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AULA 2 - CP_ConcXCAXCP.pdf
 
Concreto Protendido - 02 Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 1 / 7 
 
Livro : Eugène Freyssinet - A revolution in the art of construction 
 Presses de l´École Nationale de Ponts et Chaussées -2004 
 
Comparação do comportamento de vigas de : 
Concreto × Concreto Armado × Concreto Protendido 
 
 
Viga de Concreto Simples 
 
 
 
Viga de Concreto Armado 
 
 
Viga de Concreto Protendido 
 
Barras de aço 
Cabos de Protensão 
Ancoragens dos cabos de protensão 
Sem armadura 
 
Concreto Protendido - 02 Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 2 / 7 
 
Concreto Simples sem armaduras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compressão 
Tração 
Ruptura por Tração na Flexão 
 
Concreto Protendido - 02 Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 3 / 7 
 
Concreto Armado 
 
 
 
 
 
Tensões e deformação devidas ao peso próprio 
 
 
 
Tensões e deformações devidas à carga móvel pequena 
 
 
 
 
Barras de aço Concreto 
Formas Escoramento 
Em geral é necessário fazer o escoramento com uma contra-
flecha, para compensar as deformações que surgirão depois da 
retirada do escoramento. 
Formação de Fissuras ? 
 
Concreto Protendido - 02 Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 4 / 7 
 
 
 
 
Tensões e deformações devidas à carga móvel grande 
 
 
 
 
 
 
Tensões e deformações devidas ao peso próprio após a passagem da sobrecarga. 
 
 
Fissuras com a 
abertura máxima 
 
Fissuras com abertura 
visível menor 
 
A flecha permanente 
aumenta devido à 
fissuração 
 
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aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 5 / 7 
 
Concreto Protendido 
 
• Antes da concretagem as bainhas vazias são colocadas na zona que ficará 
sujeita às tensões de tração. 
 
 
 
• Após a concretagem e o endurecimento do concreto os cabos são colocados 
dentro das bainhas. 
 
 
 
 
• Logo a seguir os cabos são tensionados pelos macacos e fixados nas placas de 
ancoragem, através de cunhas, comprimindo o concreto. 
 
Bainhas vazias 
Formas Escoramento 
Cabo de protensão Concreto Macaco 
Talha de suspensão 
Concreto comprimido 
Macaco Macaco 
Em geral não é necessário fazer o escoramento com uma contra-flecha. 
 
Concreto Protendido - 02 Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 6 / 7 
 
Concreto Protendido 
 
• Ao ser comprimida, a viga solta do escoramento, deformando-se para 
cima e apoiando-se nas duas extremidades. As duas extremidades do 
escoramento devem ter resistência para resistir à metade do peso. 
 
 
 
 
• As vigas de concreto protendido, com protensão total, geralmente apresentam 
flecha para cima, não sendo necessário usar contra-flechas durante a fase de 
execução. 
 
 
 
• Com a carga móvel pequena a flecha para cima diminui um pouco. 
 
 
Concreto comprimido 
Toda a seção de concreto 
continua comprimida 
 
Concreto Protendido - 02 Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 7 / 7 
 
 
Concreto Protendido 
 
 
• Com a carga móvel grande a flecha para cima, em geral, desaparece. A flecha 
pode ficar para baixo. 
 
 
 
 
Se a protensão for apenas parcial, existirão tensões de tração para o 
caso de carga móvel máxima. 
 
 
 
 
• Após a passagem da carga móvel a flecha volta ao que era antes. Não havendo 
tração no concreto, não há fissuração e a viga funciona elasticamente. 
 
 
• As estruturas em concreto protendido são mais esbeltas que as estruturas de concreto 
armado. 
• 
• A altura das vigas em pontes rodoviárias vale : 
 
• Concreto armado : L/10 a L/12 
 
• Concreto protendido : L/17 a L/20 
Toda a seção de concreto 
continua comprimida se a 
protensão for “completa”. 
AULA 3 - CP.pdf
Estruturas Especiais (Concreto Protendido) 
e
Estruturas Pré-moldadas
Professor: Eng. Civil Maurício Santos
Graduação pela UFF com ênfase em Estruturas
Mestrado pela UERJ com ênfase em Geotecnia
Douturando pela PUC-Rio na área de Estruturas e Materiais
Engenharia Civil
Estruturas Especiais (Concreto Protendido) e
Estruturas Pré-moldadas
Breve Histórico
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Breve Histórico
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Exemplos de Estruturas Protendidas
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Concreto Protendido vs. Concreto Armado
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
Concreto Protendido utiliza concretos e aços de alta resistência (como 
ordem de grandeza: concretos com 80 MPa e aços com 2100 MPa).
Em Concreto Protendido toda a seção resiste a tensões.
O Concreto Protendido é mais leve e mais esbelto, configurando uma 
forma geométrica mais bonita sobre o ponto de vista estético.
O Concreto Protendido fica livre de fissuras, com todas as vantagens 
daí provenientes.
O Concreto Protendido apresenta melhor controle das flechas.
O Aço
é pré-testado durante o estiramento (protensão).
O Concreto Protendido tem melhor resistência às forças cortantes, 
devido à inclinação dos cabos próximos aos apoios e a pré-compressão que 
reduz as tensões de tração diagonais, aumentando a capacidade resistente da 
seção à solicitação cortante.
Bibliografia
Parte 1: Concreto Protendido
Aula 3 – Conceitos Fundamentais
 Universidade Federal de Viçosa - Concreto Protendido –
Fundamentos Básicos. Gustavo Veríssimo e Kléos Lenz.
 Universidade Estadual Paulista – Concreto Protendido – Notas
de Aula do Prof. Dr. Paulo Bastos
AULA 4 - CP.pdf
AULA 4 – CONCRETO PROTENDIDO – Definições e Materiais 
Professor Mauricio Santos 
Definições Básicas: 
 
 
Aço para Armadura Passiva 
Armadura passiva é qualquer armadura que não seja utilizada para produzir forças 
de protensão, e são normalmente constituídas por barras ou fios de aço para concreto 
armado (CA-50 e CA-60). 
 
Aço para Armadura Ativa 
Armadura de protensão ou armadura ativa ou, ainda, cabo de protensão, é o 
elemento que será tracionado e, quando devidamente ancorado, transmitirá a força de 
protensão ao concreto. Pode ser constituída por fios, barras, cordoalhas ou feixes (de fios 
ou de cordoalhas). 
 
 
 
 
CABOS DE AÇO 
Como já foi citado e justificado neste texto as armaduras metálicas ativas são 
constituídas por aço de alta resistência. Estes aços recebem tratamentos térmicos e se 
caracterizam pela ausência de patamar de escoamento. A depender do tratamento térmico 
empregado, podem ser: aliviados ou de relaxação normal (RN); e estabilizados ou de 
baixa relaxação (RB). Nestes últimos, o tratamento empregado reduz a relaxação do aço, 
diminuindo as perdas de protensão. 
Os aços para armadura ativa podem se apresentar das seguintes formas: 
 Fios trefilados de aço carbono, com diâmetros variando entre 3 e 8mm, 
fornecidos em rolos ou em bobinas; 
 Cordoalhas constituídas por dois, três ou sete fios trefilados, enrolados em 
forma de hélice, fornecidas em bobinas; 
 Barras de aço-liga de alta resistência, laminadas a quente, com diâmetros 
maiores do que 12mm, e com comprimento limitado. 
Os aços mais comuns têm resistência característica à ruptura por tração variando 
de 150kN/cm2 a 190 kN/cm2. No caso dos fios e barras, essa resistência é dita efetiva, e 
no caso das cordoalhas, convencional. Isto porque, nas cordoalhas, a tensão não se 
distribui uniformemente por todos os fios. Os aços para protensão são designados pela 
sigla CP (aço para concreto protendido), seguido da sua resistência característica à ruptura 
em kN/cm2 e da identificação em relação ao tipo de tratamento empregado (RN ou RB). 
Por exemplo, para um aço com resistência à tração de 190 kN/cm2 e de baixa relaxação 
tem-se: 
CP-190 (RB) 
Segundo a Revisão da NB-1 (1999) “o módulo de elasticidade deve ser obtido de 
ensaios ou fornecido pelo fabricante. Na falta de dados específicos, pode-se considerar o 
valor de 200kN/mm2 para fios e cordoalhas.” 
 
 
AÇO CP 190 RB 
 
 
 
 
 
 
CORDOALHAS ENGRAXADAS 
As cordoalhas engraxadas surgiram no final da década de 50, a partir da 
necessidade de se ter um sistema de fácil operação e de baixo custo para execução de 
obras de pequenas dimensões. Estas cordoalhas são utilizadas para pós-tração, 
dispensando o uso das bainhas comuns, pois cada cordoalha já vem envolvida em sua 
própria “bainha” plástica. 
O processo de fabricação é contínuo e consiste em aplicar uma graxa em torno da 
cordoalha de aço e em seguida um revestimento plástico (figura 1). A graxa, além de 
proteger a armadura inibindo a corrosão, promove a lubrificação entre o revestimento e a 
cordoalha. O atrito entre a bainha e a armadura passa de 0,24, no caso de bainhas 
metálicas, para 0,07 nas cordoalhas engraxadas. O revestimento plástico, feito de 
polietileno de alta densidade, é extrudado diretamente sobre a cordoalha já engraxada, em 
toda sua extensão. As características mecânicas destas cordoalhas são idênticas às das 
cordoalhas sem revestimento. 
 
Figura 1 – Cordoalha engraxada e plastificada 
(CAUDURO - 1997) 
 As cordoalhas engraxadas têm grande potencial de aplicação nas lajes planas 
protendidas. É usual a utilização de um sistema denominado monocordoalha, em que 
cada ancoragem fixa apenas uma única cordoalha. Como o sistema dispensa a utilização 
das bainhas achatadas normalmente utilizadas para lajes, e o revestimento plástico 
apresenta pequena espessura, é possível diminuir a espessura das lajes protendidas e 
conseguir uma melhor distribuição dos cabos no interior da laje. Devido ao baixo 
coeficiente de atrito entre a cordoalha e a capa plástica, pode-se aplicar a protensão em 
uma única extremidade do cabo, utilizando na outra uma ancoragem passiva. 
 As cordoalhas engraxadas oferecem excelente resistência ao manuseio e ao arraste 
por entre a armadura passiva. Este ripo de cordoalha elimina a preocupação com a 
integridade da bainha metálica, para verificar eventuais amassamentos ou penetração da 
calda de cimento. Os macacos hidráulicos utilizados são leves e de fácil operação, 
simplificando a execução da protensão. 
 
Ancoragens, bainhas e outros elementos 
 
Figura 2 – Cunhas e Macaco de Protensão 
 
 
Figura 3 – Detalhe da ancoragem 
 
Macaco de protensão é o termo dado para designar o equipamento usado para 
tracionamento da armadura ativa. Em geral os macacos são hidráulicos. Os macacos de 
protensão podem, também, ser utilizados aplicando uma compressão diretamente ao 
concreto (caso não previsto pela norma brasileira). 
 
 
Bibliografia: 
Concreto Protendido – USP São Carlos – Prof. João Bento 
de Hanai 
Concreto Protendido – Prof. Libânio 
NBR 6118 / 2014 – Projeto de Estruturas de Concreto 
 
AULA 5 - CP.pdf
AULA 5 – CONCRETO PROTENDIDO – 
Exemplos Numéricos 
Professor Mauricio Santos 
Exemplo Numérico 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo Numérico 2 
Reformulando o problema da aula 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
Concreto Protendido – USP São Carlos – Prof. João Bento 
de Hanai 
Concreto Protendido – USP São Carlos - Prof. Libânio 
Concreto Protendido – UFMG – Prof. Gustavo Veríssimo e 
UFF – Prof. Kléos Lenz 
 
AULA 6 - CP.pdf
AULA 6 – CONCRETO PROTENDIDO – 
Classificação e Tipos 
Professor Mauricio Santos 
Classificação 
 
a) Protensão interna ou externa 
Diz-se que uma peça está submetida à protensão interna quando a armadura ativa 
está embutida no concreto 
No caso das vigas caixão normalmente utilizadas na construção de pontes, os 
cabos são colocados na parte vazada da seção (figura 3), sendo que a protensão é 
transferida para o concreto através de dispositivos especiais de fixação. Diz-se, então, que 
a protensão é externa ou, mais especificamente, com cabos externos. Em obras deste tipo, 
se a armadura de protensão apresentar algum tipo de patologia após um certo período de 
uso, fica mais fácil substituí-la, por se tratarem de cabos externos não aderentes. É 
importante lembrar que a armadura de protensão deve ser adequadamente protegida
contra a corrosão. 
 
 
Figura 3 – Protensão com cabos externos – viga caixão 
(GERWICK JR., 1993) 
 
Há, ainda, a protensão externa à peça de concreto, não aplicada por cabos. Para 
este tipo de protensão são colocados macacos externos às peças, comprimindo-as, como 
pode ser observado na figura 4. Este último caso não é muito comum, visto que a 
protensão é perdida ao longo do tempo devido à fluência e à retração do concreto, sendo 
necessário prover um meio de se restaurar a protensão ao longo da vida da estrutura. 
 
Figura 4 – Protensão externa 
b) Pré-tração ou pós-tração 
O termo pré-tração designa o método de protensão pelo qual o concreto é lançado 
após o tracionamento da armadura. Os cabos são protendidos e fixados temporariamente 
em encontros externos à forma da peça. Posteriormente, o concreto é lançado e, atingindo 
certa resistência, dá condição para que os cabos sejam cortados. Assim os esforços são 
transferidos da armadura para o concreto. A pré-tração é utilizada, principalmente, na 
fabricação de peças pré-moldadas. 
 Um elemento é pós-tracionado quando a protensão é aplicada após o 
endurecimento do concreto. O procedimento mais comum para vigas e lajes consiste em 
posicionar, durante a montagem da forma, as bainhas de protensão. Após o endurecimento 
do concreto os cabos são passados pelo interior das bainhas e a protensão é aplicada. O 
próprio concreto serve como reação (apoio) para o macaco hidráulico, e por isto é 
necessário que já tenha atingido uma resistência suficiente quando do tracionamento dos 
cabos. Vale ressaltar que posteriormente deve-se injetar nas bainhas um material com a 
função de proteger a armadura, podendo ser calda de cimento, no caso de armaduras 
aderentes, ou graxa, no caso de armaduras não aderentes. 
c) Protensão total ou parcial 
A intenção de expor esta classificação é, apenas, dar uma idéia de que se pode 
aplicar a protensão em níveis variados e com objetivos diferentes. Cada norma tem sua 
definição particular dos níveis de protensão em função das combinações de ações 
utilizadas nas verificações. 
Viga em 
concreto
MacacoMacaco
Tem-se protensão total quando uma peça é projetada de forma que não apareçam 
tensões de tração mesmo sob as solicitações em serviço. Por outro lado, se no projeto é 
admitida a existência de alguma tensão de tração tem-se, então, a protensão parcial. 
Desde já pode-se notar que esta não é uma distinção fácil de se fazer pois não se 
tem uma resposta exata para a pergunta: “Qual é a carga real em serviço da estrutura? ” 
As normas estabelecem valores de cargas e fatores de combinação baseando-se em 
probabilidades de ocorrência. 
 
d) Elementos pré-moldados ou moldados “in loco” 
 
As estruturas pré-moldadas (figura 5) são aquelas moldadas fora do seu local de 
utilização definitivo. Podem ser pré-fabricadas quando são feitas em local específico, fora 
do canteiro e posteriormente transportadas até o local da obra, ou moldadas no próprio 
canteiro. 
 
 
Figura 5 – Içamento de viga I pré-moldada 
 
Os elementos são fabricados nas pistas de protensão (figura 6), que normalmente 
têm de 60 a 200m de comprimento. Geralmente, os elementos pré- moldados são pré-
tracionados, sendo que a protensão é aplicada utilizando como reação blocos (encontros) 
especialmente construídos para este fim ou a própria forma, desde que seja projetada para 
tal. Nos elementos pré-moldados, é mais comum a utilização de cabos retos, sendo 
possível também utilizarem-se cabos poligonais. 
 Em algumas situações torna-se interessante a execução de estruturas mistas, nas 
quais parte da estrutura é pré-moldada e parte é moldada “in loco”. 
pré-moldados
elementos
sistema de reação
elemento de ancoragem
esticamento dos cabos
descompressão
macaco de
cabos de protensão
 
Figura 6 – Pista de protensão para vigas pré-moldadas 
(EL DEBS - 1999) 
No Brasil, as estruturas moldadas no local da obra ainda são muito mais 
empregadas do que as estruturas pré-moldadas. Com relação à protensão, nas peças 
moldadas “in loco” normalmente se utiliza a pós-tração com cabos aderentes (aderência 
posteriormente desenvolvida) ou não aderentes. 
 
e) Protensão linear ou circular 
A protensão circular é normalmente utilizada em reservatórios e silos cilíndricos. 
Nestes casos, a armadura ativa envolve a estrutura, produzindo um cintamento. 
A protensão linear, por sua vez, é o tipo de protensão comumente utilizada em 
vigas e lajes. Ressalta-se que os cabos não são necessariamente retos; podem ser, por 
exemplo, poligonais ou parabólicos. A diferença está no fato de que na protensão linear 
os cabos não circundam o elemento protendido. 
 
 
 
 
 
TIPOS DE PROTENSÂO 
Os tipos de protensão estão relacionados aos estados limites de utilização 
referentes à fissuração. A protensão pode ser completa, limitada ou parcial. 
a) Protensão Completa 
 
 
 
 
b) Protensão Limitada 
 
 
c) Protensão Parcial 
 
 
 
 
d) Resumo 
Resumo das possibilidades de combinação dos processos e tipos 
de protensão no estado de utilização: 
 
 
Bibliografia: 
Concreto Protendido – USP São Carlos – Prof. João Bento 
de Hanai 
Concreto Protendido – Prof. Libânio 
 
Aula 6_CP.Vantagens e Desvantagens.pdf
 
Concreto Protendido - 00 
Introdução 
Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 1 / 4 
 
Concreto Protendido 
Introdução 
As notas de aula apresentadas mostram os conceitos básicos do concreto protendido. 
Têm sido usadas, ao longo de anos, como referência para as aulas de Concreto Protendido no 
Instituto Militar de Engenharia - IME / RJ 
o Conceitos básicos 
o Recomendações de Normas 
o Aplicação em pontes com vigas pré-moldadas 
o Aplicação em lajes lisas sem vigas 
 
Os conceitos básicos do concreto protendido praticamente não mudaram desde que foram 
definidos por Eugène Freyssinet, em 1928 na França . 
 
 
 
 
Concreto Protendido - 00 
Introdução 
Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 2 / 4 
 
 
 
 Livro : Eugène Freyssinet - A revolution in the art of construction 
 
Presses de l´École Nationale de Ponts et Chaussées -2004 
 
“Como a compressão no concreto não podia ser mantida com os aços 
comuns, Freyssinet teve a brilhante idéia de usar aços de muito alta resistência 
e com muito alto limite elástico. Esses aços perderiam apenas 15% da tensão 
inicial com as perdas lentas causadas pela retração e pela fluência do concreto 
( ao invés de 70% a 90% de perda nos aços comuns ). 
O uso desses aços de alta resistência foi o salto tecnológico que 
permitiu a Freyssinet usar, na prática, a idéia da compressão permanente do 
concreto. Tal recurso foi patenteado em 1928. Freyssinet criou com isso um 
material homogêneo e elástico, o concreto protendido, que mudou a maneira 
de construir.” 
... 
... 
 
Vantagens do Concreto Protendido 
 
 
• Devido à utilização de materiais de resistência muito mais alta ( Aço e Concreto ) pode-
se construir estruturas mais esbeltas e com vãos maiores, com menor peso próprio, do que 
quando se constrói com o concreto armado. 
 
• A protensão aumenta a vida útil das estruturas, pois as fissuras são evitadas, ou mesmo se 
existirem fissuras, as aberturas são mínimas . Isto aumenta a durabilidade. 
 
• As deformações
permanecem muito pequenas, porque as estruturas sob as cargas de 
serviço, mesmo com protensão parcial, praticamente permanecem no estádio I. 
 
• Estruturas de Concreto Protendido têm uma grande resistência à fadiga, pois a variação de 
tensão nas armaduras protendidas é pequena, mesmo no caso de protensão parcial. Por 
isso as tensões ficam bem abaixo das tensões limites de resistência à fadiga. 
 
• Estruturas em Concreto Protendido podem suportar grandes sobrecargas sem sofrer danos 
permanentes. As fissuras devidas às sobrecargas fecham novamente, desde que os 
alongamentos das armaduras fiquem abaixo do limite de 0,1 o/oo ( 0,1 mm/m ). 
 
 
Concreto Protendido - 00 
Introdução 
Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 3 / 4 
 
 
Regras básicas ( Prof. Fritz Leonhardt ) 
Durante o projeto : 
1. Protender significa comprimir. A compressão só pode ocorrer se for possível o encurtamento 
da viga. Certifique-se que a viga pode encurtar na direção da protensão. 
2. Qualquer mudança de direção do eixo do cabo produz forças radiais quando o cabo é 
tracionado. Mudanças de direção do eixo da viga de concreto também geram “forças 
desbalanceadas “ atuando transversalmente ao eixo da viga. Lembre-se de considerar essas 
forças nos seus cálculos. 
3. As elevadas tensões admissíveis de compressão no concreto não devem ser totalmente 
utilizadas. Escolha as dimensões das seções transversais da viga, em especial junto dos cabos, 
de modo que o concreto possa ser corretamente lançado e vibrado na obra. 
4. Evite tensões de tração sob a ação das cargas permanentes. Não confie na resistência à tração 
do concreto. 
5. Use armaduras não protendidas, de aço comum, na direção transversal à protensão, em 
especial nas regiões da viga onde as forças de protensão são transmitidas ao concreto. 
 
Durante a execução : 
6 O aço de protensão é mais resistente que o aço comum do concreto armado. Mas é mais 
sensível à corrosão, a mossas, a dobras e ao calor. Trate-o com cuidado. 
Posicione os cabos com grande precisão, fixe-os bem, de modo que não mudem de posição 
durante o lançamento do concreto, nem durante a sua vibração. 
7 Planeje a concretagem de modo que o concreto possa ser bem vibrado em todas as partes da 
viga. As deformações das formas e dos escoramentos não devem causar fissuração no 
concreto fresco. Faça a concretagem com grande cuidado e atenção para não deixar brocas e 
falhas no concreto. Esses defeitos podem causar grandes problemas quando os cabos forem 
protendidos. 
8 Antes de protender os cabos, verifique se a viga pode se deslocar e encurtar na direção da 
protensão. Use apoios deslocaveis ou móveis. 
9 Protenda os cabos com o concreto ainda com pouca idade, para evitar a fissuração devida à 
retração e a uma queda de temperatura. Mas aplique inicialmente apenas uma parte da 
protensão, de modo a ter apenas tensões moderadas de compressão no concreto, que ainda não 
tem a resistência final prevista. 
Numa segunda fase, com o concreto já bastante resistente, execute a protensão total. Essa fase 
da construção exige muito cuidado pois as forças de protensão são altas. Mais tarde, as perdas 
lentas reduzem as forças de protensão. 
Durante a protensão dos cabos, verifique os alongamentos dos cabos e as forças nos macacos. 
10 Antes de fazer a injeção dos cabos, certifique-se de que as bainhas não têm obstruções. Siga 
as especificações para o preparo da pasta de cimento a ser injetada. 
 
 
Concreto Protendido - 00 
Introdução 
Notas de 
aula 
Prof. Eduardo C. S. 
Thomaz 4 / 4 
 
 
 
As normas mudam ao longo do tempo. Os conceitos básicos pouco mudam. 
Por isso mantemos as informações das normas mais antigas. 
 
 
Principais Normas de Concreto Protendido. 
 
� NB1/ 60 e NB1/78 - Cálculo e Execução de Obras de Concreto Armado 
� NB116 / 1962 – Cálculo e Execução de Obras de Concreto Protendido 
� NBR6118 / 2003 / 2007– Projeto de Estruturas de Concreto 
� CEB–1970 – Recommendations internationales pour le calcul et l’exécution des ouvrages 
en béton 
� CEB–FIP / 1977 – Code - Modele pour les structures en béton 
� CEB–FIP / 1990 – Model Code 
� FIB / 2010 – Model Code 
� Eurocode EN/2 – Design of concrete structures 
� DIN 1045 – Concreto Armado 
� DIN 4227 – Concreto Protendido 
 
 
Eduardo C. S. Thomaz 
AULA 7 - CP.pdf
AULA 7 – CONCRETO PROTENDIDO – 
Dispositivos Especiais e Equipamentos 
Professor Mauricio Santos 
Dispositivos Especiais 
Os dispositivos e equipamentos usados nos elementos de concreto protendido 
podem ser divididos em dois grupos: os que são usados na pré-tração e os que são usados 
na pós-tração. 
Na pré-tração, são utilizados os encontros, onde a armadura fica fixada 
temporariamente antes da protensão ser transferida para o concreto e, no caso de cabos 
poligonais, são utilizados dispositivos para mudança de direção das armaduras 
protendidas. 
A pós tração, em geral, requer um maior número de dispositivos, podendo-se citar 
as bainhas e os dispositivos de ancoragem. 
As bainhas são geralmente fabricadas com chapas metálicas, podendo ser lisas ou 
onduladas. Devem ser estanques, para impedir que durante a concretagem penetre nata 
de cimento em seu interior, o que prejudicaria ou inviabilizaria a operação de protensão. 
Além disso, devem ser de diâmetro tal que permita a passagem dos cabos e a injeção da 
nata de cimento. O atrito entre a bainha e o cabo de protensão deve ser pequeno, para 
permitir o alongamento da armadura quando tracionada. Quando se tratarem de vigas 
contínuas, com cabos poligonais ou parabólicos de forma que estejam mais baixos no 
meio do vão (região de momento positivo) e mais altos sobre os apoios (região de 
momento negativo), deve-se dispor manqueiras (purgadores) nos pontos mais altos da 
bainha para permitir a expulsão do ar no momento da injeção da nata de cimento. Desta 
forma pode-se ter um melhor controle da injeção da nata de cimento. 
A forma e as partes componentes das ancoragens dependem do fabricante, ou seja, 
do sistema de protensão adotado. Pode-se classificar as ancoragens em ativas e passivas. 
As ancoragens ativas (figura 1) são instaladas nas extremidades em que se aplica 
a protensão. Geralmente são metálicas e compostas por uma placa, que fica diretamente 
em contato com o concreto, seguida de um bloco com furos por onde passam as 
cordoalhas e onde são fixadas as cunhas. Existe, ainda, um elemento de transição entre a 
bainha e a placa, chamada de trombeta. No interior da trombeta se dá a bifurcação das 
cordoalhas, a fim de que passem individualmente pelos furos da placa de distribuição. 
 
Figura 1 – Exemplo de ancoragem ativa de cordoalhas 
(Catálogo da PROTENDE) 
As ancoragens passivas (figura 2) são normalmente em forma de laço e possuem 
uma chapa metálica curva na extremidade para permitir uma ancoragem mais eficiente. 
Nos dois casos (armaduras ativas ou passivas), são utilizadas armaduras adicionais de 
fretagem, em forma de hélice, garantindo um melhor comportamento das zonas de 
ancoragem. 
 
Figura 2 – Exemplo de ancoragem passiva de cordoalhas 
(Catálogo da PROTENDE) 
No caso de armaduras em barras de aço o dispositivo de ancoragem é bastante 
diferente,
sendo constituído fundamentalmente por um sistema de rosca e porca (figura 
3). 
 
Figura 3 – Exemplo de ancoragem para barras 
(PFEIL, 1988) 
De uma maneira geral, os dispositivos de ancoragem devem evitar o encurtamento 
da armadura quando esta for solta, do contrário haveria grandes perdas de protensão. 
Neste aspecto os dispositivos para ancoragem das barras são bastante eficientes, por 
utilizarem um sistema de porcas e não de encunhamento. 
O principal equipamento de protensão, quer seja em elementos pré-tracionados ou 
pós-tracionados, é o macaco hidráulico. Existem diversos tipos e modelos, variando de 
acordo com o valor da força de protensão capaz de aplicar, tipo de armadura (cordoalha, 
fios ou barras), número de cordoalhas ou fios a serem tracionados por vez, diâmetro da 
armadura de protensão, etc. 
 
Equipamentos 
 
 
a) Macacos Hidráulicos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Ancoragens: 
 
 
 Por aderência 
 
 
 
 Por meio de cunhas 
 
 
 Ancoragem Ativas e Passivas 
 
 
 
 
 
 
 
c) Placas de Ancoragens e Ancoragens Passivas: 
 
 
 
 
 
d) Bainhas 
 
Bibliografia: 
Concreto Protendido – USP São Carlos – Prof. João Bento 
de Hanai 
Concreto Protendido – Prof. Libânio 
Catlálogo Completo da MAC Protensão

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