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Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 AULA 5 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Olá pessoal, tudo bem? Cá estamos em mais uma aula de nosso curso? Não, não é mais apenas uma aula, é a quinta aula! Tá passando rápido, não é? Então, na aula de hoje, seguindo estritamente o conteúdo do edital para o TRF-2R, será estudado a parte de contratos administrativos. A parte de teoria já foi postada, por isso vamos nos centrar nos exercícios, ok? Se, depois de tantos exercícios, ainda restar dúvida, peço que você releia uma última vez o material teórico. Ah! Só mais um detalhe. Será apresentado um simulado com questões de 2011, todas de FCC, relativas às licitações e contratos. O GABARITO SERÁ POSTADO EM ARQUIVO COMPLEMENTAR, SEGUIDO DE REFERÊNCIAS DA LEI, CASO A CASO. Sem mais verbos, vamos à aula! Cyonil Borges. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 QUESTÕES EM SEQUÊNCIA CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1) (2005/FGV/TJ-PA/JUIZ) A respeito dos contratos administrativos, é correto afirmar que: a) são em tudo equiparados aos contratos de direito privado. b) não são utilizados no direito positivo brasileiro vigente. c) são contratos de direito público, submetidos a regime jurídico de direito público, exorbitante e derrogatório do direito comum. d) são usados apenas nos contratos de aquisição de bens imóveis. e) são usados apenas nas locações entre os órgãos autônomos e os particulares. 2) (2002/FCC/TRT/20R – 2002) O rol de cláusulas necessárias em todo contrato, previsto na Lei 8.666/93, NÃO inclui cláusula que preveja: a) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica. b) a vinculação ao instrumento convocatório da licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu e à proposta do licitante vencedor. c) o prazo de vigência do contrato, seja ele determinado ou indeterminado. d) os critérios, data-base e periodicidade de reajustamento de preços. e) os casos de rescisão. 3) (2010/FCC – TCE/SP - Aux.Fiscal.Financeira II) Em um contrato administrativo, as cláusulas que estabeleçam o regime de execução ou forma de fornecimento; os casos de rescisão e os direitos e as responsabilidades das partes são (A) facultativas. (B) necessárias. (C) dispensáveis. (D) necessária, necessária e facultativa, respectivamente. (E) facultativa, necessária e necessária, respectivamente. 4) (2006/FGV/POTIGÁS/Adm. Júnior) A respeito dos contratos, analise as afirmativas a seguir: I. Os contratos, comuns ou administrativos, devem ser interpretados de acordo com suas cláusulas. II. Os contratos públicos, entre os quais se destacam os celebrados com a Administração Pública, dadas as prerrogativas desta, que Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 impõe as condições e cláusulas, unilateralmente, caracterizam-se como verdadeiros contratos de adesão. III. Os contratos com a Administração Pública devem ter em vista o interesse público, sem menosprezo, entretanto, dos direitos da contratada, sob pena de ferir os princípios constitucionais a que a Administração está vinculada, especialmente os da legalidade, moralidade, eficiência, impessoalidade e da isonomia. Assinale: a) se nenhuma afirmativa estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 5) (2010/FCC – TRE/AL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) De acordo com a Lei no 8.666/93, NÃO é causa justificadora da inexecução do contrato administrativo por parte do contratado: (A) Fato do príncipe. (B) Força maior. (C) Os acréscimos que se fizerem nas obras até vinte e cinco por cento do valor inicial atualizado do contrato. (D) Fato da Administração. (E) Caso fortuito. 6) (2010/FCC - TRE/AM- TEC.Jud-Administrativa) Dentre as causas justificadoras da inexecução do contrato NÃO se inclui (A) o fato do príncipe. (B) a força maior e o caso fortuito. (C) a supressão, por parte da Administração, do objeto do contrato até vinte e cinco por cento do seu valor inicial atualizado. (D) o fato da Administração. (E) o estado de perigo. 7) (2010/FCC – ALESP - Procurador) Sobre as espécies do contrato administrativo, considere: I. Contratos em que o objeto pactuado consiste em construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de determinado bem público. II. Contratos que visam a atividade destinada a obter determinada utilidade concreta de interesse da Administração. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 III. Contratos em que o contratante comete a outro a condução de um empreendimento, reservando para si a competência decisória final. Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos contratos de (A) permissão, serviços e obras. (B) serviços, fornecimento e gerenciamento. (C) serviços, concessão e permissão. (D) obras, gerenciamento e permissão. (E) obras, serviços e gerenciamento. 8) (2008/FGV – SEFAZ/RJ - Fiscal de Rendas) A respeito dos contratos administrativos, de acordo com a Lei 8.666/93, considere as seguintes afirmativas: I. É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. II. A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a revisão do contrato para manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, mas não autoriza a prorrogação dos prazos de execução, conclusão e entrega. III. A prorrogação de contrato administrativo, nas hipóteses admitidas pela lei, exige prévia e expressa autorização da autoridade competente para celebrar o contrato. Assinale: a) se apenas a afirmativa I estiver correta. b) se apenas a afirmativa II estiver correta. c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 9) (2010/FCC - TCM/PA-Téc-Controle-Externo) Sobre os contratos administrativos, é INCORRETO afirmar: (A) A execução do contrato deve ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração, vedada a contratação de terceiros ainda que para assisti-lo ou auxiliá-lo. (B) Nas hipóteses de rescisão unilateral do contrato por razões de interesse público ou pela ocorrência de caso fortuito ou de força maior, a Administração fica obrigada a ressarcir o contratado dos prejuízos comprovados dela decorrentes. (C) Dada a supremacia do interesse público, que vigora no contrato administrativo, este pode conter, dentre outras, cláusulas de exigência de garantia da execução e de alteração ou rescisão unilateral a favor do contratante. (D) Os contratos para os quais a lei exige licitação são, em regra, firmados intuitu personae, isto é, em razão das condições pessoais do contratado, apuradas no procedimento da licitação. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 (E) Uma das peculiaridades do contrato administrativo é a presença de cláusulas exorbitantes. 10) (2007/FGV - FNDE – Especialista) Considere as seguintes afirmativas: I. Não há necessidade de que a minuta do contrato administrativo integre o edital da tomada de preços. II. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente. III. A publicação resumida do instrumento de contratoadministrativo é condição indispensável para sua eficácia. Assinale: a) se apenas a afirmativa I estiver correta. b) se apenas a afirmativa II estiver correta. c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 11) (2006/FCC/TCE/CE – Auditor) Considere as seguintes proposições: I. As cláusulas exorbitantes decorrem do caráter bilateral dos contratos administrativos. II. O Poder Público tem a prerrogativa, irrestrita, de rescindir, unilateralmente, os contratos administrativos. III. A Administração pode aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do contrato administrativo. IV. A Administração pode unilateralmente modificar o contrato administrativo para melhor ajustá-lo às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado e o equilíbrio econômico-financeiro. V. O particular contratado não pode rescindir o contrato administrativo em razão de atraso, inferior a 90 (noventa) dias, dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, ou parcela destas, já executadas. Estão corretas SOMENTE a) III, IV e V. b) II, III e IV. c) III e IV. d) IV e V. e) I e II. 12) (2003/FCC – TRE/Bahia - Analista Judiciário) NÃO é modalidade de garantia na contratação de obras, serviços e compras pela administração: Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 a) hipoteca. b) caução em dinheiro. c) seguro-garantia. d) caução em títulos da dívida pública. e) fiança bancária. 13) (2007/FCC/TCE/MG – Auxiliar de Controle Externo) No que toca ao regime dos contratos administrativos regidos pelo direito público, a Administração Pública pode I. exercer somente as mesmas prerrogativas que um particular poderia numa relação contratual privada. II. modificar os contratos unilateralmente, para melhor adequá-los às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado. III. rescindir os contratos unilateralmente, nos casos especificados em lei. IV. fiscalizar a execução dos contratos. V. aplicar sanções motivadas pela inexecução parcial ou total do ajuste. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, III e V. b) I, IV e V. c) II e IV. d) II, IV e V. II, III, IV e V. 14) (2008/FGV – TCM/RJ – Auditor) Havendo atraso ou inexecução total, ou parcial, do contrato administrativo, a Administração pode impor suspensão temporária de participar em licitação com ela por prazo não superior a: a) 30 meses. b) 12 meses. c) 18 meses. d) 24 meses. e) 6 meses. 15) (2008/FGV – TCM/RJ – Auditor) A declaração de idoneidade para licitar pode perdurar até ser promovida a respectiva reabilitação, após decorrido o prazo da sanção aplicada, sendo requerível após: a) 1 ano. b) 2 anos. c) 4 anos. d) 5 anos. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 e) 3 anos. 16) (2007/NCE/ANAC/TAAD) Com relação às licitações públicas e contratos administrativos, é correto afirmar que: a) a Lei federal n.º 8.666/93 proíbe contratos com duração superior à vigência dos respectivos créditos orçamentários; b) adjudicação é o ato pelo qual se atribui ao vencedor do certame o objeto da licitação c) o sistema de registro de preços dispensa, para a sua implantação, a realização de licitação pública; d) uma das características dos contratos administrativos consiste na imutabilidade, ou seja, na impossibilidade da Administração Pública em alterá-los; e) as empresas públicas e sociedades de economia mista estão desobrigadas de realizar procedimentos licitatórios. 17) (2010/FCC – ALESP - Procurador) Sobre as peculiaridades do contrato administrativo, é INCORRETO afirmar que (A) as cláusulas exorbitantes expressa ou implicitamente previstas no instrumento do contrato são decorrência do princípio da supremacia do interesse público. (B) a alteração ou rescisão unilateral por parte da Administração não precisam estar expressamente previstas no instrumento do contrato. (C) a aplicação das penalidades contratuais diretamente pela Administração resulta do princípio da autoexecutoriedade. (D) é absolutamente vedada a exceptio non adimpleti contractus. (E) a ocupação ou utilização do local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, em caso de rescisão unilateral, tem fundamento no princípio da continuidade do serviço público. 18) (2003/FCC/TRF – 5º região – Técnico Judiciário) A extinção de um contrato administrativo por iniciativa da Administração, no caso de descumprimento de suas cláusulas pelo particular, é denominada a) rescisão administrativa. b) rescisão amigável. c) cassação. d) distrato. e) encampação. 19) (2007/FCC/TRE/PB – Analista Judiciário – Área Administrativa) Sobre a inexecução do contrato administrativo, é INCORRETO afirmar: Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 a) Em regra, se houver atraso superior a noventa dias dos pagamentos devidos pela Administração, o contratado tem o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação. b) Se houver sustação do contrato, o cronograma de execução será prorrogado automaticamente por igual tempo. c) Se ocorrer caso fortuito ou de força maior regularmente comprovada e que impeça a execução do contrato, poderá a Administração Pública rescindir unilateralmente. d) No caso de não cumprimento das especificações ou do projeto do contrato administrativo, poderá acarretar rescisão unilateral e, dentre outras sanções, retenção de eventuais créditos até o limite dos prejuízos causados à Administração. e) Nos casos de inexecução de contrato e conseqüente rescisão por razões de interesse público de alta relevância e amplo conhecimento, independentemente de eventual culpa do contratado, este, só terá direito à devolução da garantia. 20) (2010/FCC – TCE/SP - Aux.Fiscal.Financeira II) A rescisão de contrato, em ocorrendo caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovado, impeditivo da execução do contrato, poderá ser (A) através de documento escrito em que ambas as partes estejam em comum acordo na sua rescisão. (B) determinada por ato unilateral e escrito da Administração. (C) determinada unilateralmente pelo particular contratado, através de carta registrada com aviso de recebimento. (D) através de rescisão formal de contrato administrativo, assinado por ambas as partes e no mínimo duas testemunhas. (E) através de rescisão formal de contrato administrativo, assinado por ambas as partes e no mínimo três testemunhas. 21) (2010/FCC – TCM/CE - Analista de Controle Externo) Os contratos administrativos podem ser rescindidos, (A) unilateralmente, pela Administração, por razões de interesse público e, nas demais hipóteses de conveniência e oportunidade, obrigatoriamente por decisão judicial. (B) unilateralmente, pela Administração, apenas quando ocorra o descumprimento de obrigação assumida pelo contratado. (C) unilateralmente, pela Administração ou pelo contratado, por descumprimento de obrigação contratual ou razões de interesse público. (D) amigavelmente, por acordo entre as partes, desde que haja conveniência da Administração. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 (E) apenas unilateralmente pela Administração, não sendo admitida rescisão amigável.22) (2010/FCC - TRE/AM-Anal.Jud-Administrativa) Dentre os motivos que justificam a rescisão do contrato como consequência da sua inexecução total ou parcial, previstas na Lei no 8.666/93, NÃO se inclui: (A) o atraso injustificado no início da obra ou serviço. (B) a decretação de falência ou a instauração da insolvência civil. (C) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, com justa causa. (D) a subcontratação total ou parcial do objeto do contrato, não admitidas no edital e no contrato. (E) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos. 23) (2008/FGV - Senado Federal - Analista Legislativo- Administração) No que se refere aos contratos administrativos, é certo afirmar que: a) somente é admitida a alteração do contrato pela Administração quando se tratar de ampliação do objeto, que deve estar expressamente prevista no instrumento contratual. b) todos se formalizam por escrito, sendo obrigatório o instrumento de contrato nos casos de concorrência e de tomada de preços. c) a necessidade de revisão contratual para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro do contrato reclama a propositura de ação específica do contratado com o pedido de adequação do preço. d) o contrato de serviços técnicos especializados dispensa a realização de prévia licitação em virtude da especificidade do objeto. e) a rescisão do contrato, no caso de inadimplência do contratado, confere à Administração, entre outros, o direito de ocupar imediatamente o local e utilizar instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade. 24) (2007/FGV - FNDE – Especialista) A respeito dos contratos administrativos, nos termos da Lei 8.666/93, é correto afirmar que: a) o contratado é obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, acréscimos ou supressões nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos. b) o contratado se obriga apenas pelo objeto originalmente previsto no edital de licitação, de forma que não está obrigado a aceitar Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 qualquer acréscimo ou supressão do valor inicial do contrato pretendido pela Administração. c) o contratado está obrigado a aceitar apenas supressões (mas não acréscimos) nas obras, serviços e compras, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento). d) o contratado está obrigado a aceitar apenas acréscimos (mas não supressões) nas obras, serviços e compras, até o limite de 25% do valor inicial atualizado do contrato e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento). e) a majoração de tributos incidentes sobre o objeto do contrato, após a apresentação das propostas, não autoriza a revisão do valor dos preços contratados. 25) (2008/FGV – TCM/PA – Auditor) Os contratos regidos pela Lei de Licitações poderão ser alterados, com as devidas justificativas, ficando o contratado obrigado a aceitar os acréscimos que se fizerem na reforma de edifício até o limite de: a) 10%. b) 40%. c) 30%. d) 20%. e) 50%. 26) (2008/FGV – SENADO - TECNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos contratos administrativos é correto afirmar que: a) podem sofrer alteração unilateral de natureza quantitativa ou qualitativa. b) não podem ser celebrados por empresas públicas e sociedades de economia mista. c) só podem ser rescindidos se houver inadimplemento de obrigações por parte do contratado. d) são formalizados por instrumento escrito, salvo quando se tratar de compra de bens móveis. e) nulos não conferem ao particular o direito à indenização pelo que já tiver executado anteriormente à declaração de nulidade. 27) (2008/FGV - Senado Federal - Advogado) Das afirmativas a seguir, uma está errada. Assinale-a. a) Constitui cláusula necessária do contrato administrativo a indicação da legislação aplicável à sua execução e aos casos omissos no instrumento contratual. b) No caso de suspensão da execução do contrato determinada pela Administração por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 ressalvadas algumas exceções, tem o contratado direito a postular a rescisão do contrato por culpa do ente contratante. c) Configura-se como cláusula exorbitante dos contratos administrativos aquela em que esteja expresso o poder da Administração de fiscalizar a sua execução. d) Na hipótese de contrato de compras, pode a alteração contratual, como regra, exceder o percentual de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, desde que haja acordo expresso firmado pelos contratantes. e) Se a rescisão contratual tiver por fundamento razões de interesse público, tem o contratado o direito à indenização por perdas e danos, inclusive o reembolso relativo ao custo da desmobilização. 28) (2008/FGV - Senado Federal - Consultor de Orçamento) Assinale a afirmativa incorreta. a) A alienação de bens imóveis da Administração deve ser precedida de avaliação prévia e licitação, sendo esta, contudo, dispensada, entre outros, nos casos de permuta e doação. b) As alterações unilaterais qualitativas do contrato administrativo, impostas pela Administração, devem prevalecer sobre as alterações quantitativas. c) Se o Estado pretende alugar imóvel para instalar órgão público, deve realizar licitação, ressalvadas apenas situações específicas, como, por exemplo, a relativa a sua localização. d) Não há vedação para que o administrador público realize concorrência em lugar de tomada de preços, ainda que o valor previsto para o contrato se situe na faixa relativa a esta última modalidade. e) É direito do cidadão a possibilidade de impugnar edital de licitação em razão de alguma contrariedade com a lei, mas o recurso deve ser interposto antes da data da abertura dos envelopes de habilitação. 29) (2008/FGV – PE - Analista em Gestão Administrativa) Com relação aos Contratos Administrativos, com base na Lei Federal nº 8666/93, analise as afirmativas a seguir: I. Caso seja prevista no edital, poderá ser exigida na contratação de serviços de engenharia a prestação de garantia contratual na modalidade fiança bancária. II. Na licitação na modalidade de tomada de preços, o termo de contrato é dispensável nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras. III. A rescisão amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 IV. O contratado é obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, supressões de 50% (cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato, no caso de reforma de edifício. Assinale: a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 30) (2010/FCC – TER/AL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Sobre a formalização dos contratosadministrativos é correto afirmar: (A) Quando não for obrigatório, o instrumento do contrato pode ser substituído, dentre outros documentos, pela nota de empenho de despesa. (B) A minuta do futuro contrato não precisa integrar o edital ou ato convocatório da licitação na modalidade tomada de preços. (C) O contrato verbal com a Administração é permitido na modalidade convite, desde que devidamente justificado pela autoridade competente. (D) A eficácia do contrato administrativo independe da sua publicação na imprensa oficial. (E) A ordem de execução de serviço não é instrumento hábil a substituir o instrumento do contrato, mesmo quando este não seja obrigatório. 31) (2010/FCC - ALESP-Ag.Téc.Leg.Esp.Direito) Uma das características inerentes ao contrato administrativo é a observância da forma prescrita em lei. A esse respeito, é correto afirmar: (A) O Termo de Contrato não é obrigatório no caso de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, sem obrigações futuras, independentemente do valor. (B) Nos contratos de prestação de serviços de natureza comum, a autoridade administrativa pode dispensar a lavratura de Termo de Contrato, substituindo-o por Nota de Empenho. (C) Todos os contratos administrativos precisam ser publicados, na íntegra, no Diário Oficial, no prazo máximo de 20 dias de sua assinatura, sob pena de perder a sua validade. (D) O contrato vincula-se ao instrumento convocatório relativo ao procedimento licitatório que o precedeu, comportando, todavia, inserção de novas condições específicas que garantam a melhor execução do seu objeto. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 (E) O contrato deve fixar o prazo de duração da avença, admitindo- se, contudo, o estabelecimento de prazo indeterminado, quando se tratar de serviços contínuos. 32) (2007/FCC/PMSPA - Auditor Fiscal – 2007) NÃO constitui motivo para a rescisão unilateral de um contrato administrativo pela Administração a) o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos, pela empresa contratada. b) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados. c) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração. d) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa contratada, que prejudique a execução do contrato. e) a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite legalmente permitido. 33) (2002/FGV/ADMINISTRADOR/MP-AM) A inexecução do contrato é o descumprimento de suas cláusulas, no todo ou em parte, sendo justificável quando sobrevêm eventos extraordinários, imprevistos e imprevisíveis, que onerem, retardem ou impeçam a execução normal do contrato. A ocorrência material não cogitada pelas partes na celebração do contrato, mas que surge imprevisivelmente na sua execução, dificultando e onerando excessivamente a conclusão do contrato, denomina-se: a) força maior b) caso fortuito c) fato da administração d) interferência imprevista e) fato do príncipe 34) (2008/FGV – TCM/RJ – Auditor) Quando o Poder Público não providencia as desapropriações necessárias para a execução de serviço público contratado com o particular, dando ensejo a este do desprovimento do contrato, resta configurado: a) fato da administração. b) fato do príncipe. c) caso fortuito. d) força maior. e) lesão grave. 35) (2010/FCC - TRE/AM- ANAL.Jud-JUDICIÁRIA) O fato do príncipe, como causa justificadora da inexecução do contrato, Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 (A) constitui álea econômica, razão porque, em regra, a Administração Pública responde pela recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. (B) distingue-se do fato da Administração, pois, este se relaciona diretamente com o contrato, enquanto aquele só reflexamente repercute sobre o contrato. (C) trata-se de responsabilidade contratual. (D) aplica-se mesmo que a autoridade responsável por ele seja de outra esfera de Governo. (E) não existe no Direito Brasileiro porquanto aqui prevalece o regime democrático e a forma presidencialista de Governo. 36) (2009/FGV – SEFAZ/RJ – FISCAL DE RENDAS) A respeito do contrato administrativo, analise as afirmativas a seguir. I. O contrato de concessão admite cláusula compromissória. II. A regra de que a duração dos contratos previstos na Lei nº 8.666/93 está adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários aplica-se a todos os contratos. III. O fato do príncipe que justifica o reajuste do contrato só pode ocorrer em contratos de prazo superior a um ano. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as alternativas estiverem corretas. 37) (2009/FGV – TJ/PA – Juiz Substituto de Carreira) Em relação aos Contratos Administrativos e com base na Lei Federal 8.666/93, analise as afirmativas a seguir. I. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, exceto nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem e nas situações de emergência ou de calamidade. II. O termo de contrato, dependendo do seu valor, é facultativo nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. III. O recebimento provisório do objeto contratado deverá ser dispensado nas situações emergenciais e nas pequenas compras de pronto pagamento, feitas em regime de adiantamento. IV. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com o contrato. Assinale: a) se nenhuma afirmativa estiver correta. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente a afirmativa IV estiver correta. e) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. 38) (2010/FCC – TCE/SP - Aux.Fiscal.Financeira II) Executado o contrato, o seu objeto será recebido, em se tratando de obras e serviços, provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante (A) termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 60 dias da comunicação escrita do contratado. (B) documento público específico, assinado pelas partes em até 15 dias da comunicação escrita do contratado e registrado em cartório. (C) termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 dias da comunicação escrita do contratado. (D) documento público específico, assinado pelas partes em até 60 dias da comunicação escrita do contratado e registrado em cartório. (E) aditivo contratual, assinado pelas partes em até 30 dias da comunicação escrita do contratado. REVISÃO SURPRESA DOS TÓPICOS JÁ ESTUDADOS 39) (2010/FCC – TRT/PR - Analista Administrativo) Sobre os servidores públicos, é correto afirmar: (A) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.(B) Aos servidores titulares de cargos efetivos da União é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e não solidário, mediante contribuição do respectivo ente público. (C) É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos por portaria do Tribunal Superior do Trabalho. (D) Para a aquisição da estabilidade é facultativa a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (E) Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável será exonerado em prol do erário público. 40) (2010/FCC – TRT/PR - Analista Administrativo) Analise as seguintes assertivas acerca dos atos administrativos: Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 I. A competência administrativa, sendo requisito de ordem pública, é intransferível e improrrogável pela vontade dos interessados. Pode, entretanto, ser delegada e avocada, desde que o permitam as normas reguladoras da Administração. II. A forma é o revestimento que exterioriza o ato administrativo e consiste, portanto, em requisito vinculado. Logo, a inexistência da forma, vicia substancialmente o ato, tornando-o passível de nulidade. III. Convalidação consiste no suprimento da invalidade de um ato administrativo e pode derivar de ato da Administração ou de ato do particular afetado pelo provimento viciado, sendo que, nesta hipótese, não terá efeitos retroativos. IV. Caso a Administração revogue várias autorizações de porte de arma, invocando como motivo o fato de um dos autorizados ter se envolvido em brigas, referida revogação só será válida em relação àquele que perpetrou a situação fática geradora do resultado do ato. Está correto o que consta APENAS em (A) I, II e III. (B) II e IV. (C) I e IV. (D) I, III e IV. (E) II e III. 41) (2010/FCC – TRT/PR - Analista Administrativo) Analise as seguintes assertivas acerca do tema cargos, empregos e funções públicas: I. As funções de confiança podem ser exercidas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou não e destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. II. Nas funções exercidas por servidores contratados temporariamente, como ocorre nos casos de contratação por prazo determinado, não se exige, necessariamente, concurso público. III. A extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos, exige lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. IV. Empregos públicos são núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista. Está correto o que consta APENAS em (A) II e IV. (B) I e IV. (C) II e III. (D) II e III. (E) I, III e IV. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 42) (2010/FCC – TRT/PR - Analista Administrativo) Sobre as sanções administrativas previstas na Lei no 8.666/1993, considere: I. Pela inexecução total ou parcial do contrato, a Administração poderá aplicar ao contratado, dentre outras penalidades, suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a dois anos. II. A aplicação de multa de mora por atraso injustificado na execução do contrato impede a Administração de rescindir unilateralmente o contrato. III. A multa de mora por atraso injustificado na execução do contrato, aplicada após regular processo administrativo, não pode ser descontada da garantia contratual. IV. As sanções de advertência, suspensão temporária de participação de licitação e declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública impostas pela inexecução total ou parcial do contrato, podem ser aplicadas juntamente com a multa prevista no instrumento convocatório ou no contrato. V. A sanção de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública é de competência do gestor do contrato. Está correto o que consta APENAS em (A) I e IV. (B) IV e V. (C) III, IV e V. (D) I, II e V. (E) II e III. 43) (2010/FCC – TRT/PR - Analista Administrativo) Tendo em vista expressa previsão da Lei no 10.520/2002, é incorreto afirmar que ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e será descredenciado no SICAF, ou nos sistemas semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, quem (A) não celebrar o contrato, ainda que convocado dentro do prazo de validade da sua proposta. (B) não apresentar garantia da proposta. (C) não mantiver a proposta. (D) ensejar o retardamento da execução do objeto do contrato. (E) deixar de entregar documentação exigida para o certame. 44) (2010/FCC – TRT/PR - Analista Administrativo) A forma de organização que tem como fundamento a repartição de funções entre os vários órgãos de uma mesma administração, Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 em geral no âmbito geográfico, para que o serviço esteja próximo ao cidadão, cabendo ao órgão central o planejamento, a supervisão direta, o controle das atividades, e a definição de normas e critérios operacionais, é denominada (A) desconcentração administrativa. (B) desconcentração matricial por programas. (C) descentralização funcional por serviços. (D) desconcentração por concessão administrativa. (E) descentralização administrativa. 45) (2010/FCC – TRT/PR - Analista Administrativo) Sobre as características da administração pública gerencial considere: I. No plano da estrutura organizacional tornam-se essenciais a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos. II. Tem como princípios orientadores do seu desenvolvimento o poder racional-legal. III. O cidadão é visto como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços. IV. Sua estratégia volta-se para a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade. V. Os cargos são considerados prebendas. É correto o que consta APENAS em (A) II, III e IV. (B) I, III e IV. (C) II, III e V. (D) I e V. (E) I e II. 46) (2010/FCC - TRT/9R - Analista Judiciário) Analise as seguintes assertivas acerca dos princípios básicos da Administração Pública: I. O princípio da eficiência, introduzido pela Emenda Constitucional no 19/1998, é o mais moderno princípio da função administrativa e exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros. II. Todo ato administrativo deve ser publicado, só se admitindo sigilo nos casos de segurança nacional, investigações policiais, ou interesse superior da Administração a ser preservado em processo previamente declarado sigiloso. III. Quanto ao princípio da motivação, não se admite a chamada motivação aliunde, consistente em declaração de concordância com Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas. IV. A publicidade é elemento formativo do ato administrativo, ou seja, sua divulgação oficial para conhecimento público é requisito imprescindível à própria formação do ato e consequente produção de efeitos jurídicos. Está correto o que consta APENAS em (A) II, III e IV. (B) I, II e IV. (C) I e II. (D) I e IV. (E) II e III. 47) (2010/FCC - TRT/9R - Analista Judiciário)No que concerne ao tema sociedades de economia mista e empresas públicas, é INCORRETO afirmar: (A) As empresas públicas podem adotar qualquer forma societária, inclusive a forma de sociedade “unipessoal”. (B) O pessoal das empresas públicas e das sociedades de economia mista são considerados agentes públicos, para os fins de incidência das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa. (C) As sociedades de economia mista apenas têm foro na Justiça Federal quando a União intervém como assistente ou opoente ou quando a União for sucessora da referida sociedade. (D) Ambas somente podem ser criadas se houver autorização por lei específica, cabendo ao Poder Executivo as providências complementares para sua instituição. (E) No capital de empresa pública, não se admite a participação de pessoa jurídica de direito privado, ainda que integre a Administração Indireta. 48) (2010/FCC - TRT/9R - Analista Judiciário) Em razão de doença, Alberto, funcionário público federal efetivo, ficou com a sua capacidade física reduzida para o exercício do cargo de que era titular, o que foi constatado por inspeção médica. Em razão disso, precisou ser investido em novo cargo, compatível com a sua condição física, o que ocorreu, segundo a Lei no 8.112/1990, pela forma de provimento denominada (A) recondução. (B) readaptação. (C) transferência. (D) reversão. (E) reintegração. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 49) (2010/FCC – TRE/RS – Analista) No que se refere à Administração Pública é certo que (A) os vencimentos dos cargos do Poder Judiciário, em razão das limitações de seu exercício, poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. (B) ao servidor público civil é garantido o direito de greve, nos termos definidos pelo ato administrativo, assim como à livre associação, mas não de natureza sindical. (C) o decreto pode estabelecer os casos de contratação por tempo determinado para atender necessidades temporárias ou permanentes. (D) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. (E) a proibição de acumular cargos ou funções públicas não abrange os empregos nas sociedades de economia mista e nas empresas públicas. 50) (2010/FCC – TRE/RS – Analista) De acordo com a Lei no 8.666/93, nas compras processadas pelo sistema de Registro de Preços, será observada, dentre outras, a seguinte regra: (A) Os preços registrados serão publicados anualmente para orientação da Administração, na imprensa oficial. (B) O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado. (C) A seleção será feita mediante concorrência ou tomada de preços, conforme o valor estimado. (D) Validade do registro não superior a dois anos. (E) Para impugnar preço constante do quadro geral em razão da incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado, o impugnante deve ter participado da licitação. 51) (2010/FCC – TRE/RS – Analista) A aquisição de bens imóveis pela Administração (A) não pode ser feita por meio de dação em pagamento. (B) não deve ser objeto de registro imobiliário, se for de uso especial ou dominial (ou dominical). (C) pode ser feita com dispensa de licitação se o bem escolhido for o único que convenha à Administração. (D) deve observar os instrumentos de Direito Público, se for feita contratualmente. (E) não pode ser feita por arrecadação em nenhuma hipótese. 52) (2010/FCC – TJ/PI – Assessor) A Emenda Constitucional no 19, de 4 de junho de 1988, acrescentou um importante Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 princípio ao rol do art. 37 da atual Constituição Federal Brasileira, o qual tem norteado a criação de novos institutos jurídicos como, por exemplo, os contratos de gestão e as organizações sociais. Este princípio é o da (A) legalidade. (B) moralidade. (C) eficiência. (D) impessoalidade. (E) proporcionalidade. 53) (2010/FCC – TJ/PI – Assessor) É inexigível a licitação (A) para contratação de serviços técnicos, tais como, assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização. (B) para compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da Administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia. (C) quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas. (D) para contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos. (E) para fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. 54) (2010/FCC – TJ/PI – Assessor) A proibição de importar determinado produto pode acarretar desequilíbrio na economia de um contrato administrativo, o que exigirá sua revisão ou mesmo rescisão. Trata-se de exemplo de (A) fato da Administração. (B) fato do príncipe. (C) caso fortuito. (D) teoria da imprevisão. (E) força maior. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 55) (2010/FCC – TJ/PI – Assessor) Analise as seguintes assertivas a respeito dos atos administrativos. I. Ocorre desvio de poder quando a autoridade usa do poder discricionário para atingir finalidade alheia ao interesse público. II. Se a Administração concedeu afastamento, por dois meses, a determinado funcionário, a revogação do ato será possível mesmo se já tiver transcorrido o aludido período. III. Na hipótese de dispensa de servidor exonerável ad nutum, se forem dados os motivos para tanto, ficará a autoridade que os deu sujeita à comprovação de sua real existência. IV. O vício de incompetência admite convalidação, que nesse caso recebe o nome de ratificação, desde que não se trate de competência outorgada com exclusividade. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, III e IV. (B) I, II e III. (C) III e IV. (D) II e IV. (E) I e III. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Marque as suas respostas. 1 13 25 37 49 2 14 26 38 50 3 15 27 39 51 4 16 28 40 52 5 17 29 41 53 6 18 30 42 54 7 19 31 43 55 8 20 32 44 9 21 33 45 10 22 34 46 11 23 35 47 12 24 36 48 Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Confira o seu desempenho. 1 C 13 E 25 E 37 D 49 D 2 C 14 D 26 A 38 C 50 B 3 B 15 B 27 D 39 A 51 C 4 E 16 B 28 B 40 C 52 C 5 C 17 D 29 B 41 A 53 A 6 C 18 A 30 A 42 A 54 B 7 E 19 E 31 A 43 B 55 A 8 D 20 B 32 E 44 A 9 A 21 D 33 D 45 B 10 D 22 C 34 A 46 C 11 A 23 E 35 B 47 E 12 A 24 A 36 A 48 B Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 TIRA-TEIMA– QUESTÕES COMENTADAS 1) (2005/FGV/TJ-PA/JUIZ) A respeito dos contratos administrativos, é correto afirmar que: a) são em tudo equiparados aos contratos de direito privado. b) não são utilizados no direito positivo brasileiro vigente. c) são contratos de direito público, submetidos a regime jurídico de direito público, exorbitante e derrogatório do direito comum. d) são usados apenas nos contratos de aquisição de bens imóveis. e) são usados apenas nas locações entre os órgãos autônomos e os particulares. Comentários: Direto aos itens Alternativa A – INCORRETA. As normas de regência dos contratos administrativos são estabelecidas no art. 54 da LLC, que assim preceitua (dispõe): “Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam- se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado” (os grifos são constam no original). Percebe-se, sem dificuldade, que o Direito Privado, do qual é ramo o Direito Civil, aplica-se tão-só em caráter subsidiário aos contratos administrativos, ou seja, quando da existência de lacunas no direito público faculta-se a utilização supletiva do direito privado. Alternativa B – INCORRETA. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 22, XXVII, estabelece que à União compete privativamente estabelecer normas gerais de contratação e de licitações. A contratação citada pelo Texto Constitucional é a administrativa. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Contratos administrativos são os acordos firmados pela Administração e pessoas físicas ou jurídicas, dirigidos, por exemplo, à prestação de serviços e ao uso de bem público. Diferentemente dos contratos privados, os contratos administrativos são regidos predominantemente pelo Direito público e não proporcionam ampla liberdade ao Administrador Público, afinal de contas a Administração só pode fazer ou deixar de fazer o que a lei autoriza ou permite (princípio da legalidade administrativa). Obviamente, havendo uma lacuna no trato da disciplina (deficiência na legislação), podem ser aplicadas supletivamente (subsidiariamente) as normas de direito privado, conforme dispõe o art. 54 da Lei de Licitações. Para sedimentarmos nosso aprendizado, citamos o seguinte exemplo, extraído do curso lá do site do Senado Federal (Profº Lucas Rocha Furtado): “A administração pública adquiriu determinado imóvel, sendo que, depois de celebrado o contrato, um terceiro ingressou com ação de usucapião, no qual alegava haver adquirido a propriedade do bem antes mesmo da celebração do contrato com a administração. Julgada procedente a ação de usucapião, a administração perdeu a propriedade do bem que havia adquirido. Em face dessa situação, como deve o administrador proceder? A lei nº 8.666/93 não dá solução para essa questão. Qual a legislação a ser utilizada para socorrer a administração?” “O Código Civil, em seus arts. 447 e seguintes, disciplina o instituto da evicção. O próprio art. 447 determina que “nos contratos onerosos, pelos quais se transfere o domínio, posse ou uso, será obrigado o alienante a resguardar o adquirente dos riscos da evicção, toda vez que se não tenha excluído expressamente esta responsabilidade”. A evicção seria, assim, o instituto que obriga o alienante a assegurar a propriedade do bem alienado ao adquirente. Esse instituto não foi disciplinado pela Lei de Licitações, mas também não lhe é incompatível. Nada impede, portanto, que, no caso citado, a administração, que havia adquirido o imóvel e perdido sua propriedade, apele às regras relativas à evicção para obrigar o alienante a indenizá-la nos termos do art. 450 do Código Civil.” Alternativa C – CORRETA. O item está perfeito. A expressão exorbitante refere-se à presença de cláusulas exorbitantes. A palavra exorbitante quer dizer “ir além”, “vencer limites”, “desbordar”, “extravasar”; já o termo cláusula remete à ideia de regra, de dispositivo. Da união surge que cláusulas exorbitantes são regras previstas nos contratos administrativos que vão além da Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 órbita da esfera do emitente, obrigando o receptor ao seu cumprimento, como aplicação do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. A presença de tais cláusulas (exorbitantes) é que caracteriza a figura dos contratos administrativos. O Estado, para alcançar regularmente o interesse público, deve contar com poderes diferenciados, prerrogativas especiais. Para a doutrina, referidas cláusulas caracterizam-se por serem incomuns, pelo menos nos contratos regidos pelo Direito Privado firmados entre particulares, seja porque seriam nulas, seja pela inadequação aos acordos privados, ainda que não fossem nulas. As cláusulas exorbitantes provocam o desnivelamento da relação contratual, tornam a bilateralidade contratual quase em unilateralidade, em razão da desigualdade jurídica que as cercam. Obviamente, os particulares bem sabem disso, estão cientes de que com a assinatura (consensual) do contrato administrativo acham-se presos à supremacia do interesse público sobre o privado. Supremacia essa traduzida, com visto, nas conhecidas “cláusulas exorbitantes”. O art. 58 da lei nº 8.666/93, que trata dessas cláusulas, dispõe nos seguintes termos: Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; III - fiscalizar-lhes a execução; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. § 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. § 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Alternativa D – INCORRETA. Já tivemos a oportunidade de alertar aos amigos para o uso de determinadas expressões, como é o caso de “apenas”. Nos termos do art. 2º da Lei nº 8.666/93, as obras; os serviços, inclusive de publicidade; as compras; as alienações; as concessões 1 ; as permissões e as locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nessa Lei. É fácil perceber que o campo de aplicação da Lei é bem abrangente, indo muito além de simples aquisições. Alternativa E – INCORRETA. Como se disse, o campo de aplicação da Lei de Licitações não se restringe a locações ou a aquisições, apenas, envolve ainda serviços de publicidade, permissões, concessões, e compras (ver item D). Gabarito: alternativa C. 2) (2002/FCC – TRT/20R) O rol de cláusulas necessárias em todo contrato, previsto na Lei 8.666/93, NÃO inclui cláusula que preveja:a) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica. b) a vinculação ao instrumento convocatório da licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu e à proposta do licitante vencedor. c) o prazo de vigência do contrato, seja ele determinado ou indeterminado. d) os critérios, data-base e periodicidade de reajustamento de preços. e) os casos de rescisão. Comentários: 1 As concessões e permissões de serviços públicos ou de serviço público precedidas da realização de obra pública serão tratadas em tópico específico (Lei n. 8.987/95). Cabe aqui registrar que, nos termos do art. 175 da Constituição Federal, o Poder Público deve, direta ou indiretamente (p. ex, concessionárias), prestar serviços públicos, sempre através de licitação. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 O art. 55 da LLC fornece um rol com 13 cláusulas necessárias, são elas. Transcrevemos, a seguir, quadro resumo. CLÁUSULAS NECESSÁRIAS DISPOSITIVOS AUXILIARES 1. Objeto Art. 38 2. Regime de Execução Art. 10 3. Preço e condições de pagamento, critérios de reajuste Arts. 5º; 40, XI e XIV, a e c; 82; arts. 11, § 1º, e 15 da Lei n. 8.880/94 4. Prazos de início e conclusão Arts. 6º, XI; 73 a 76. 5. Crédito pelo qual correrá a despesa Arts. 6º e 60 da Lei 4.320/64 6. Garantias Art. 56 7. Direitos/responsabilidades, penalidades e valores de multa Arts. 79, 81 a 88 8. Casos de rescisão Art. 78 9. Reconhecimento de direitos Arts. 77, 78 e 79 10. Condições de importação Art. 42 11. Vinculação ao ato de dispensa Art. 26 12. Legislação aplicável Art. 121 13. Manutenção das condições de habilitação Arts. 13, § 3º, 27 a 31 Observação final: nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive daquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no §6º do art. 32 da Lei. Gabarito Oficial: alternativa C. O contrato administrativo, conforme a Lei 8.666/93, não pode ter prazo indeterminado. O art. 55, inc. IV, da LLC determina como cláusula obrigatória nos contratos administrativos: os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso, pelo que se percebe que há, Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 necessariamente, um prazo de vigência dos contratos administrativos. Para não deixar dúvida, o legislador estabeleceu de modo expresso que não há contrato administrativo com prazo de vigência indeterminado na Lei 8.666/93 (art. 57, § 3º, LLC). 3) (2010/FCC – TCE/SP - Aux.Fiscal.Financeira II) Em um contrato administrativo, as cláusulas que estabeleçam o regime de execução ou forma de fornecimento; os casos de rescisão e os direitos e as responsabilidades das partes são (A) facultativas. (B) necessárias. (C) dispensáveis. (D) necessária, necessária e facultativa, respectivamente. (E) facultativa, necessária e necessária, respectivamente. Comentários: Questão rápida e veloz! Fixação! Nos termos do art. 55 da LLC, temos as cláusulas necessárias, daí a correção da alternativa B. Ver quadro na questão anterior. Gabarito: Alternativa B. 4) (2006/FGV/POTIGÁS/Adm. Júnior) A respeito dos contratos, analise as afirmativas a seguir: I. Os contratos, comuns ou administrativos, devem ser interpretados de acordo com suas cláusulas. II. Os contratos públicos, entre os quais se destacam os celebrados com a Administração Pública, dadas as prerrogativas desta, que impõe as condições e cláusulas, unilateralmente, caracterizam-se como verdadeiros contratos de adesão. III. Os contratos com a Administração Pública devem ter em vista o interesse público, sem menosprezo, entretanto, dos direitos da contratada, sob pena de ferir os princípios constitucionais a que a Administração está vinculada, especialmente os da legalidade, moralidade, eficiência, impessoalidade e da isonomia. Assinale: a) se nenhuma afirmativa estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentários: Vamos direto aos quesitos. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 I – CORRETO. A Banca faz menção a contratos comuns, estes devem ser entendidos como contratos privados, ordinários, ou seja, firmados entre particulares. Tanto os contratos comuns quanto os administrativos formam lei entre as partes (“lex inter partes”) e devem ser cumpridos obrigatoriamente (“pacta sunt servanda”). Contudo, pedimos atenção do amigo concursando para o fato de que a pacta sunt servanda, mesmo no direito civil, vem sofrendo redução (mitigação), ou seja, as cláusulas devem ser obedecidas tão-somente se as condições inicialmente estabelecidas permanecerem constantes do início ao término do ajuste, pois, caso contrário, aplicar-se-á a cláusula “rebus sic stantibus” ("enquanto as coisas estão assim"), a qual, de certa forma, reduz a obrigatoriedade de que o contrato deve ser cumprido a qualquer custo (“pacta sunt servanda”), garantindo, por conseguinte, que o contrato seja alterado (revisto) ou mesmo desfeito, sem ônus para as partes. Teremos a oportunidade de estudar a aplicação da Teoria da Imprevisão. II – CORRETO. Regra geral, todas as cláusulas contratuais são desenhadas pela Administração, quer dizer, são regras fixadas unilateralmente, cabendo à contratada apenas a assinatura, a aderência. A adesão pelo particular não retira, não afasta, no entanto, o caráter de comutatividade do contrato, isto é, continuará existindo equivalência entre as obrigações previamente ajustadas. Em síntese, fica preservada a natureza comutativa do contrato, de maneira a permitir a equivalência intrínseca entre as prestações e a reciprocidade das obrigações. Uma última observação. Nem todos os contratos são de adesão, no sentido de as cláusulas terem sido estabelecidas pela Administração. Por exemplo: os contratos de seguro ou de financiamento (contratos semipúblicos) são padronizados pelas instituições, competindo ao Poder Público, se entender conveniente, a adesão. Todavia, estes contratos não são PÚBLICOS, mas PRIVADOS firmados pela Administração Pública. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 III – CORRETO. É bem verdade que a Administração tem amplos poderes (cláusulas exorbitantes), com o objetivo de atender ao interesse público. Por exemplo: nos termos do art. 65, a Administração pode alterar unilateralmente as cláusulas regulamentares ou de serviços dos contratos administrativos tanto no aspecto da qualidade (modificações do projeto e das especificações), quanto da quantidade (em decorrência de acréscimos ou diminuições do objeto). Porém, mesmo o uso de cláusula exorbitante encontra restrições pela Administração. A primeira é que as modificações não podem ultrapassar determinados limites (25% de acréscimos e de supressões e 50% de acréscimos, neste último caso quando envolver reforma de edifícios ou de equipamentos). A segunda é que apenas as cláusulas REGULAMENTARES podem ser alteradas unilateralmente.Já as CLÁUSULAS ECONÔMICO-FINANCEIRAS dependem da prévia concordância Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 do contratado. Destaca-se, inclusive, que a proteção às cláusulas financeiras não pode ser sequer ser afastada por lei, isso porque a Constituição, em seu art. 37, XXI, dispõe expressamente que devem ser “mantidas as condições efetivas das propostas”. Gabarito: alternativa E. 5) (2010/FCC – TRE/AL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) De acordo com a Lei no 8.666/93, NÃO é causa justificadora da inexecução do contrato administrativo por parte do contratado: (A) Fato do príncipe. (B) Força maior. (C) Os acréscimos que se fizerem nas obras até vinte e cinco por cento do valor inicial atualizado do contrato. (D) Fato da Administração. (E) Caso fortuito. Comentários: Questão de fixação. As alterações contratuais podem ser unilaterais ou bilaterais, no entanto apenas no primeiro caso é que temos as cláusulas exorbitantes. As cláusulas exorbitantes, apesar de garantidoras de privilégios, não se traduzem em arbitrariedade, ou seja, há limites que devem ser observados pelo Estado. Os limites legais são de 25% (para acréscimos ou para supressões) e de 50% (nesse caso, apenas para acréscimos, e, ainda assim, tratando-se de reforma de edifícios ou de equipamentos). Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Portanto, os acréscimos que se fizerem nas obras até 25% (alternativa C) não é causa justificadora da inexecução. Gabarito: alternativa C. 6) (2010/FCC - TRE/AM- TEC.Jud-Administrativa) Dentre as causas justificadoras da inexecução do contrato NÃO se inclui (A) o fato do príncipe. (B) a força maior e o caso fortuito. (C) a supressão, por parte da Administração, do objeto do contrato até vinte e cinco por cento do seu valor inicial atualizado. (D) o fato da Administração. (E) o estado de perigo. Comentários: De novo? Percebam que a questão é “totalmente diferente”! Afinal, na alternativa C, temos supressões. Eita originalidade! Gabarito: alternativa C. 7) (2010/FCC – ALESP - Procurador) Sobre as espécies do contrato administrativo, considere: I. Contratos em que o objeto pactuado consiste em construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de determinado bem público. II. Contratos que visam a atividade destinada a obter determinada utilidade concreta de interesse da Administração. III. Contratos em que o contratante comete a outro a condução de um empreendimento, reservando para si a competência decisória final. Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos contratos de (A) permissão, serviços e obras. (B) serviços, fornecimento e gerenciamento. (C) serviços, concessão e permissão. (D) obras, gerenciamento e permissão. (E) obras, serviços e gerenciamento. Comentários: Item I – OBRAS. Simples leitura do art. 6º da LLC. Item II – SERVIÇOS. Leitura do art. 6º da LLC. Item III – GERENCIAMENTO. Por fim, os contratos de gerenciamento. São definidos como sendo aqueles em que a Administração entrega ao gerenciador a condução de um empreendimento, mantendo-se titular, ou seja, não repassa para Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 o gerenciador a competência decisória e, por essa razão, responsabiliza-se pelos encargos financeiros da execução das obras e dos serviços projetados. Gabarito: alternativa E. 8) (2008/FGV – SEFAZ/RJ - Fiscal de Rendas) A respeito dos contratos administrativos, de acordo com a Lei 8.666/93, considere as seguintes afirmativas: I. É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. II. A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a revisão do contrato para manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, mas não autoriza a prorrogação dos prazos de execução, conclusão e entrega. III. A prorrogação de contrato administrativo, nas hipóteses admitidas pela lei, exige prévia e expressa autorização da autoridade competente para celebrar o contrato. Assinale: a) se apenas a afirmativa I estiver correta. b) se apenas a afirmativa II estiver correta. c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentários: Questão relativamente simples. O item II é o único incorreto, isso porque, por razões lógicas, se o projeto é alterado, além da revisão da equação do equilíbrio econômico-financeiro, o cronograma sofrerá (ou deverá sofrer) igual modificação. Gabarito: alternativa D. 9) (2010/FCC - TCM/PA-Téc-Controle-Externo) Sobre os contratos administrativos, é INCORRETO afirmar: Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 (A) A execução do contrato deve ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração, vedada a contratação de terceiros ainda que para assisti-lo ou auxiliá-lo. (B) Nas hipóteses de rescisão unilateral do contrato por razões de interesse público ou pela ocorrência de caso fortuito ou de força maior, a Administração fica obrigada a ressarcir o contratado dos prejuízos comprovados dela decorrentes. (C) Dada a supremacia do interesse público, que vigora no contrato administrativo, este pode conter, dentre outras, cláusulas de exigência de garantia da execução e de alteração ou rescisão unilateral a favor do contratante. (D) Os contratos para os quais a lei exige licitação são, em regra, firmados intuitu personae, isto é, em razão das condições pessoais do contratado, apuradas no procedimento da licitação. (E) Uma das peculiaridades do contrato administrativo é a presença de cláusulas exorbitantes. Comentários: Alternativa A – INCORRETA. É possível sim a contratação de terceiros para auxiliar a Administração, daí a incorreção. Alternativa B – CORRETA. Verdade. Além do ressarcimento, o pagamento pelo custo da desmobilização. Alternativa C – CORRETA. Perfeito. São cláusulas exorbitantes: exigência de garantia, aplicação de penalidades, rescisão unilateral, alteração unilateral, ocupação provisória. Alternativa D – CORRETA. O contrato administrativo, regra geral, é intuitu personae, o que importa dizer que, em tese, o particular vencedor da licitação é o que melhor comprovou as condições de contratar com a Administração, devendo, portanto, ser o responsável pela execução do contrato. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Ah! Isso não significa, por exemplo, que o legislador não admita a subcontratação, que, no caso, é sempre parcial de obra, serviço ou fornecimento até o limite consentido, EM CADA CASO, pelo edital, pelo contrato e pela Administração (cumulativamente), isso sem prejuízo da responsabilidade legal e contratual do particular contratado, conforme dispõe o art. 72 da LLC. Alternativa E – CORRETA. Perfeito! A presença das cláusulas exorbitantes é uma das características dos contratos administrativos. Gabarito: alternativa A. 10) (2007/FGV - FNDE – Especialista) Considere as seguintes afirmativas: I. Não há necessidade de que a minuta do contrato administrativo integre o edital da tomada de preços. II. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente. III. A publicação resumida do instrumento de contrato administrativo é condição indispensável para sua eficácia. Assinale: a) se apenas a afirmativaI estiver correta. b) se apenas a afirmativa II estiver correta. c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentários: Vamos direto às análises. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Item I – INCORRETO. A minuta do contrato é parte integrante (obrigatória) do edital, daí a incorreção da alternativa. Item II – CORRETO. Os atos com vícios podem ou não ser anulados. Com os contratos, a história não é diferente, ou seja, contratos viciados devem ser anulados e, de regra, com efeitos retroativos. Item III – CORRETO. Já foi objeto de análise. A publicidade não é condição para a validade do contrato, mas sim de sua eficácia. Com outras palavras, contratos internamente inválidos, depois da publicação, continuam inválidos. Gabarito: alternativa D. 11) (2006/FCC/TCE-CE - Auditor) Considere as seguintes proposições: I. As cláusulas exorbitantes decorrem do caráter bilateral dos contratos administrativos. II. O Poder Público tem a prerrogativa, irrestrita, de rescindir, unilateralmente, os contratos administrativos. III. A Administração pode aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do contrato administrativo. IV. A Administração pode unilateralmente modificar o contrato administrativo para melhor ajustá-lo às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado e o equilíbrio econômico-financeiro. V. O particular contratado não pode rescindir o contrato administrativo em razão de atraso, inferior a 90 (noventa) dias, dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, ou parcela destas, já executadas. Estão corretas SOMENTE a) III, IV e V. b) II, III e IV. c) III e IV. d) IV e V. e) I e II. Comentários: Vamos direto às análises. Item I – INCORRETO. As cláusulas exorbitantes destinam- se a assegurar a posição de supremacia da Administração em relação ao particular, em decorrência da prevalência do interesse público sobre o particular. Logo, são cláusulas utilizadas unilateralmente pela Administração-contratante. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Item II – INCORRETO. É bem verdade que há possibilidade de rescisão unilateral dos contratos firmados pela Administração Publica, mas tal possibilidade não é irrestrita. Neste sentido, estabelece o § único do art. 78 da LLC: Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurados o contraditório e a ampla defesa. Mesmo a alegação de rescisão por razões de interesse público pela Administração Pública encontra obstáculos. O inc. XII do art. 78 da LLC registra que as condições de tal rescisão sejam justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato. Item III – CORRETO. As falhas e vícios cometidos pelas empresas ao longo do procedimento de licitação podem acarretar a aplicação de sanções (Poder Disciplinar), garantidos, em todo caso, o contraditório e a ampla defesa. Além da rescisão contratual pela inexecução culposa por parte da empresa, o art. 87 da LLC, como cláusula exorbitante (art. 58, IV, da LLC), registra outras penalidades, vistas mais à frente. A aplicação de tais penalidades não pode ficar sob o poder discricionário do administrador, afinal, como aprendemos, não pode o administrador escolher entre punir ou não punir (o ato é vinculado), o que pode acontecer, pela circunstância de não haver uma tipificação fechada (certa, adequada) como no Direito Penal, é a existência de certa margem de discrição na gradação (na dose) das penalidades. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Item IV – CORRETO. É exatamente o que prevê o art. 58, inc. I, da Lei de Licitações. Geralmente, nos concursos públicos, os examinadores costumam solicitar do candidato o conhecimento dos limites aplicáveis de alteração unilateral. De acordo com §2º, do art. 65, não podem exceder 25% do valor inicial do contrato atualizado no caso de obras, serviços ou compras, limite válido tanto para alterações qualitativas quanto quantitativas. Por exemplo: um contrato de manutenção de elevadores (contratação de execução continuada), com valor contratual de R$ 100.000,00/ano, não pode, unilateralmente, ultrapassar R$ 125.000,00 (acréscimos) e R$ 75.000,00 (supressões). O limite de 25% é a regra. Já quando o objeto do contrato for reforma de edifícios ou de equipamentos, o limite será de 50%, sendo que só se aplica para ACRÉSCIMOS e, não, para supressões. É no detalhe que a Banca Examinadora vai tentar confundi-lo. Item V – CORRETO. Somente os atrasos SUPERIORES a 90 dias dão possibilidade de o particular demandar a rescisão por inadimplência da Administração Pública. Ressalte-se que: a) No caso em questão (inadimplência da Administração) a rescisão ocorrerá amigável ou judicialmente (ver art. 79 LLC); b) Alternativamente à rescisão, o particular pode optar pela suspensão de suas obrigações, até a regularização da situação (art. 78, inc. XV, da LLC). Agora, não é o particular que rescinde o contrato. Como sobredito, a rescisão de um contrato quando a culpa é da Administração depende de um acordo (amigável) ou da manifestação do Judiciário. Assim, mesmo que o atrasos nos pagamentos pela Administração Pública fossem superiores a 90 dias, ainda assim, não caberia ao particular rescindir o contrato, vez que não tem poderes para isso. Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 Gabarito: alternativa A. 12) (2003/FCC/TRE/Bahia/Analista Judiciário) NÃO é modalidade de garantia na contratação de obras, serviços e compras pela administração: a) hipoteca. b) caução em dinheiro. c) seguro-garantia. d) caução em títulos da dívida pública. e) fiança bancária. Comentários: As modalidades de garantia estão previstas no art. 56, § 1º, LLC, a saber: I) caução em dinheiro ou títulos da dívida pública; II) fiança bancária; e, III) seguro garantia. Daí, o gabarito da questão, ante a ausência de previsão na 8.666/93, é a letra A. Cabe ressaltar que a Lei dá a possibilidade de a Administração Pública exigir garantia do contratado, sendo mais de uma de suas cláusulas exorbitantes (art. 58). Agora, atenção para o fato de que a escolha do tipo de garantia fica sob a órbita do poder Curso prático-teórico de Direito Administrativo para TRF-2R Profº Cyonil Borges – Aula 05 discricionário do contratado. Nesse sentido, ver o citado no art. 56, § 1º, LLC. É digno de nota, ainda, que a exigência de garantia em contratos administrativos, quando realizada, deve encontrar expressa previsão no edital (art. 56, caput, LLC) e no contrato (art. 55, inc. VI, LLC). Em síntese: pode a Administração, dentro de seu poder discricionário, exigir garantia do contratado; competindo a este último, no entanto, a escolha do tipo de garantia. Gabarito: alternativa A. 13) (2007/FCC/TCE-MG/Auxiliar de Controle Externo) No que toca ao regime dos contratos administrativos regidos pelo direito público, a Administração Pública pode I. exercer somente as mesmas prerrogativas que um particular poderia numa relação contratual privada. II. modificar os contratos unilateralmente,
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