrar como os fatos narrados autorizam a produção desse mesmo efeito, ou seja, deverá o autor demonstrar a incidência da hipótese normativa no suporte fático concreto.
O CPC adotou a chamada teoria da substancialização da causa de pedir, segundo o qual se exige do demandante indicar, na P. I, qualo fato jurídico que lhe deu causa e qual a relação jurídica dele decorrente.
Com isso, a pluralidade de fatos jurídicos implicará a pluralidade de demandas.
Causa de pedir composta: diz-se composta a causa de pedir na hipótese em que corresponde a uma pluralidade de fatos individuadores de uma única pretensão.
Causa de pedir remota: situação conflituosa consistiu um fato, com consequências no ord. Jurídico, que resulta ver um direito satisfeito.
Causa próxima: é o fundamento jurídico que autoriza buscar a tutela jurisdicional.
É trazido o fato, que é a causa de pedir remota, e o fundamento jurídico, que a causa de pedir próxima, com base no qual, ele afirma consequências jurídicas que dão lastro ao pedido.
O juiz está limitado na sua decisão, aos fatos jurídicos alegados e ao pedido formulado, não está, entretanto, ao dispositivo legal invocado pelo demandante, pois é sua tarefa verificar se houve subsunção do fato à norma, ou seja, verificar se houve incidência.
Pedido com suas especificações: Não há causa de pedir sem pedidos, como mero desabafo. O pedido é formulado conexo a causa de pedir. Petição sem pedido é petição inepta, a ensejar o seu indeferimento.
Atribuição e valor à causa: Em toda P. I deve constar o valor da causa, visto que não há causa sem valor. O valor da causa é base para as custas processuais e competências.
Há situações que a lei estabelece um parâmetro, um critério para estabelecer o valor da causa. Se a lei não trazer, cabe ao autor ou ao juízo estimar um valor, analisando a causa de pedir e o pedido.
Se o advogado não regularizar de modo satisfatório e houve iniciativa, ou seja, atribuiu valor errado, o juiz pode devolver ao advogado para ele arrumar o valor.
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção (ação do réu contra o autor) e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
O autor visa receber o crédito, tendo o valor principal acrescido de juros e demais penalidades. A multa incide sobre o valor corrigido. Ex: tem-se o valor principal, há correção monetária e sobre esse valor corrigido incide a multa.
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
A regra é que o valor do contrato ou valor econômico corresponde a parte controvertida. Não se discute o valor da clausula toda, mas só o que esta em questão de discussão, ou seja, a parte controvertida.
Resolução: inadimplemento.
Resilição: ligada a falta de interesse de ambas as partes ou de ambas a continuarem com o contrato. Elas fazem um distrato, portanto, nenhuma delas inadimpliu alguma coisa. Pode ocorrer por inciativa de apenas uma parte, podendo gerar conflito.
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
Busca condenação daquele que tem o dever de prestar alimentos. Esse critério serve não so para alimentos mas também para desoneração.
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
No código de 73, a regra é o lançamento fiscal, o valor que se atribui a causa. No código de 2015, adota-se a avaliação, o que pode gerar uma certa dificuldade.
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
O legislador de 2015 incluiu a fundada em dano moral. O pedido precisa ser determinado, precisa ser estimado um valor de dano moral.
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
Subsidiário: quando houver uma ordem de preferência, quando meu pedido não for atendido, tem-se o subsidiário. O valor da causa é o valor do pedido principal.
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
A impugnação do valor da causa será feita em preliminar de constatação. Na própria peça o réu impugna o valor da causa, desaparece o incidente do valor da causa, que era presente no código de 73.
Indicação dos meios de prova com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados: O autor indicará quais os meios de prova de que se irá valer para comprovar as suas alegações, desde logo.
Opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação:
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
CPC/73: A audiência de conciliação ou mediação era feita com antecedência mínima de 30 dias igualmente no CPC/15, mas o réu era citado com antecedência mínima de 10 dias.
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
A PI é recebida pelo juiz e ele a tem como apta. Em seguida é preciso saber se será caso ou não de improcedência liminar (casos em que se despensa provas, decisões que contrariem sumulas do STJ e STF), onde não haverá a citação do réu, o juiz proferirá sentença de mérito, julgando totalmente improcedente o pedido do autor.
Nesse sentido, para que o juiz designe a audiência de conciliação ou mediação, é precsio ter descartado a possibilidade de improcedência liminar.
O autor tem de se manifestar a sua opção pela realização ou não de audiência preliminar de conciliação ou mediação. É um requisito novo no CPC/15, sendo que no CPC/73, o art. 282, inciso VII “o requerimento para citação do réu”, foi eliminado.
Como também, é eliminado no CPC/15 a audiência preliminar, que tinha como objetivo no CPC/73 a tentativa de conciliação.
Se o autor e o réu manifestarem expressamente a vontade de não resolverem o litígio por autocomposição, a audiência não ocorrerá.
§ 4o A audiêncianão será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
Portanto, se o autor nada falar na petição inicial, será tacito interesse.
Documentos indispensáveis à propositura da demanda:
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações.
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5o.
Art. 436. A parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá:
I - impugnar a admissibilidade da prova documental;
II - impugnar sua autenticidade;
III - suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsidade;
IV - manifestar-se sobre seu conteúdo.
Art. 437. O réu manifestar-se-á na contestação sobre os documentos anexados à inicial, e o autor manifestar-se-á na réplica sobre os documentos anexados à contestação.
§ 1o Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas no art. 436.
§ 2o Poderá o juiz, a requerimento da parte, dilatar o prazo para manifestação sobre a prova documental produzida, levando em consideração a quantidade e a complexidade da documentação.
4. Emenda da petição inicial
Se a P. I estiver irregular, por lhe faltar algum dos seus requisitos, deve o magistrado intimar o autor para corrigi-la, emendando ou complementando-a.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
CPC/73: dava o prazo de 10 dias e não 15 como o CPC de 2015. Além do aumento do prazo, exige ao juiz o dever de dizer precisamente o que deve ser emendado ou complementado.
Se a primeira correção não foi satisfatória, permite-se uma nova determinação de emenda. Mesmo que efetuada a emenda após o prazo concedido, não justifica o indeferimento.
Sempre que o defeito for sanável deve o magistrado determinar a emenda, visto que não é permitido indeferir a inicial sem que ter concedido ao autor a possibilidade de correção.
Não é sanável por exemplo, a falta de interesse de agir, mas é sanável, por exemplo, a ausência de juntada da tradução de um documento em língua estrangeira.
É possível ainda emenda da inicial após a contestação, desde que não enseje modificação do pedido ou causa de pedir sem o consentimento do réu.
5. Indeferimento da petição inicial
O indeferimento da P. I é decisão judicial que obsta liminarmente o prosseguimento da causa, pois não se admite o processamento da demanda. O indeferimento é uma hipótese especial de extinção do processo por falta de um “pressuposto processual”.
O indeferimento da P. I somente ocorre no inicio do processo: só há indeferimento liminar antes da ouvida do réu. Após a citação, o juiz não mais poderá indeferir a P. I.
A inépcia por ex, pode ser reconhecida a qualquer tempo, mesmo após a contestação, mas, nesse caso, não implicará indeferimento da P. I, e sim, extinção do processo sem análise do mérito.
A P. I somente será indeferida se não houver possibilidade de correção ao vício, ou se houver, tiver sido conferida oportunidade para que o autor a emende e este não tenha atendido satisfatoriamente á determinação.
A questão de indeferimento da P. I é um dos casos e invalidade, limitando-se a reconhecer a validade de sua apreciação, não se resolve o mérito da causa.
O indeferimento da PI pode tanto ocorrer em juízo singular como em tribunal. (relator ou por um acórdão)
Com base nisso, pode-se estabelecer o sistema recursal da decisão que indefere a PI
A. Indeferimento parcial por juízo singular (decisão interlocutória): recurso – agravo de instrumento.
B. Indeferimento total feito por juízo singular (sentença): apelação
Art. 331: Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se.
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
à O artigo 331 CPC afirma que havendo apelação contra sentença (o autor te 15 dias para apelar), que indefere a petição inicial, poderá o juiz no prazo de 5 dias, rever a sua decisão e modificá-la, em juízo de retratação. Se não houver retratação, o juiz determinará a citação do réu para responder o recurso, no prazo de 15 dias. O prazo de contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos. Não interposta apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
Citação: da-se ciência da existência da demanda, cuja relação processual não foi extinta, subsiste, pois não transitou em julgado a sentença. Será citado para integrar essa relação.
Intimação: quando o trânsito em julgado ocorre, a relação jurídica processual acabou, portanto não tem relação jurídica para o réu integrar, portanto, será intimado que houve uma demanda.
OBS:. No código de 73 o juiz tinha 48 horas para poder retratar-se. No código de 2015, o juiz tem 5 dias.
Trata-se de regra especial, pois confere ao magistrado a possibilidade de mudar a sua decisão após ter encerrado o seu ofício jurisdicional com a prolação da sentença (expeciona o artigo 494CPC)
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;
II - por meio de embargos de declaração.
Essa exceção somente incide quando houver verdadeiro indeferimento total da PI por juízo singular, nos demais casos, é vedado ao juiz proferir juízo de retratação, somente podendo alterar a sentença para corrigir erros materiais ou por meio de ED. (Nelson Nery).
O juiz não tem competência para proceder ao juízo de admissibilidade da apelação, é função exclusiva do tribunal.
C. Indeferimento total feito por decisão do relator: agravo interno
D. Indeferimento total ou parcial feito por acórdão: RE ou RESP.
Hipóteses de indeferimento
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
Sem pedido ou causa de pedir, será impossível ao órgão jurisdicional saber os limites da demanda, e por consequência os limites da sua atuação.
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
O pedido tem que ser determinado, salvo em algumas situações excepcionais.
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
Situações onde o autor narra fatos que não guardam qualquer lógica com a causa de pedir.
A PI tem de ser coerente. Se o pedido não resulta logicamente da causade pedir, há contradição, hipótese se inépcia. Ex: autor pede invalidação de negocio em razão de inadimplemento. Inadimplemento não é causa de invalidade, mas de resolução.
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
Um pedido aniquila o outro. A compatibilidade de pedidos é requisitos para que se possa cumular. O juiz precisa primeiramente dar a oportunidade para o autor corrigir a PI, visto que é um vício sanável.
II - a parte for manifestamente ilegítima;
Parte legítima é aquela que tem autorização para estar em juízo, discutindo determinada situação jurídica; parte ilegítima é o sujeito que, não obstante esteja em juízo, não tem autorização para tanto.
Legitimidade ad causam é hipótese de requisito de admissibilidade subjetivo relacionado ás partes. Para que o autor tenha legitimidade para demandar ele precisa ser sujeito da relação jurídica conflituosa. Ter capacidade de conduzir o processo.
Principais aspectos: a-) trata-se de uma situação jurídica regulada pela lei.
b-) é qualidade jurídica que se refere ambas as partes do processo (autor e réu).
c-) toda legitimidade baseia-se em regras de direito material.
Classificação: a legitimação ad causam é a que divide em:
Legitimação ordinária: legitimado ordinário é aquele que defende em juízo interesse próprio.
Legitimação extraordinária: legitimado extraordinário é aquele que defende em nome próprio interesse de outro sujeito de direito. O legitimado extraordinário atua no processo na qualidade de parte, e não de representante, ficando em razão disso, ao regime jurídico da parte.
III - o autor carecer de interesse processual;
Interesse de agir é requisito objetivo extrínseco positivo. O interesse advém quando o sujeito tem seu direito violado ou ameaçado, portanto, passa a ter interesse na solução do conflito, “quebrando” a jurisdição.
Obs:. O artigo 17 do CPC/15 inova: “´para postular em juízo é necessário ter interesse e legitmidade”. No CPC/73 era: “Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade”. A mudança é sutil mas considerável. Interesse e legitimidade são exigidos para qualquer postulação em juízo, não apenas a demanda ou a contestação.
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
O artigo 106, I CPC determina que se indique na PI o endereço em que o advogado receberá as intimações, numero da OAB e a sociedade de advogados da qual participa. Se não suprida a omissão no prazo de 5 dias, a pet. Será indeferida.
O artigo 321 é regra geral que autoriza o juiz a determinar a emenda da PI para correção de vícios sanável. A PI será indeferida se o autor intimado para regularizá-la, não o fizer no prazo de 15 dias.
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
Assim, proposta a demanda que tenha por objeto a discussão da dívida oriunda de empréstimo, financiamento ou alienação de bens, cabe ao autor identificar precisamente qual o valor que pretende controverter e qual é a parcela incontroversa. Ou seja, não basta o pedido de revisão da dívida, é preciso especificar o que se discute. Não discriminado o valor, cabe ao juiz determinar a intimação do autor, para que emende na PI, não retificado o defeito, a PI há de ser indeferida, por inépcia.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no e no modo contratados
Ou seja, cabe ao autor-devedor continuar pagando o valor incontroverso. Não adimplida a parcela controversa há mora se não houver decisão judicial provisória em sentido contrario (tutela antecipada).
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
Toda decisão que julgar a impossibilidade jurídica do pedido será decisão de mérito, antigamente era requisito para indeferimento da inicial.
Quando o juiz reconhece a decadência e a prescrição, a sentença será de mérito. Hoje no artigo 330 nos so temos hipóteses que levam a uma sentença terminativa, não mais definitiva. Prescrição e decadência agora resultará na improcedência liminar da petição inicial.
6. Improcedencia liminar
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
OBS:. Na retratação do artigo 331, se NÃO houver retratação, o reu será citado para responder ao recurso. Enquanto no artigo supra, será citado se HOUVER retratação.
Essa improcedência liminar que dispensa citação do réu, permitindo que o juiz de uma sentença de mérito, sem citar o réu, só é permitido quando em matéria dispensar fase instrutória (fase que apura o conteúdo probatorio) ou contrair sumulas de acordo com o STJ ou STJ em ações repetitivas, quer dizer, desde que se ache precedentes que contrariem o pedido do autor.
 Citação
Citação é ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, com exceção quando se tem o indeferimento da PI e improcedência liminar do pedido.
A citação é um ato indispensável, de modo que o processo só é valido se houver citação com observância nos termos da lei. Só não haverá citação em casos expressos pela lei, em que o juiz pode dispensar a citação, a fora isso, ela precisa ocorrer necessariamente.
Art. 239 § 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
O réu pode comparecer espontaneamente para integrar a relação processual, o que dispensa o ato citatório, diante do comparecimento voluntário. Tem-se a nulidade do ato citatório pois não observou a forma. Se não for acolhida nulidade, o réu será declarado revel no processo de conhecimento, e se for de execução terá andamento normal.
A nulidade tem por objetivo afastar qualquer intempestividade, ou seja, quando já decorrido o prazo.
§ 2o Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I - conhecimento, o réu será considerado revel;
Revel: quando o réu nãoresponde a ação quando devidamente citado.
Como a alegação de nulidade foi rejeitada, ele é tido como revel. O juiz pode determinar o desentranhamento (retirar dos autos a peça por que é intempestiva) da contestação e documentos.
II - execução, o feito terá seguimento
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência (quer dizer, efetivada a citação valida, o réu tem ciência inequívoca da demanda, portanto, qualquer outra demanda em curso leva a listipendencia), torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1o.
§ 3o A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4o O efeito retroativo a que se refere o § 1o aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei.
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
A regra é que a citação será pessoal, mas poderá ser feita em representante ou procurador. A regra é a citação pessoal, mas pode ser ela realizada na pessoa do mandatário ou do administrador, sem que isso torne a citação irregular. O legislador traz uma regra especial para o caso do locador que se ausenta do Brasil.
Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o interessado.
Um militar será citado na unidade que estiver exercendo a função, se o endereço residencial for desconhecido.
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV - de doente, enquanto grave o seu estado.
Impedem a realização do ato citatório: culto religioso, no caso de casamento, nos 3 dias seguintes e no caso de falecimento de parente, ou cônjuge ou convivente até 2º grau em linha reta ou colateral no dia do falecimento ou nos 7 dias seguintes.
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Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de recebê-la.
§ 1o O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência.
§ 2o Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2o se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste.
§ 4o Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
§ 5o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando.
Trata da citação de incapaz ou pessoa impossibilitada de recebe-la, incapacidade mental. Se for constata a deficiência mental, o juiz nomeara um perito médico para atestar essa sua doença de impossibilidade de receber citação e apresentará laudo no prazo de 5 dias. Atestada essa impossibilidade, será nomeado um curador especial para atuar em seu nome naquele processo.
No CPC/2015, permite que se apresente um atestado médico que declare essa doença mental, o que facilita muito mais o procedimento da citação por que dispensa a nomeação de perito.
Art. 246. A citação será feita:
I - pelo correio;
à É a regra, citação postal.
Exceto: for incapaz, pessoa jurídica de direito público, residir em local não atendido pelo correio, se o autor, justificadamente, requerer a citação de outra forma.
II - por oficial de justiça;
àPessoal. Ela pode se dar de uma forma segura ou por uma forma chamada de citação por hora certa (citação ficta). A citação por hora certa esta atrelada a desconfiança de que o réu esta “fugindo” da citação. Nesse caso, o oficial de justiça, indo 2 vezes a casa do réu, e suspeitando a ocultação do réu, ira informar que voltará no dia seguinte, se o citando não estiver lá, era entregar o mandato com a contrafé, para um membro da família ou vizinho, dando como citado o réu.
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital;
àé excepcional, só em casos que a lei prevê. (citação ficta). Caso o reu não apresente defesa, será nomeado curador especial, nas citações de citação de hora certa e edital, em citação ficta + inércia.
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei. àcadastro das pessoas jurídicas.
As ações de estado, as ações de família, essas citações deverão ser pessoais e não poderão ser feitas pelo correio, como as de incapaz e de poderes públicos. A citação poderá ser pessoal se verificada a dificuldade de citação pelo correio, ou em que o citando se encontra em local que não tem correio.
Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço do juízo e o respectivo cartório.
§ 1o A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo.
§ 2o Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências.
§ 3o Da carta de citação no processo de conhecimento constarão os requisitos do art. 250.
§ 4o Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente.
É caso de citação pelo correio, ira ser expedida uma carta de citação. Essa carta precisa atender os mesmo requisitos do mandado de citação, aquele mandado cumprido pelo oficial de justiça. O código diz que a carta de citação deverá observar os requim] sitos do artigo 250, que traz os requisitos do mandado de citação. O mandado de citação consta o juízo, endereço do fórum, nome do autor, do réu, e o endereço de ambos, qual é a ação, qual é o pleito de maneira resumida. Essa carta será instruída com a petição inicial, tal como o mandado, que chamamos de contrafé. Se o juiz por ex, conceder uma tutela provisória, determinando que o citando cumpra determinada ordem, alem da petição, a copia da decisão e do mandado constara hipótese de sanção para não cumprimento. Precisa constar na carta de citação também, o prazo para que o citando conteste, embargue a citação. Esse prazo expresso não é indicação de norma, o prazo precisa estar expresso com a advertência de que se não for apresentada a defesa, serão no caso do processo de conhecimento, reputados verdadeiros os casos reputados pelo autor, a advertência da revelia.
“Deverá contestar no prazo de 15 dias sobre pena de revelia...”
No caso essa carta de citação é enviada pelo correio com o aviso de recebimento. AR – é termo inicial de contagem de prazo.
Na citação via eletrônica, há cartórios que anexam a inicial, outros enviam a citação apenas com o numero da senha para acesso. Parece que a citação via eletrônica exige muito cuidado no sentido de endereçar para o endereço eletrônico correto.
O termo inicial da contagem do prazo, juntada do AR no caso de citação pelo correio.
No processo de conhecimento em que o juiz obrigatoriamente designa a audiênciade conciliação e mediação, vai constar no mandato o dia e a data do local para conhecimento. Se o réu citado protocolizar petição falando que não tem interesse, não será realizada audiência, e o termo inicial será a data protocolizada da petição dizendo que não terá a audiência.
A pessoa jurídica pode ser citada na pessoa do gerente geral ou administrador, ou ainda pelo responsável pelo recebimento das correspondências.
A carta de citação entregue ao porteiro é regular. O porteiro poderá recusar o recebimento da carta de citação, se ele declarar que o réu está ausente, sob as penas da lei.
Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei (porque tem casos que a citação tem que ser pessoal, por oficial de justiça) ou quando frustrada a citação pelo correio.
Nem o judiciário nem o autor tem interesse que a citação se de de forma irregular, todo o processado será declarado nulo. Serão aproveitados apenas aqueles atos que não tenham conteúdo de mérito e não tenham causado prejuízo. Qual é o interesse do autor em “fechar os olhos” para uma citação duvidosa? Nenhum.
Quando o juiz ou o autor verifica que decorreu o prazo sem contestação, a primeira coisa a verificar é o ato citatório. Porque se verificar se há alguma duvida, é melhor renová-la. Neste caso, se a citação foi pelo correio e há alguma duvida sobre a regularidade do ato citatório, o próprio autor ou o juiz pode determinar que se promova a citação por oficial de justiça.
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá:
I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências;
II - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução;
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento;
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar o citando e, onde o encontrar, citá-lo:
I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III - obtendo a nota de ciente ou certificando que o citando não a apôs no mandado.
Localizando o citando, ele vai ler o mandado e obter o ciente do citando. Irá certificar que se dirigiu a tal endereço e promoveu a citação, ficando citado, e no caso, de recusar, passa a descrever o citando.
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência.
A citação por hora certa se da quando o oficial de justiça suspeita que o réu está se ocultando. No código de 73 o oficial tinha que ir no endereço do citando 3 vezes. O novo código de 2015, reduziu de 3 para 2 vezes. Feita duas diligencias com suspeita de ocultação, o oficial de justiça pegara um membro da família, ou o porteiro do prédio, o vizinho, avisando que voltará no outro dia a tal hora para citá-lo. No dia designado irá comparecer e o citando não está, com isso, o oficial irá avisar aquele que avisou, seja o parente ou vizinho que citou o réu.
Se o réu estiver na hora designada, por que o familiar avisou, a citação não será por hora certa, será uma citação normal, ou seja, pessoal.
Se a citação for por hora certa e o réu revel será nomeado curador especial. Se a citação for normal, se o réu deixar de contestar não terá curador especial. So terá se for por hora certa.
O legislador teve preocupação de comunicar, assegurar ao citando por hora certa de que ele foi citado por hora certa.
No momento da citação por hora certa, que se revel, se dera ao citando, curador especial.
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
Torna-se desnecessária a expedição de carta precatória. A carta precatória é expedida em casos de citação pessoal e para penhora e desde que não sejam comarcas contíguas. O juiz daqui irá detemrinar a expediação de carta precatória para a comarca de Itajai, por exemplo, o juiz deprecado (que recebe a carta precatória), irá detemrinar a diligencia e comprida a diligencia devolverá a carta precatória ao juiz deprecante.
Art. 256. A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
A citação por edital ocorre por uma norma que impõe, ou porque o citando está em lugar incerto, inascessível, desconhecido, o réu ser incerto. So se requer citação por edital se houver enquadramento nessas situações. É preciso diligenciar, ou seja, tentar encontrar a pessoa, fazendo diligencias próprias, e pedir inclusive ajuda ao juiz, para que ele expessa oficio para o BACEN, para a receita. É preciso demonstrar ao juízo que foi feita a tentativa de tentar encontrar o réu e não obteve êxito, para que o juiz possa deferir a citação por edital.
Quando não se sabe aonde esta o reu, é incumbência do demandante localizar, fazendo diligencias próprias.
Desaparecimento não afasta o direito de acesso á justiça.
Art. 257. São requisitos da citação por edital:
I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras;
II - a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
IV - a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.
Alem de todos os requisitos irá constar o prazo de dilação, que pode ser de 20 a 60 dias.
Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando
Aquele que requerer maliciosamente citação por edital, sofrerá sanção de 5 vezes o salário mínimo.
Art. 259. Serão publicados editais:
I - na ação de usucapião de imóvel;
II - na ação de recuperação ou substituiçãode título ao portador;
III - em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para participação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos.
 Litisconsórcio
É possível que a relação processual envolva pluralidade de sujeitos em um dos polos ou em ambos dos polos, é o que chamamos de litisconsórcio. Haverá litisconsórcio quando haverá pluralidade em um dos polos ou um ambos os polos.
Haverá a necessidade de existência de uma situação jurídica que autorize a formação desse litisconsórcio. A justificativa para formação do litisconsórcio está no fato de que muitas vezes uma situação jurídica envolve, muitas vezes, mais que um subordinante e mais que um subordinado. Não há duvida que sua formação resulta em economia processual.
O litisconsórcio não pode ser visto como uma forma de intervenção de terceiros porque todos que o compõem são partes no processo, inexistindo subordinação entre eles. Cada litisconsorte é uma parte autônoma e, salvo exceções[02], as condutas de um não prejudicam ou beneficiam o outro[03]. Esta autonomia entre os litisconsortes não induz, contudo, uma pluralidade de processos; "o processo litisconsorcial é uno, com a peculiaridade de que um dos pólos da relação jurídica processual, ou ambos, abrigam duas ou mais pessoas em vez de uma só em cada um deles."[04]
E importante saber que há situações ou fatos jurídicos que podem envolver mais de uma pessoa na condição subordinante e subordinado.
A pluralidade de sujeito pode ocorrer no momento inicial, ou seja, quando o autor demanda, quando a inicial é apresentada, já está informado o litisconsórcio.
O litisconsórcio será ulterior, depois de proposta a ação, por determinação do juiz ou qualquer outra razão, quando a pluralidade de sujeito acontecer após a distribuição da demanda.
Quanto ao numero de pessoas
Ativo: pluralidade de autores
Passivo: pluralidade de réus
Misto: pluralidade de autores e réus
Quando a obrigatoriedade
Pode ser facultativo: ou seja, não é obrigatório. Não exige a sua formação, cabe portanto, a parte formar ou não o litisconsórcio.
Ex: batida de carros por culpa de Joao que cruzou o farol vermelho, aquele acidente, causado pelo Joao, fez 3 vitimas. Cada uma dessas vítimas, por conta do acidente, tem uma relação jurídica material com o Joao, entre vítima e vitimador. Cada vítima tem ação indenizatória contra o vitimador.
Se depois do acidente, as vítimas resolverm juntas, propor a ação contra o vitimador, elas se uniram facultamente. Temos 3 ações em um único processo.
Pode ser necessário:
OBS:. Só há litisconsórcio necessário passivo.
Porque não há litisconsórcio necessário ativo (não tem consenso ainda entre os doutrinadores). - No entanto, quando se discute a existência do litisconsórcio ativo necessário, os processualistas não chegam a um consenso. A obrigatoriedade da formação de um litisconsórcio no pólo ativo da demanda torna-se um problema quando um dos litisconsortes não tem interesse na propositura da ação. Com isso, surge o impasse: aceitar sua posição e negar ao outro litisconsorte o direito de ação; ou compelir o litisconsorte a adentrar a relação processual, ainda que contra sua vontade, a fim de resguardar o direito daquele que quer procurar a tutela jurisdicional?[10]
Pela lei ou pela natureza da relação jurídica controvertida. A sentença dependerá da citação de todos que devam ser liticonsortes.
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
É obrigatório. Ex: A vende imóvel para B. C filho de A propõe uma ação para anular a escritura. C obrigatoriamente tem que propor a ação contra A e B, pois a natureza da relação processual exige.
Há casos em que a lei impõe. Por ex: a lei impõe a formação de litisconsórcio passivo na ação de uso capiao, entre o titular do condomínio e os confinantes.
Pode ocorrer portanto, por imposição legal ou, de acordo com a natureza jurídica conflituosa.
Consequencias pela não formação do litisconsórcio necessário:
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
Há alguma norma que obrigue a formação do litisconsórcio?
O juiz quando recebe a petição inicial, verificará se era o caso do litisconsórcio necessário. Se não for formado, aplicará o disposto no parágrafo único do artigo 115, determinado que o autor regularize o polo, trazendo aquele que ficou ausente, pois o litisconsórcio é necessário.
Se o juiz não percebeu que não foi formado o litisconsórcio, poderá faze-lo até o proferimento da sentença. Irá verificar quais são os atos viciados e que portanto dependiam da observância do contraditório, declararam viciados e que o autor regularize e traga para o polo passivo o litisconsorte ausente, e a partir do mérito, dará continuará o processo.
Quanto ao resultado
Simples: quando a sentença não tiver que ser uniforme para todos os litisconsortes.
Unitário: quando a sentença é uniforme, não pode ser cindida.
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Prazo interrompido: volta a ser contado por inteiro
Suspenso: começa a ser contado da onde foi suspenso.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
O código de 2015 esclarece que no caso de litisconsórcio unitário é possível a ocorrência do benefício. Trata da autonomia do litisconsórcio, cada parte atuará com autonomia. Os atos praticados não prejudicarão nem beneficiarão os demais.
Ex: No litisconsórcio simples, em que a independência, a autonomia é real visto que a sentença não precisa ser uniforme para todos os liticonsortes, a decisão pode ser diferente para cada um, se o litisconcorse confessa a ação, o ato é valido. Se um litisconsorte confessa a ação em unitário, é valida mas não tem eficácia, por que a decisão precisa ser unitária para todos, ou seja, todos precisariam confessar. Portanto, quando excepciona o litisconsórcio unitário não se aplica a ele, diante da vinculação que eles tem com o resultado único para ambos.
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 Intervenção de terceiros
Parte em um processo: o conceito de parte deve restringir-se àquele que participa do processo com parcialidade, tendo interesse em determinado resultado do julgamento. Parte é quem ocupa polo passivo e ativo.
Maneiras que alguém pode assumir a posição de parte num processo:
A-) Tomando a iniciativa de instaurá-lo.
B-) Sendo chamado a juízo para ver-se processar
C-) Intervindo em processo já existente entre outras pessoas.
A intervenção de terceiro é fato jurídico processual que implica modificação de processo já existente, portanto, não gera processo novo, mas, tão só, efeitos subjetivos ou objetivos no processo já em curso. Trata-se de ato jurídico processual pelo qual um terceiro, autorizado pela lei, ingressa em processo pendente, transformando-se em parte. O terceiro poderá ser sujeito do processo participando do contraditório.
Subjetivamente, o processo pode ser alterado ou ampliado, Ou seja, pode-se provocar uma modificação da partes (ex: substituição do réu) ou uma ampliação do rol das partes.
Nos termos objetivos, algumas intervenções ampliam o objeto litigioso, com a introdução de uma nova demanda no processo. É o que acontece com a denunciação da lide e a desconsideração da

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