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TRF2 Direito Administrativo Aula 06

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Direito Administrativo em exercícios para TRF-2R 
Profº Cyonil Borges – Aula 06 
 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 92 
 
AULA 6 – PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL 
Olá amigos, tudo bem? 
Em provas de Analista e Técnico Judiciário, em geral, tenho percebido 
a cobrança maciça da Lei 9.784/1999, ao lado da Lei 8.112/1990, então 
toda a atenção na presente aula. 
Ah! Aviso aos navegantes: em algumas questões, vocês perceberão 
uma maior objetividade nas respostas, até mesmo como decorrência dos 
conhecimentos adquiridos nos tópicos anteriores. Assim, como muitos 
conhecimentos básicos já foram expostos, é desnecessário repeti-los. 
Por fim, lembro que, apesar de as questões a seguir centrarem-se na 
Lei 9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo FEDERAL), as legislações 
estaduais e municipais, então existentes, seguem quase literalmente a 
ordem dos dispositivos da Lei Federal. Por esse motivo, as explicações, 
abaixo, podem sim ser utilizadas para os concursos regionais e locais, com 
mínimas adaptações, acaso necessárias. 
Vamos à aula! 
Cyonil Borges 
 
Direito Administrativo em exercícios para TRF-2R 
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QUESTÕES EM SEQUÊNCIA 
 
Das disposições gerais (arts. 1º e 2º) 
1. (2003/Cespe – AGU) Em face da atual distribuição de competência na 
Constituição da República, cabe à União legislar acerca de processo 
administrativo para si própria e para os demais entes da Federação. 
(Certo/Errado) 
(2007/Cespe – TCE-GO – Procurador) Na Lei do Processo Administrativo (Lei 
n.º 9.784/1999), são definidas regras aplicáveis a praticamente todas as 
atividades administrativas e não necessariamente relacionadas ao processo 
administrativo. Regras básicas relacionadas a anulação, revogação e 
convalidação dos atos administrativos, por exemplo, que não mantêm 
pertinência direta com o processo administrativo, estão previstas na 
mencionada lei. 
Lucas Rocha Furtado. Curso de direito administrativo. 
Belo Horizonte: Fórum, 2007, p. 1.212 (com adaptações). 
 Com base na Lei de Processo, julgue o item a seguir: 
2. (2007/Cespe – TCE-GO – Procurador) Institui normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da União, dos estados, do DF e dos 
municípios, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados 
e ao melhor cumprimento dos fins da administração. (Certo/Errado) 
3. (2007/Cespe – TCE-GO – Procurador) Não tem nenhuma aplicação nos 
processos dos tribunais de contas, visto que a própria lei exclui a sua 
aplicabilidade aos processos administrativos específicos, regidos por 
legislação própria. (Certo/Errado) 
4. (2005/Cespe – TJ-CE – Juiz) Uma decisão administrativa, mesmo que não 
fira norma jurídica expressa, pode ser inválida se, por exemplo, não guardar 
relação adequada entre os meios que elegeu e os fins a serem perseguidos 
pela administração. (Certo/Errado) 
5. (2008/FCC – TRF-5R – Técnico) Nos processos administrativos serão 
observados, entre outros, os critérios de 
I. atendimento a fins de interesse individual, válida a renúncia total ou 
parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei. 
II. objetividade no atendimento do interesse público, permitida a promoção 
pessoal de agentes ou autoridades. 
III. divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de 
sigilo previstas na Constituição. 
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IV. adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de 
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados. 
No tocante a Lei no 9.784/99, está INCORRETO o que consta APENAS 
em: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I, II e IV. 
6. (2006/ESAF – ANEEL/Técnico) Assinale a opção que elenque dois 
princípios norteadores da Administração Pública que se encontram implícitos 
na Constituição da República Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 
9.784/99. 
a) Legalidade / moralidade. 
b) Motivação / razoabilidade. 
c) Eficiência / ampla defesa. 
d) Contraditório / segurança jurídica. 
e) Finalidade / eficiência. 
Dos direitos dos administrados (art. 3º) 
7. (2008/FCC – TRF/5R – Analista) De acordo com a Lei nº 9.784/99, 
considere: 
I. Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão 
dificultar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações. 
II. Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que seja 
interessado ou não, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles 
contidos e conhecer as decisões proferidas. 
III. Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo órgão competente. 
IV. Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
É correto afirmar que, perante a Administração, sem prejuízo de outros 
que lhe sejam assegurados, o administrado tem os direitos apontados 
APENAS em: 
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a) I e IV. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) III e IV. 
e) II e IV. 
Dos deveres dos administrados (art. 4º) 
8. (2006/ESAF – TCU – ACE) Na Lei Federal n. 9.784/99, que trata sobre o 
processo administrativo, estão previstos os deveres do administrado perante 
a Administração. 
Assinale, no rol abaixo, aquele dever que não consta da norma acima 
mencionada. 
a) Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé. 
b) Não agir de modo temerário. 
c) Prestar as informações que lhe forem solicitadas. 
d) Atuar de forma a impulsionar o processo. 
e) Expor os fatos conforme a verdade. 
Início do processo (arts. 5º a 8º) 
9. (2007/Cespe - PGE-PA – ADMINISTRADOR) O processo administrativo 
pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. (Certo/Errado) 
10. (2008/FCC – TRF/5R – Analista) Segundo a Lei nº 9.784/99, no que diz 
respeito ao início do processo é INCORRETO afirmar: 
a) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de 
interessado. 
b) É lícito à Administração a recusa imotivada de recebimento de 
documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao 
suprimento de eventuais falhas. 
c) O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida 
solicitação oral, deve ser formulado por escrito. 
d) Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou 
formulários padronizados para assuntos que importem pretensões 
equivalentes. 
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e) Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo 
e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento, salvo preceito legal em contrário. 
Da competência (arts. 11 a 17) 
11. (2005/Cespe – ANCINE – Advogado) No processo administrativo, se 
excluídas a delegação e a avocação, a competência é irrenunciável. 
(Certo/Errado) 
12. (2008/Cespe – MMA – Analista Ambiental) Um órgão administrativo e seu 
titular poderão delegar toda a sua competência a outros órgãos ou titulares, 
desde que estes lhes sejam hierarquicamente subordinados. (Certo/Errado) 
13. (2004/ESAF – CGU – Analista) De acordo com a Lei de ProcessoAdministrativo (Lei nº 9.784/99), pode haver a delegação de competência, 
quando conveniente em razão de circunstâncias diversas. No rol normativo 
não se inclui a circunstância da seguinte índole: 
a) social 
b) moral 
c) econômica 
d) jurídica 
e) territorial. 
 
14. (2004/Cespe – TCU – Analista) Em sendo o órgão colegiado competente 
para decidir sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de 
disposição legal, delegar essa competência ao respectivo presidente. 
(Certo/Errado) 
15. (2008/FCC – TCE-SP/Auditor) De acordo com a lei federal de processo 
administrativo (Lei no 9.784/99), a delegação da prática de atos 
administrativos tem como característica a: 
a) proibição de ressalva quanto ao exercício da atribuição delegada. 
b) permissão de delegação de atos normativos e de decisão de recursos. 
c) dependência da autorização expressa de lei específica. 
d) limitação da delegação a órgãos hierarquicamente subordinados. 
e) permissão da sua revogação a qualquer tempo, mesmo que concedida por 
prazo determinado. 
16. (2006/Cespe – ANATEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A avocação 
temporária de competência é admitida, desde que seja em caráter 
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excepcional e se relacione a órgãos hierarquicamente subordinados, 
prescindindo da relevância dos motivos e de justificação. (Certo/Errado) 
17. (2002/FCC – TRE/PI – Analista Judiciário) No âmbito da Administração 
Pública federal, em conformidade com a Lei nº 9.784, de 29.01.99, deverá 
ser observada, quanto à competência, entre outras regras, que: 
a) não será permitida, em qualquer hipótese, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
b) inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá 
ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
c) é vedado ao órgão administrativo e seu titular delegar parte de sua 
competência a outros órgãos ou titulares, quando estes não lhe sejam 
hierarquicamente subordinados. 
d) poderão ser objeto de delegação a decisão de recurso administrativo e a 
edição de atos de caráter normativo. 
e) para o ato de delegação basta ser especificada a matéria, os poderes 
transferidos e os limites da atuação do delegado. 
18. (2007/ESAF – PGDF) Em relação ao Processo Administrativo, analise os 
itens a seguir: 
I. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, 
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, ainda que a 
matéria não seja de sua competência, nos termos da Lei n. 9.784/99; 
II. Conforme expressa previsão legal, um órgão administrativo e seu titular 
poderão delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares, 
mesmo que não lhes sejam hierarquicamente subordinados; 
III. Apenas o ato de delegação deverá ser publicado no meio oficial, 
observando-se o princípio da publicidade, tendo em vista a exigência legal, 
não se aplicando referida exigência para o ato de revogação; 
IV. De acordo com o disposto na Lei n. 9.784/99 e o princípio constitucional 
da moralidade administrativa, é suspeito de atuar em processo 
administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse indireto na 
matéria; 
V. A Lei n. 9.784/99 admite a avocação de competência, ainda que interfira 
no duplo grau. 
A quantidade de itens incorretos é igual a: 
a) 3 b) 2 c) 1 d) 4 e) 5 
Dos impedimentos e das suspeições (arts. 18 a 21) 
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19. (2008/ESAF – CGU – Correição) Em relação aos impedimentos e à 
suspeição, de que tratam as disposições constantes da Lei n. 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990 e da Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, é correto 
afirmar que: 
a) é impedido de atuar em processo administrativo servidor ou autoridade 
cujo primo participou como testemunha nos autos. 
b) servidor efetivo estável pode participar como membro de comissão 
disciplinar que investigue ato de superior hierárquico. 
c) pode participar de comissão de processo administrativo disciplinar ou de 
sindicância servidor que seja cunhado da acusada. 
d) servidor que incorrer em hipóteses de impedimento deve comunicar o fato 
à autoridade competente ao término das apurações, constituindo-se falta 
grave a omissão desse dever de comunicar. 
e) a suspeição exige que a amizade e a inimizade sejam qualificadas pela 
notoriedade. 
20. (2008/CESPE – SEAD/UEPA – Cargo 1) QUESTÃO 38 João, servidor 
público estável, está sendo submetido a um processo administrativo 
disciplinar, no qual poderão vir a atuar como membros os seguintes 
servidores estáveis: Pedro, que possui interesse direto na matéria em 
questão; Paulo, que participou como perito, em momento anterior à 
instauração do processo; Mônica, que se encontra atualmente litigando 
judicialmente com Maria, esposa de João; e José, amigo íntimo de Carlos, 
filho de João. 
Considerando-se a situação acima e de acordo com o que prescreve a 
Lei n.º 9.784/1999, a qual regula o processo administrativo, poderá ser 
arguida a suspeição de: 
a) Pedro. 
b) Paulo. 
c) Mônica. 
d) José. 
Da forma, tempo, e lugar dos atos do processo (arts. 22 a 25) 
21. (2008/CESPE – TJDFT – Administração) Os atos do processo 
administrativo disciplinar regido pela Lei n.º 9.784/1999 podem realizar-se 
em qualquer dia da semana, desde que ocorram na sede do órgão. 
(Certo/Errado) 
Da comunicação dos atos processuais (arts. 26 a 28) 
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22. (2008/CESPE – TRF-5ªR – Ex. Mandados) No tocante à comunicação dos 
atos, de acordo com a Lei no 9.784/99 a intimação, no caso de interessados 
indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, deve ser 
efetuada por meio de: 
a) via postal com aviso de recebimento. 
b) publicação oficial. 
c) telegrama. 
d) via postal simples. 
e) mandado. 
23. (2008/FCC – TRF/5R – Analista) Com relação à instrução do processo, 
segundo a Lei no 9.784/99, quando dados, atuações ou documentos 
solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido 
formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a 
respectiva apresentação implicará: 
a) o reconhecimento da verdade dos fatos. 
b) a pena de multa no valor correspondente a dois salários mínimos 
vigentes. 
c) o arquivamento do processo. 
d) a renúncia de direito pelo administrado. 
e) a pena de multa no valor corresponde a um salário mínimo vigente. 
Da instrução (arts. 20 a 47) 
24. (2008/CESPE – TRF-5ªR – Ex. Mandados) No tocante à instrução do 
processo, de acordo com a Lei nº 9.784/99, os interessados serão intimados 
de prova ou diligência ordenada, com menção de data, hora e local de 
realização, com antecedência mínima de: 
a) quinze dias úteis. 
b) cinco dias úteis. 
c) dez dias corridos. 
d) quinze dias corridos. 
e) três dias úteis. 
25. (2008/FCC – TRF/5R – Técnico) No tocante a instrução do processo, de 
acordo com a Lei no 9.784/99, encerrada a instrução, o interessado terá o 
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direito de manifestar-se, salvo se outro prazo for legalmente fixado, no prazo 
máximo de: 
a) trinta dias.b) três dias. 
c) cinco dias. 
d) quinze dias. 
e) dez dias. 
26. (2008/FCC – TRF/5R – Analista) No tocante à instrução do processo, de 
acordo com a Lei no 9.784/99, quando deva ser obrigatoriamente ouvido um 
órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido, salvo norma especial ou 
comprovada necessidade de maior prazo, no prazo máximo de: 
a) três dias. 
b) cinco dias. 
c) sete dias. 
d) dez dias. 
e) quinze dias. 
Do dever de decidir (arts. 48 e 49) 
27. (2001/FCC – TRF-5R – Juiz) Determinado processo administrativo, sujeito 
à Lei no 9.784/99, foi iniciado de ofício pela Administração, teve a produção 
de algumas provas determinada de ofício pelo órgão responsável por sua 
impulsão e foi decidido em 25 dias a contar do encerramento da instrução. 
Além disso, alguns atos administrativos, praticados no seio desse processo e 
dos quais decorriam efeitos favoráveis aos destinatários, foram anulados 
pela Administração passados 4 anos de sua prática. Na situação acima 
descrita, a Lei nº 9.784/99 foi: 
a) desrespeitada no tocante ao modo de se conduzir a instrução. 
b) desrespeitada no tocante ao modo de se iniciar o processo. 
c) respeitada. 
d) desrespeitada no tocante ao prazo de decisão. 
e) desrespeitada no tocante à anulação dos atos referidos. 
Da motivação (art. 50) 
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28. (2004/Cespe – Juiz Federal) A relação trilateral do processo judicial e a 
relação bilateral do processo administrativo, bem como a inércia do Poder 
Judiciário versus a oficialidade da administração, caracterizam diferenças 
entre esses dois tipos de processo. Quanto às semelhanças, uma delas 
consiste em que nem todos os atos de um e de outro precisam de motivação 
expressa. (Certo/Errado) 
29. (2006/Cespe – AGU) A autoridade administrativa competente, ao julgar 
fatos apurados em um processo administrativo, não está vinculada às 
conclusões do parecer final que lhe é encaminhado por sua consultoria 
jurídica, mas, caso venha a afastar-se do sugerido, deve especificar os 
pontos em que o mesmo lhe parece equivocado ou inaplicável ao caso. 
(Certo/Errado) 
30. (2006/Cespe – AGU) Se a autoridade administrativa acolher parecer 
devidamente fundamentado de sua consultoria jurídica para decidir pela 
demissão de servidor público, com a simples aposição da expressão “de 
acordo”, sem aprofundamento de fundamentação, o ato demissório deverá 
ser considerado desmotivado e, portanto, eivado de nulidade. (Certo/Errado) 
Um servidor público da ANVISA solicitou a concessão de licença para 
tratar de interesses particulares, pelo período de seis meses. O servidor, com 
cinco anos de efetivo exercício e que nunca gozou de qualquer licença, teve 
seu pedido indeferido sob a alegação de que não havia interesse 
administrativo na concessão dessa licença. 
31. (2007/Cespe – Anvisa – Técnico) O indeferimento da solicitação do 
servidor dispensava motivação expressa, por tratar-se de ato administrativo 
discricionário. (Certo/Errado) 
32. (2005/ESAF – MP – APO) Um dos elementos do ato administrativo é o 
motivo. Recente norma federal (Lei nº 9.784/99) arrolou os casos em que o 
ato administrativo tem de ser motivado. Assinale, no rol abaixo, a situação 
na qual não se impõe a motivação. 
a) Decisão de recurso administrativo. 
b) Decisão de processo administrativo de seleção pública. 
c) Dispensa de processo licitatório. 
d) Revogação de ato administrativo. 
e) Homologação de processo licitatório. 
Da desistência e outros casos de extinção do processo (arts. 51 e 52) 
33. (2007/FCC – ANS – Técnico) No que concerne ao processo administrativo 
estabelecido pela Lei no 9.784/99, é INCORRETO afirmar: 
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a) Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o 
interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao 
exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu 
interesse. 
b) Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade 
responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem 
ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior, podendo 
ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. 
c) Havendo pluralidade de interessados na abertura de processo 
administrativo, ainda que tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, 
deverão ser formulados, obrigatoriamente e em qualquer caso, pedidos 
individuais e diversos. 
d) Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o 
órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de 
consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, 
se não houver prejuízo para a parte interessada. 
e) O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou 
parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis, 
sendo que, havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge 
somente quem a tenha formulado. 
Da anulação, da revogação, e da convalidação (arts. 53 a 55) 
Alvarás de pesquisa minerária, concedidos à empresa Zeta Minerações e 
Pavimentações Ltda., foram revogados pelo Departamento Nacional de 
Produção Mineral (DNPM), autarquia vinculada ao Ministério de Minas e 
Energia (MME), após o Comando do Exército ter solicitado, sob o fundamento 
da prevalência do interesse público, permissão para que a área fosse 
utilizada e explorada pelo 9.º Batalhão de Engenharia e Construções do 
Exército Brasileiro, tendo em vista a necessidade de que o Exército 
construísse, diretamente e em local próximo à área em exploração, 
instalações necessárias ao funcionamento de suas atividades. A empresa, 
então, solicitou ao ministro de Estado de Minas e Energia que este avocasse 
o processo administrativo e reformasse o ato nele praticado, tendo em vista 
a sua ilegalidade. 
A respeito dessa situação hipotética, do regime jurídico dos recursos 
minerais e da avocação administrativa, julgue os itens que se seguem. 
34. (2007/Cespe – AGU – Procurador) No âmbito da avocatória, só é possível 
realizar eventual revisão do ato do DNPM sob a invocação do mérito 
administrativo, mas não da sua ilegalidade, pois, nesse último caso, será 
cabível a anulação e não, a avocação. (Certo/Errado) 
Do recurso administrativo e da revisão (arts. 56 a 65) 
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(2005/Cespe – Antaq – Analista) Durante muito tempo, o termo processo vinha 
associado à função jurisdicional. Não se cogitava, no âmbito do direito 
administrativo, de processo atinente às relações entre administração e 
cidadãos. 
A Constituição Federal de 1988 consagrou o termo processo para 
significar a processualidade administrativa. Por isso, encontra-se esse termo no 
inciso LV do art. 5.°: "Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes." 
Odete Medauar Direito administrativo moderno. 9a ed. (rev e 
atual). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005 
(com adaptações) 
Considerando o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir, 
referentes ao processo administrativo, com base na Lei n.° 9.784/1999 e nas 
normas constitucionais. 
35. Caso ao finalda instrução de um processo administrativo um servidor obtenha 
decisão desfavorável da autoridade administrativa, da qual ainda caiba recurso, 
não estará ele obrigado a esgotar a instância administrativa para ter direito a 
recorrer ao Poder Judiciário. (Certo/Errado) 
(2003/Cespe – Defensor-AM) A administração direta do estado do Amazonas 
multou Cristiano por imputar a ele uma determinada infração ambiental. 
Inconformado, Cristiano realizou pedido administrativo de anulação da 
multa, por considerá-la ilegal, mas sua solicitação foi indeferida. Irresignado, 
ele recorreu dessa decisão indeferitória, mas ingressou com o recurso fora do 
prazo. Acerca da situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir. 
36. Embora a intempestividade obste o conhecimento do recurso, nada 
impede que a autoridade administrativa competente reconheça a procedência 
da argumentação de Cristiano e anule, de ofício, a penalidade. 
(Certo/Errado) 
37. (2004/Cespe – DPU – Defensor) Há na doutrina menção ao princípio da 
revisibilidade como um dos que orientam o processo administrativo, 
significando, à semelhança do princípio do duplo grau de jurisdição, que o 
interessado tem direito a recorrer das decisões que lhe forem desfavoráveis, 
salvo se o ato for praticado pela mais alta autoridade da esfera 
administrativa em questão. (Certo/Errado) 
38. (2007/FCC – TCE-MG – Técnico) Têm legitimidade para interpor recurso 
administrativo, nos termos da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999: 
a) os titulares de direitos e interesses que não forem parte no processo. 
b) aqueles cujos direitos ou interesses não forem afetados pela decisão 
recorrida. 
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c) as associações representativas, no tocante a direitos e interesses 
coletivos. 
d) as organizações representativas, no tocante a direitos e interesses 
individuais. 
e) os cidadãos quanto a direitos ou interesses individuais. 
39. (2006/Cespe – ANA – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Considere-se que 
uma empresa pública tenha sofrido processo administrativo e que a decisão 
tenha sido contrária aos seus interesses, na conclusão do processo. Nesse 
caso, de acordo com a Lei n.o 9.784/1999, para recorrer da decisão, a 
empresa deverá dirigir seu recurso à autoridade que proferiu a decisão, que 
poderá encaminhá-la à autoridade superior ou reconsiderá-la. (Certo/Errado) 
40. (2004/FCC – TRT – 22R – Analista Administrativo) Servidor público 
federal, objetivando impugnar determinada decisão administrativa, 
apresentou recurso regulado pela Lei no 9.784/99. Em virtude desse fato, 
considere as proposições abaixo: 
I. O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não 
a reconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias, o encaminhará à autoridade 
superior. 
II. O recurso interposto fora do prazo não impede a Administração de rever 
de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida a preclusão administrativa. 
III. O prazo para interposição de recurso, salvo disposição legal específica, é 
de 15 (quinze) dias. 
IV. O recurso sempre suspende os efeitos da decisão impugnada. 
É correto o que se contém APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I, II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
41. (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) Não é possível que a instância 
superior, ao analisar o recurso administrativo, imponha decisão mais severa 
do que a imposta por instância inferior. (Certo/Errado) 
42. (2008/CESPE – TJPI – Juiz) A respeito da administração pública, assinale 
a opção correta. 
a) O poder regulador insere-se no conceito formal de administração pública. 
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b) A jurisprudência e a doutrina majoritária admitem a coisa julgada 
administrativa, o que impede a reapreciação administrativa da matéria 
decidida, mesmo na hipótese de ilegalidade. 
c) O princípio do processo judicial que veda a reformatio in pejus não se 
aplica ao processo administrativo. 
d) O poder normativo, no âmbito da administração pública, é privativo do 
chefe do Poder Executivo. 
e) Conforme entendimento do STF, o poder de polícia pode ser exercido pela 
iniciativa privada. 
43. (2007/ESAF/DF/PROCURADOR) Nos termos dos dispositivos da Lei n. 
9.784/99, que regula o processo administrativo, é incorreta a afirmação de 
que: 
a) não pode ser objeto de delegação a decisão de recursos administrativos. 
b) quando a lei não fixar prazos diferentes, é de 10 (dez) dias o prazo para 
interpor o recurso administrativo, contado da ciência da decisão ou 
divulgação oficial da decisão recorrida. 
c) o prazo para os órgãos consultivos emitirem seu parecer, quando devam 
ser obrigatoriamente ouvidos, é de 15 (quinze) dias. 
d) salvo disposição em contrário, os recursos administrativos não terão efeito 
suspensivo. 
e) a redação do art. 55 impõe expressamente o dever de a Administração 
convalidar, sponte propria, os atos que apresentem defeitos sanáveis, nos 
quais se evidencia não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a 
terceiros. 
44. (2004/Cespe – STJ – Analista Judiciário) Todo recurso administrativo 
tem, em regra, efeito devolutivo e, excepcionalmente, efeito suspensivo. 
(Certo/Errado) 
45. (2007/Cespe – Anvisa - Técnico) Um pedido de reconsideração acerca do 
referido indeferimento deveria ser dirigido à autoridade imediatamente 
superior à que indeferiu a solicitação do servidor. (Certo/Errado) 
46. (2007/Cespe – TJ-TO – JUIZ) Por meio do recurso ou da revisão 
administrativa, não se admitirá como resultado o agravamento da situação 
do recorrente. (Certo/Errado) 
47. (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) O prazo para a interposição do 
recurso administrativo é de 10 dias. (Certo/Errado) 
48. (2008/Cespe – PGE/PB – Procurador) Não se exige a garantia de 
instância (caução) para a interposição de recurso administrativo, salvo 
disposição legal expressa em contrário. (Certo/Errado) 
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49. (2006/Cespe – AGU – PROCURADOR) O recurso hierárquico impróprio é o 
pedido de reexame dirigido à autoridade superior àquela que produziu o ato 
impugnado, isto é, verifica-se dentro da mesma escala hierárquica. 
(Certo/Errado) 
Dos prazos (arts. 66 e 67) 
50. (2002/FCC – TRT 2R) Um prazo em um processo administrativo sujeito à 
Lei no 9.784/99, fixado em lei como de “um mês”, tem como seu dia do 
início 31 de janeiro. Considerando-se que o ano em questão não é bissexto, 
o dia do vencimento será: 
a) 4 de março. 
b) 3 de março. 
c) 2 de março. 
d) 1o de março. 
e) 28 de fevereiro. 
Das sanções (art. 68) 
51. (2006/ESAF – AFT) Conforme a legislação federal sobre o processo 
administrativo (Lei n. 9.784/99), as sanções a serem aplicadas pela 
autoridade competente: 
a) terão sempre natureza pecuniária. 
b) podem consistir em obrigação de fazer ou de não fazer. 
c) serão precedidas, se for o caso, pelo direito de defesa. 
d) serão, sempre, obrigações de fazer. 
e) podem ter, excepcionalmente, natureza de privação de liberdade. 
Das disposições finais (arts. 69 e 70) 
52. (2005/Cespe – MP/MT) Com a promulgação da Lei n.º 9.784/1999, todo 
o processo administrativo passou a ser exaustivamente regulado por suas 
disposições. Uma das características desse processo é a gratuidade, 
ressalvada a possibilidade de a administração cobraro ressarcimento de 
certos custos, como o de extração de cópias. (Certo/Errado) 
53. (FGV/2008 - Senado Federal – Anal. Legislativo Adm.) Em 
relação ao processo administrativo genérico, regulado pela Lei 
9.784/99, é certo afirmar que: 
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(A) a Administração não pode cobrar por despesas processuais, sendo, 
inclusive, inconstitucional a lei que acaso permitisse tal cobrança. 
(B) as normas dos processos administrativos específicos, no que toca à 
densidade de incidência normativa, aplicam-se subsidiariamente no processo 
genérico, quando forem de ordem pública. 
(C) o órgão competente para decidir o recurso administrativo pode agravar a 
situação do recorrente, mas, antes da decisão, deve cientificá-lo do fato e 
permitir que ofereça as alegações de seu interesse. 
(D) a decadência do direito da Administração de anular seus próprios atos 
administrativos ocorre irrestritamente em 5 (cinco) anos quando deles se 
originam efeitos patrimoniais contínuos. 
(E) o administrador público deve motivar minuciosamente seus atos, 
indicando os fatos e fundamentos jurídicos, quando, dentre outros casos, se 
tratar de decisão de recursos administrativos e de intimação por meio de 
publicação oficial. 
 
54. (FGV/2008 - Senado Federal – Anal. Suporte de Sistemas) O 
processo administrativo geral (regido pela Lei 9.784/99): 
(A) admite que associações sejam legitimadas como interessados, na defesa 
de interesses coletivos. 
(B) insere, como direito do administrado, a obrigação de proceder com 
lealdade e boa-fé. 
(C) permite a delegação para a prática de atos que decidem recursos 
administrativos, desde que seja estável a autoridade delegada. 
(D) aplica-se também em matéria de direito tributário, inclusive no que 
tange a infrações fiscais. 
(E) não rende ensejo a que atos administrativos com vício de legalidade 
sejam convalidados. 
 
55. (FGV/2008 - Senado Federal - Policial Federal) No que se refere 
ao processo administrativo geral, regido pela Lei 9.784/99, é correto 
afirmar que: 
(A) os atos administrativos com vício de legalidade não podem ser 
convalidados, em razão do princípio da segurança jurídica. 
(B) nele não há incidência dos princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade. 
(C) é indispensável a motivação nos atos que imponham ou agravem 
deveres, encargos ou sanções. 
(D) seu andamento não pode resultar de impulsão, de ofício, do órgão 
administrativo, exigindo sempre a iniciativa do interessado. 
(E) não há impedimento à atuação do servidor que o preside, ainda que 
tenha interesse direto ou indireto na matéria discutida. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (2003/Cespe – AGU) Em face da atual distribuição de competência na 
Constituição da República, cabe à União legislar acerca de processo 
administrativo para si própria e para os demais entes da Federação. 
Comentários: 
Primeiro de tudo precisamos fixar, de vez, a abrangência da Lei 
9.784/1999, objeto de estudo desta aula. 
O mais “bobo” dos concursandos sabe que os entes da federação 
possuem competência para se auto-organizar, ou seja, são autônomos 
nos termos da CF/1988 (art. 18). Assim, cada um desses tem competência 
para legislar sobre algumas matérias referentes quanto ao seu próprio 
funcionamento, como servidores públicos e processos administrativos. 
 
Em razão disso, a União, quando cria, por exemplo, sua própria 
norma a respeito de servidores, tal norma não se estenderá, 
automaticamente, aos estados e aos municípios da Federação. Esses, 
bem como o DF, estabelecem suas próprias normas a respeito de servidores. 
É o que ocorre com a Lei 8.112/90, por exemplo, que vale tão só para 
servidores civis federais. 
 
Com esse mesmo raciocínio, a Lei 9.784/1999 vale tão só para a 
União, não se estendendo aos demais integrantes da Federação, daí a 
incorreção do quesito. 
Uma última informação: nada impede que os Estados-membros 
adotem, facultativamente, a legislação federal, contudo, há a 
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necessidade de a lei estadual determinar sua aplicação, enfim, não é de 
aplicação automática. 
1. Gabarito: ERRADO 
(2007/Cespe – TCE-GO – Procurador) Na Lei do Processo Administrativo (Lei 
n.º 9.784/1999), são definidas regras aplicáveis a praticamente todas as 
atividades administrativas e não necessariamente relacionadas ao processo 
administrativo. Regras básicas relacionadas a anulação, revogação e 
convalidação dos atos administrativos, por exemplo, que não mantêm 
pertinência direta com o processo administrativo, estão previstas na 
mencionada lei. 
Lucas Rocha Furtado. Curso de direito administrativo. 
Belo Horizonte: Fórum, 2007, p. 1.212 (com adaptações). 
2. (2007/Cespe – TCE-GO – Procurador) Institui normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da União, dos estados, do DF e dos 
municípios, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados 
e ao melhor cumprimento dos fins da administração. 
Comentários: 
Como revimos na questão anterior, a União institui suas próprias 
normas a respeito dos seus processos administrativos. Com efeito, foi 
editada a Lei 9.784/1999, a qual institui normas básicas sobre o processo 
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, 
visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração (art. 1º da Lei 9.784/99). 
BIZU DE PROVA: a Lei 9.784/1999, chamada de “geral dos 
processos administrativos federais” vale para Administração Indireta 
também (Lembram? Isso mesmo. Autarquias, fundações, sociedades de 
economia mista, e empresas públicas). 
Além disso, vale para todos os poderes, no desenrolar, é claro, de 
processos administrativos. Vejamos o que diz o §2º do art. 1º da norma: 
Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de 
função administrativa. 
Portanto, a questão estaria resolvida: a Lei 9.784/1999 vale para a 
Administração Direta e Indireta de todos os Poderes, no que diga respeito 
aos processos administrativos que sejam desenvolvidos. Mas, como já se 
disse, não é obrigatória para Estados, Municípios e Distrito Federal. 
Logo, errado o item. 
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2. Gabarito: ERRADO 
3. (2007/CESPE/TCE-GO/Procurador) A Lei 9.784/1999 não tem nenhuma 
aplicação nos processos dos tribunais de contas, visto que a própria lei exclui 
a sua aplicabilidade aos processos administrativos específicos, regidos por 
legislação própria. 
Comentários: 
Como já citado, a Lei 9.784/1999 aplica-se a toda Administração 
Pública Federal, no desenrolar de processos administrativos. Então, aplica-
se, por exemplo, ao Tribunal de Contas da União e ao MPU? A resposta é 
positiva e, daí, incorreção do item. 
Para não perder o bom costume, algumas observações merecem feitas. 
É sabido por nós que o TCU tem sua própria Lei Orgânica, a Lei 
8.443/1992. Dentre outras disposições, esta última norma cuida dos 
processos típicos do Tribunal. Estes processos são chamados por nósno 
Tribunal de “processo de controle”, sendo o mais conhecido o de contas, 
“ordinárias” – as anuais, as “especiais”, instauradas em razão da ocorrência 
de um dos fatos previstos no art. 8º da Lei 8.443/1992, ou as 
extraordinárias (em caso de fusão e de extinção, por exemplo). Os 
processos do TCU, no exercício de suas competências, têm natureza 
administrativa, ainda que de colorido quase jurisdicional, como de vez 
em quando o STF ressalta. 
Há uma antiga regra jurídica que diz entre o geral e o específico, vale o 
específico. Assim, entre normas gerais e específicas, aplicam-se as 
específicas. Desse modo, aos processos do TCU aplica-se, precipuamente, a 
sua própria Lei Orgânica, a qual cuida dos processos da Corte de Contas 
Federal. Mas, então, não se aplica à Lei 9.784/1999 ao TCU? Sim, mas 
apenas subsidiariamente. Com outras palavras, não havendo resposta na 
Lei específica, busca-se a resposta na Lei geral do Processo Administrativo 
Federal. Inclusive, essa é a jurisprudência do STF (MS 23.550): 
de qualquer modo, nada exclui os procedimentos do 
Tribunal de Contas da aplicação subsidiária da lei geral de 
processo administrativo federal (Lei 9.784/1999), que 
assegura aos administrados, entre outros, o direito a 'ter ciência 
da tramitação dos processos administrativos em que tenha a 
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condição de interessado, ter vista dos autos (art. 3º, II), 
formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, 
os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente (o 
grifo não consta do original). 
3. Gabarito: ERRADO 
4. (2005/Cespe – TJ-CE – Juiz) Uma decisão administrativa, mesmo que não 
fira norma jurídica expressa, pode ser inválida se, por exemplo, não guardar 
relação adequada entre os meios que elegeu e os fins a serem perseguidos 
pela administração. 
Comentários: 
A resposta a este item é simples, basta recordar do aprendizado sobre 
o princípio da proporcionalidade. Lembremos, pois, a conceituação do 
princípio: ADEQUABILIDADE ENTRE OS MEIOS UTILIZADOS E OS FINS 
PRETENDIDOS. 
 
Se a conduta do Administrador não respeita tal relação, será 
excessiva, portanto, desproporcional. A ideia central da 
proporcionalidade é que todos só são obrigados a suportar restrições 
em sua liberdade ou propriedade de iniciativa da Administração 
Pública se imprescindíveis ao atendimento do interesse público. Dessa 
forma, é possível, sim, invalidar-se uma decisão administrativa quando 
não respeitada a necessária proporcionalidade que deverá orientar as 
condutas administrativas. 
4. Gabarito: CERTO 
5. (2008/FCC – TRF-5R – Técnico) Nos processos administrativos serão 
observados, entre outros, os critérios de: 
I. atendimento a fins de interesse individual, válida a renúncia total ou 
parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei. 
II. objetividade no atendimento do interesse público, permitida a promoção 
pessoal de agentes ou autoridades. 
III. divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de 
sigilo previstas na Constituição. 
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IV. adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de 
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados. 
No tocante a Lei no 9.784/99, está INCORRETO o que consta APENAS 
em: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I, II e IV. 
 Comentários: 
 Essa questão reproduz, literalmente, o parágrafo único do art. 2º da 
Lei 9.784/1999, o qual trata dos critérios de condução dos processos 
administrativos por todas as partes envolvidas (administradores, técnicos, 
peritos etc.), não nos oferecendo, portanto, grandes dificuldades. Vamos à 
análise dos quesitos. 
 Item I – INCORRETO. O atendimento dirige-se a fins gerais, 
havendo desvio de finalidade atender aos fins meramente individuais. 
Outro erro do quesito é afirmar que é válida a renúncia de poderes ou 
competências (a competência é irrenunciável). 
 
 Item II – INCORRETO. A objetividade é, de fato, um dos critérios 
da Lei, no entanto, em nome do princípio da impessoalidade, é vedada a 
promoção dos agentes ou autoridades, daí a incorreção do quesito. 
 Item III – CORRETO. Perfeito o quesito. A Lei 9.784/99 menciona 
divulgação oficial, ou seja, o meio de se oferecer transparência, 
visibilidade, da conduta dos administradores não será, necessariamente, a 
publicação no Diário Oficial. Sabemos que, por vezes, a mera afixação em 
quadro de avisos já é suficiente para dar publicidade aos atos da 
Administração. 
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Contudo, o princípio da publicidade não é de aplicação irrestrita, 
isso porque existem exceções expressas no texto constitucional, como é o 
caso de assuntos atinentes à Segurança Nacional. 
Item IV – CORRETO. Perfeito o quesito. No Direito Administrativo 
não vigora o princípio da instrumentalidade das formas, como ocorre no 
Direito Civil, com outras palavras, no direito público a forma é elemento 
essencial à validade dos atos, não podendo ser deixado sob a 
discricionariedade do administrador. No entanto, o entendimento atual é de 
que a forma não pode ser superior ao fim desejado pela 
Administração (é apenas um meio), devendo, portanto, o administrador 
evitar o uso de formas exageradas, complexas, tudo em nome do princípio 
da simplicidade, do formalismo moderado. 
5. Gabarito: item A. 
6. (2006/ESAF – ANEEL/Técnico) Assinale a opção que elenque dois 
princípios norteadores da Administração Pública que se encontram implícitos 
na Constituição da República Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 
9.784/99. 
a) Legalidade / moralidade. 
b) Motivação / razoabilidade. 
c) Eficiência / ampla defesa. 
d) Contraditório / segurança jurídica. 
e) Finalidade / eficiência. 
Comentários: 
Questão bastante maliciosa da Esaf, isso porque exige do candidato 
decorar os princípios expressos da Lei 9.784/1999, em seu art. 2º, caput: 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança 
jurídica, interesse público e eficiência. 
Vamos começar pela comparação com o art. 37, caput, da 
Constituição: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, e 
eficiência. Então perceberam alguma diferença? Isso mesmo, os 
princípios da publicidade e da impessoalidade não são citados 
expressamente na Lei 9.784/1999. Ressalto que a Banca pode fazer as 
seguintes construções: quais são os princípios previstos no art. 37, 
caput, da CF/1988, não explicitados no art. 2º, caput, da Lei 
9.784/1999? Ou, ao comparar o rol de princípios do art. 37 da 
CF/1988 com o art. 2º, caput, da Lei de Processo, assinale a 
identidade. 
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Vamos agora aos quesitos. 
Item A – INCORRETO. Os dois princípios são citados, igualmente, na 
CF/1988 e na Lei 9.784/1999. 
 
Item B – CORRETO. Exatamente como solicitado pela Banca, isso 
porque os princípios da razoabilidade e da motivação permanecem 
(para a Administração Pública)implícitos no texto constitucional, 
porém, já estão explícitos na Lei 9.784/1999, daí a correção do item. 
Item C – INCORRETO. São dois princípios expressos no texto 
constitucional e na Lei de Processo. 
Item D – INCORRETO. O contraditório é princípio expresso tanto na 
CF/1988 quanto na Lei de Processo, no entanto, o princípio da segurança 
jurídica é implícito apenas na CF/1988, encontrando-se, atualmente, 
explícito na Lei de Processo, daí a incorreção do quesito. 
Item E – INCORRETO. A finalidade é princípio expresso na Lei 
9.784/1999 e implícito no texto constitucional, todavia, o princípio da 
eficiência está explícito em ambas as normas, daí a incorreção do item 
em análise. 
6. Gabarito: item B. 
7. (2008/FCC – TRF/5R – Analista) De acordo com a Lei nº 9.784/99, 
considere: 
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I. Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão 
dificultar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações. 
II. Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que seja 
interessado ou não, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles 
contidos e conhecer as decisões proferidas. 
III. Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo órgão competente. 
IV. Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
É correto afirmar que, perante a Administração, sem prejuízo de outros 
que lhe sejam assegurados, o administrado tem os direitos apontados 
APENAS em: 
a) I e IV. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) III e IV. 
e) II e IV. 
Comentários: 
Vamos direto aos quesitos, fazendo sua análise a partir da leitura do 
art. 3º da Lei: 
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a 
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que 
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas 
obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que 
tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de 
documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os 
quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
 Item I – INCORRETO. No inc. I, os servidores deverão facilitar o 
exercício dos direitos e não dificultar, daí a incorreção do quesito. 
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Item II – INCORRETO. A Lei garante ter ciência da tramitação dos 
processos, bem como ter vistas, obter cópias de documentos, contudo, 
isso só é franqueado àqueles que estão na condição de interessado, 
logo, incorreto o item ao afirmar que mesmo os não interessados podem ter 
acesso aos autos. 
Item III – CORRETO. O inc. III do art. 3º, acima, é expresso nesse 
sentido. 
Item IV – CORRETO. O inc. IV do art. 3º é expresso nesse sentido, 
logo, correto o item. 
7. Gabarito: item D. 
8. (2006/ESAF – TCU – ACE) Na Lei Federal n. 9.784/99, que trata sobre o 
processo administrativo, estão previstos os deveres do administrado perante 
a Administração. 
Assinale, no rol abaixo, aquele dever que não consta da norma acima 
mencionada. 
a) Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé. 
b) Não agir de modo temerário. 
c) Prestar as informações que lhe forem solicitadas. 
d) Atuar de forma a impulsionar o processo. 
e) Expor os fatos conforme a verdade. 
Comentários: 
Preliminarmente à análise propriamente dita, uma rápida leitura do art. 
4º da Lei: 
Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem 
prejuízo de outros previstos em ato normativo: 
I - expor os fatos conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III - não agir de modo temerário; 
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar 
para o esclarecimento dos fatos. 
O erro está contido no item “D”, isso porque a impulsão, de ofício, do 
processo administrativo é um dos critérios a serem seguidos pelo 
administrador (inc. XII do parágrafo único do art. 2º). Temos, nessa 
passagem, o princípio do impulso oficial, o qual representa o dever de a 
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Administração, depois de instaurado o processo, mantê-lo em curso, em 
movimento, independentemente da inércia (da paralisação) do 
administrado. 
8. Gabarito: item D. 
9. (2007/Cespe – PGE-PA – ADMINISTRADOR) O processo administrativo 
pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
Comentários: 
Vamos direto ao que interessa. O item em análise fala de uma das 
fases do mesmo, a instauração. Conforme o art. 5° da Lei 9.784/1999, o 
processo pode ser iniciado pela Administração (leia-se: de ofício) ou em 
razão de provocação do interessado, sendo que o requerimento feito por 
este último deve ser formulado, de regra, por escrito e conter os 
seguintes dados: 
- órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
- identificação do interessado ou de quem o represente; 
- domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; 
- formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus 
fundamentos; e 
- data e assinatura do requerente ou de seu representante. 
Então correto nosso item, dado que o processo administrativo pode 
ser iniciado tanto a pedido de um interessado, quanto de ofício. 
Basicamente, há ainda duas outras fases nos processos 
administrativos: 
I) INSTRUÇÃO – na qual se faz o levantamento das informações 
necessárias à tomada de decisão; 
II) DECISÃO – após a instrução, cabe ao órgão/agente público decidir. 
 
De maneira sintética, então, o trâmite de um processo administrativo 
pode ser assim ser resumido: instaura, instrui, decide. 
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9. Gabarito: ERRADO 
10. (2008/FCC – TRF/5R – Analista) Segundo a Lei nº 9.784/99, no que diz 
respeito ao início do processo é INCORRETO afirmar: 
a) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de 
interessado. 
b) É lícito à Administração a recusa imotivada de recebimento de 
documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao 
suprimento de eventuais falhas. 
c) O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida 
solicitação oral, deve ser formulado por escrito. 
d) Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou 
formulários padronizados para assuntos que importem pretensões 
equivalentes. 
e) Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo 
e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento, salvo preceito legal em contrário. 
 Comentários: 
 Questão de fixação. Vamos direto aos quesitos. 
 Item A – CORRETO. Art. 5º da Lei 9.784/1999. 
Item B – INCORRETO. O parágrafo único do art. 6º da Lei de 
Processo é categórico “é vedada à Administração a recusa imotivada de 
recebimento de documentos (...)”. Com outras palavras,o administrador 
não pode, sem qualquer razão plausível, negar o recebimento de 
documentos entregues pelo administrado. Assim, se houver motivo 
justificável, é dever do administrador não receber a documentação e, 
ainda, orientar sobre as eventuais falhas cometidas, por exemplo: 
documento encaminhado para órgão incompetente. Cabe a este orientar o 
administrado sobre o órgão competente e não reter a documentação, sem 
qualquer providência. 
Item C – CORRETO. Exatamente como estabelecido no art. 6º, caput, 
da Lei 9.784/1999. 
Item D – CORRETO. É bastante lógico o art. 7º da Lei 9.784/1999, ao 
exigir que os órgãos e entidades elaborem modelos ou formulários 
padronizados, especialmente para atender as pretensões equivalentes. 
Percebam que não estamos diante de ato discricionário, mas sim vinculado 
(os órgãos e entidades deverão (...)). 
Item E – CORRETO. O item está exatamente nos termos do art. 8º da 
norma, daí sua correção. O requerimento único é mesmo possível, até 
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por uma questão de racionalidade administrativa, contudo, para sua 
admissão, os pedidos devem ter o mesmo conteúdo (objeto) e 
fundamento. Assim, por exemplo, se o pedido tem o mesmo conteúdo, mas 
os fundamentos são diversos, a análise será em separado; da mesma forma, 
se o fundamento jurídico é idêntico, mas o resultado desejado é diverso, o 
caminho é análise em separado. 
10. Gabarito: item B. 
11. (2005/Cespe – ANCINE – Advogado) No processo administrativo, se 
excluídas a delegação e a avocação, a competência é irrenunciável 
Comentários: 
De cara, alguém já deve ter se perguntado: poxa, o tema 
‘competência’ não diz respeito aos atos administrativos? Lembro que os atos 
se inserem em algo maior, os processos, os quais, no nosso caso, são 
administrativos. Então, ao tratarmos de processos aqui, estamos tratando de 
atos. Mas como “recordar é viver”, como diria um poeta. 
O tema é tratado, no essencial, do art. 11 ao art. 17 na Lei, a qual 
estabelece, de pronto, a irrenunciabilidade da competência, portanto, 
devendo ser exercida a quem foi atribuída, ressalvas feitas às 
possibilidades de delegação e avocação. 
Interessante destacar a péssima construção do item, o qual nos dá a 
ideia de renúncia de competência nos casos de delegação e de avocação. Na 
realidade, a ideia é equivocada. Veremos os motivos da crítica, mas, antes, é 
necessária a citação do art. 11 da Lei 9.784/99, que assim dispõe: 
A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos 
a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e 
avocação legalmente admitidos. 
 
A leitura do dispositivo reconstruído fica assim: a competência para a 
prática de atos em processos administrativos deve ser exercida pelos órgãos 
a que foi atribuída como própria, permitindo-se a delegação e a 
avocação nos casos juridicamente admissíveis. Todavia, não se 
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permite a renúncia de competência, uma vez que isso seria como 
renunciar ao interesse público. 
Como você percebe, o item que estamos analisando é dúbio em sua 
redação, e, certamente, poderia ter sido objeto de recurso junto à banca, 
pleiteando-se sua anulação. Todavia, certamente, não houve recurso. Daí, a 
manutenção do gabarito como correto. 
BIZU: de agora em diante, se tiverem dúvida nas questões de 
administrativo mandem notificações no fórum concurseiros 
(www.forumconcurseiros.com.br), para que seja aferida a possibilidade de 
recursos. Se couber algum, podemos tentar dissuadir a ilustre organizadora 
do “pecado” cometido. 
11. Gabarito: CERTO 
12. (2008/Cespe – MMA – Analista Ambiental) Um órgão administrativo e seu 
titular poderão delegar toda a sua competência a outros órgãos ou titulares, 
desde que estes lhes sejam hierarquicamente subordinados. 
Comentários: 
Um órgão administrativo e quem o titulariza podem, desde que não 
haja proibição legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou 
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, 
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, 
social, econômica, jurídica, ou territorial (não é política e sequer 
moral!). É o que diz o art. 12 da Lei 9.784/1999, literalmente: 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não 
houver impedimento legal, delegar parte da sua 
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes 
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando 
for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, 
social, econômica, jurídica ou territorial. 
O erro da questão? Basicamente, dois: 
I) dizer que pode haver delegação de toda competência. Não pode. 
Veja que o primeiro trecho negritado fala em delegação de parte. Só não diz 
qual o tamanho dessa “parte”, o que pode levar a problemas no dia a dia do 
mundo real. Se houver delegação de 99% da competência, é delegação em 
parte. Mas deixa pra lá. Isso é procurar “chifres em cabeça de cavalo”1 e o 
examinador, normalmente, não faz isso... 
II) a questão informa, ainda, que só pode haver delegação caso o 
recebedor da delegação seja hierarquicamente subordinado ao delegante. 
ERRADO também, isso porque o dispositivo em referência permite a 
delegação ainda que não haja subordinação hierárquica. 
 
1
 A UNI do Caverna do Dragão tem chifre, mas a UNI é Unicórnio e não Cavalo, viu! 
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O ato delegatório, quando for possível, deverá especificar os poderes 
transferidos, podendo ser revogado a qualquer tempo pelo delegante (é 
a qualquer tempo mesmo!). 
O ato praticado sob o manto da delegação reputa-se praticado 
pelo delegado, é dizer, por quem efetivamente o praticou, e quem, 
inclusive, responderá por eventuais irregularidades no exercício da 
competência delegada. 
12. Gabarito: ERRADO. 
13. (2004/ESAF – CGU – Analista) De acordo com a Lei de Processo 
Administrativo (Lei nº 9.784/99), pode haver a delegação de competência, 
quando conveniente em razão de circunstâncias diversas. No rol normativo 
não se inclui a circunstância da seguinte índole: 
a) social 
b) moral 
c) econômica 
d) jurídica 
e) territorial. 
 Comentários: 
A seguir, o art. 12 da Lei 9.784, de 1999: 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver 
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos 
ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente 
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de 
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 
Ou seja, um órgão administrativo e quem o titulariza podem, desde que não 
haja proibição legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos 
ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente 
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de 
índole técnica, social, econômica, jurídica, ou territorial (não é 
política e sequer moral!). Daí a correção da alternativa B. 
13. Gabarito: item B. 
14. (2004/Cespe – TCU – Analista) Em sendo o órgão colegiado competente 
para decidir sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de 
disposição legal, delegar essa competência ao respectivo presidente.Comentários: 
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Questão bem tranquila. O art. 13 da Lei 9.784/1999 informa ser 
indelegável a competência para apreciação de recursos administrativos, daí 
a incorreção do item. Essa é uma das boas passagens da Lei, pela seguinte 
razão: imaginemos que uma autoridade qualquer tome uma decisão que 
tenha sido potencialmente prejudicial a um particular. 
Esse então recorre (há uma nuance interessante no andamento do 
recurso administrativo que veremos mais adiante). 
O recurso administrativo é encaminhado, então, pela via 
hierárquica para a autoridade. Suponhamos que essa autoridade superior 
pudesse delegar a competência para a apreciação do recurso. 
Resultado: a autoridade hierárquica superior poderia delegar para 
aquela que houvera tomado a decisão administrativa inicial, a qual era 
exatamente a decisão que o potencial prejudicado queria ver reformulada. 
Em síntese: permitir a delegação da apreciação de recursos 
administrativos poderia simplesmente “fulminar” o “duplo grau 
administrativo”. Preferimos outra construção: duas cabeças pensam 
melhor do que uma. É preciso que mais de uma autoridade tenha 
possibilidade de se pronunciar quanto a situações que tenham de ser 
decididas pela Administração. 
Outras vedações de delegação são, igualmente, extraídas do art. 13 da 
Lei 9.784/1999, a saber: a edição de atos de caráter normativo e as 
matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
14. Gabarito: ERRADO 
15. (2008/FCC – TCE-SP/Auditor) De acordo com a lei federal de processo 
administrativo (Lei nº 9.784/99), a delegação da prática de atos 
administrativos tem como característica a: 
a) proibição de ressalva quanto ao exercício da atribuição delegada. 
b) permissão de delegação de atos normativos e de decisão de recursos. 
c) dependência da autorização expressa de lei específica. 
d) limitação da delegação a órgãos hierarquicamente subordinados. 
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e) permissão da sua revogação a qualquer tempo, mesmo que concedida por 
prazo determinado. 
 Comentários: 
 O gabarito correto é o item “E”, isso porque a delegação pode mesmo 
a qualquer tempo ser revogada, independentemente da fixação de 
prazo ou de condições. 
 Vamos, agora, identificar os erros dos demais quesitos. 
 Item A – INCORRETO. A delegação é a repartição parcial do 
exercício de competência com outros agentes subordinados ou não, devendo 
tanto o ato inicial de delegação como sua revogação serem publicados em 
meio oficial (leia-se: não é, necessariamente, Diário Oficial, pode ser um 
Boletim Interno do órgão/entidade). E qual a utilidade desta publicação? 
Principalmente para efeito de controle por outras autoridades e órgãos, isso 
porque as decisões adotadas serão consideradas editadas pelo delegado. 
 Agora, vamos ao ponto central do quesito: é possível a delegação 
com reserva de poderes? A resposta é positiva, segundo previsto no §1º 
do art. 14 da Lei 9.784/1999: 
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes 
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os 
objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de 
exercício da atribuição delegada. 
 A delegação com reserva de poderes garante que a autoridade 
(delegante) conjuntamente com delegado exerça a competência, com 
outras palavras, em havendo reserva de poderes, é desnecessário que a 
autoridade delegante primeiro revogue a delegação para depois exercer a 
competência. 
Item B – INCORRETO. O art. 13 veda a delegação de tais atos. 
Item C – INCORRETO. Olha o que diz o art. 12: 
Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver 
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros 
órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam 
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão 
de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou 
territorial. 
Perceberam? Isso mesmo, não é necessário o advento de lei 
garantindo a delegação, daí a incorreção do quesito. 
Item D – INCORRETO. A PM de São Paulo aplica multa de trânsito, 
estranho não é?! Como é que pode a PM aplicar multa, se a competência é 
do DETRAN, pergunta-se o amigo concursando. Acontece que o DETRAN 
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delegou o exercício da competência à Polícia Militar, diga-se de passagem, 
órgão não subordinado ao DETRAN. Isso só foi possível porque o art. 12 da 
Lei 9.784/1999 é enfático em afirmar que a delegação pode ocorrer ainda 
que não haja subordinação hierárquica. 
15. Gabarito: item E. 
16. (2006/Cespe – ANATEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A avocação 
temporária de competência é admitida, desde que seja em caráter 
excepcional e se relacione a órgãos hierarquicamente subordinados, 
prescindindo da relevância dos motivos e de justificação. 
Comentários 
Questão fácil, no entanto, vale-nos a título de fixação. 
A avocação é tratada no art. 15 da Lei 9.784/1999. O dispositivo será 
reproduzido para ser explorado um pouco mais: 
Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes 
devidamente justificados, a avocação temporária de competência 
atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 
Os destaques que fazemos desse preceito referente à avocação são os 
seguintes: 
I) Caráter excepcional: a avocação não deve ser prática, mas 
exceção. Não é desejável que a norma atribua competência a um 
órgão/agente e o superior hierárquico, então, retire tal competência. 
Ademais, imagina a situação do sujeito que tem sua competência avocada. 
Acabaria sendo marcado em seu local de trabalho. Mais ou menos assim: 
olha, lá vai ele. O sujeito que teve sua competência avocada... 
II) Motivos relevantes, justificados: não poderia ser diferente. Se a 
avocação é excepcional, tem de ser explicada quando ocorrer. Daí, sua 
necessária motivação; 
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III) Temporária: o tempo certo é necessário. Se não, melhor que a 
competência passe a ser do avocante; 
IV) Com relação a órgão inferior: imagina diferente – avocar 
competência de quem é hierarquicamente superior. Não há sentido nisso, 
não é? 
Vamos para a próxima. 
16. Gabarito: ERRADO 
17. (2002/FCC – TRE/PI – Analista Judiciário) No âmbito da Administração 
Pública federal, em conformidade com a Lei nº 9.784, de 29.01.99, deverá 
ser observada, quanto à competência, entre outras regras, que: 
a) não será permitida, em qualquer hipótese, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
b) inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá 
ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
c) é vedado ao órgão administrativo e seu titular delegar parte de sua 
competência a outros órgãos ou titulares, quando estes não lhe sejam 
hierarquicamente subordinados. 
d) poderão ser objeto de delegação a decisão de recurso administrativo e a 
edição de atos de caráter normativo. 
e) para o ato de delegação basta ser especificada a matéria, os poderes 
transferidos e os limites da atuação do delegado. 
Comentários:Vamos direto à análise dos itens. 
 Item A – INCORRETO. Revimos que a avocação (ato de trazer para 
si) é sempre: motivado, temporário, e excepcional, aplicando-se aos 
órgãos subordinados, daí a incorreção do quesito. Ver figura na questão 
anterior. 
Item B – CORRETO. O item está correto, nos termos do art. 17 da Lei 
9.784/1999. A lógica do dispositivo é garantir ao administrado maior chance 
de ver seu pleito revertido pela Administração. 
Pensa na seguinte situação: houve aplicação da penalidade de 
advertência pelo chefe imediato de servidor federal do Poder Executivo, 
sendo que a lei não menciona a autoridade competente para a apreciação de 
possível recurso interposto. Na omissão, se a autoridade competente for o 
Presidente da República e o recurso do servidor for pelo Presidente 
indeferido, o único caminho do administrado agora é bater as portas do 
Judiciário. 
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Entenderam por que começar pelo menor nível hierárquico? 
Item C – INCORRETO. O art. 12 da norma afirma que a delegação é 
possível, apesar de entre órgãos não subordinados, daí a incorreção do 
quesito. 
Item D – INCORRETO. O art. 13 da Lei veda a delegação de tais 
atos, daí a incorreção do item. 
Item E – INCORRETO. O §1º do art. 14 determina a especificação 
das(os): 
 Matérias e poderes transferidos; 
 Limites da atuação do delegado; 
 Duração; 
 Objetivos da delegação; e 
 Recursos cabíveis. 
No item, em análise, a Banca deixou de citar a duração, os objetivos, e 
o recurso cabível, daí sua incorreção. 
17. Gabarito: item B. 
18. (2007/ESAF – PGDF) Em relação ao Processo Administrativo, analise os 
itens a seguir: 
I. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, 
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, ainda que a 
matéria não seja de sua competência, nos termos da Lei n. 9.784/99; 
II. Conforme expressa previsão legal, um órgão administrativo e seu titular 
poderão delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares, 
mesmo que não lhes sejam hierarquicamente subordinados; 
III. Apenas o ato de delegação deverá ser publicado no meio oficial, 
observando-se o princípio da publicidade, tendo em vista a exigência legal, 
não se aplicando referida exigência para o ato de revogação; 
IV. De acordo com o disposto na Lei n. 9.784/99 e o princípio constitucional 
da moralidade administrativa, é suspeito de atuar em processo 
administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse indireto na 
matéria; 
V. A Lei n. 9.784/99 admite a avocação de competência, ainda que interfira 
no duplo grau. 
A quantidade de itens incorretos é igual a: 
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a) 3 b) 2 c) 1 d) 4 e) 5 
Comentários: 
Vamos aos quesitos. 
Item I – INCORRETO. Ainda que a matéria não seja de sua competência?! 
Na boa, permito-me não comentar, rsrs... 
Item II – CORRETO. A avocação, nos termos da Lei, é decorrência da 
hierarquia. A delegação, por sua vez, nem sempre decorre da hierarquia. O 
exemplo clássico que costumo citar é a delegação do DETRAN para as PMs 
dos Estados para aplicação de multas. Obviamente que, entre o Detran e a 
PM, inexiste laço de subordinação. 
Item III – INCORRETO. Tanto o ato de delegação como o ato de 
revogação da delegação devem ser publicados em meio oficial. É com a 
publicidade do ato de revogação que, oficialmente, o gestor delegatário deixa 
de responder pelo expediente. 
Item IV – INCORRETO. A suspeição não se confunde com o impedimento, 
apesar de ambos os institutos serem uma decorrência do princípio da 
impessoalidade. Na suspeição, as situações que a suscitam são SUBJETIVAS, 
no caso, amizade íntima e inimizade notória. Por sua vez, no impedimento, 
as situações são OBJETIVAS, como, por exemplo, participar de processo para 
aumento da própria remuneração ou remuneração da esposa (interesse 
direto e indireto, nessa ordem). 
Item V – CORRETO. A Lei 9.784, de 1999, permite, expressamente, a 
avocação, isto é, o ato de trazer para si a competência do subordinado ou, 
temporariamente, a competência delegada. E, quanto ao duplo grau, observo 
que não é um princípio previsto expressamente na Lei. Em verdade, o 
número de instâncias recursais máximo é de três, o que nos leva a concluir 
pela existência de apenas uma instância. 
18. Gabarito: item A. 
19. (2008/ESAF – CGU – Correição) Em relação aos impedimentos e à 
suspeição, de que tratam as disposições constantes da Lei n. 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990 e da Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, é correto 
afirmar que: 
a) é impedido de atuar em processo administrativo servidor ou autoridade 
cujo primo participou como testemunha nos autos. 
b) servidor efetivo estável pode participar como membro de comissão 
disciplinar que investigue ato de superior hierárquico. 
c) pode participar de comissão de processo administrativo disciplinar ou de 
sindicância servidor que seja cunhado da acusada. 
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d) servidor que incorrer em hipóteses de impedimento deve comunicar o fato 
à autoridade competente ao término das apurações, constituindo-se falta 
grave a omissão desse dever de comunicar. 
e) a suspeição exige que a amizade e a inimizade sejam qualificadas pela 
notoriedade. 
 Comentários: 
 Com essa questão, damos início ao tema impedimentos e suspeição, 
aplicação direta do princípio da impessoalidade. 
 Os atos da Administração devem ser fundamentados, motivados, livres 
de imoralidades, de subjetivismos, cercados (sempre e sempre) da 
imparcialidade. 
Nos processos administrativos, como conjunto de atos interligados 
logicamente para um resultado final, a história não pode (deve) ser 
diferente, inclusive, por contarmos com o agravante de que a 
Administração funciona (a um só tempo) como julgadora e parte. 
Assim, se houver inclinação de se prejudicar ou de se favorecer o 
administrado, é dever de a Administração afastar seus servidores da 
condução do processo. 
Logo, com a tentativa de se evitar o desvio de finalidade, a ofensa ao 
princípio da impessoalidade, a Lei 9.784/1999 traz regras sobre os 
impedimentos e as suspeições. 
O art. 18 lista os casos de impedimento, vejamos: 
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha 
ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, 
companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; 
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o 
interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. 
Percebam que as hipóteses de impedimentos são de natureza bem 
objetivas, aferível pelas circunstâncias apresentadas. Por exemplo: Ministro 
da Fazenda recebe pedido de servidores sobre concessão de determinada 
gratificação, a qual, igualmente, lhe será favorável. Nesse caso, em razão do 
interesse na matéria, deve comunicar o fato ao Presidente da República, 
abstendo-se de atuar. 
Vamos acrescentar mais um detalhe sobre a regra de impedimento: o 
grau de parentesco. 
O grau de parentesco gerador do impedimento é consanguíneo e por 
afinidade até o 3º grau, por exemplo: 
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