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1. AÇÃO DE EXECUÇÃO
		1.1. INTRODUÇÃO:
A execução se faz por duas maneiras: como uma fase subsequente ao processo de conhecimento, no qual tenha sido proferida sentença condenatória, não cumprida voluntariamente; ou como processo autônomo, quando fundada em título executivo extrajudicial.
OBS: Salvo quando fundado em sentença arbitral, penal condenatória ou estrangeira, o cumprimento de sentença será precedido de um processo civil de conhecimento, de cunho condenatório, pois nesses três casos a execução se traduz como um novo processo. No entanto, ainda que assim seja, as regras aplicáveis são as do cumprimento de sentença, pois o título é judicial. Já a execução de título extrajudicial constitui um processo autônomo, não precedido de nenhum anterior.
		1.2. O QUE É EXECUÇÃO:
Há casos em que a solução de um conflito depende de um comportamento, de uma ação ou omissão do réu. O titular da obrigação só se satisfará se o réu cumprir uma prestação, de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar. 
Se o devedor da obrigação não a cumpre o Estado, por meio da lei, mune o Poder Judiciário de poderes para impor o cumprimento, ainda que contra a vontade do devedor, no intuito de satisfazer o credor. 
Para que seja declarada a sanção executiva, é preciso que o esta seja dotada de um grau suficiente de certeza, que será dado pelo título executivo, produzido por intervenção do judiciário. Esses documentos permitirão a instauração do processo de execução. Na ausência deles, o titular da obrigação deve ingressar em juízo com um processo de conhecimento para que o judiciário reconheça a ele o direito de fazer cumprir a obrigação.
		1.3. DIFERENÇA ENTRE PROCESSO DE CONHECIMENTO E PROCESSO DE EXECUÇÃO: 
O que os distingue, antes de tudo, é a finalidade de um e de outro. No primeir, o que se busca é a uma sentença, em que o juiz diga o direito, decidindo se a pretensão do autor deve ser acolhida em face do réu ou não; enquanto no segundo a finalidade é que o juiz tome providências concretas, materiais, que tenham por objetivo a satisfação do titular do direito, consubstanciado em um título executivo.
		1.4. INSTRUMENTOS DA SANÇÃO EXECUTIVA:
Podem ser agrupados em duas categorias: os de sub-rogação e os de coerção. 
Os primeiros são aqueles em que o Estado-juiz substitui o devedor no cumprimento.
Ex: se ele não paga, o Estado apreende bens suficiente do seu patrimônio, e com o produto da execução, paga o credor.
Quanto aos coerção, visa que a pretensão não seja realizada pelo Estado, mas pelo próprio devedor, para tanto a lei mune o juiz de poderes para coagi-lo a cumprir aquilo que não queira espontaneamente, como, por exemplo, o de fixar multas diárias, que forcem o devedor. 
		1.5. ESPÉCIES DE EXECUÇÃO:
			1.5.1. EXECUÇÃO MEDIATA E IMEDIATA:
A primeira é aquela que se aperfeiçoa com a instauração de um processo, no qual o executado deve ser citado; a segunda, aquela que se realiza sem novo processo, como uma sequência natural da fase de conhecimento que lhe antecede.
OBS: no Brasil são imediatas as execuções por título judicial, salvo as fundadas em sentença arbitral, penal condenatória ou estrangeira. 
			1.5.2. EXECUÇÃO ESPECÍFICA:
É aquela que se busca a satisfação de pretensão do autor tal como estatuída no título executivo.
A efetividade da execução exige que, em caso de inadimplemento do devedor, o credor consiga alcançar resultado o mais próximo possível daquele que obteria caso a obrigação tivesse sido satisfeita espontaneamente. 
			1.5.3. EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL:
Toda execução há se estar fundada em título executivo, que poderá ser judicial ou extrajudicial, conforme a sua origem. São títulos judiciais aqueles previstos no art. 515/CPC:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
E os extrajudiciais previstos no art. 784/CPC:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.		
		1.6. CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO:
			1.6.1. QUANTO AO FUNDAMENTO:
	
	FUNDAMENTO 
	CARACTERÍSTICAS
	
EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO JUDICIAL (cumprimento de sentença): 
	Títulos executivos judiciais, isto é, emanados do Poder Judiciário, e enumerados no art. 515 do CPC.
	Não formam um novo processo, mas apenas uma fase, razão pela qual dispensam a citação do réu, salvo se fundadas em sentença penal, arbitral ou estrangeira.
	
FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL:
	Títulos executivos extrajudiciais, documentos não provenientes do Judiciário, aos quais a lei atribui eficácia executiva.
Estão enumerados no art. 784 do CPC.
	Constituem um novo processo, em que o réu deverá ser citado.
			1.6.2. QUANTO AO CARÁTER:
O cumprimento de sentença pode ser definitivo ou provisório, este último tratado nos arts. 520 a 522 do CPC. Pode ainda ser autônomo, quando cria um novo processo, ou imediato, quando constitui apenas uma fase, sem que haja novo processo.
A diferença entre cumprimento provisório de sentença do definitivo é que o primeiro corre por conta e risco do exequente, já que há sempre o risco de reforma. Por isso, nela se exige caução para os atos que importem levantamento de dinheiro, transferência de posse ou alienação de domínio ou que possam trazer grave dano ao executado. Mas, mesmo nesses casos, a caução poderá ser dispensada nas hipóteses do art. 521 do CPC.
	
	NATUREZA DA ATIVIDADE EXECUTIVA
	REGRA
	
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
	Autônoma, isto é, é prescindível o prévio processo de conhecimento, porque a lei outorga eficácia executiva a certos títulos, atribuindo-lhes a certeza necessária para desencadear o processo de execução.
	
Execução definitiva.
	
TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL
	Imediata, sem processo autônomo, o que pressupõe prévia atividade cognitiva, sem a qual o direito não adquire a certeza necessáriapara que se possa invadir, coercitivamente, o patrimônio do devedor.
	Cumprimento definitivo: se a decisão de mérito, sentença ou acórdão já houver transitado em julgado.
Cumprimento provisório: se a decisão, sentença ou acórdão tiver sido impugnado por recurso, sem efeito suspensivo; ou nos casos de efetivação de tutela provisória.
			1.6.3. QUANTO ÀS PRESTAÇÕES:
	
	EXECUÇÃO IMEDIATA (FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL)
	EXECUÇÃO AUTÔNOMA (FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL)
	Obrigação de fazer ou não fazer
	Arts. 536 e 537 Arts. 
	814 e seguintes do CPC
	Obrigação de entrega de coisa
	Art. 538 
	Arts. 806 e seguintes
	Obrigação por quantia certa
	Arts. 523 a 527 
	Art. 824
		1.7. PRINCÍPIOS GERAIS DA EXECUÇÃO:
			1.7.1. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA:
O cumprimento de sentença não implica mais um processo, autônomo, mas uma fase subsequente. Nem por isso perdeu sua autonomia, porquanto a fase executiva não se confunde com a cognitiva. A autonomia persiste, se não com um processo novo, ao menos com o desencadeamento de uma nova fase processual.
			1.7.2. PRINCÍPIO DA PATRIMONIALIDADE:
A execução recai sobre o patrimônio do devedor, sobre os seus bens, não sobre a sua pessoa (art. 789/CPC.
			1.7.3. PRINCÍPIO DO EXATO ADIMPLEMENTO:
O credor deve, dentro do possível, obter o mesmo resultado que seria alcançado caso o devedor tivesse cumprido voluntariamente a obrigação. A execução deve ser específica, atribuindo ao credor exatamente aquilo que faz juz (art. 497 e 498/CPC). 
Só em duas obrigações específica será substituída pela recuperação de danos: quando o credor preferir, ou quando o cumprimento específico tornar-se impossível.
Esse princípio impõe, por outro lado, que a execução se limite àquilo que seja suficiente para o cumplimento da obrigação (art. 831/CPC).
			1.7.4. PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE DO PROCESSO PELO CREDOR:
A execução é feita a benefício do credor, para que possa satisfazer o seu crédito. Ele pode desistir a qualquer tempo, sem necessidade de consentimento do devedor (art. 775/CPC). Ela se distingue do processo de conhecimento, em que a desistência dependerá do consentimento do réu.
Há um caso em que a desistência da execução demanda a anuência do devedor: se houver impugnação ou embargos, que não versarem apenas sobre questões processuais, mas matéria de fundo, caso em que o executado-embargante poderá desejar o pronunciamento do juiz a respeito.
Ao extinguir a execução, por desistência, o juiz condenará o credor ao pagamento das custas e honorário advocatícios. 
			1.7.5. PRINCÍPIO DA UTILIDADE:
A execução só se justifica se trouxer alguma vantagem para o credor, pois sua finalidade é trazer a satisfação total ou parcial do crédito (art. 836/CPC)
			1.7.6. PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE:
Está previsto no art. 805/CPC. Ele não autoriza que o executado escolha sobre quais bens a penhora deva recair, nem permite que se exima da obrigação. A escolha do bem penhorável é do credor, e o devedor não pode exigir a substituição se não por dinheiro.
Pode haver dois modos equivalente para alcançar o resultado almejado pelo credor. Em casos assim, há de prevalecer o menos gravoso ao devedor. 
			1.7.7. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO:
O executado pode ser citado e intimado de todos os atos do processo, tendo oportunidade de manifestar-se, por meio de advogado. Quando há cálculos de liquidação, penhora e avaliação de bens, ou qualquer outro incidente processual, ele terá oportunidade de manifestar-se.
O executado ainda poderá apresentar no bojo da execução, como as execuções e objeções de pré-executividade ou a impugnação, no cumprimento de sentença.
O art. 5º, LV/CF assegura o contraditório. 
		1.8. COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E EXECUÇÃO POR TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL:
	
	COMPENTÊNCIA
	CUMPRIMENTO DE SENTENÇA:
	Está disposto no art. 516/CPC:
I - se processará nos tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - no juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - no juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, sentença arbitral ou de sentença estrangeira. 
	EXECUÇÃO POR TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL:
	São três as novas regras;
se houver foro de eleição, a execução será nele proposta;
se não houver, no do domicílio do executado ou de situação dos bens sujeitos à execução;
OBS: tais regras são de competência relativa.
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