Buscar

direito eleitoral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAPITULO 1 - DIREITO ELEITORAL
- ramo do direito público.
- possui institutos e normatividade próprios.
- disciplina direitos políticos e eleições.
- compete à União legislar privativamente sobre direito eleitoral.
- somente lei complementar (LC) para definir regras sobre a Justiça Eleitoral;
- os feitos eleitorais são gratuitos.
- não se aplica amicus curie.
- não se admite autocomposição.
- tutela provisória será autuada em autos separados e como Ação Cautelar.
- recursos: regra: 3 dias.
- carga: 2 horas prorrogáveis ate 6 horas.
- sustentação oral: 
(a) 10 min. recursos.
(b) 15 min. feitos originários.
(c) 20 min. recursos contra expedição de diploma.
1. PRAZOS
- peremptórios.
- dias corridos.
- não suspende em fds e feriados.
- suspende 20/12 a 20/01.
2. FONTES
FONTES DIRETAS: assuntos de natureza eleitoral. 
(1) constituição;
(2) leis eleitorais;
(3) resoluções do Tribunal Superior Eleitoral;
(4) súmulas;
(5) consultas;
Obs.: medida provisória não é fonte de direito eleitoral, pois é vedado seu uso para tratar de matéria eleitoral.
FONTES INDIRETAS: aplicadas ao direito eleitoral de forma subsidiária ou supletiva. Ex.: CP e CC; CPC e CPP.
(1) jurisprudência;
(2) doutrina;
Fontes materiais: fatores que levam ao surgimento da norma jurídica. ex.: movimentos sociais, aprovação de leis eleitorais; as consultas; a doutrina.
Fontes formais: normas jurídicas. Ex.: Código Eleitoral, Lei das Eleições, Lei dos Partidos Políticos, Resoluções do TSE/TRE, entre outras.
3. RESOLUÇÕES DO TSE
- normas de caráter infralegal e regulamentar.
- normas que estabelecem regras legais, gerais e abstratas, editadas para a execução da legislação eleitoral.
- objetivo principal é regulamentar as eleições. 
- disciplinam procedimentos não previstos na legislação eleitoral.
- aplicam-se a todos aqueles que concorrerem às eleições, de modo geral e abstrato e com caráter vinculante.
- não podem restringir direitos ou criar obrigações; 
- destinam-se à fiel execução da lei;
- estas instruções só poderão ser expedidas em ano eleitoral até 5 de março;
- a edição de Resoluções é conferida ao TSE.
4. CONSULTAS
- atribuição conferida aos TRE e ao TSE.
- para responder questionamentos feitos por autoridades competentes.
- desde que se refira a matéria em tese e não a um caso concreto propriamente, pois seria uma forma irregular de antecipar o julgamento de determinado processo judicial eleitoral. Assim, a consulta constitui uma forma de orientar as partes envolvidas no processo eleitoral, com a finalidade de evitar processos judiciais.
- não possui caráter vinculante.
- não possui caráter erga omnes.
Consultas analisadas por:
TSE podem ser formuladas por: TRE podem ser formuladas por:
- autoridade federal, - autoridade pública,
- órgão nacional de partido politico. - partido politico.
5. MEDIDA PROVISÓRIA 
- é um instrumento com força de lei, adotado pelo Presidente da República;
- não é fonte de direito eleitoral;
- é vedado à medida provisória dispor sobre nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
- medida provisória só pode ser editada em caso de relevância e urgência;
- a medida provisória tem validade por 60 dias, prorrogáveis por outros 60 dias. Se não for aprovada no prazo de 45 dias, contados da sua publicação, a MP tranca a pauta de votações da Casa em que se encontrar (Câmara ou Senado) até que seja votada. Passado esse período, se a medida provisória não for convertida em lei, perderá sua eficácia.
- é um ato unipessoal do presidente da república. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei. 
7. DIREITOS FUNDAMENTAIS 
inalienabilidade: não é possível sua transferência a título oneroso ou gratuito;
imprescritibilidade:	não são extintos pelo tempo;
irrenunciabilidade: não são suscetíveis de renúncia;
inviolabilidade: não podem ser desrespeitadas pelos indivíduos ou autoridades;
efetividade: reclamam eficácia máxima possível no conflito de interesses;
universalidade: todo indivíduo é legitimado para o exercício da cidadania;
interdependência: sua interpretação deve alcançar as finalidades para a proteção do direito.
8. PRINCÍPIOS 
Princípios gerais:
Princípios expressos: são previstos na Constituição. LIMPE
Princípios implícitos: supremacia do interesse público sobre o interesse particular, autotutela, razoabilidade, motivação.
Princípios de direito eleitoral:
Princípio da lisura das eleições: 
- aplica-se a justiça eleitoral, ministério público eleitoral, partidos políticos, candidatos.
- deve ser pautada na preservação da lisura das eleições. 
Princípio do aproveitamento do voto:
- impõe à justiça eleitoral pautar a atuação na preservação da soberania popular, na apuração dos votos e na diplomação dos eleitos. 
- também conhecido como princípio do in dubio pro voto, evita declarar a nulidade do voto por qualquer razão. 
- a nulidade do voto é medida extrema que deverá ser aplicada excepcionalmente. 
- se as partes interessadas não alegarem a nulidade em momento oportuno (momento da votação) não poderão fazê-lo posteriormente. Se a nulidade não for arguida no momento da votação, aproveita-se o voto ainda que haja alguma irregularidade.
- não poderá o juiz reconhecer de ofício a nulidade, sob pena de violação ao princípio do aproveitamento do voto. 
- se a nulidade for pautada em uma violação à regra constitucional, poderá ser declarada a qualquer tempo, ainda que o cidadão já tenha efetuado o voto, devido a supremacia e da hierarquia da constituição.
Sinônimos: princípio do in dubio pro voto, princípio da vedação da restrição de direitos políticos, princípio da atipicidade eleitoral, princípio da estrita legalidade eleitoral.
Princípio da celeridade eleitoral: 
- as decisões eleitorais devem ser imediatas, evitando-se delongas para as fases posteriores à data da diplomação, sendo verdadeiras exceções os casos que possam demandar um julgamento para além da posse. 
- duração razoável do processo possa resultar em perda de mandato eletivo: máximo 1 ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral. Abrange a tramitação em todas as instâncias da Justiça Eleitoral.
- não atendimento do prazo eleitoral: 
(a) crime de desobediência.
(b) infração disciplinar a ser apurada perante as corregedorias dos tribunais eleitorais, do TSE e do Ministério Público.
(c) representação ao CNJ e ao órgão eleitoral hierarquicamente superior.
Princípio da anualidade eleitoral: 
- ou princípio da antinomia eleitoral. 
- lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 ano da data de sua vigência. Assim, afirma-se que ela será aplicável apenas após um ano e um dia após a publicação.
- é garantia fundamental e cláusula pétrea.
- tem vigência imediata, mas eficácia contida ou pro futuro. 
- expressamente previsto na Constituição Federal.
vigência: refere-se à existência da norma jurídica para o ordenamento.
eficácia: refere-se à produção de efeitos, que ocorrerá tão o lapso de um ano.
 
processo jurisdicional eleitoral: ações eleitorais. Ex.: ação de impugnação de mandato eletivo (AIME), ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), etc.
processo eleitoral: há rompimento de igualdade de participação dos partidos políticos e candidatos no processo eleitoral; cria deformação que afeta a normalidade das eleições; introdução de fator de perturbação; promoção de alteração motivada por propósito casuístico. 
Obs.: fim da verticalização das coligações segue o princípio da anualidade: a EC n. 52/2006, determinou o fim da verticalização, ou seja, os partidos políticos brasileiros poderão estabeleceralianças diferentes em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Assim, atualmente, é perfeitamente possível que o PT, por exemplo, alie-se com o PMDB no âmbito federal para fins de coligações, porém, não estejam coligados no âmbito municipal.
Obs.: lei da ficha limpa observa a anualidade? STF sim. Pulicado em 04.06.2010, data em que entrou em vigor. 
Obs.: jurisprudência eleitoral e o princípio da anualidade: a alteração de jurisprudência eleitoral e legislação, se envolver aspectos relativos ao processo eleitoral, deverão observar o princípio da anualidade. 
Princípio da moralidade eleitoral: 
- apenas aqueles que tiverem uma conduta ética e moral poderão concorrer a cargos políticos eletivos. 
- para que o candidato possa ser impedido de ocupar um cargo político para o qual foi eleito por imoralidade, é necessário que a conduta seja descrita em lei complementar. 
Obs.: lei da ficha limpa: inelegíveis por 8 anos: (a partir do termino do cumprimento da pena).
Princípio da autonomia dos partidos: 
- os partidos políticos não podem sofrer intervenções ou interferência estatais quando estiverem agindo dentro da legalidade. 
Princípio da responsabilidade solidária entre candidatos e partidos políticos: 
- os atos praticados ao longo da campanha eleitoral serão imputados tanto aos partidos políticos (pessoa jurídica) quanto aos candidatos (pessoa física). 
- ambos poderão ser responsabilizados cível, administrativa, eleitoral e penalmente.
- se o partido estiver coligado a outros partidos, estes não responderão pelos atos praticados por aqueles.
Princípio do pluralismo politico: 
- pluripartidarismo ou multipartidarismo: vários partidos políticos. É uma das consequências do pluralismo político. 
- pluralismo político: garantia de existência de várias opiniões e ideias com o respeito por cada uma delas.
Princípio da preclusão instantânea: 
- as impugnações por nulidade durante a votação devem ser imediatas, sob pena de se inadmitir o recurso. 
- são preclusivos os prazos para interposição de recurso, salvo quando neste se discutir matéria constitucional.
- fiscais, delegados de partidos, candidatos e eleitores poderão impugnar a identidade do eleitor que se apresentar perante a mesa receptora de votos no dia das eleições. 
- impugnação: deverá ocorrer no ato da votação (perante a mesa receptora) que será decidida de plano pela mesa receptora. Inconformada com a decisão da mesa poderá recorrer à Junta Eleitoral. Somente é possível reclamar perante a Junta se houver impugnação prévia, sob pena de preclusão.
CAPITULO 2 - ALISTAMENTO (RESOLUÇÃO TSE n. 21.538/2003)
capacidade eleitoral ativa: direito de votar.
capacidade eleitoral passiva: direito de ser votado.
(a) alistamento obrigatório:
- maiores de 18 anos e menores de 70;
- índios são obrigados a votar se tiverem mais de 18 anos e forem alfabetizados em língua portuguesa;
- deficiente físico é obrigado a alistar-se e também ao ato de votar. Porém, não estará sujeita a sanção à pessoa portadora de deficiência que torne impossível ou demasiadamente onerosa o cumprimento das obrigações eleitorais, relativas ao alistamento e ao exercício do voto; 
Obs.: estatuto da pessoa com deficiência: considera-se pessoa com deficiência aquela com impedimento de longo prazo. A partir do estatuto passa a ser direito fundamental dessas pessoas, de forma inquestionável, a participação na vida politica do Estado, inclusive o direito de serem votadas. Torna-se dever do Estado junto com a justiça eleitoral garantir que o procedimento, as instalações, os materiais e os equipamentos para a votação sejam apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a instalação de seções eleitorais exclusivas para pessoas com deficiência.
(b) alistamento facultativo: 
- analfabetos;
- maiores de 70 anos;
- entre 16 e 18 anos;
- portugueses equiparados, por receberem tratamento equivalente ao de brasileiro naturalizado, poderão se alistar como eleitores.
Obs.: analfabetizado: o alistamento e o voto do analfabeto são facultativos. Caso superada a condição de analfabetismo, o alistamento e o voto tornam-se obrigatórios. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa porque é difícil delimitar o marco temporal no qual o indivíduo deixou de ser analfabeto. 
(c) alistamento não permitidos (inalistáveis):
- estrangeiros;
- conscritos; 
- sem direitos políticos ou com os direitos políticos suspensos;
- menores de 16 anos.
Obs.: militares são alistáveis, somente conscrito (durante o serviço militar obrigatório) que não são.
Obs.: o TSE considera conscritos os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militar obrigatório.
Obs.: ainda que alistado, se o eleitor ingressar no serviço militar obrigatório terá suspenso os seus direitos políticos. 
Obs.: em regra, o preso não pode votar, salvo preso provisório que ainda não foi condenado.
Obs.: pessoa enferma que não possa votar no dia das eleições, terá o prazo de 60 dias, após o pleito, para comprovar a situação impeditiva;
Obs.: quem estiver fora do domicílio deverá justificar a abstenção, sob pena de multa. Quem tiver domicílio fora do país deverá votar apenas nas eleições presidenciais. Logo, não é aplicável a regra do CE.
Obs.: funcionários civis e militares impossibilitados de votar: deverão justificar a impossibilidade perante a justiça eleitoral.
(a) qualificação: a qualificação é o ato através do qual o individuo faz prova que satisfaz as exigências legais para se tornar eleitor.
(b) inscrição: a inscrição é o registro da pretensão a condição de eleitor, através do preenchimento de formulário denominado RAE (requerimento de alistamento eleitoral).
(c) alistamento: quando o alistando requer inscrição, em seu nome não pode constar outra inscrição ou inscrição cancelada por determinação judicial.
(d) transferência: ocorre quando o eleitor desejar alterar seu domicilio eleitoral. Nesse caso é mantido o numero do titulo do eleitor.
(e) revisão: quando o eleitor necessita alterar o local de votação no mesmo município, retificar dados pessoais ou regularizar situação de inscrição.
(f) segunda via: quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona por ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu titulo sem nenhuma alteração.
Alistamento inicial: nenhum requerimento de inscrição eleitoral (alistamento inicial) ou de transferência será recebido dentro dos 150 dias anteriores a eleição. Ex.: o primeiro turno das eleições ocorrerá em 02.10.2016. Desse modo, se contarmos 150 dias, chegaremos até o dia 06.05.2016. Portanto, o dia 05.05.2016 - que é o 151º dia antes das eleições - será o último dia para o interessado comparecer perante o Cartório Eleitoral para efetuar a inscrição ou transferência. 
Obs.: alistamento menor com 15 anos: permitido, desde que na data da eleição já tenha completado 16 anos.
Obs.: o brasileiro nato que não se alistar ate os 19 anos ou naturalizado que não tenha se alistado ate 1 ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitora e cobrada no ato da inscrição. A multa não será aplicada se requerer a inscrição ate 150 dias anteriores a eleição em que completar 19 anos. 
Domicilio eleitoral: não se confunde com domicilio civil. Assim, o fato de o eleitor residir em determinado município não constitui óbice para que o mesmo se aliste como eleitor de outro município desde que neste outro mantenha vínculos (negócios, propriedades, etc.).
(a) cancelamento: temporário. A inscrição permanecerá inativa no cadastro. O interessado requerendo novo alistamento restaurará o mesmo número de inscrição.
(b) exclusão: definitivo. Poderá o interessado requerer novo alistamento, caso em que receberá novo número de inscrição. 
	
Causas de cancelamento:
(a) inavistáveis;
(b) falta de domicílio eleitoral;(c) a suspensão ou perda dos direitos políticos;
(d) a pluralidade de inscrição;
(e) o falecimento do eleitor; Obs.: compete aos oficiais de registro civil de informar mensalmente os óbitos ocorrido para fins de cancelamento dos títulos eleitorais. 
(f) deixar de votar em 3 eleições consecutivas; Obs.: além de deixar de votar, o eleitor deverá deixar de justificar no prazo de 6 meses, bem como não poderá ter ido, nos anos anteriores, para regularizar a situação eleitoral.
Legitimados para requerer o cancelamento:
- juiz eleitoral, de ofício (ex officio);
- requerimento do delegado de partido; 
- requerimento pelo eleitor.
Obs.: como o cancelamento, ou a exclusão, de inscrição eleitoral são realizados por intermédio de um procedimento, é necessária a defesa daquele que sofrerá as consequências.
(a) correição: (a) anualmente, (b) sempre que entender necessário ou (c) diante de existência de indícios de irregularidade, o corregedor-regional eleitoral realizará correição do eleitorado, a fim de verificar irregularidades. Se houver irregularidade será realizada revisão do eleitorado, procedimento equivalente a um recadastramento no qual todos os eleitores de determinada zona ou região serão convocados sob pena de cancelamento do titulo.
(b) revisão do eleitorado: o TSE determinará de oficio, a revisão sempre que:
- total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja 10% superior a do ano anterior;
- eleitorado for superior ao dobro da população entre 10 e 15 anos, somada a idade superior a 70 anos do território daquele município;
- eleitorado for superior a 65% da população projetada para aquele ano pelo IBGE.
1. OBRIGATORIEDADE DO VOTO
- caso o eleitor esteja no exterior, deverá justificar o não comparecimento às urnas no prazo de 30 dias a contar do retorno ao Brasil;
- cada turno será considerado uma eleição. Se o eleitor deixou de votar em ambos os turnos em 2014, caso não vote no primeiro turno de 2016, terá sua inscrição cancelada;
- a regularização da inscrição poderá ocorrer perante qualquer juízo eleitoral e após o recolhimento da multa, será emitido documento que comprove a quitação eleitoral;
Consequências (se não votar e não justificar): obs.: aplicada somente aos que são obrigados a votar.
- multa entre 3% e 10% do salário mínimo;
- não poderá ser empossado em concurso público;
- não receberá o salário aquele que for servidor ou empregado público (estatutários ou celetistas) ficarão os salários um mês, o 2º mês subsequente ao das eleições;
- não poderá participar de licitação, quando possível a participação de pessoas físicas;
- não poderá obter empréstimos ou créditos junto a órgãos ou a empresas com capital público (tais como Caixa Econômica e Banco do Brasil);
- não poderá obter passaporte ou carteira de identidade (não será aplicado aos eleitores que estiverem no exterior e que requeiram novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil);
- não poderá renovar matrícula em instituição de ensino oficial ou que seja fiscalizada pelo governo;
- não poderá praticar outros atos para os quais se exija a quitação do serviço militar ou a declaração do imposto de renda da pessoa.
Incorrerá na multa de 3% a 10% sobre o valor do salário-mínimo:
- nato que não se alistar até 19 anos de idade;
- naturalizado que não se alistar até 1 ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira.
Obs.: o eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e necessitar documento de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o juízo da zona em que estiver. Caso o eleitor compareça para regularizar a inscrição fora do seu domicílio, a multa será cobrada, em regra, pelo valor máximo, que poderá ser isentado mediante declaração de pobreza.
Multa: regra - pelo valor máximo (10% SM); exceção - pelo valor arbitrado pela zona eleitoral de origem.
Prazo para justificar o voto: 60 dias, sob pena de multa.
Justificativa eleitoral: no dia das eleições, o eleitor que se encontrar fora do seu domicílio eleitoral poderá justificar a sua ausência em qualquer seção eleitoral ou nas mesas receptoras e deverá estar munido do número de seu título eleitoral, de documento de identificação e do Requerimento de Justificativa Eleitoral (que pode pegar na mesa na hora que for justificar) corretamente preenchido.
Será cancelada a inscrição do eleitor que:
- não votar em 3 eleições consecutivas;
- não pagar a multa;
- não se justificar no prazo de 6 meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido.
Alistamento ate os 19 anos: o brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos de idade sofrerá multa a ser aplicada pelo juiz eleitoral. A multa não será exigida se a pessoa requerer a inscrição eleitoral até o 151º dia antes da eleição subsequente ao qual completar 19 anos. Ex.: se completar 19 anos em 2016 deverá requerer a inscrição eleitoral até o 151º dia antes das eleições. Ou seja, se o sujeito completar 19 anos em fevereiro de 2016, poderá requerer, sem a imposição de multa, a inscrição eleitoral no último dia do prazo, ou seja, no dia 05.05.2016. Caso ele complete 19 anos após a data das eleições ele terá até o pleito subsequente, ou seja, até 2018 para requerer o alistamento sem aplicação de multa. Claro, se ele deixar para se alistar em 2018, deverá observar o prazo de 150 dias.
CAPITULO 3 – ELEGIBILIDADE (LC n. 64/1990)
1. CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
Condições de elegibilidade: 
a) requisitos positivos;
b) condutas lícitas;
Hipóteses de inelegibilidade:
a) requisitos negativos;
b) condutas ilícitas;
Condições de elegibilidade: o pedido de registro de candidatura deve ser instruído com documentos comprobatórios do preenchimento dos requisitos legais.
- ser brasileiro (seja nato ou naturalizado, observando os cargos privativos a brasileiros natos).
- estar no pleno exercício dos direitos políticos (capacidade para votar e ser votado).
- comprovar alistamento eleitoral.
- comprovar domicílio eleitoral na circunscrição para o qual a pessoa pretende se candidatar de pelo menos 1 ano antes da eleição. 
- filiação partidária (6 meses antes das eleições, exceção a candidatos militares).
- comprovação da idade mínima para o exercício do mandato: a idade pode ser comprovada até o momento da posse:
(a) presidente, governador ou prefeito em 01/01 do ano seguinte das eleições;
(b) deputado estadual, deputado federal e senador em 01/02 do ano seguinte das eleições;
(c) vereador, idade mínima de 18 anos deve ser provada no momento do pedido de registro da candidatura.
- ata da convenção partidária com a escolha do nome do futuro candidato.
- apresentação de declaração de bens (deve ser apresentada anualmente ate que deixe o cargo público). Se não apresentar: demissão a bem do serviço publico.
- certidão de quitação eleitoral. Obs.: candidato que não apresentou contas à Justiça Eleitoral não faz jus a certidão de quitação eleitoral. Obs.: candidato que apresentou contas à Justiça Eleitoral, ainda que rejeitadas, faz jus à certidão de quitação eleitoral. Obs.: pagamento da multa pelo candidato ou o cumprimento regular do seu parcelamento após o registro da candidatura, mas antes do julgado, afasta a ausência de quitação eleitoral. Essa multa pode ser parcelada em até 60 meses, desde que não ultrapasse o limite de 10% de sua renda.
- apresentação de certidões criminais. Lei da Ficha Limpa assim, não pode ser candidato quem tenha condenação com trânsito em julgado.
- foto atualizada para a urna eletrônica.
- apresentação das propostas a serem defendidas na campanha (plataforma de governo) para prefeito, governador ou presidente da república.
- prova de desincompatibilização, quando for o caso; e
- comprovante de escolaridade, cuja falta pode ser suprida por declaração de próprio punho. Devemos lembrar, ainda, que a aferição da alfabetização se fará individualmente, sem constrangimentos, não podendoser realizado, por exemplo, em audiência pública, sob pena de afrontar a dignidade humana do candidato.
Obs.: a Lei das Eleições é lei ordinária; 
Obs.: o Código Eleitoral, na parte que trata das condições de elegibilidade, também é norma ordinária;
Condições impróprias: são exigências previstas na legislação eleitoral e que, indiretamente, se não observadas, não possibilitarão que o interessado concorra a cargos político-eletivos. Ex.: a escolha do sujeito em convenção partidária ou o registro da candidatura perante a Justiça Eleitoral constituem condições impróprias para a elegibilidade;
Condições próprias: são aquelas estabelecidas na Constituição Federal. Condição para se candidatar a mandato eletivo: 
- a nacionalidade brasileira; Obs.: o fato de o brasileiro ser polipátrida não é impedimento.
- o pleno exercício dos direitos políticos. Obs.: ou seja, o candidato não pode ter sofrido a perda ou a suspensão de seus direitos políticos;
- o alistamento eleitoral. Obs.: direito de votar, ou seja, o candidato deve estar cadastrado como eleitor;
- o domicílio eleitoral na circunscrição por no mínimo 1 ano antes do pleito. Obs.: domicílio eleitoral é o lugar em que a pessoa mantém vínculos políticos, sociais e econômicos, não se restringindo ao local onde a pessoa tem residência fixa. 
- a filiação partidária. 
- a idade mínima de:
a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) 18 anos para Vereador.
Idade mínima: 
Regra: a idade mínima é verificada tendo por referência a data da posse.
Exceção: para o cargo de vereador exige-se a idade mínima de 18 anos na data do registro da candidatura. 
A emancipação como hipótese de antecipação da maioridade civil antecipa o prazo de 18 anos para concorrer ao cargo de vereador? Não, a emancipação civil é instituto de Direito Civil que se aplica aos negócios privados, sem qualquer aplicabilidade na seara eleitoral, muito menos para flexibilizar as idades mínimas para acesso a cargos públicos.
Quando se adquire a plena elegibilidade? Aos 35 anos. A plena elegibilidade significa a capacidade do cidadão de concorrer a quaisquer cargos eletivos. 
Os naturalizados podem alcançar a plena elegibilidade? Não, pois há cargos privativos de brasileiros natos. Ex.: o cargo de Presidente da República.
Existe hipótese para que o cidadão entre 21 e 35 anos possa assumir a Presidência da República? Sim, existe. A hipótese é meio absurda e pouco provável.
Linha sucessória do cargo presidencial: em caso de impedimento do Presidente da República ou vacância do cargo:
1º Vice-Presidente da República.
2º Presidente da Câmara dos Deputados.
3º Presidente do Senado Federal.
4º Presidente do Supremo Tribunal Federal.
2. MOMENTO PARA AFERIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
Na data do registro da candidatura:	
- nacionalidade;
- exercício dos direitos políticos;
- alistamento eleitoral;
- idade mínima, apenas para vereador. 
Na data da eleição:	
- tempo de domicilio eleitoral; (1 ano)
- tempo de filiação partidária; (6 meses)
Na data da posse: idade mínima para todos os cargos, exceto para vereador.
CAPITULO 4 – INELEGIBILIDADE (LC n. 64/1990)
Finalidade das inelegibilidades:
- proteger a probidade administrativa;
- preservar a moralidade para exercício de mandato considerando vida pregressa do candidato;
- garantir a normalidade e a legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
1. INELEGIBILIDADE CONSTITUCIONAL
Inelegibilidade absoluta: restrição taxativa, apenas nas hipóteses previstas na constituição é que haverá inelegibilidade para qualquer situação ou cargo pretendido.
 
- os inalistáveis (estrangeiros (com exceção dos portugueses beneficiados pelo tratado de amizade), conscritos); 
- os analfabetos: pode votar, mas não pode se candidatar.
- menores de 16 anos (ressaltando que em ano eleitoral menores com 15 anos podem alistar desde que na data da eleição tenham completado 16 anos);
- aqueles que tiveram seus direitos suspensos ou perdidos. 
Obs.: alunos de órgão de formação da Reserva como médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários, que prestam serviço militar obrigatório, são considerados inelegíveis.
Aferição do analfabetismo: 
- apresentação de comprovação de escolaridade.
- testes simples e de caráter reservado, a fim de demonstrar a capacidade de leitura e de escrita.
- deverá haver duvida fundada e não pode haver constrangimento para o candidato.
Obs.: o exercício do mandato eletivo não é circunstância capaz de comprovar a condição de alfabetizado do candidato. Assim, poderá ser considerado analfabeto e declarado inelegível aquele que já exerceu mandato eletivo.
Obs.: a CNH gera a presunção de escolaridade necessária para o deferimento do registro da candidatura.
Inelegibilidade relativa: a inelegibilidade poderá decorrer da função ocupada pelo interessado, podendo ser afastadas mediante desincompatibilização.
- motivos funcionais;
- parentesco ou inelegibilidade reflexa;
- militares;
Obs.: o militar alistável (que não esteja na condição de conscrito) é elegível, atendidas as seguintes condições:
(a) menos de 10 anos de efetivo exercício, o militar deverá se afastar definitivamente da carreira militar para que possa concorrer ao cargo político eletivo. Será exonerado.
(b) mais de 10 anos de efetivo exercício, o militar deve se afastar temporariamente, hipótese em que será agregado pela autoridade superior. Se eleito, será aposentado da função militar. Caso não seja eleito, poderá retornar à carreira anteriormente ocupada.
Reeleição: a reeleição só poderá ocorrer para um único mandato subsequente, abrangendo não apenas os titulares, como também aqueles que sucederam (definitivo) ou substituíram (temporário) o titular do cargo.
Obs.: os candidatos não podem participar de inaugurações 3 meses antes da eleição.
Obs.: a reeleição atinge apenas os cargos do poder executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos). 
Ex.: 2010-2013 → 2014-2017 → 2018-2021 → 2022-2025 → 2026-2030
 (1º mandato) (2º mandato) (não poderá (1º mandato) (2º mandato) 
 concorrer) 
O vice-prefeito reeleito que tenha substituído o titular poderá se candidatar ao cargo de prefeito na eleição subsequente? O vice que não substituiu o titular dentro dos seis meses anteriores ao pleito poderá concorrer ao cargo deste.
Presidente da república que se reelegeu para um segundo mandato consecutivo poderá se candidatar como vice? Não, na condição de vice ele poderá vir a ocupar o cargo de titular e, portanto, teríamos violação direta à regra da Constituição.
(a) sucessão é definitiva. Ocorrerá quando houver vacância do cargo de titular do Poder Executivo. Em tais situações, o vice assume o cargo de titular;
(b) substituição é temporária. Ocorre em razão do afastamento do titular do cargo. Com a cessação do afastamento, o titular retorna a ocupar o cargo.
Prefeitos itinerantes ou profissionais: a possibilidade de o prefeito reeleito em determinado município candidatar-se ao cargo de Prefeito em outro município. Tal conduta é proibida e implica a inelegibilidade do candidato pretendente por se entender que a transferência de domicílio seria fraudulenta, uma vez que foi realizada com o intuito deliberado de elidir a reeleição. Além disso, tal conduta evidencia desvio da finalidade da fixação do domicílio eleitoral. A finalidade de exigir o domicílio na circunscriçãoé justamente favorecer que sejam escolhidos candidatos da localidade. 
Desincompatibilização: 
- aplica-se a membro do poder executivo;
- aplica-se tão somente para ocupar outro cargo. Desse modo, em caso de reeleição, não é necessário desincompatibilizar-se. Por outro lado, se o vice pretender concorrer para o cargo de titular deverá se desincompatibilizar. Também será necessária a desincompatibilização se for ocupante do cargo titular e pretender concorrer para vice.
(a) desincompatibilização:
- funções e cargos em comissão, demissíveis ad nutum;
- a desincompatibilização implica na exoneração do cargo, não havendo falar em qualquer pagamento ao servidor público;
- o servidor afastado do cargo em comissão para concorrer às eleições não tem direito de retorno ao mesmo cargo, visto que foi exonerado; 
(b) afastamento: 
- servidor público detentor de cargo efetivo (servidores de carreira);
- não se falará em exoneração, mas de mero afastamento temporário, o servidor continua a receber o pagamento.
- o prazo de afastamento remunerado é de 3 meses anteriores ao pleito, seja qual for o pleito considerado: federal, estadual ou municipal, majoritário ou proporcional; 
O candidato deve deixar a atual função:
- 6 meses para todos os cargos. 
- 4 meses para concorrer a cargo de prefeito e vice; Obs.: qualquer um que esteja concorrendo para cargo de prefeito será 4 meses.
- 4 meses para quem tenha ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe mantidas ainda que parcialmente pelo poder público ou previdência;
- 3 meses para servidores públicos estatutários ou não. (continuam recebendo o salario)
Obs.: os servidores da justiça eleitoral deverão se afastar definitivamente do cargo para cumprir o prazo de filiação (6 meses antes da eleição).
Obs.: membros de conselho tutelar e defensores públicos deverão desincompatibilizar 3 meses antes da eleição, salvo se estiver concorrendo a cargo de prefeito ou vice que será de 4 meses.
Inelegibilidade direta: atinge apenas o candidato.
Inelegibilidade reflexa: atinge cônjuge, parentes do membro que ocupa cargo no poder executivo. 
Obs.: o cônjuge e os parentes são inelegíveis dentro da circunscrição do titular. Ex.: se o titular é detentor de cargo municipal (prefeito), a inelegibilidade reflexa limita-se à circunscrição daquele município. Ex.: se o titular é detentor de cargo estadual (governador), a inelegibilidade reflexa se da na circunscrição dos municípios e do estado.
Obs.: se o casamento for dissolvido no curso do mandato, incide ainda a inelegibilidade.
Obs.: união estável atrai inelegibilidade reflexa. Mero namoro não se enquadra nessa hipótese.
Obs.: o falecimento ou renuncia do prefeito, governador ou presidente 6 meses antes da eleição afasta a inelegibilidade reflexa. 
Regra: são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, dos chefes do poder executivo ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito. 
Exceção: a inelegibilidade reflexa não se aplica caso o parente ou cônjuge que já for titular de mandato eletivo e estiver se candidatando à reeleição. Ex.: Mário (filho de José) é eleito prefeito de Belo Horizonte. Depois, José se elege Governador. Mário poderá disputar a reeleição para Prefeito? Sim, ele não será afetado pela inelegibilidade reflexa, pois já era titular de mandato eletivo.
2. INELEGIBILIDADE INFRACONSTITUCIONAL
- princípio da probidade administrativa;
- princípio da moralidade;
- princípio da preservação da normalidade e legitimidade das eleições;
- princípio da anualidade.
- as inelegibilidades previstas no texto constitucional, em razão da supremacia e da hierarquia da norma constitucional, não se sujeitam a prazo prescricional.
- as inelegibilidades previstas na Lei das Inelegibilidades (infraconstitucionais) sujeitam-se a prazos prescricionais, devendo ser alegadas em momento oportuno sob pena de preclusão. Deve ser arguida no recurso contra expedição do diploma ou após o registro quando houver fatos supervenientes. 
Inelegibilidade absoluta: ensejam impedimento para qualquer cargo politico-eletivo e não podendo, ser afastada por meio da desincompatibilização.
(1) inalistáveis.
(2) analfabetos.
(3) renuncia do mandato: candidatos que renunciam ao seu cargo a fim de não mais serem processados ou para fugir de condenação.
(4) perda de mandato legislativo por:
- falta de decoro parlamentar;
- assinatura, desde a expedição do diploma, de contrato com pessoa jurídica de direito público direto ou indireto, exceto se observar cláusulas uniformes;
- exercer, desde a expedição do diploma, cargo perante a administração pública direta ou indireta;
- ser, desde a posse, proprietário, controlador ou diretor que goze de favor perante a administração pública;
- ocupar, desde a posse, cargo de comissão perante a administração pública direta e indireta;
- patrocinar, desde a posse, causa perante a administração pública direta e indireta;
- ser titular de mais de um cargo ou de mandato público eletivo.
(5) perda de mandato executivo por crime de responsabilidade: se o governador ou prefeito e vices, perderem o mandato por infringência à constituição estadual ou à lei orgânica respectiva, ficarão inelegíveis pelo período remanescente do mandato que perderam e nos próximos 8 anos subsequentes. Ex.: o Governador do Estado do Paraná perdeu o cargo em novembro de 2014, logo, durante o mandato de 2012-2016. Desse modo, o prazo de inelegibilidade será contado a partir de novembro de 2014 até os 8 anos subsequentes a 2016. Desse modo, o referido Governador somente será elegível novamente em janeiro de 2025.
(6) condenação por abuso do poder econômico ou político nas eleições: os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela justiça eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados. 
(7) condenados em decisão transitada em julgado ou por colegiado (tribunal) mesmo sem transito em julgado, pelos crimes:
- contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; 
- contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; 
- contra o meio ambiente e a saúde pública; 
- eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; 
- de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; 
- de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; 
- de redução à condição análoga à de escravo; 
- contra a vida e a dignidade sexual; 
- praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;
Obs.: não há inelegibilidade nos casos acima se:
- crime culposo;
- crime de menor potencial ofensivo;
- crime de ação penal privada.
- inelegível por 8 anos após cumprimento da pena.
(8) condenação militar por indignidade do oficialato: a indignidade do oficialato diz respeito à perda da patente do militar, o que implicará, conjuntamente, a inelegibilidade pelo prazo de 8 anos. Candidatos que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, condenado a pena privativa de liberdade superior a 2 anos, por sentença transitada em julgado. 
(9) condenação administrativa por rejeição de contas: candidatos que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário; obs.: a rejeição das contas do chefe do executivo só pode torná-lo inelegível se o julgamento da câmara for realizado. o parecer feito pelo tribunalde contas não tem o poder de impedir o político de se candidatar, apenas a câmara. Inelegível por 8 anos a partir da data da decisão.
(10) condenação por abuso do poder econômico ou político no exercício de cargos públicos.
(11) responsabilização por falência de instituição financeira: candidato que tenha exercido cargo ou função de direção, administração ou representação em instituição financeira liquidanda, nos 12 meses anteriores à liquidação, se responsáveis pela falência da instituição. Obs.: nesse caso a inelegibilidade perdura enquanto houver responsabilização. Não será estendida pelos 8 anos seguintes.
(12) condenação por corrupção eleitoral, captação ilícita de sufrágio, captação ilícita em campanha ou por condutas vedadas aos agentes públicos: candidatos que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma. Inelegível por 8 anos a partir da eleição.
(13) condenação administrativa que resulte na exclusão do exercício profissional: candidatos que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional; ex.: OAB, CRM. A inelegibilidade decorre de decisão administrativa e não será aplicável se houver suspensão, ou anulação, pelo Poder Judiciário. Inelegível por 8 anos a partir da decisão que houver aplicado a penalidade.
 
(14) condenação por simulação ou por fraude de desfazimento de vínculo conjugal com vistas a evitar a inelegibilidade: condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar a inelegibilidade. Inelegível por 8 anos a partir da decisão que reconhecer a fraude.
(15) demissão do serviço público: candidatos demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial. Inelegível por 8 anos a partir da decisão que houver aplicado a demissão.
(16) condenados por qualquer má prática relativa ao seu serviço no governo, que tenha a ver com a administração pública.
(17) condenação por doação eleitoral ilegal: tanto as pessoas físicas como os dirigentes de pessoas jurídicas poderão ser declarados inelegíveis pelo prazo de 8 anos a contar da decisão colegiada ou do trânsito em julgado da sentença que declarar a ilegalidade das doações.
3. PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
(a) perda: ocorre quando a privação dos direitos políticos possuir caráter definitivo, sem perspectiva de restabelecimento da situação anterior.
- cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
(b) suspensão: caracteriza-se pela provisoriedade, quando há, ao menos, uma expectativa de que o interessado possa restabelecer os direitos políticos após o decurso de certo tempo.
 
- condenação criminal transitada em julgado (preso); obs.: cessa com o cumprimento ou extinção da pena.
- prática de atos de improbidade administrativa;
- recusa a cumprir obrigação a todos imposta, bem como a prestação alternativa.
- incapacidade civil absoluta.
(c) cassação: consiste na suspensão arbitrária e unilateral dos direitos políticos por ato do poder público, sem observância dos princípios processuais, notadamente o princípio da ampla defesa e do contraditório. É vedada.
CAPITULO 5 - ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL 
1. ORGÃOS
- TSE, com sede na capital da república e jurisdição em todo o país;
- TRE, na capital de cada estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do tribunal superior, na capital de território;
- juntas eleitorais;
- juízes eleitorais.
2. FUNÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL
(a) função jurisdicional: resolução de conflitos. Função típica da justiça eleitoral.
Poderá o magistrado, constatando a irregularidade da propaganda removida, aplicar também a multa eleitoral? Não, pois a aplicação de multa eleitoral é uma função jurisdicional a qual depende de provocação pela parte interessada. Dessa forma, após a remoção da propaganda irregular, informa-se o Ministério Público que poderá ingressar com a ação visando à penalização cível e criminal, se for o caso. 
(b) função executiva ou administrativa: cabe a justiça eleitoral organizar e administrar as eleições. Ex.: expedição de título eleitoral, fixação dos locais de votação, nomeação das pessoas para integrar a Junta Eleitoral, adoção de medidas para impedir ou cessar propaganda eleitoral irregular etc.
Características:
(a) poder de polícia: o Juiz eleitoral detém o dever de manter o processo eleitoral dentro da legalidade. Para tanto, a autoridade judicial terá a faculdade de condicionar e de restringir o gozo de bens, de atividades e de direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado.
(b) atuação de ofício: confere-se ao magistrado a possibilidade de agir independentemente de provocação pelas partes interessadas.
(c) função consultiva: competência do TSE e dos TREs para responder a consultas em tese formuladas por autoridades públicas ou partidos políticos.
(d) função normativa: resoluções do TSE devem se restringir ao caráter regulamentar da lei, não podendo diminuir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas na legislação. Assim, as Resoluções expedidas pelo TSE ostentam força de lei. Ter força de lei, não é o mesmo que lei. O ter força, aí, significa gozar do mesmo prestígio, deter a mesma eficácia geral e abstrata atribuída às leis. Mas estas são hierarquicamente superiores às resoluções pretorianas.
3. TSE
- tribunal superior que da a ultima palavra em matéria eleitoral no país.
Composição: mínimo 7 ministros. Obs.: são 7 membros, porém lei complementar pode aumentar o numero de membros.
I - eleitos por voto secreto:
 - 3 juízes dentre os Ministros do STF;
 - 2 juízes dentre os Ministros do STJ;
 - 2 advogados indicados pelo Supremo Tribunal Federal e nomeados pelo Presidente da República.
Obs.: advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, escolhidos por lista tríplice.
Obs.: aos advogados o CE veda que:
- ocupem cargo em comissão;
- sejam proprietários ou sócios de empresa que receba recurso público ou qualquer favor ou privilégio público; ou
- exerçam mandato político.
Parentesco entre os juízes do TSE: não poderão ter entre si vínculo de parentesco até o 4º grau. Ex.: pais e filhos, avós e netos, bisavós e bisnetos, irmãos e cunhados, sobrinhos e tios, primos e os netos dos irmãos. Obs.: caso algum dos vínculos acima seja identificado, o último juiz a ser escolhido será excluído. Ex.: se um Juiz do TSE foi tio de outro Juiz, o segundo a ingressar no órgão será excluído.
- o TSE elegerá seu presidente e o vice-presidente dentre os ministros do STF.
- o TSE elegerá o corregedor eleitoral dentre os ministros do STJ.
Corregedor geral:
Hipóteses em que o corregedor se locomoverá para um Estado: 
- por determinação do TSE;
- a pedido do TRE;
- por requerimento de partido após deferimento do TSE;
- quando entender necessário.
Nas matérias: (quórum: exige-se a presença de todos os membros para que sejam votadas). 
- interpretação do CE em face da CF;
- cassação de registro de partidos políticos;
- recursos que importe anulação geral das eleições ou perda de diplomas.
Impedimento e suspeição:
Competência para julgar suspeição e objeções de incompetência contra:
- juízes do TSE; 
- Procurador-Geral Eleitoral;
- funcionários da Secretaria do TSE.
Obs.: a parte não poderá provocar uma das situações acima de suspeição para, posteriormente, alegar a suspeição do Juiz. Ex.: o advogado da parte não poderá criar uma inimizade com o Juiz do TSE e, em facedisso, arguir posteriormente a hipótese de suspeição por inimizade notória. Tal arguição somente poderá ocorrer, caso a inimizade notória seja anterior ao ajuizamento do processo.
Competência:
- cassação de registros de partidos políticos; de registro dos diretórios nacionais; de candidatos à presidência e à vice-presidência;
- conflitos de jurisdição entre TREs e juízes eleitorais de estados diferentes;
- suspeição ou impedimento aos seus membros, ao procurador geral e aos funcionários da sua secretaria;
- as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;
- as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de presidente e vice-presidente da república;
- os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos TREs dentro de 30 dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada; Obs.: se o processo estiver com o relator no TRE por mais de 30 dias, é possível que a parte interessada no processo, o Ministério Público, o partido ou o candidato ajuíze o pedido de desaforamento, para que o processo seja julgado no TSE. É uma forma, então, de acelerar processos que estão demorando.
- as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de 30 dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos; Obs.: se o processo estiver com um ministro do TSE por mais de 30 dias sem julgamento será possível postular a reclamação, que será julgada pelo colegiado do TSE. Dada a demora do Juiz do TSE, leva-se o processo para julgamento pelo TSE enquanto órgão colegiado.
- a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de 120 dias de decisão irrecorrível;
- elaborar o seu regimento interno;
- organizar a sua secretaria e a corregedoria regional provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao congresso nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos;
- conceder aos seus membros licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos;
- aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos TREs; 
- propor a criação de TREs na sede de qualquer dos Territórios;
- propor ao poder legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;
- fixar a data das eleições de Presidente e vice-presidente da Republica, Senadores e Deputados Federais, quando não o tiverem sido por lei;
- aprovar a divisão dos estados em zonas eleitorais ou criação de novas zonas;
- expedir as instruções que julgar convenientes a execução deste código;
- fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;
- enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça para escolha de magistrado dos TREs;
- responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;
- autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos estados em que essa providencia for solicitada pelo TRE respectivo;
- requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal;
- organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;
- requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias;
- publicar um boletim eleitoral;
- tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral.
Competência recursal: (recurso contra decisão dos TREs)
- recurso especial:
(a) decisão proferida contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
(b) dissidio jurisprudencial: ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
- recurso ordinário:
(a) quando a decisão do TRE versar sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
(b) quando denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.
Obs.: em regra as decisões do TSE são irrecorríveis, salvo em duas hipóteses:
- das decisões que caibam recurso extraordinário para o STF.
- da decisão denegatória de habeas corpus ou de mandado de segurança.
Competência de julgar:
Habeas Corpus em matéria eleitoral:
- contra atos praticados pelo presidente da república, caso ensejem habeas corpus, tais ações serão processadas e julgadas perante o STF.
- contra ato do ministro de estado, a competência será do TSE;
- contra atos praticados pelos ministros do TRE permanece a competência do TSE, pois não há regra específica na Constituição atribuindo a competência a outro órgão;
Mandado de Segurança em matéria eleitoral:
- contra atos praticados pelo presidente, caso ensejem mandado de segurança em matéria eleitoral, a competência será do STF;
- contra atos praticados pelos ministro de estado, se ensejarem mandado de segurança em matéria eleitoral, a competência será do STJ;
- contra atos praticados por membros do TRE, se ensejarem mandado de segurança em matéria eleitoral o próprio TRE;
4. TRE
Composição: mínimo 7 desembargadores. Obs.: não poderá ser reduzido, porém lei complementar pode aumentar o numero de membros ate 9 membros.
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
 - 2 juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
 - 2 juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
 - 1 desembargador federal ou juiz federal do TRF;
 - 2 advogados indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Presidente da República.
Obs.: advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral.
Obs.: discute-se se é necessário aferir se o advogado tem 10 anos de prática profissional. Para fins de prova objetiva, não há qualquer previsão nesse sentido. 
Obs.: de acordo com o entendimento do TSE, a OAB não participa do procedimento de escolha e de indicação de advogados para composição dos TREs.
Obs.: os advogados indicados não podem ocupar cargo público ad nutum.
Parentesco entre os juízes do TRE: não poderão ter entre si vínculo de parentesco até o 4º grau. Ex.: pais e filhos, avós e netos, bisavós e bisnetos, irmãos e cunhados, sobrinhos e tios, primos e os netos dos irmãos. Obs.: caso algum dos vínculos acima seja identificado, o último juiz a ser escolhido será excluído. 
- o TRE elegerá seu presidente e o vice-presidente dentre os desembargadores;
Membros substitutos serão - na mesma oportunidade;
escolhidos: - pelo mesmo procedimento; e
 - em igual número.
Corregedor geral: a Corregedoria Regional Eleitoral é o órgão do TRE ao qual incumbe a fiscalização da regularidade dos serviços eleitorais no âmbito da respectiva circunscrição, a expedição de orientações sobre procedimentos e rotinas aos cartórios eleitorais, e, ainda, a atenção pela fiel execução das leis e das instruções e pela boa ordem e celeridade daqueles serviços. 
- as atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo TSE e, em caráter supletivo ou complementar, pelo TRE perante o qual servir.
- a determinação de quem será o Corregedor-Regional é matéria a ser disciplinada nos regimentos internos.
Hipóteses em que o corregedor se locomoverá para um Estado: 
- por determinação do TSE ou do TRE;
- a pedido dos juízes eleitorais;
- por requerimento de partido após deferimento do TRE;
- quando entender necessário.
Quórum: as decisões nos TREs são tomadas pela maioria dos votos, desde que presentes a maioria dos membros. 
Competência:- registro e cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a governador, vice-governadores, e membro do congresso nacional e das assembleias legislativas (deputados estaduais, senador da república); 
 TSE TRE
- cassação de registro de partido político; - cassação de registro dos diretórios estaduais e municipais;
- cassação de registro dos diretórios nacionais; - cassação do registro de candidatos a governador e vice, a membro do congresso nacional 
- cassação do registro de candidatos à presidência e à vice-presidência. e das assembleias legislativas.
- os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo Estado;
- julgar suspeição ou impedimento: aos seus membros, ao Procurador Regional Eleitoral e aos funcionários da sua Secretaria assim como aos juízes e escrivães eleitorais;
(a) juízes eleitorais; 
(b) Procurador Regional Eleitoral;
(c) funcionários da sua Secretaria; 
(d) escrivães eleitorais.
- julgar os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais
Habeas corpus ou mandado de segurança:
- contra ato de autoridade que responda por crime de responsabilidade perante o Tribunal de Justiça;
- em grau de recurso, quando denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais;
- habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz eleitoral possa decidir.
- as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;
- os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes eleitorais em 30 dias da sua conclusão para julgamento, formulados por partido candidato Ministério Público ou parte legitimamente interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo.
- elaborar o seu regimento interno;
- organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos;
- conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos;
- fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal;
- constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição;
- indicar ao TSE as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;
- apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos;
- responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;
- dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior;
- aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio;
- requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal;
- autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juizes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;
- requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias;
- aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 dias aos juízes eleitorais;
- cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do TSE;
- determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva circunscrição;
- organizar o fichário dos eleitores do Estado.
Competência recursal: 
- julgar os recursos interpostos:
(a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas eleitorais.
(b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
5. JUÍZES ELEITORAIS
Juiz eleitoral: os juízes que exercem a função eleitoral provêm de outros ramos do poder judiciário, especialmente da justiça comum estadual. Não há, portanto, um quadro próprio de magistrados para a Justiça Eleitoral.
- os juízes substitutos, aqueles que ainda não adquiriram a vitaliciedade, não poderão ser investidos na função eleitoral.
- os juízes despacharão todos os dias na sede da sua zona eleitoral.
Periodicidade: como não há carreira própria de magistrados, a fim de garantir a rotatividade no exercício da função, foi estabelecido um período de investidura de 2 anos. Decorrido o período, há nova investidura, permitindo-se apenas uma recondução do anterior ocupante do cargo. Se houver somente um juiz será por tempo indeterminado.
Obs.: os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial. Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente exceto quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento de alistamento.
Obs.: no período compreendido entre a homologação da convenção partidária, quando há a efetiva escolha do sujeito como candidato, até a diplomação dos eleitos, o Juiz ficará impedido de atuar caso seja cônjuge ou parente até o 2º grau de candidato a cargo político-eletivo na circunscrição. Ex.: se João, juiz do TRE/PR, é cônjuge, pai, filho, avô, neto, irmão, sogro, genro ou cunhado de candidato à circunscrição do Estado do Paraná, ele será afastado das suas funções desde o momento em que foi escolhido candidato até a diplomação dos eleitos.
Decisões proferidas: são recorríveis direcionados ao TRE.
Garantias:
- vitaliciedade;
- inamovibilidade;
- irredutibilidade de subsídio.
Cartório Eleitoral: o Juiz Eleitoral tem jurisdição sob a Junta e atua em uma repartição denominada de cartório eleitoral. Cartório eleitoral é a sede do juízo eleitoral, local onde funciona a parte administrativa da Zona Eleitoral, composta pela escrivania eleitoral. É no cartório eleitoral que o cidadão comparece para alistar-se.
Obs.: nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia de justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de 2 anos.
Vedações: não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão:
- o membro de diretório de partido político;
- o candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consanguíneo ou afim até o 2 grau.
Competência: 
- deverão cumprir e fazer cumprir as determinações do TSE e do TRE ao qual estão subordinados;
- processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do TSE e dos TREs;
- decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamente a instância superior;
- fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e presteza doserviço eleitoral;
- tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir;
- indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;
- dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores;
- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;
- dividir a zona em seções eleitorais; Obs.: a divisão/criação de zonas eleitorais é atribuição do TRE com aprovação pelo TSE. Em relação à divisão das Zonas Eleitoral em seções, a competência pertence ao Juiz Eleitoral da respectiva Zona Eleitoral.
- mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada seção, para remessa a mesa receptora, juntamente com a pasta das listas de eleitores;
- ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal Regional;
Competência para registro e cassação de registro de candidatos:
TSE: presidente e vice.
TRE: governador, vice, deputados e senadores.
Juízes eleitorais: prefeito e vice.
- designar, até 60 dias antes das eleições os locais das seções;
- nomear, 60 dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 5 dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;
- instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas funções;
- providenciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras;
- tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições;
- fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;
- comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da eleição, ao TRE e aos delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona.
6. JUNTAS ELEITORAIS
- são compostas por 3 ou 5 integrantes.
- 1 juiz de direito (presidente);
- 2 ou 4 cidadãos (notória idoneidade, convocados pelo TRE). Obs.: 2 ou 4 + juiz = 3 ou 5 (sempre numero impar).
Obs.: os cidadãos serão nomeados 60 dias antes do pleito. Essa nomeação marca a existência da Junta Eleitoral, que será desfeita com a finalização dos trabalhos eleitorais, ou seja, com a diplomação dos eleitos. 
Mandato: 1 eleição.
Decisões: do juiz eleitoral em primeira instancia, cabendo recurso ao TRE.
Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares:
- candidatos, seus cônjuges ou parentes até 2º grau;
- membros de diretorias de partidos políticos;
- autoridades e agentes policiais;
- funcionários que exerçam cargo de confiança no Executivo;
- quem pertencer ao serviço eleitoral (servidores, por exemplo).
- membros do ministério público.
- fiscais e delegados de partidos.
- menores de 18 anos.
Obs.: cada zona eleitoral haverá ao menos uma junta eleitoral. Como a junta será presidida por um juiz de direito – não necessariamente um juiz eleitoral – é possível a formação de tantas juntas quanto sejam os juízes de direito da comarca.
Escrutinadores e auxiliares:
- ao presidente da junta é facultado nomear, dentre cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores e auxiliares em número capaz de atender a marcha dos trabalhos.
- é obrigatória essa nomeação sempre que houver mais de 10 urnas a apurar;
- na hipótese do desdobramento da junta em turmas, o respectivo presidente nomeará um escrutinador para servir como secretário em cada turma;
- além dos secretários a que se refere o parágrafo anterior, será designado pelo presidente da junta um escrutinador para secretário-geral competindo-lhe:
(a) lavrar as atas;
(b) tomar por termo ou protocolar os recursos, neles funcionando como escrivão;
(c) totalizar os votos apurados.
escrutinadores são cidadãos convocados que trabalham durante as eleições na apuração dos votos.
auxiliares são encarregados dos serviços de apoio administrativo da junta eleitoral.
- até 30 dias antes da eleição o presidente da junta comunicará ao presidente do TRE as nomeações que houver feito e divulgará a composição do órgão por edital publicado ou afixado, podendo qualquer partido oferecer impugnação motivada no prazo de 3 dias.
Competência: 
- apurar, no prazo de 10 dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
- resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração;
- expedir diploma aos eleitos para cargos municipais;
- expedir os boletins de apuração;
Obs.: trata-se de um documento que é emitido por seção eleitoral após a conclusão da votação. Esse documento conterá uma série de informações relativas à votação naquela seção. Entre as informações, destacam-se: total de votos por partido, total de votos por candidato, total de votos em branco, total de comparecimento de votantes e total de votos nulos, identificação da seção e da zona eleitoral, hora do encerramento da eleição, código interno da urna eletrônica e sequência de caracteres para validação do boletim. O BU é emitido em um número de cópias não inferior a cinco, a partir de sua imagem existente no disco fixo. Uma cópia do boletim é gravada no disco removível, criptografada, para ser utilizada durante a fase de apuração.
Competência para expedir diplomas e impugnações:
- junta eleitoral: eleições municipais. Expedirá o diploma dos cargos de prefeito, de vice-prefeito e de vereador.
- TRE: eleições gerais. Expedirá o diploma de governador, de vice-governador, de deputados federais e estaduais e de senadores da república.
- TSE: Expedirá o diploma de presidente e de vice-presidente da república.
8. MINISTERIO PUBLICO ELEITORAL
Mandato: 2 anos, permitida uma recondução.
- Procurador Geral Eleitoral: atua perante o TSE → será o Procurador Geral da República.
- Procurador Regional Eleitoral: atua perante o TRE → será o Procurador da Republica. 
- Promotor eleitoral: atua perante o juiz eleitoral e a junta eleitoral → será um promotor de justiça.
- Procurador Geral Eleitoral: Procurador Geral da República → nomeado automaticamente.
- Procurador Regional Eleitoral: Procurador da Republica → indicado pelo Procurador Geral Eleitoral.
- Promotor eleitoral: promotor de justiça → indicado pelo Procurador Geral de Justiça. Nomeado pelo Procurador Geral Eleitoral.
Garantias conferidas à magistratura:
- vitaliciedade. Obs.: após 2 anos de exercício em 1º grau.
- inamovibilidade. Exceção: pode ser deslocado em caso de interesse público por decisão de órgão colegiado por maioria absoluta, assegurado direito de defesa.
- irredutibilidade de subsídio. Obs.: consiste na remuneração paga em parcela única, proibida a percepção de vantagens, tais como gratificações, adicionais, prêmios, verbas de representação. 
Impedimentos:
- não pode acumular com outro cargo, exceto com 1 de magistério, salvo incompatibilidade de horário.
- não podem receber custas ou participação no processo ou fora dele.
- não poderão participar de atividade político-partidária.
- juiz aposentado não pode advogar no campo de atuação do qual se aposentou por período de 3 anos.
Competência
Competência penal: 
- em matéria eleitoral, competência para ação penal pública incondicionada; 
- competência para abertura de inquérito policial eleitoral.
Competência civil: competência para promover:
- mandado de segurança;
- habeas corpus;
- habeas data;
- mandado de injunção;
- ação de impugnação de registro de candidatura;
- ação de investigação judicial eleitoral: ação para investigar abusos de poder econômico ou político durante a campanha eleitoral.
- representações eleitorais: utilizadas sempre que alguma irregularidade durante a campanha eleitoral não puder ser combatida pelas duas ações anteriores.- ação de impugnação de mandatos eletivos
- recurso contra a diplomação: apesar do nome, trata-se de uma ação.
- ação contra captação irregular de sufrágio. 
- impugnar prestação de contas apresentada perante a justiça eleitoral: envolve toda a movimentação financeira no curso da campanha eleitoral de todos aqueles que dela participaram, eleitos ou não.
Princípios:
a) Principio da unidade: todos os membros do MP possuem a mesma natureza partilhando das mesmas prerrogativas funcionais.
b) Principio da indivisibilidade: um membro do MP pode ser substituído por outro membro sem que haja prejuízo, modificação ou interrupção do processo em curso.
c) Principio da independência funcional: todos os membros do MP são livres para atuar no processo segundo suas convicções. Não estão sujeitos a imposição ou pressão estabelecida pelos seus superiores.
Procurador Geral Eleitoral: junto ao TSE atuará o Procurador Geral Eleitoral, que é a função exercida pelo Procurador Geral da República (PGR).
- o Procurador Geral poderá designar outros membros do Ministério Público da União, com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento.
Competência:
- assistir às sessões, manifestando-se quando entender necessário ou quando solicitado;
- exercer e promover a ação pública;
- oficiar nos recursos encaminhados ao TSE;
- defender a jurisdição do Tribunal e representar pela observância da legislação eleitoral;
- requisitar diligências, certidões e esclarecimentos;
- expedir instruções destinadas aos membros que atuarem perante os TREs;
- acompanhar o Corregedor Geral quando solicitados (direta ou por intermédio de procurador designado).
Promotores Eleitorais: o promotor eleitoral desempenha suas funções na primeira instância, isto é, perante o juízo incumbido de serviço de cada zona eleitoral e também perante a junta eleitoral. 
CAPITULO 6 - LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS (Lei n. 9.096/1995)
- partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, portanto, sujeitos a direitos e obrigações.
- possuem capacidade processual: podem estar em juízo para propor ou sofrer medidas judiciais.
- é possível a utilização do mandado de segurança contra representantes ou órgãos de partidos políticos.
- por se tratar de pessoa de direito privado, eventuais lides judiciais tramitarão, em regra, pela Justiça Comum.
Competência: causas que podem produzir reflexos no processo eleitoral são de competência da Justiça Eleitoral. 
Regra: as ações tratando sobre divergências internas ocorridas no âmbito do partido político são julgadas pela Justiça Estadual. 
Exceção: se a questão interna corporis do partido político puder gerar reflexos diretos no processo eleitoral, então, neste caso, a competência será da Justiça Eleitoral. Assim, compete à Justiça Eleitoral processar e julgar as causas em que a análise da controvérsia é capaz de produzir reflexos diretos no processo eleitoral.
1. PRINCÍPIO DA LIBERDADE E AUTONOMIA
- a liberdade e a autonomia partidária não é absoluta;
�
�
Os partidos têm autonomia para: 
- criação;
- fusão;
- incorporação;
- extinção;
- elaboração de seus estatutos.
- definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
Resguardado a:	
- soberania nacional;
- regime democrático;
- pluripartidarismo;
- direitos fundamentais da pessoa humana.
Os partidos políticos devem observar os seguintes preceitos:	
- caráter nacional;
- proibição de recursos e subordinação estrangeira;
- prestação de contas;
- funcionamento parlamentar.
É vedado aos partidos políticos:
- adotar organização militar ou paramilitar;
- ministrar instrução militar ou paramilitar;
- adotar uniforme para seus membros.
2. CRIAÇÃO
1ª etapa: pessoa jurídica.
- registro do estatuto social no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal (capital federal).
- o pedido de registro deve ser subscrito por, no mínimo, 101 dos fundadores do partido.
- os fundadores que o subscrevem devem ter domicílio eleitoral em, pelo menos, 1/3 (9) dos Estados brasileiros.
- o Estatuto não pode prever discriminação, preconceito, ou seja, não pode ofender direitos fundamentais.
2ª fase: registro no TSE.
- partido deve ser de caráter nacional provado que nos últimos 2 anos obteve apoio de eleitores não filiados a qualquer partido político, no mínimo, de 0,5% dos votos registrados (válidos) nas últimas eleições, distribuídos por 1/3 ou mais dos estados com um mínimo de 1/10% do eleitorado que haja votado em cada um deles.
Obs.: a prova do apoiamento mínimo ocorre por meio das assinaturas em listas organizadas em cada zona eleitoral, nas quais deve constar o número do título de eleitor do cidadão que decide apoiar a criação do partido político. A veracidade das assinaturas e do número dos títulos é atestada pelo Chefe de cartório eleitoral; Ex.: o caso do Partido Sustentabilidade, criado pela candidata Marina Silva. Segundo o TSE, o partido demonstrou o apoio de 442.524 eleitores com assinaturas certificadas pelos cartórios eleitorais, não atingindo o número mínimo de 491.949 assinaturas exigidas pela legislação eleitoral para a criação de novo partido em face do número de votos registrados para a Câmara dos Deputados. O registro do partido, contudo, foi negado uma vez que obteve tão somente 442.524 assinaturas.
Desse modo, temos: 491.949 correspondem a 0,5% dos votos dados às eleições para a Câmara dos Deputados em 2010, sem considerar votos brancos e nulos. Os votos acima devem estar distribuídos em 1/3 das 27 unidades federativas com pelo menos 0,1% dos votos. Seria necessário apoio em 9 Estados-membros com ao menos 492 votos aproximadamente (0,1% de 491.949) em cada um dos Estados membros.
Obs.: o TSE não aceita como válidas assinaturas de apoiamento colhidas pela internet.
Obs.: o escrivão eleitoral dá imediato recibo de cada lista que lhe for apresentada e, no prazo de 15 dias, lavra o seu atestado, devolvendo-a ao interessado.
Obs.: o registro de órgãos municipais é feito perante o TRE, não perante o juiz eleitoral;
Obs.: o deferimento do registro deve ser feito em 30 dias.
- essas assinaturas devem estar distribuídas em, pelo menos, 1/3 (9) dos Estados.
- as assinaturas devem ser de 0,1% em cada Estado dos eleitores que votaram nas últimas eleições (junta comprovante de votação ao processo).
- o registro deve ter sido obtido 06 meses antes da eleição para participar das eleições, pois os eventuais candidatos devem estar filiados neste prazo para participar do processo eleitoral.
Benefícios do registro no TSE:
- pode participar do processo eleitoral.
- pode participar do fundo partidário recebendo verbas.
- usufruir de acesso gratuito aos meios de comunicação.
- usufruir de exclusividade de sigla que o identifique.
3. FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR E CLAUSULA DE BARREIRA
- refere-se à organização do partido político que, dentro das Casas Legislativas, formará uma bancada, com a constituição de lideranças, para a defesa dos ideais do partido político. O funcionamento parlamentar, entendido como a constituição por intermédio de bancada e de lideranças nas respectivas Casas Legislativas é constitucional e não ofende o princípio da autonomia parlamentar.
- o art. 13, todavia, foi declarado inconstitucional. Segundo entendimento do STF foi estabelecido requisito - denominado de clausula de barreira - para que o partido tivesse direito ao funcionamento parlamentar, qual seja: apoio mínimo de 5% para cada eleição para a Câmara dos Deputados, sem considerar votos brancos e nulos. Trata-se, portanto, de uma cláusula que barra partidos menores, com reduzida representação política, contrariando preceitos constitucionais, especialmente o pluripartidarismo político. Desse modo, é inconstitucional, por violação ao princípio do pluripartidarismo,

Outros materiais