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TG II PEDAGOGIA 2013 2 BIM 1SEM 2015 (1)

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TRABALHO EM GRUPO – TG
ESTUDOS DISCIPLINARES V
 Resenha Crítica de Uma Peça de Teatro Musical Brasileiro
“A Gaiola das Loucas”
Alunos (a):
	Esdra Regina Ferreira Simonato
	RA 1621654
	
	
 
	
Polo Várzea Paulista
29 de Maio de 2017.
Diogo Vilella, Miguel Falabella, Carla Martelli, Davi Guilherme, Gustavo Klein, Jorge
Maya, Mauricio Moço, Mirna Rubin, Sylvia Massari, bailarinos e orquestra.
Músicas e Letras: Jerry Herman 
Texto: Harvey Fierstein
Baseado na peça La Cage Aux Folles, de Jean Poiret 
Direção Musical: Carlos Bauzys
Versão brasileira e Direção: Miguel Falabella
Produção Geral: Sandro Chaim
“A Gaiola das Loucas”, apresentado no Teatro Bradesco (SP) – 2010/2011.
Duração: 150 minutos
Além do elenco principal, que conta com 9 atores, há 16 vedetes que apresentam números de sapateado. No total, são mais de 40 trocas de cenários e figurinos, compostos por 300 peças de roupa e 100 perucas. Entre as canções, figuram hits como I am What I am, que se tornou sucesso na voz de Gloria Gaynor e foi traduzida como Eu Sou o Que Sou.
 A peça é uma adaptação do texto La Cage aux Folles , escrito por Jean Poiret em 1973, que virou filme de sucesso em 1978, com Ugo Tognazzi, e teve continuação, com o mesmo ator e menos sucesso, La Cage aux Folles II e III lançados na década de 80. Mike Nichols também refilmou, em 1996, uma versão contemporânea, com Robin Williams.
 Para aqueles que não sabem do que se trata, A Gaiola das Loucas é um espetáculo da Broadway cuja sinopse pode ser descrita como: Georges, personagem de Miguel Falabella é casado com Albin, personagem de Diogo Vilela. Eles possuem um cabaré muito famoso, considerado a jóia da Riveira Francesa, chamado A Gaiola das Loucas, onde o alter-ego de Albin, Zazá, é a estrela do show.
 O casal possui um filho, Jean Michel, personagem do Davi Guilherme, resultado de uma noite de Georges no Lido de Paris com uma bailarina chamada Sybil.  A trama envolve a decisão de Jean Michel se casar com a filha do presidente do Partido da Tradição, Família e Moralidade (PFTM), que é absolutamente contra os homossexuais, fazendo com que Jean Michel peça para seu pai abdicar por uma noite de tudo que o define, inclusive seu companheiro Albin.
 A história se desenrola a partir daí e se torna um excelente roteiro para o espetáculo. Nada mais direi para que possam conferir com seus próprios olhos, mas claramente, percebe-se que é uma comédia, e se me permitem acrescentar, uma das melhores!
 Nada adianta, porém uma excelente história sem um elenco de peso que possa dar vida ao roteiro escrito. Como já disse anteriormente, sou extremamente suspeito a falar, mas agora, vou me deitar e rolar a rasgar elogios às três “loucas” que muito merecem. 
 Miguel Falabella, responsável pela adaptação da peça e das letras, pela direção e ainda pela atuação como Georges é mais uma vez perfeito! Claro que ele molda o texto ao seu estilo (“Você sabe que a língua do povo não tem osso!” e “É melhor um sujeito ver isso do que ser cego!” – típicas frases de Miguel que eram encontradas frequentemente no Toma Lá Dá Cá e que são vistas aqui também) e o Georges é mais um dos caricatos e belos personagens da carreira do Miguel. 
 Não é possível olhar para tão grande ator e não perceber o quanto ele está se divertindo ao colocar aquele gigante espetáculo no ar cinco vezes na semana. Isso é que dá gosto de ver (e de rever)! Percebe-se que ele vai adaptando o texto e as deixas conforme a peça foi sendo exibido, o que mostra um entrosamento muito grande da parte dele e da equipe. Sem mencionar nos improvisos que são absolutamente característicos do seu trabalho, que particularmente me fazem chorar de rir! Assim, Miguel é um gigante que mais uma vez merece os devidos parabéns e merece cada exagero da minha idolatria! Bom, eu falei que iria tentar ser imparcial, mas como esperado, já falhei!
 Diogo Vilela é outro gigante! Se existe uma personagem complexa e excelente seria Albin/ Zazá. Diogo compõe perfeitamente a fragilidade de Albin em comparação à força e à fúria de Zazá no palco. E faz tudo isso de salto e sem perder o tom de comédia da personagem. Albin/ Zazá é complexo e tem as músicas com maior carga dramática no musical, com destaque claro à música “Eu sou o que sou”, que encerra o primeiro ato de forma dramática e derradeira, onde uma poderosa diva dos cabarés se mostra forte e superior a tudo, se recusando a se abaixar aos pedidos de Jean Michel. 
 Mas logo assim que Albin retorna à cena no segundo ato, a fragilidade da personagem volta e ela acaba fazendo a vontade do filho, mostrando o amor de mãe. O contraste entre Zazá e Albin é incrível e dá uma pitada de energia a mais ao espetáculo regado a muitas risadas. Logo, Diogo é a alma do espetáculo, já que carrega consigo a personagem mais carregada de carga dramática da peça.
 Não poderia deixar de comentar a atuação de Jorge Maya, o Jacó. Ele faz o papel do mordomo, amigo, fiel confidente e escudeiro (segundo as palavras dele mesmo) do Albin. É com certeza a personagem mais engraçada da peça e representa claramente o ideal de loucura idealizado no título da peça. Jacó leva à plateia aos risos sempre que se anuncia como criada e não como o mordomo que Georges tanto quer.
 E na música “Isso é pro papai” participa do coro dando vida à música levando a plateia mais uma vez às gargalhadas. Jorge Maya realmente arrasa e das loucas dessa Gaiola, com certeza, é a minha favorita! Nada como ele de Claudine Petit Gâteau no número final do show da Gaiola, que, aliás, é puro glamour!
 Falando em glamour, seria uma injustiça não mencionar aqui os figurinos da peça! Todos são impecáveis. Uma produção extremamente bonita com o envolvimento de profissionais extremamente competentes, principalmente na cortina roxa de Cristais Swarovski e nos ternos do Miguel cheios de cristais também. Tudo é realmente um luxo!
 Os cenários também são excelentes! A peça possui quatro cenários principais (a casa, o camarim da Gaiola, o restaurante Chez Jaqueline, e o Le Sant-Tropez) e as trocas de cenários são feitas de forma muito rápida. Além disso, temos os diversos números da Gaiola que contam com as loucas penduradas no teto, por exemplo. Tudo isso faz com que o espetáculo seja ainda mais grandioso.
 É importante lembrar que o elenco da peça é enorme e as “loucas” do cabaré de Georges são todas sensacionais. Esses homens dançam, rodopiam e cantam de forma exímia e ainda de salto! Com certeza, não há ninguém na peça que esteja fora de sintonia e todos os atores estão muito bem ensaiados e merecem elogios.
 As músicas também são outro ponto interessante da peça. Como um musical da Broadway, o espetáculo é recheado de canções. As canções na sua maioria são alegres, contribuindo para um clima de alegria que contagia os atores e a plateia também. Os atores estão nos conjuntos muito bem afinados. 
 A única ressalva talvez seja ao Diogo Vilela, que apesar de perfeito no papel, tem certa dificuldade em manter notas altas nas músicas mais dramáticas, mas não fica feio. (Nossa, consegui criticar algo!) Embora me doa escrever isso, a voz do Diogo principalmente na música “Um pouco mais de maquiagem” é o único pequeno deslize que vejo na peça, mas que em nada atrapalha ao conjunto desse belo espetáculo. O destaque no quesito voz seria o Davi Guilherme, que solta a voz lindamente na música “Com Anne em meus braços”, além de atuar bem.
 Por fim, é importante destacar a relevância que esse musical tem aos dias de hoje. Apesar de tratar de uma história cômica, o musical indiretamente aborda o tema do homossexualismo com muita naturalidade, não o estigmatizando como algo errado, e sim como uma situação normal na vida das pessoas.O selinho trocado entre Jean Michel e Georges logo no começo mostra de cara a naturalidade que isso é levado pelas personagens e dá uma deixa interessante de como é uma situação natural e que não é errado. 
 Além disso, trata da criação de um filho por um casal gay, algo que ainda nos dias de hoje é um tabu na sociedade, onde casais gays ainda têm muita dificuldade em conseguir adotar crianças. Assim o espetáculo é também um grande chamariz à luta contra a homofobia e pelos direitos dos homossexuais, já que mostra de forma irônica e divertida o quão normal é a vida desse casal gay.
 Vários elementos constituem um musical de grande porte e na Gaiola das Loucas, encontramos uma harmonia entre todos esses fatores. A história é consistente e agradável. As músicas são gostosas e divertidas. Os atores trabalham excepcionalmente bem. E o enredo é muito engraçado! Dessa forma, temos mais um grande musical aqui no Brasil. Recomendo a todos que puderem assistir. Quem assistiu ao Hairspray e gostou e quem gosta de musicais da Broadway (de duração em torno de 2h30min). Encerro com uma frase divertida e minha favorita do espetáculo:
         “Fui criada no cristianismo”. Aprendi a ser humilhada em silêncio, mas acredito que haja, no céu, um lugar guardado pra mim!”�
�
Referências Bibliográficas
http://rioshow.oglobo.globo.com/teatro-e-danca/pecas/a-gaiola-das-loucas-1888.aspx
http://www.esquinamusical.com.br/teatro-a-gaiola-das-loucas/
http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,a-gaiola-das-loucas-vira-musical-com-miguel-falabella,627888
https://www.youtube.com/watch?v=HC7WnRJ_JCg
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/acontece/ac2411201003.htm
https://musicaisbr.wordpress.com/category/criticas/

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