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Aula 04 Raciocínio Lógico p/ AFT - 2016 (Com videoaulas) Professor: Marcos Piñon 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 102 AULA 04: Princípios de Contagem Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) SUMÁRIO PÁGINA 1. Resolução das questões da Aula 03 1 2. Princípios de Contagem 59 2.1. Princípio Aditivo 59 2.2. Princípio Multiplicativo 59 2.3. Permutação 65 2.4. Arranjo 70 2.5. Combinação 75 2.6. Princípio da Casa dos Pombos 79 3. Exercícios comentados nesta aula 90 4. Exercícios propostos 93 5. Gabarito 102 1 - Resolução das questões da Aula 03 202 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Considerando-se como premissas as proposições “Nenhum pirata é bondoso” e “Existem piratas que são velhos”, se a conclusão for “Existem velhos que não são bondosos”, então essas três proposições constituem um raciocínio válido. Solução: Construindo os diagramas: P1: Nenhum pirata é bondoso Piratas bondosos 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 102 P2: Existem piratas que são velhos Unindo os diagramas: C: Existem velhos que não são bondosos Vejam que não podemos garantir que o conjunto dos velhos e o conjunto dos bondosos possuem algum elemento em comum. Mas podemos garantir, com certeza, que os velhos da área azul com certeza não são bondosos. Portanto, o raciocínio é válido. Item correto. 203 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Considere como premissas as proposições “Todos os hobits são baixinhos” e “Todos os habitantes da Colina são hobits”, e, como conclusão, a proposição “Todos os baixinhos são habitantes da Colina”. Nesse caso, essas três proposições constituem um raciocínio válido. Solução: P1: Todos os hobits são baixinhos P2: Todos os habitantes da Colina são hobits Piratas velhos Piratas velhos bondosos baixinhos hobits 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 102 Unindo os diagramas: C: Todos os baixinhos são habitantes da Colina Podemos ver no diagrama acima que uma conclusão válida seria que “todos os habitantes da Colina são baixinhos”, mas o contrário não está correto. Portanto, o raciocínio não é válido. Item errado. 204 - (EMBASA - 2009 / CESPE) Considerando que as proposições “As pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar são ambientalmente educadas” e “Existem crianças ambientalmente educadas” sejam V, então a proposição “Existem crianças que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar” também será V. Solução: Vamos começar organizando o argumento: P1: “As pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar são ambientalmente educadas” P2: “Existem crianças ambientalmente educadas” C: “Existem crianças que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar” Na primeira premissa nós devemos entender que todas as pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar são ambientalmente educadas. Assim, temos: Habitantes da Colina hobits baixinhos hobits Habitantes da Colina 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 102 P1: “As pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar são ambientalmente educadas” P2: “Existem crianças ambientalmente educadas” Unindo os diagramas, C: “Existem crianças que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar” Vejam, mais uma vez, que não podemos garantir que o conjunto das crianças e o conjunto das pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar possuem algum elemento em comum. Portanto, o raciocínio não é válido. Item errado. 205 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Considere as proposições a seguir. A: Todo marciano é péssimo jogador de futebol. B: Pelé é marciano. Nessa hipótese, a proposição Pelé é péssimo jogador de futebol é F. Solução: Vamos lá: A: Todo marciano é péssimo jogador de futebol. Pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar Pessoas ambientalmente educadas Crianças Pessoas ambientalmente educadas Crianças Pessoas ambientalmente educadas Pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 102 B: Pelé é marciano. Unindo os diagramas, Agora, vamos analisar a conclusão: Pelé é péssimo jogador de futebol Podemos perceber pelo diagrama que a conclusão é verdadeira. Item errado. (Texto para as questões de 206 a 208) Considere as seguintes proposições: I Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito de herança. II Joaquina não tem garantido o direito de herança. III Todos aqueles que têm direito de herança são cidadãos de muita sorte. Supondo que todas essas proposições sejam verdadeiras, é correto concluir logicamente que 206 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Joaquina não é cidadã brasileira. Solução: Vamos recorrer aos diagramas: Marcianos Péssimos jogadores de futebol Marcianos Pelé Marcianos Péssimos jogadores de futebol Pelé 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 102 I Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito de herança. II Joaquina não tem garantido o direito de herança. III Todos aqueles que têm direito de herança são cidadãos de muita sorte. Agora, vamos unir os diagramas: Por fim, vamos à conclusão sugerida: Joaquina não é cidadã brasileira. Podemos ver no diagrama que realmente Joaquina não é cidadã brasileira, haja vista que ela não tem direito de herança e todos os brasileiros têm direito de herança. Item correto. Brasileiros Pessoascom direito de herança Joaquina Pessoas com direito de herança Cidadãos de muita sorte Pessoas com direito de herança Cidadãos de muita sorte Pessoas com direito de herança Brasileiros Joaquina 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 102 207 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Todos os que têm direito de herança são cidadãos brasileiros. Solução: Vamos utilizar o diagrama que fizemos na questão anterior: Agora, vamos analisar a conclusão sugerida: Todos os que têm direito de herança são cidadãos brasileiros. Podemos ver no diagrama que essa conclusão não é verdadeira, pois todos os brasileiros têm direito de herança, mas pode existir uma pessoa que tenha direito de herança e não seja brasileira (área verde do diagrama). Item errado. 208 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte. Solução: Mais uma vez, vamos utilizar o diagrama que fizemos anteriormente: Agora, vamos analisar a conclusão sugerida: Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte Essa conclusão é uma proposição condicional (p → q), que nós já vimos diversas vezes que só será falsa se o “p” for verdadeiro e o “q” for falso. Passando para a linguagem simbólica, temos: Cidadãos de muita sorte Pessoas com direito de herança Brasileiros Joaquina Cidadãos de muita sorte Pessoas com direito de herança Brasileiros Joaquina 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 102 Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte p: Joaquina não é cidadã brasileira q: Joaquina não é de muita sorte p → q: Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte Podemos perceber que o “p” com certeza é verdadeiro, conforme vimos anteriormente. Assim, para que a conclusão seja verdadeira, é necessário que o “q” também seja verdadeiro. Percebam que no diagrama eu posicionei Joaquina no limite entre ter ou não ter muita sorte, pois as premissas não foram suficientes para que nós concluíssemos que ela tinha ou não tinha muita sorte. Assim, o “q” pode assumir os dois valores lógicos (V ou F), fazendo com que a conclusão não seja necessariamente verdadeira. Item errado. (Texto para as questões de 209 a 212) Uma dedução é uma sequência de proposições em que algumas são premissas e as demais são conclusões. Uma dedução é denominada válida quando tanto as premissas quanto as conclusões são verdadeiras. Suponha que as seguintes premissas sejam verdadeiras. I Se os processos estavam sobre a bandeja, então o juiz os analisou. II O juiz estava lendo os processos em seu escritório ou ele estava lendo os processos na sala de audiências. III Se o juiz estava lendo os processos em seu escritório, então os processos estavam sobre a mesa. IV O juiz não analisou os processos. V Se o juiz estava lendo os processos na sala de audiências, então os processos estavam sobre a bandeja. A partir do texto e das informações e premissas acima, é correto afirmar que a proposição 209 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se o juiz não estava lendo os processos em seu escritório, então ele estava lendo os processos na sala de audiências” é uma conclusão verdadeira. Solução: Nessa questão, vamos começar passando as premissas e a conclusão para a linguagem simbólica: I: Se os processos estavam sobre a bandeja, então o juiz os analisou. p q 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 102 II: O juiz estava lendo os processos em seu escritório ou ele estava lendo os processos na sala de audiências. III: Se o juiz estava lendo os processos em seu escritório, então os processos estavam sobre a mesa. IV: O juiz não analisou os processos. V: Se o juiz estava lendo os processos na sala de audiências, então os processos estavam sobre a bandeja. Conclusão: Se o juiz não estava lendo os processos em seu escritório, então ele estava lendo os processos na sala de audiências Batizando as proposições: A: Os processos estavam sobre a bandeja B: O juiz analisou os processos C: O juiz estava lendo os processos em seu escritório D: O juiz estava lendo os processos na sala de audiências E: Os processos estavam sobre a mesa. Assim, I: A → B II: C v D III: C → E IV: ~B V: D → A Conclusão: ~C → D Portanto, podemos escrever o argumento da seguinte forma: [(A → B) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (~B) ∧ (D → A)] → (~C → D) Como temos diversas proposições simples formando esse argumento, o método da tabela-verdade não é indicado nesse caso. Podemos observar que uma das premissas (IV) é formada por uma proposição simples. Assim, sabendo que todas as premissas devem ser verdadeiras, essa premissa também deve ser verdadeira: ~B deve ser verdadeira, logo B deve ser falsa. Reescrevendo o conjunto de premissas: (A → B) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (~B) ∧ (D → A) (A → F) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (~F) ∧ (D → A) (A → F) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (V) ∧ (D → A) Agora, podemos observar que a premissa I é uma condicional a qual possui a segunda proposição com valor lógico falso. Assim, para essa premissa ser verdadeira, a primeira proposição também deve ser falsa: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 102 (A → F) deve ser verdadeira, logo A deve ser falsa. Reescrevendo o conjunto de premissas: (A → F) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (D → A) (F → F) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (D → F) (V) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (D → F) Agora, da mesma forma que fizemos para a premissa I, podemos observar que a premissa V também é uma condicional a qual possui a segunda proposição com valor lógico falso. Assim, para essa premissa ser verdadeira, a primeira proposição também deve ser falsa: (D → F) deve ser verdadeira, logo D deve ser falsa. Reescrevendo o conjunto de premissas: (C v D) ∧ (C → E) ∧ (D → F) (C v F) ∧ (C → E) ∧ (F → F) (C v F) ∧ (C → E) ∧ (V) Agora, podemos observar que a premissa II é uma disjunção a qual possui uma de suas proposições com valor lógico falso. Assim, para essa premissa ser verdadeira, a outra proposição deve ser verdadeira: (C v F) deve ser verdadeira, logo C deve ser verdadeira. Reescrevendo o conjunto de premissas: (C v F) ∧ (C → E) (V v F) ∧ (V → E) (V) ∧ (V → E) Por fim, podemos ver que a premissa III é uma condicional a qual possui a primeira proposição com valor lógico verdadeiro. Assim, para essa premissa ser verdadeira, a segunda proposição também deve ser verdadeira: (V → E) deve ser verdadeira, logo E deve ser verdadeira. Com isso, concluímos que para o conjunto de premissas ser verdadeiro, A deve ser falsa. B deve ser falsa. C deve ser verdadeira. D deve ser falsa. E deve ser verdadeira. Resta, então, verificar se para esses valores lógicos das proposições,a conclusão também é verdadeira: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 102 Conclusão: (~C → D) = (~V → F) = (F → F) = V Portanto, a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que essa é uma conclusão verdadeira para o argumento. Item correto. 210 - (TRT - 2009 / CESPE) “Se os processos não estavam sobre a mesa, então o juiz estava lendo os processos na sala de audiências” não é uma conclusão verdadeira. Solução: Utilizando as informações da questão anterior: A deve ser falsa. B deve ser falsa. C deve ser verdadeira. D deve ser falsa. E deve ser verdadeira. Agora, passando a conclusão sugerida por essa questão para a linguagem simbólica, temos: Conclusão: “Se os processos não estavam sobre a mesa, então o juiz estava lendo os processos na sala de audiências” Conclusão: ~E → D Sabendo que E é verdadeira e D é falsa, temos: Conclusão: ~E → D = ~V → F = F → F = V Portanto, a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que essa é uma conclusão verdadeira para o argumento. Item errado. 211 - (TRT - 2009 / CESPE) “Os processos não estavam sobre bandeja” é uma conclusão verdadeira. Solução: Mais uma vez, vamos utilizar as informações obtidas anteriormente: A deve ser falsa. B deve ser falsa. C deve ser verdadeira. D deve ser falsa. E deve ser verdadeira. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 102 Agora, passando a conclusão sugerida por essa questão para a linguagem simbólica, temos: “Os processos não estavam sobre bandeja” Conclusão: ~A Sabendo que A é falsa, temos: Conclusão: ~A = ~F = V Portanto, a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que essa é uma conclusão verdadeira para o argumento. Item correto. 212 - (TRT - 2009 / CESPE) “Se o juiz analisou os processos, então ele não esteve no escritório” é uma conclusão verdadeira. Solução: Mais uma questão na mesma linha. Sabendo que: A deve ser falsa. B deve ser falsa. C deve ser verdadeira. D deve ser falsa. E deve ser verdadeira. Agora, passando a conclusão sugerida por essa questão para a linguagem simbólica, temos: “Se o juiz analisou os processos, então ele não esteve no escritório” K: o juiz esteve no escritório Conclusão: B → ~K Não sabemos o valor lógico de K, mas sabemos que B é falsa. Assim: Conclusão: B → ~K = F → ~K = V (para qualquer que seja o valor lógico de K) Portanto, a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que essa é uma conclusão verdadeira para o argumento. Item correto. 213 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Considere as proposições A, B e C a seguir. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 102 A: Se Jane é policial federal ou procuradora de justiça, então Jane foi aprovada em concurso público. B: Jane foi aprovada em concurso público. C: Jane é policial federal ou procuradora de justiça. Nesse caso, se A e B forem V, então C também será V. Solução: Essa questão está sugerindo que A e B são premissas que levam à conclusão C. Vamos verificar: A: Se Jane é policial federal ou procuradora de justiça, então Jane foi aprovada em concurso público. B: Jane foi aprovada em concurso público. C: Jane é policial federal ou procuradora de justiça. p: Jane é policial federal. q: Jane é procuradora de justiça. r: Jane foi aprovada em concurso público. A: (p v q) → r B: r C: p v q Assim, o argumento fica: {[(p v q) → r] ∧ r} → (p v q) Vimos na aula passada que temos algumas opções para resolver a questão. Nessa, eu vou optar pela tabela-verdade reduzida: B C A p q r p v q (p v q) → r V V V V V V V F V F V F V V V V F F V F F V V V V F V F V F F F V F V F F F F V Vamos, agora, arrumar a ordem das colunas e excluir as linhas onde as premissas são falsas: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 102 A B C p q (p v q) → r r p v q V V V V V V F V V V F V V V V F F V V F Percebam que na última linha da tabela acima, as duas premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa. Portanto, item errado. 214 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) A sequência de proposições a seguir constitui uma dedução correta. Se Carlos não estudou, então ele fracassou na prova de Física. Se Carlos jogou futebol, então ele não estudou. Carlos não fracassou na prova de Física. Carlos não jogou futebol. Solução: Vamos organizar: P1: Se Carlos não estudou, então ele fracassou na prova de Física. P2: Se Carlos jogou futebol, então ele não estudou. P3: Carlos não fracassou na prova de Física. C: Carlos não jogou futebol. p: Carlos estudou q: Carlos fracassou na prova de Física r: Carlos jogou futebol Agora, vamos montar o argumento: [(~p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (~q)] → (~r) Bom, agora que já montamos o argumento, temos algumas opções para resolver a questão. Vamos à análise das premissas: (~p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (~q) Percebam que uma das premissas (a terceira) é composta por uma única proposição simples. Assim, lembrando que todas as premissas devem ser verdadeiras: ~q deve ser verdadeira, ou seja, q deve ser falsa. Portanto: (~p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (~q) (~p → F) ∧ (r → ~p) ∧ (~F) 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 102 (~p → F) ∧ (r → ~p) ∧ (V) Agora, podemos perceber que a primeira premissa é uma condicional cujo segundo termo é falso. Com isso: ~p deve ser falso, ou seja, p deve ser verdadeiro. Assim: (~p → F) ∧ (r → ~p) (~V → F) ∧ (r → ~V) (F → F) ∧ (r → F) (V) ∧ (r → F) Por fim, podemos perceber que a segunda premissa é uma condicional cujo segundo termo é falso. Portanto: r deve ser falsa. Resumindo: p é verdadeiro, ou seja, Carlos estudou. q é falsa, ou seja, Carlos não fracassou na prova de Física. r é falsa, ou seja, Carlos não jogou futebol. Assim, podemos concluir que a dedução está correta, pois, baseando-se nas premissas, Carlos não jogou futebol. Item correto. 215 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Considere que as proposições da sequência a seguir sejam verdadeiras. Se Fred é policial, então ele tem porte de arma. Fred mora em São Paulo ou ele é engenheiro. Se Fred é engenheiro, então ele faz cálculos estruturais. Fred não tem porte de arma. Se Fred mora em São Paulo, então ele é policial. Nesse caso, é correto inferir que a proposição “Fred não mora em São Paulo” é uma conclusão verdadeira com base nessa sequência. Solução: Vamos começar passando tudo para a linguagem simbólica: P1: Se Fred é policial, então ele tem porte de arma. P2: Fred mora em São Paulo ou ele é engenheiro.P3: Se Fred é engenheiro, então ele faz cálculos estruturais. P4: Fred não tem porte de arma. P5: Se Fred mora em São Paulo, então ele é policial. C: Fred não mora em São Paulo 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 102 p: Fred é policial q: Fred tem porte de arma r: Fred mora em São Paulo s: Fred é engenheiro t: Fred faz cálculos estruturais P1: p → q P2: r v s P3: s → t P4: ~q P5: r → p C: ~r Argumento: [(p → q) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (~q) ∧ (r → p)] → (~r) Podemos ver que o argumento possui 5 proposições simples diferentes (p, q, r, s e t), o que nos leva a tentar resolver a questão sem o uso das tabelas-verdade. Podemos perceber que a quarta premissa é formada por apenas uma proposição simples. Vamos começar a análise por ela: P4: ~q Assim, podemos concluir que ~q deve ser verdadeiro, ou seja , q deve ser falso. Com isso: (p → q) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (~q) ∧ (r → p) (p → F) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (~F) ∧ (r → p) (p → F) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → p) Agora, podemos perceber que a premissa 1 é uma condicional que possui a segunda proposição falsa: (p → F) Assim, podemos concluir que o p deve ser falso. Com isso: (p → F) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → p) (F → F) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → F) (V) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → F) Agora, podemos perceber que a premissa 5 também é uma condicional que possui a segunda proposição falsa: (r → F) Assim, podemos concluir que o r deve ser falso. Com isso: (V) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → F) 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 102 (V) ∧ (F v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (F → F) (V) ∧ (F v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (V) Agora, podemos perceber que a premissa 2 é uma disjunção que possui uma das proposições falsa: (F v s) Assim, podemos concluir que o s deve ser verdadeiro. Com isso: (V) ∧ (F v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (V) (V) ∧ (F v V) ∧ (V→ t) ∧ (V) ∧ (V) (V) ∧ (V) ∧ (V→ t) ∧ (V) ∧ (V) Por fim, podemos perceber que a premissa 3 é uma condicional que possui a primeira proposição verdadeira: (V → t) Assim, podemos concluir que o t deve ser verdadeiro. Com isso: (V) ∧ (V) ∧ (V→ t) ∧ (V) ∧ (V) (V) ∧ (V) ∧ (V→ V) ∧ (V) ∧ (V) (V) ∧ (V) ∧ (V) ∧ (V) ∧ (V) = V Resumindo: p deve ser falso, ou seja, Fred não é policial q deve ser falso, ou seja, Fred não tem porte de arma r deve ser falso, ou seja, Fred não mora em São Paulo s deve ser verdadeiro, ou seja, Fred é engenheiro t deve ser verdadeiro, ou seja, Fred faz cálculos estruturais Vamos, agora, verificar se a conclusão é válida: C: Fred não mora em São Paulo Podemos ver que, nos baseando nas premissas, a conclusão proposta é verdadeira. Item correto. 216 - (BB - 2007 / CESPE) É correto o raciocínio lógico dado pela sequência de proposições seguintes: Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso. Maria é alta. Portanto José será aprovado no concurso. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 102 Solução: Passando tudo para a linguagem simbólica, temos: P1: Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso. P2: Maria é alta. C: José será aprovado no concurso. p: Antônio é bonito q: Maria é alta r: José será aprovado no concurso P1: (p v q) → r P2: q C: r Argumento: [((p v q) → r) ∧ (q)] → (r) Podemos ver que a segunda premissa é uma proposição simples, o que nos leva a concluir que ela deve ser verdadeira: q deve ser verdadeira Com isso: ((p v q) → r) ∧ (q) ((p v V) → r) ∧ (V) Percebam agora, que qualquer que seja o valor lógico do “p”, a disjunção “p v V” será verdadeira. Assim: p pode possuir qualquer valor lógico ((p v V) → r) ∧ (V) (V → r) ∧ (V) Agora, devemos perceber que o “r” deve ser verdadeiro para que a condicional ”V → r” seja verdadeira. Com isso: r deve ser verdadeira (V → r) ∧ (V) (V → V) ∧ (V) (V) ∧ (V) = V Portanto, p: Antônio pode ou não ser bonito q: Maria é alta 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 102 r: José será aprovado no concurso Vamos, agora, verificar se a conclusão é válida: C: José será aprovado no concurso Podemos ver que, nos baseando nas premissas, a conclusão proposta é verdadeira e o raciocínio é correto. Item correto. 217 - (BB - 2007 / CESPE) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes: Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego. Ela conseguiu um emprego. Portanto, Célia tem um bom currículo. Solução: Mais uma vez, passando tudo para a linguagem simbólica, temos: P1: Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego. P2: Ela conseguiu um emprego. C: Célia tem um bom currículo. p: Célia ter um bom currículo q: Célia conseguir um bom emprego P1: p → q P2: q C: p Argumento: [(p → q) ∧ (q)] → (p) Como temos apenas duas proposições simples distintas nesse argumento, vamos partir para a tabela-verdade: C P2 P1 Premissas Argumento p q p → q (p → q) ∧ (q) [(p → q) ∧ (q)] → (p) V V V V V V F F F V F V V V F F F V F V Portanto, olhando para a tabela-verdade, podemos perceber que o argumento não é válido. Item errado. 218 - (BB - 2007 / CESPE) Considere as seguintes proposições: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 102 P: “Mara trabalha” e Q: “Mara ganha dinheiro” Nessa situação, é válido o argumento em que as premissas são “Mara não trabalha ou Mara ganha dinheiro” e “Mara não trabalha”, e a conclusão é “Mara não ganha dinheiro”. Solução: Organizando: P1: Mara não trabalha ou Mara ganha dinheiro P2: Mara não trabalha C: Mara não ganha dinheiro Passando para a linguagem simbólica: P1: ~P v Q P2: ~P C: ~Q Argumento: [(~P v Q) ∧ (~P)] → (~Q) Novamente, como temos apenas duas proposições simples distintas nesse argumento, vamos partir para a tabela-verdade: P2 C P1 Premissas Argumento P Q ~P ~Q ~P v Q (~P v Q) ∧ (~P) [(~P v Q) ∧ (~P)] → (~Q) V V F F V F V V F F V F F V F V V F V V F F F V V V V V Portanto, olhando para a tabela-verdade, podemos perceber que o argumento não é válido. Item errado. 219 - (BB - 2007 / CESPE) Considere que as afirmativas “Se Mara acertou na loteria então ela ficou rica” e “Mara não acertou na loteria” sejam ambas proposições verdadeiras. Simbolizando adequadamente essas proposições pode-se garantir que a proposição “Ela não ficou rica” é também verdadeira. Solução: Vamos organizar o raciocínio: P1: Se Mara acertou na loteria então ela ficou rica P2: Mara não acertou naloteria C: Ela não ficou rica 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 102 p: Mara acertou na loteria q: Mara ficou rica P1: p → q P2: ~p C: ~q Argumento: [(p → q) ∧ (~p)] → (~q) Mais uma vez, como temos apenas duas proposições simples distintas nesse argumento, vamos partir para a tabela-verdade: P2 C P1 Premissas Argumento p q ~p ~q p → q (p → q) ∧ (~p) [(p → q) ∧ (~p)] → (~q) V V F F V F V V F F V F F V F V V F V V F F F V V V V V Portanto, olhando para a tabela-verdade, podemos perceber que o argumento não é válido. Item errado. (Texto para as questões de 220 e 221) O exercício da atividade policial exige preparo técnico adequado ao enfrentamento de situações de conflito e, ainda, conhecimento das leis vigentes, incluindo interpretação e forma de aplicação dessas leis nos casos concretos. Sabendo disso, considere como verdadeiras as proposições seguintes. P1: Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial toma decisões ruins. P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma decisões ruins. P3: Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o policial se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões. P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem informações precisas ao tomar decisões. Com base nessas proposições, julgue os itens a seguir. 220 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A partir das proposições P2 e P4, é correto inferir que “O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha se dedicado nos estudos não toma decisões ruins” é uma proposição verdadeira. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 102 Solução: Nessa questão, podemos entender que P2 e P4 são as premissas e que “O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha se dedicado nos estudos não toma decisões ruins” é a conclusão do argumento. Vamos verificar se esta conclusão é verdadeira, nos baseando nas premissas P2 e P4: P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma decisões ruins. P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem informações precisas ao tomar decisões. C: O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha se dedicado nos estudos não toma decisões ruins. Batizando as proposições, temos: p: O policial tem informações precisas ao tomar decisões. q: O policial toma decisões ruins. r: O policial teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos. (nessa proposição, apesar de termos uma conjunção, preferi chamar tudo de “r”, pois as duas proposições andam juntas durante todo o argumento. Meu intuito com isso foi apenas simplificar o argumento, deixando-o com uma proposição a menos) P2: ~p → q P4: r → p C: r → ~q Assim, o argumento fica: [(~p → q) ∧ (r → p)] ⇒ (r → ~q) Vamos verificar se a conclusão é necessariamente verdadeira, nos baseando nas premissas, a partir da construção da tabela-verdade: P2 P4 C p q r ~p ~q ~p → q r → p r → ~q V V V F F V V F V V F F F V V V V F V F V V V V V F F F V V V V F V V V F V F F F V F V F V V V F F V V V F F V F F F V V F V V Eliminando as linhas onde alguma premissa é falsa, temos: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 102 P2 P4 C p q r ~p ~q ~p → q r → p r → ~q V V V F F V V F V V F F F V V V V F V F V V V V V F F F V V V V F V F V F V V V Agora, percebam que considerando as premissas verdadeiras não podemos garantir que a proposição “O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha se dedicado nos estudos não toma decisões ruins” seja verdadeira, pois existe uma possibilidade (a primeira linha da tabela acima) na qual as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa. Item errado. 221 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que P1, P2, P3 e P4 sejam as premissas de um argumento cuja conclusão seja “Se o policial está em situação de estresse e não toma decisões ruins, então teve treinamento adequado”, é correto afirmar que esse argumento é válido. Solução: Agora, devemos analisar o seguinte argumento: P1: Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial toma decisões ruins. P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma decisões ruins. P3: Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o policial se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões. P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem informações precisas ao tomar decisões. C: Se o policial está em situação de estresse e não toma decisões ruins, então teve treinamento adequado. Passando as premissas e a conclusão para a linguagem simbólica, temos: p: O policial se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões. q: O policial toma decisões ruins. r: O policial tem informações precisas ao tomar decisões. s: O policial está em situação de estresse. t: O policial teve treinamento adequado. u: O policial se dedicou nos estudos. P1: p → q 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 102 P2: ~r → q P3: (s ∧ ~t) → p P4: (t ∧ u) → r C: (s ∧ ~q) → t Argumento: {(p → q) ∧ (~r → q) ∧ [(s ∧ ~t) → p] ∧ [(t ∧ u) → r]} ⇒ [(s ∧ ~q) → t] Agora, vou relembrar o macete para verificar se esse argumento é válido. O macete consiste em testar se o conjunto de premissas é verdadeiro quando a conclusão é falsa. Se o conjunto de premissas tiver alguma possibilidade de ser verdadeira quando a conclusão é falsa, concluímos que o argumento é inválido. Para que a conclusão (s ∧ ~q) → t seja falsa, é necessário que ಯsರ seja verdadeiro, “~q” seja verdadeira (ou seja, “q” tem que ser falso) e “t” seja falso. Agora, vamos testar como se comporta o conjunto de premissas para esses valores de s, q e t: (p → q) ∧ (~r → q) ∧ [(s ∧ ~t) → p] ∧ [(t ∧ u) → r] (p → F) ∧ (~r → F) ∧ [(V ∧ ~F) → p] ∧ [(F ∧ u) → r] (p → F) ∧ (~r → F) ∧ [(V ∧ V) → p] ∧ [(F ∧ u) → r] (p → F) ∧ (~r → F) ∧ [(V) → p] ∧ [(F ∧ u) → r] Agora, podemos perceber que as premissas 1 e 3 apresentam uma contradição no “p”, pois ele tem que ser falso para que P1 seja verdadeira e tem que ser verdadeiro para que P3 seja verdadeira. Portanto, não há nenhuma possibilidade em que o conjunto de premissas é verdadeiro e a conclusão é falsa, ou seja, sempre que o conjunto de premissas for verdadeiro a conclusão também será verdadeira, o que torna o argumento válido. Item correto. (Texto para a questão 222) Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) revela que, no Brasil, a desigualdade social está entre as maiores causas da violência entre jovens. Um dos fatores que evidenciam a desigualdade social e expõem a população jovem à violência é a condição de extrema pobreza, que atinge 12,2% dos 34 milhões de jovens brasileiros, membros de famílias comrenda per capita de até um quarto do salário mínimo, afirma a pesquisa. Como a violência afeta mais os pobres, é usual fazer um raciocínio simplista de que a pobreza é a principal causadora da violência entre os jovens, mas isso não é verdade. O fato de ser pobre não significa que a pessoa será violenta. Existem inúmeros exemplos de atos violentos praticados por jovens de classe média. Internet: <http://amaivos.uol.com.br> (com adaptações). 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 102 Tendo como referência o texto acima, julgue os itens seguintes. 222 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Das proposições “Se há corrupção, aumenta-se a concentração de renda”, “Se aumenta a concentração de renda, acentuam-se as desigualdades sociais” e “Se se acentuam as desigualdades sociais, os níveis de violência crescem” é correto inferir que “Se há corrupção, os níveis de violência crescem”. Solução: Vamos organizar o argumento: P1: “Se há corrupção, aumenta-se a concentração de renda”. P2: “Se aumenta a concentração de renda, acentuam-se as desigualdades sociais”. P3: “Se se acentuam as desigualdades sociais, os níveis de violência crescem”. C: “Se há corrupção, os níveis de violência crescem”. Batizando as proposições, temos: p: Há corrupção. q: Aumenta-se a concentração de renda. r: Acentuam-se as desigualdades sociais. s: Os níveis de violência crescem. P1: p → q P2: q → r P3: r → s C: p → s Argumento: [(p → q) ∧ (q → r) ∧ (r → s)] ⇒ (p → s) Lembrando que (A → B) ∧ (B → C) ⇒ (A → C), temos: [(p → q) ∧ (q → r) ∧ (r → s)] ⇒ (p → s) [(p → r) ∧ (r → s)] ⇒ (p → s) [(p → s)] ⇒ (p → s) Item correto. (Texto para as questões de 223 a 226) Verificando a regularidade da aquisição de dispositivos sensores de presença e movimento para instalação em uma repartição pública, os fiscais constataram que os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes. Diante dessa constatação, o gestor argumentou da seguinte maneira: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 102 P: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente ou tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial. Q: Os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes. R: Se os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes e os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes, então as empresas participantes não foram convidadas formalmente. Conclusão: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial. A partir das informações acima apresentadas, julgue os itens a seguir. 223 - (TCDF - 2012 / CESPE) Incluindo entre as premissas a constatação da equipe de fiscalização, o argumento do gestor será um argumento válido. Solução: Vamos começar organizando o argumento, incluindo entre as premissas a constatação da equipe de fiscalização: P1: Os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes P2: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente ou tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial. P3: Os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes. P4: Se os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes e os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes, então as empresas participantes não foram convidadas formalmente. C: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial. Passando tudo para a linguagem simbólica, temos: p: Os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes. q: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente. r: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial. s: Os proprietários das empresas convidadas formalmente eram parentes P1: p P2: (q v r) 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 102 P3: ~s P4: (~s ∧ p) → ~q C: r Argumento: [(p) ∧ (q v r) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q)] ⇒ (r) Podemos perceber de início que as premissas P1 e P3 são proposições simples, o que nos leva a concluir que “p” deve ser verdadeiro e “~s” deve ser verdadeiro, ou seja, “s” deve ser falso. Assim: (p) ∧ (q v r) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q) (V) ∧ (q v r) ∧ (~F) ∧ ((~F ∧ V) → ~q) (V) ∧ (q v r) ∧ (V) ∧ ((V ∧ V) → ~q) (V) ∧ (q v r) ∧ (V) ∧ (V → ~q) Agora, devemos concluir que “~q” deve ser verdadeiro, ou seja, “q” deve ser falso para que P4 seja verdadeira: (V) ∧ (q v r) ∧ (V) ∧ (V → ~q) (V) ∧ (F v r) ∧ (V) ∧ (V → ~F) (V) ∧ (F v r) ∧ (V) ∧ (V) Por fim, devemos concluir que “r” deve ser necessariamente verdadeiro para que P2 seja verdadeira. (V) ∧ (F v r) ∧ (V) ∧ (V) (V) ∧ (F v V) ∧ (V) ∧ (V) (V) ∧ (V) ∧ (V) ∧ (V) Agora, olhando para a conclusão (r), podemos perceber que o argumento é válido, pois considerando o conjunto de premissas verdadeiro, a conclusão só pode ser verdadeira. Item correto. 224 - (TCDF - 2012 / CESPE) A partir da argumentação do gestor é correto inferir que todas as empresas que tomaram conhecimento do certame pela imprensa oficial participaram da licitação. Solução: Agora, a argumentação não considera a constatação da equipe de fiscalização: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 102 P1: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente ou tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial. P2: Os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes. P3: Se os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes e os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes, então as empresas participantes não foram convidadas formalmente. C: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial. Passando tudo para a linguagem simbólica, temos: p: Os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes. q: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente. r: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial. s: Os proprietários das empresas convidadas formalmente eram parentes P1: (q v r) P2: ~s P3: (~s ∧ p) → ~q C: r Argumento: [(q v r) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q)] ⇒ (r) Nesse argumento, vamos usar aquele macete de testar se para a conclusão sendo falsa existe alguma possibilidade de o conjunto de premissas ser verdadeiro: Considerando “r” falso, temos: (q v r) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q) (q v F) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q) Podemos concluir que o “q” deve ser verdadeiro para que P1 seja verdadeira: (q v F) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q) (V v F) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~ V) (V) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → F) Agora, devemos concluir que “~s” deve ser verdadeiro para que P2 seja verdadeira,ou seja, “s” deve ser falso: (V) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → F) 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 102 (V) ∧ (~F) ∧ ((~F ∧ p) → F) (V) ∧ (V) ∧ ((V ∧ p) → F) Por fim, o “p” deve ser falso para que P3 seja verdadeira. (V) ∧ (V) ∧ ((V ∧ p) → F) (V) ∧ (V) ∧ ((V ∧ F) → F) (V) ∧ (V) ∧ (F → F) (V) ∧ (V) ∧ (V) Assim, podemos concluir que existe a possibilidade de o conjunto de premissas ser verdadeiro e a conclusão ser falsa, o que nos leva a concluir que o argumento não é válido. Item errado. 225 - (TCDF - 2012 / CESPE) Se alguma das premissas, P, Q ou R, for uma proposição falsa, então o argumento apresentado será inválido. Solução: Essa é uma questão teórica que exige o conhecimento dos conceitos de argumentação falado na aula passada. Lembram-se quando eu disse que para analisar um argumento não devemos nos preocupar com o conteúdo das proposições, mas devemos observar se, ao considerarmos o conjunto de premissas verdadeiras, a conclusão é uma consequência obrigatória dessas premissas. Item errado. 226 - (TCDF - 2012 / CESPE) O fato de determinado argumento ser válido implica, certamente, que todas as suas premissas são proposições verdadeiras. Solução: Novamente o mesmo conceito. Não é necessário saber o conteúdo das premissas, mas sim, a sua construção. Item errado. (Texto para a questão 227) Um jovem, ao ser flagrado no aeroporto portando certa quantidade de entorpecentes, argumentou com os policiais conforme o esquema a seguir: Premissa 1: Eu não sou traficante, eu sou usuário; 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 102 Premissa 2: Se eu fosse traficante, estaria levando uma grande quantidade de droga e a teria escondido; Premissa 3: Como sou usuário e não levo uma grande quantidade, não escondi a droga. Conclusão: Se eu estivesse levando uma grande quantidade, não seria usuário. Considerando a situação hipotética apresentada acima, julgue os itens a seguir. 227 - (Polícia Federal - 2012 / CESPE) Sob o ponto de vista lógico, a argumentação do jovem constitui argumentação válida. Solução: Vamos começar passando a argumentação para a linguagem simbólica: Premissa 1: Eu não sou traficante, eu sou usuário; Premissa 2: Se eu fosse traficante, estaria levando uma grande quantidade de droga e a teria escondido; Premissa 3: Como sou usuário e não levo uma grande quantidade, não escondi a droga. Conclusão: Se eu estivesse levando uma grande quantidade, não seria usuário. p: Eu sou traficante q: Eu sou usuário r: Estaria levando uma grande quantidade de droga s: Teria escondido a droga P1: ~p ∧ q P2: p → (r ∧ s) P3: (q ∧ ~r) → ~s C: r → ~q Argumentação: [(~p ∧ q) ∧ (p → (r ∧ s)) ∧ ((q ∧ ~r) → ~s)] ⇒ (r → ~q) Nessa questão, vou usar mais uma vez o macete de verificar existe alguma possibilidade do conjunto de premissas ser verdadeiro para a situação em que a conclusão é falsa. Analisando a conclusão (r → ~q) ela só será falsa quando “r” for verdadeira e “~q” for falsa, ou seja, quando tanto “r” quanto “q” forem verdadeiras. Assim, resta 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 102 testarmos se para esses valores de “r” e “q” o conjunto de premissas pode ser verdadeiro: (~p ∧ q) ∧ (p → (r ∧ s)) ∧ ((q ∧ ~r) → ~s) (~p ∧ V) ∧ (p → (V ∧ s)) ∧ ((V ∧ ~V) → ~s) (~p ∧ V) ∧ (p → (V ∧ s)) ∧ ((V ∧ F) → ~s) (~p ∧ V) ∧ (p → (V ∧ s)) ∧ (F → ~s) Podemos verificar que das três premissas, as únicas que podem ser falsas são a primeira e a segunda, quando o “p” for verdadeiro e o “s” for falso. Para qualquer outra combinação de valores lógicos de “p” e “s” o conjunto de premissas será verdadeiro. Portanto, existe a possibilidade de o conjunto de premissas ser verdadeiro e a conclusão ser falsa, o que nos leva a concluir que a argumentação não é válida. Item errado. (Texto para a questão 228) Ao comentar a respeito da qualidade dos serviços prestados por uma empresa, um cliente fez as seguintes afirmações: P1: Se for bom e rápido, não será barato. P2: Se for bom e barato, não será rápido. P3: Se for rápido e barato, não será bom. Com base nessas informações, julgue os itens seguintes. 228 - (MI - 2013 / CESPE) Um argumento que tenha P1 e P2 como premissas e P3 como conclusão será um argumento válido. Solução: Nessa questão, vamos começar passando as afirmações para a linguagem simbólica: p: Ser bom q: Ser rápido r: Ser barato P1: (p ∧ q) → ~r P2: (p ∧ r) → ~q P3: (q ∧ r) → ~p Assim, o argumento fica: Argumento: [(p ∧ q) → ~r] ∧ [(p ∧ r) → ~q] ⇒ [(q ∧ r) → ~p] 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 102 Uma forma mais simples de resolver essa questão é utilizando o macete. Assim, para que a conclusão seja falsa, temos: (q ∧ r) → ~p q ∧ r deve ser verdadeiro, ou seja, q deve ser verdadeiro e r deve ser verdadeiro, e ~p deve ser falso, ou seja, p deve ser verdadeiro. Assim, resta testarmos se para esses valores de p, q e r as premissas podem ser verdadeiras: [(p ∧ q) → ~r] ∧ [(p ∧ r) → ~q] [(V ∧ V) → ~ V] ∧ [(V ∧ V) → ~V] [(V) → F] ∧ [(V) → F] [F] ∧ [F] = F Portanto, não há a possibilidade de o conjunto de premissas ser verdadeiro e a conclusão ser falsa, o que nos leva a concluir que o argumento é válido. Item correto. (Texto para a questão 229) Ser síndico não é fácil. Além das cobranças de uns e da inadimplência de outros, ele está sujeito a passar por desonesto. A esse respeito, um ex-síndico formulou as seguintes proposições: — Se o síndico troca de carro ou reforma seu apartamento, dizem que ele usou dinheiro do condomínio em benefício próprio. (P1) — Se dizem que o síndico usou dinheiro do condomínio em benefício próprio, ele fica com fama de desonesto. (P2) — Logo, se você quiser manter sua fama de honesto, não queira ser síndico. (P3) Com referência às proposições P1, P2 e P3 acima, julgue os itens a seguir. 229 - (SERPRO - 2013 / CESPE) Considerando que P1 e P2 sejam as premissas de um argumento de que P3 seja a conclusão, é correto afirmar que, do ponto de vista lógico, o texto acima constitui um argumento válido. Solução: Vamos começar passando o argumento para a linguagem simbólica: p: O síndico troca de carro q: O síndico reforma o apartamento r: Dizem que o sindico usou dinheiro do condomínio em benefício próprio s: O síndico fica com fama de desonesto 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 102 t: Não querer ser síndico P1: (p v q) → r P2: r → s P3: ~s → t Argumento: [(p v q) → r] ∧ [r → s] ⇒ (~s → t) Agora, resta testar se o argumento é válido. Mais uma vez vou utilizaro macete. Assim, vamos começar checando as possibilidades para a conclusão ser falsa: ~s → t Para esta condicional ser falsa, o "~s" deve ser verdadeiro e o "t" deve ser falso, ou seja, s e t devem ser falsos. Com isso, vamos testar se para esses valores de s e t o conjunto de premissas pode ser verdadeiro. Vejamos: [(p v q) → r] ∧ [r → s] [(p v q) → r] ∧ [r → F] Aqui, para a segunda premissa ser verdadeira, o r deve ser falso. Assim: [(p v q) → r] ∧ [r → F] [(p v q) → F] ∧ [F → F] [(p v q) → F] ∧ [V] Por fim, para que a primeira premissa seja verdadeira, tanto p quanto q devem ser falsos. Assim: [(p v q) → F] ∧ [V] [(F v F) → F] ∧ [V] [(F) → F] ∧ [V] [V] ∧ [V] = V Assim, concluímos que pé possível o conjunto de premissas ser verdadeiro e a conclusão ser falsa, bastando que p, q, r, s e t sejam falsos, o que nos leva a concluir que o argumento NÃO é válido. Item errado. (Texto para a questão 230) Considere que um argumento seja formado pelas seguintes proposições: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 102 • P1 A sociedade é um coletivo de pessoas cujo discernimento entre o bem e o mal depende de suas crenças, convicções e tradições. • P2 As pessoas têm o direito ao livre pensar e à liberdade de expressão. • P3 A sociedade tem paz quando a tolerância é a regra precípua do convívio entre os diversos grupos que a compõem. • P4 Novas leis, com penas mais rígidas, devem ser incluídas no Código Penal, e deve ser estimulada uma atuação repressora e preventiva dos sistemas judicial e policial contra todo ato de intolerância. Com base nessas proposições, julgue o item subsecutivo. 230 - (TCE/RO - 2013 / CESPE) O argumento em que as proposições de P1 a P3 são as premissas e P4 é a conclusão é um argumento lógico válido Solução: Bom, essa questão parece complicada, pois as proposições não estão no formato que estamos acostumados a encontrar nas questões. Porém, observando com cuidado a conclusão, podemos ver que temos a seguinte afirmação: Novas leis, com penas mais rígidas, devem ser incluídas no Código Penal Ora, em momento nenhum as premissas falam sobre novas leis, ou seja, temos uma conclusão que não é uma consequência obrigatória do conjunto de premissas, o que torna este argumento inválido. Item errado. (Texto para a questão 231) Das proposições P, Q, R, S e C listadas a seguir, P, Q, R e S constituem as premissas de um argumento, em que C é a conclusão: P: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é curto, uma vez que o desenvolvimento de um remédio exige muito investimento e leva muito tempo. Q: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo, já que o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não leva muito tempo. R: Se o tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é curto, a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina. S: Se o tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo, a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 102 C: Se o desenvolvimento de um remédio exige muito investimento, ou o desenvolvimento de um software não leva muito tempo, então a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina. Com base nessa argumentação, julgue os itens seguintes. 231 - (INPI - 2014 / CESPE) O argumento apresentado não é um argumento válido. Solução: Vamos começar organizando o argumento: p: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é curto. q: O desenvolvimento de um remédio exige muito investimento. r: O desenvolvimento de um remédio leva muito tempo. s: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo t: O desenvolvimento de um software não exige muito investimento u: O desenvolvimento de um software não leva muito tempo v: A lei de patentes não atende ao fim público a que se destina Passando as premissas e a conclusão para a linguagem simbólica, temos: P: (q ∧ r) → p Q: (t v u) → s R: p → v S: s → v C: (q v u) → v Argumento: {[(q ∧ r) → p] ∧ [(t v u) → s] ∧ (p → v) ∧ (s → v)} ⇒ [(q v u) → v] Como temos uma proposição gigantesca, utilizarei o macete da conclusão falsa. Consideraremos a conclusão falsa e veremos se é possível o conjunto de premissas ser verdadeiro com a conclusão falsa. C: (q v u) → v Para esta conclusão ser falsa, deveremos ter o “v” falso e o “q” ou o “u” verdadeiro. Agora, vamos testar o conjunto de premissas: [(q ∧ r) → p] ∧ [(t v u) → s] ∧ (p → v) ∧ (s → v) Considerando o “v” falso, temos: [(q ∧ r) → p] ∧ [(t v u) → s] ∧ (p → F) ∧ (s → F) Aqui, concluímos que o “p” e o “s” devem ser falsos para que as premissas R e S sejam verdadeiras. Substituindo os valores de “p” e de “s”, temos: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 102 [(q ∧ r) → F] ∧ [(t v u) → F] ∧ (F → F) ∧ (F → F) [(q ∧ r) → F] ∧ [(t v u) → F] ∧ (V) ∧ (V) Agora, olhando para a premissa Q, concluímos que tanto o “t” quanto o “u” devem ser falsos para que esta premissa seja verdadeira. Porém, olhando para a premissa P, concluímos que basta que o “q” ou que o “r” seja falso para que essa premissa seja verdadeira, ou seja, é possível que o “r” seja falso e o “q” seja verdadeiro que a premissa P será verdadeira. Assim, como é possível termos o “q” verdadeiro e o “v” falso ao mesmo tempo e com isso é possível termos o conjunto de premissas verdadeiro e a conclusão falsa, concluímos que o argumento não é válido. Item correto. (Texto para as questões de 232 a 236) As proposições A, B e C listadas a seguir constituem as premissas de um argumento: A: Se a proteção de inventores é estabelecida atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo, então o direito de requerer uma patente de invenção contribui para o progresso da ciência. B: Se o direito de requerer uma patente de invenção é utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado, então esse direito não só não contribui para o progresso da ciência como também prejudica o mercado. C: O direito de requerer uma patente de invenção, ou contribui para o progresso da ciência, ou prejudica o mercado, mas não ambos. Tendo como referência essas premissas, em cada item de a seguir é apresentada uma conclusão para o argumento. Julgue se a conclusão faz que a argumentação seja uma argumentação válida. 232 - (INPI - 2014 / CESPE) O direito de requerer uma patente de invenção contribui para o progresso da ciência ou prejudica o mercado. Solução: Vamos começar passando as premissas para a linguagem simbólica: p: A proteção de inventores é estabelecida atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados ProfMarcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 102 q: O direito de requerer uma patente de invenção contribui para o progresso da ciência. r: O direito de requerer uma patente de invenção é utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado. s: O direito de requerer uma patente de invenção prejudica o mercado. A: p → q B: r → (~q ∧ s) C: q v s Premissas: (p → q) ∧ [r → (~q ∧ s)] ∧ (q v s) Como teremos várias conclusões para analisarmos nas próximas questões, vamos primeiramente verificar em que situações o conjunto de premissas é verdadeiro. Utilizarei o método da tentativa e erro: Testando “q” verdadeiro (p → q) ∧ [r → (~q ∧ s)] ∧ (q v s) (p → V) ∧ [r → (~V ∧ s)] ∧ (V v s) (p → V) ∧ [r → (F ∧ s)] ∧ (V v s) Para que a premissa “C” seja verdadeira, a proposição “s” deverá ser falsa: (p → V) ∧ [r → (F ∧ s)] ∧ (V v s) (p → V) ∧ [r → (F ∧ F)] ∧ (V v F) (p → V) ∧ [r → F] ∧ (V) Agora, para que a premissa “B” seja verdadeira, a proposição “r” deverá ser falsa: (p → V) ∧ [r → F] ∧ (V) (p → V) ∧ [F → F] ∧ (V) (p → V) ∧ [V] ∧ (V) Por fim, para qualquer valor lógico de “p” a premissa “A” será verdadeira. Resumindo: “p” qualquer, “q” verdadeiro, “r” falso e “s” falso. Agora, testamos “q” falso 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 102 (p → q) ∧ [r → (~q ∧ s)] ∧ (q v s) (p → F) ∧ [r → (~F ∧ s)] ∧ (F v s) (p → F) ∧ [r → (V ∧ s)] ∧ (F v s) Para que a premissa “A” seja verdadeira, a proposição “p” deverá ser falsa. Além disso, para que a premissa “C” seja verdadeira, é necessário que a proposição “s” seja verdadeira. (p → F) ∧ [r → (V ∧ s)] ∧ (F v s) (F → F) ∧ [r → (V ∧ V)] ∧ (F v V) (V) ∧ [r → V] ∧ (V) Por fim, qualquer que seja o valor lógico de “r”, a premissa “B” será verdadeira. Resumindo: “p” falso, “q” falso, “r” qualquer e “s” verdadeiro. Agora, vamos passar a conclusão sugerida nesta questão para a linguagem simbólica: O direito de requerer uma patente de invenção contribui para o progresso da ciência ou prejudica o mercado. Conclusão: q v s Para avaliarmos se este é uma conclusão válida para o argumento, basta substituirmos os valores lógicos de “q” e de “s” vistos acima. Se em todas as situações em que o conjunto de premissas é verdadeiro a conclusão também for verdadeira, concluiremos que a conclusão é válida. Para a primeira situação testada, temos “q” verdadeiro e “s” falso: Conclusão: q v s Conclusão: V v F = V Para a segunda situação testada, temos “q” falso e “s” verdadeiro: Conclusão: q v s Conclusão: F v V = V Portanto, como sempre que o conjunto de premissas é verdadeiro a conclusão também é verdadeira, concluímos que esta é uma conclusão válida para o argumento. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 102 Item correto. 233 - (INPI - 2014 / CESPE) Se a proteção de inventores é estabelecida atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo, então o direito de requerer uma patente de invenção não prejudica o mercado. Solução: Recuperando o que vimos na questão anterior, temos as seguintes situações em que o conjunto de premissas é verdadeiro: 1º teste: “p” qualquer, “q” verdadeiro, “r” falso e “s” falso. 2º teste: “p” falso, “q” falso, “r” qualquer e “s” verdadeiro. Agora, vamos passar a conclusão proposta nesta questão para a linguagem simbólica: Conclusão: Se a proteção de inventores é estabelecida atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo, então o direito de requerer uma patente de invenção não prejudica o mercado. p: A proteção de inventores é estabelecida atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo. s: O direito de requerer uma patente de invenção prejudica o mercado. Conclusão: p → ~s Por fim, resta testarmos as situações em que o conjunto de premissas é verdadeiro: 1ª situação: Conclusão: p → ~s Conclusão: qualquer → ~F Conclusão: qualquer → V = V Qualquer que seja o “p” nessa situação a conclusão será verdadeira. 2ª situação: Conclusão: p → ~s 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 102 Conclusão: F → ~V Conclusão: F → F = V Portanto, sempre que o conjunto de premissas é verdadeiro a conclusão também é verdadeira. Concluímos assim que esta é uma conclusão válida para o argumento. Item correto. 234 - (INPI - 2014 / CESPE) O direito de requerer uma patente de invenção, além de contribuir para o progresso da ciência, também prejudica o mercado. Solução: Mais uma vez, vamos recuperar o que vimos anteriormente, que são as situações em que o conjunto de premissas é verdadeiro: 1º teste: “p” qualquer, “q” verdadeiro, “r” falso e “s” falso. 2º teste: “p” falso, “q” falso, “r” qualquer e “s” verdadeiro. Agora, vamos passar a conclusão proposta nesta questão para a linguagem simbólica: O direito de requerer uma patente de invenção, além de contribuir para o progresso da ciência, também prejudica o mercado. q: O direito de requerer uma patente de invenção contribui para o progresso da ciência. s: O direito de requerer uma patente de invenção prejudica o mercado. Conclusão: q ∧ s Por fim, resta testarmos as situações em que o conjunto de premissas é verdadeiro: 1ª situação: Conclusão: q ∧ s Conclusão: V ∧ F = F 2ª situação: Conclusão: q ∧ s 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 102 Conclusão: F ∧ V = F Portanto, há a possibilidade de o conjunto de premissas ser verdadeiro e a conclusão ser falsa simultaneamente. Concluímos assim que esta NÃO é uma conclusão válida para o argumento. Item errado. 235 - (INPI - 2014 / CESPE) Se o direito de requerer uma patente de invenção for utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado, então esse direito contribui para o progresso da ciência. Solução: Novamente, vamos recuperar as situações em que o conjunto de premissas é verdadeiro: 1º teste: “p” qualquer, “q” verdadeiro, “r” falso e “s” falso. 2º teste: “p” falso, “q” falso, “r” qualquer e “s” verdadeiro. Agora, passando a conclusão proposta nesta questão para a linguagem simbólica, temos: Se o direito de requerer uma patente de invenção for utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado, então esse direito contribui para o progresso da ciência. q: O direito de requerer uma patente de invenção contribuipara o progresso da ciência. r: O direito de requerer uma patente de invenção é utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado. Conclusão: r → q Por fim, vamos testar as situações em que o conjunto de premissas é verdadeiro: 1ª situação: Conclusão: r → q Conclusão: F → V = V 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 102 2ª situação: Conclusão: r → q Conclusão: qualquer → F = V ou F Portanto, há a possibilidade de o conjunto de premissas ser verdadeiro e a conclusão ser falsa (para “ r” verdadeiro e “q” falso). Concluímos assim que esta NÃO é uma conclusão válida para o argumento. Item errado. 236 - (INPI - 2014 / CESPE) O direito de requerer uma patente de invenção estabelece a proteção de inventores atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo, mas é utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado. Solução: Nessa questão, temos uma informação nova na conclusão, ou seja, propõe-se uma conclusão que não tem como base algo informado nas premissas: O direito de requerer uma patente de invenção estabelece a proteção de inventores atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo, mas é utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado. A parte destacada em amarelo poderia ser batizada de “t”. Assim, temos: r: O direito de requerer uma patente de invenção é utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado. t: O direito de requerer uma patente de invenção estabelece a proteção de inventores atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo Conclusão: t ∧ r Agora, vamos testar as situações em que o conjunto de premissas é verdadeiro: 1ª situação: Conclusão: t ∧ r Conclusão: t ∧ F = F 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 102 Para qualquer valor lógico de “t” esta conclusão será falsa. 2ª situação: Conclusão: t ∧ r Conclusão: t ∧ qualquer = V ou F A depender dos valores lógicos de “t” e de “r” a conclusão poderá ser verdadeira ou falsa. Portanto, como há a possibilidade de o conjunto de premissas ser verdadeiro e a conclusão ser falsa ao mesmo tempo (para “t” falso ou “r” falso), concluímos assim que esta NÃO é uma conclusão válida para o argumento. Item errado. (Texto para as questões de 237 e 238) A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha acima mostrada, julgue os seguintes itens. 237 - (MPOG - 2015 / CESPE) Considerando o sentido da proposição “Os ignorantes é que são felizes”, utilizada por Calvin no segundo quadrinho, é correto afirmar que a negação dessa proposição pode ser expressa por “Não só os ignorantes são felizes”. Solução: Nessa questão, devemos interpretar a frase “Os ignorantes é que são felizes”, como sendo uma afirmação de que para ser feliz é preciso ser ignorante, ou seja, todo mundo que é feliz é ignorante. Assim, para negar essa proposição (vou chamá-la de “P”), temos: P: Todo feliz é ignorante ~P: Algum feliz não é ignorante 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 102 Com isso, podemos dizer que “Algum feliz não é ignorante” expressa o mesmo sentido de “Não só os ignorantes são felizes”, tornando o enunciado correto. Item correto. 238 - (MPOG - 2015 / CESPE) Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja representado na forma: “P: Se for ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não assistirei à aula”, em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que essa representação constitui um argumento válido. Solução: Nessa questão, vamos organizar o argumento: Premissas P: Se for ignorante, serei feliz Q: Se assistir à aula, não serei ignorante R: Serei feliz Conclusão S: Logo, não assistirei à aula Assim, batizando as proposições, temos: p: Ser ignorante q: Ser feliz r: Assistir à aula Premissas P: p → q Q: r → ~p R: q Conclusão S: ~r Argumento: [(p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (q)] ⇒ (~r) Para a análise desse argumento, temos várias opções. Vou escolher o método do teste da conclusão falsa. Se for possível a conclusão ser falsa e o conjunto de premissas ser verdadeiro ao mesmo tempo, o argumento será inválido. Se isso não for possível, o argumento será válido. Vamos lá: Para a conclusão “~r” ser falsa, é necessário que o “r” seja verdadeiro. Assim, vamos testar se é possível o conjunto de premissas ser verdadeiro para “r” verdadeiro: 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 102 (p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (q) (p → q) ∧ (V → ~p) ∧ (q) Aqui, concluímos que “~p” deve ser verdadeiro, ou seja, “p” deve ser falso para que a segunda premissa seja verdadeira: (p → q) ∧ (V → ~p) ∧ (q) (F → q) ∧ (V → ~F) ∧ (q) (F → q) ∧ (V → V) ∧ (q) (F → q) ∧ (V) ∧ (q) Por fim, concluímos que o “q” pode assumir qualquer valor lógico para que a primeira premissa seja verdadeira, mas deve ser verdadeiro para que a terceira premissa seja verdadeira. Assim, para “q” verdadeiro, temos: (F → q) ∧ (V) ∧ (q) (F → V) ∧ (V) ∧ (V) (V) ∧ (V) ∧ (V) Portanto, para “p” falso, “q” verdadeiro e “r” verdadeiro, teremos o conjunto de premissas verdadeiro e a conclusão falsa, o que caracteriza um argumento inválido. Item errado. 239 - (ATA-MF - 2014 / ESAF) Em um argumento, as seguintes premissas são verdadeiras: - Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica. - Se a França não se classificar, então a Itália se classifica. - Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica. - A Polônia se classificou. Logo, pode-se afirmar corretamente que: a) a Itália e a França se classificaram. b) a Itália se classificou e o Brasil não venceu o jogo. c) a França se classificou ou o Brasil venceu o jogo. 06293463803 - LUIZ ANDRE DUARTE ARMOND Raciocínio Lógico p/ AFT Teoria e exercícios comentados Prof Marcos Piñon – Aula 04 Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 102 d) a França se classificou e o Brasil venceu o jogo. e) a França se classificou se, e somente se, o Brasil venceu o jogo. Solução: Começamos organizando as premissas: p: O Brasil vencer o jogo q: A França se classificar r: A Itália se classificar s: A Polônia se classificar P1: p → ~q P2: ~q → r P3: r → ~s P4: s
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