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Hemangiossarcoma esplênico em pequenos animais

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
AGDA DAS NEVES MAGALHÃES
INAYÁ LOUREIRO DOTTA 
MARIANA CARVALHAES PARADA
MARIANNA DE SOUZA FERRAZ 
SUELLEN PEREIRA SANTIAGO 
THAÍS REICHMANN DE OLIVEIRA 
HEMANGIOSSARCOMA ESPLÊNICO 
Estudo dirigido de clínica cirúrgica de pequenos animais 
SÃO PAULO
2017 
DEFINIÇÃO 
O Hemangiossarcoma Esplênico (Imagem 1) é um tumor vascular que corresponde a uma das proliferações neoplásicas esplênicas mais frequentes nos cães. Ele possui origem vascular endotelial, tem comportamento extremamente maligno com intensa infiltração local, metástases e formações de cavitações tumorais.
A disseminação hemática é facilitada devido ao fato de a neoplasia originar-se a partir do endotélio vascular. Focos metastáticos são encontrados em diversos órgãos como ossos, rins, bexiga, aorta, próstata, pulmão, útero, adrenais, cérebro, cerebelo e medula óssea.
Imagem 1 - Hemangiossarcoma Esplênico em cão. (WITHROW, 2007).
OCORRÊNCIA 
Essa neoplasia ocorre com maior frequência nos cães em comparação com as demais espécies. A incidência é maior em animais de meia idade a idosos, com faixa etária entre oito a treze anos, sendo que cerca de 80% dos cães já terão metástase instalada. 
Dos cães com hemangiossarcoma, é mais comum observar padrão racial, sendo a maioria de grande porte. 
O órgão mais acometido é o baço, podendo ter origem no fígado, átrio direito e pele. Cerca de aproximadamente dois terços dos cães que apresentarem formações no baço terão a presença de tumor maligno e, aproximadamente, dois terços serão o hemangiossarcoma. 
SINAIS E SINTOMAS 
A distensão abdominal, decorrente do aumento da massa tumoral, geralmente é o primeiro sinal a ser visto ou detectado durante um exame clínico. O hemangiossarcoma pode ocasionar sinais clínicos inespecíficos como letargia, fraqueza e mucosas hipocoradas. 
Por vezes alcançam altas proporções sem causar sintomatologia, porém pode haver associação com morte súbita devido a hemoperitônio secundário a síndrome da coagulação intravascular disseminada (CID) ao alterar a cascata de coagulação, ou por ruptura da neoplasia causando um hemoabdomên agudo. 
DIAGNÓSTICO 
Para realizar o diagnóstico do hemangiossarcoma esplênico temos os exames radiográficos e ultrassonográficos da cavidade abdominal, que possibilitam a visualização de esplenomegalia ou efusões em baço e mostram presença de efusão peritoneal. A radiografia torácica é importante para detecção de metástases. 
O ultrassom, em particular, é considerado um método precoce para suspeita e diagnóstico do hemangiossarcoma. O diagnóstico definitivo é por meio do exame histopatológico, realizado através de uma amostra coletada por biópsia excisional. 
Outros métodos diagnósticos podem ser inclusos para avaliação de metástases ou confirmação de suspeitas como: um coagulograma; e o ecocardiograma associado ao eletrocardiograma.
No coagulograma temos a visualização de alterações significativas no tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada, contagem plaquetária, tempo de coagulação, concentração de fibrinogênio e produtos de degradação de fibrina. Já nos exames de ecocardiograma (Imagem 2) e eletrocardiograma temos, respectivamente, sinais de efusão pericárdica associados a uma massa atrial e queda na amplitude do complexo QRS associada a significativas alterações elétricas.
Imagem 2 - Hemangiossarcoma Esplênico presente em átrio direito e associado a efusão pericárdica. (WITHROW, 2007).
TRATAMENTOS 
O tratamento cirúrgico consiste na esplenectomia. Em casos de consequências negativas como hemoperitônio ou ruptura esplênica, é importante realizar uma terapia de suporte e uma monitoração intensiva do paciente no pós-operatório. 
Em casos de micro metástases os protocolos quimioterápicos constituídos por doxorubicina, ciclofosfamida e vincristina são indicados, pois aumentam a sobrevida. O uso da doxorubicina também teve sua eficácia em respostas totais ou parciais, confirmada em formações neoplásicas grandes demais para remoção. A esplenectomia seguida da quimioterapia por doxorubicina, ou doxorubicina associada a ciclofosfamida, pode ser um tratamento efetivo, onde o animal apresenta o tempo médio de sobrevida estendido. 
A associação de quimioterápicos em doses baixas com ministração via oral (VO) diária – também conhecida como quimioterapia metronomica – e antinflamatórios não esteroidais seletores de enzima COX-2 são, também, considerados protocolos eficazes. Exemplos de medicamentos destas classes estão na Tabela 1.
	Tabela 1 - Medicações utilizadas em casos de hemangiossarcoma esplênico em cães na quimioterapia e no manejo clínico
	
	Categoria
	Medicamento
	Fornecimento
	Quimioterápicos
	Doxorubicina
	<15Kg - 25 mg/m² ou 1 mg/Kg IV e >15Kg - 30 mg/m²
	
	Epirubicina
	*é um estereoisômero da doxorubicina
	
	Ciclofosfamida
	150 mg/m² IV a cada 3 semanas
	
	Cisplatina
	60 mg/m² IV a cada 1 semana
	
	Isofosfamida
	350 a 420 mg/m² IV a cada 3 semanas
	
	Vincristina
	0,5 a 0,75 mg/m² IV
	
	Lomustina
	80 mg/m² VO
	
	Clorambucil
	2 mg/m² VO a cada 24 horas
	
	Etoposide
	50 mg/m² VO a cada 24 horas
	Antinflamatórios não esterioidais (AINEs)
	Piroxicam
	0,3 mg/Kg VO a cada 24 horas
	
	Meloxicam
	0,1 mg/Kg VO a cada 24 horas
	
	Deracoxibi
	1 a 2 mg/Kg VO a cada 24 horas
	OBS..: Adaptado de WENDELBURG et al, 2015.
Outro tratamento citado é baseado no uso do tripeptídeo muramil encapsulado em lipossomos como imunomodulador. Os cães tratados com poliquimioterapia e o lipossomo encapsulado mostram uma média de sobrevida superior comparado aos animais submetidos apenas ao protocolo quimioterápico.
PROGNÓSTICO 
O prognóstico é de reservado a ruim, já que cerca de 80% dos cães com diagnóstico de hemangiossarcoma esplênico já terão metástases instaladas. 
O tempo de sobrevida depende de uma gama de fatores como o estadiamento da doença (Tabela 2), saúde do paciente e o tratamento empregado. O estadiamento da doença é o grande determinante de sobrevida, quanto mais próximo do estágio III, menor é o tempo de sobrevida do paciente. Outro fator significante para o tempo de sobrevida é a realização ou não da quimioterapia.
	Tabela 2 - Estadiamento do Hemangiossarcoma Esplênico em cães de acordo com a Organização Mundial da Saúde
	Estadiamento
	Características do Estágio
	Estagio I
	Apenas o baço foi comprometido
	Estagio II
	Neoplasia no baço já se rompeu ou possuí nódulos metastáticos próximos ao tumor original
	Estagio III
	Neoplasia no baço e com metástases em sítios distantes
Dependendo destes fatores, ainda assim, a sobrevida do animal pode não ser maior que 15 a 86 dias devido a característica maligna e progressiva da neoplasia.
CONCLUSÃO 
O hemangiossarcoma é uma das proliferações esplênicas mais frequentes, e tem um alto potencial metastático. Através do exame físico, podemos perceber alterações esplênicas, e devemos através dos exames complementares buscar seu diagnóstico definitivo, sendo o histopatológico essencial para distinguirmos o padrão morfológico e estabelecermos o manejo adequado do paciente. 
BIBLIOGRAFIA
BACKSCHAT, P. S.; et al. Estudo casuístico retrospectivo de neoformações primárias esplênicas. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação; 2012; 10(33); 1-637. 
WENDELBURG, K. M.; et al. Survival time of dogs with splenic hemangiossarcoma treated by splenctomy with or without adjuvant chemotherapy – 208 cases (2001-2008). JAVMA, Vol. 247, No. 4, August 15, 2015. https://doi.org/10.2460/javma.247.4.393 Acesso:< http://avma journals.avma.org/doi/pdf/10.2460/javma.247.4.393>.
WITHROW, S. J.; VAIL, D. M. Small Animal Clinical Oncology. Cap. 32, p. 785 – 792, 4ª edição, 2007.

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