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228_PSICOMOTRICIDADE_E_AUTISMO_TRABALHANDO pdf

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CURSO - PSICOMOTRICIDADE E 
AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, 
ATRAVÉS DA ESTIMULAÇÃO SENSORIAL 
PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: 
TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS 
DA ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA 
A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
A Psicomotricidade é uma prática pedagógica que visa contribuir para 
desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-
aprendizagem, favorecendo os aspectos físicos, mental, afetivo-emocional 
e sociocultural, buscando estar sempre condizente com a realidade dos 
educandos. 
 
Segundo Le Bouche (1969), a Psicomotricidade se dá através de ações 
educativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais da criança, 
proporcionando-lhe uma imagem do corpo contribuindo para a formação 
de sua personalidade. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
A Psicomotricidade reflete um estado 
de vontade, que corresponde à 
execução de movimentos corporais. 
 
Os movimentos corporais. 
 
Os movimentos podem ser 
voluntários ou involuntários. 
 
Os atos Voluntários são relacionados 
e dependem de inteligência 
e do afeto. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
O ATO VOLITIVO ENVOLVE 4 ETAPAS: 
1- Intenção ou Propósito - Inclinações e 
tendências que fazem surgir o interesse por 
determinado objeto; 
2- Deliberação - Onde ponderamos os 
motivos ( razão intelectuais) e os móveis 
(atração ou repulsão,vindas do plano 
afetivo); 
3- Decisão - Demarca o começo da 
ação,inibindo os moveis e motivos 
vencidos; 
4- Execução - Há os movimentos físicos. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Quais os principais benefícios da Psicomotricidade? 
 
Psicomotricidade auxilia na prevenção 
tratamento das dificuldades no 
processo de ensino – aprendizagem da 
criança, proporcionando a unificação 
dos aspectos cognitivos,afetivos e 
sociais do desenvolvimento infantil,que 
se expressam nas relações 
estabelecidas com o espaço,o tempo,os 
objetos,as pessoas e com 
seu próprio corpo. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Qual a diferença entre Psicomotricidade e 
estimulação motora? 
 
A estimulação motora visa estimular a 
coordenação e capacidade motora. 
 
A Psicomotricidade é destinada, 
principalmente,a bebês que passaram por 
alguma intercorrência no período 
gestacional,periparto e/ou após o nascimento 
ou crianças que possuam déficits nos processos 
psicomotores prevenindo,tratando ou atuando 
possíveis atrasos ou desvios no processo 
evolutivo infantil. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Qual a diferença entre Psicomotricidade e Fisioterapia? 
 
Psicomotricidade visa à melhoria na atividade 
mental que desencadeia a 
elaboração,transmissão,execução e controle do 
movimento,facilitando a realização do 
movimento de forma consciente,valorizando o 
aspecto simbólico expressivo do movimento e 
aperfeiçoando a relação da criança com seu 
ambiente. A Fisioterapia previne e trata os 
distúrbios do movimento decorrentes de 
alterações de órgãos e sistemas humanos. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
O que é Psicomotricista? 
 
É o profissional da área de saúde 
 e educação que 
pesquisa,avalia,previne e trata do 
Homem na aquisição,no 
desenvolvimento e nos transtornos 
da integração somato – psíquica e 
da retrôgenese. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Quais são suas áreas de atuação da Psicomotricidade? 
EDUCAÇÃO 
CONSULTORIA 
PESQUISA SUPERVISÃO 
CLÍNICA 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
A criança autista tem dificuldades de 
se apropriar de seu corpo, de entender e 
administrar sentimentos e emoções, que 
irão refletir, principalmente, no seu 
relacional e, consequentemente, 
no seu aprendizado. 
Segundo Franco Boscaini (1985, p.149), “o corpo é a síntese 
dos modos de ser do indivíduo - o corpo é matéria, mas 
também é psique, emoções, linguagem, história, presente, 
passado e futuro”. 
 
Para a Psicomotricidade, o corpo é o meio pelo qual o 
indivíduo se exprime, fala de si. Levin (2001) diz que o sujeito 
fala através de seu corpo, das variações tônico-motoras, do 
movimento, dos gestos e do esquema corporal. Falar de corpo 
requer, imprescindivelmente, fazer referências a parâmetros 
psicomotores como ESQUEMA e IMAGEM CORPORAL. 
O esquema corporal é a percepção geral e diferenciada que se tem do 
corpo, percepção esta que, segundo Boscaini, seria fruto das 
informações sensoriais, exteroceptivas e, sobretudo, proprioceptivas, 
integradas ao nível do córtex cerebral, originadas tanto por uma 
atividade estática como por outra cinética ou mesmo tônica. 
 
Mousinho (2002), Soubiran (1975) considera o esquema corporal 
como a resultante de umaconsciência do corpo acrescida de sentido 
espacial e suas atitudes, o que permite uma identificação das 
possibilidades desse corpo quanto aos seus movimentos e ações. 
O esquema corporal é a percepção geral e diferenciada que se tem do 
corpo, percepção esta que, segundo Boscaini, seria fruto das 
informações sensoriais, exteroceptivas e, sobretudo, proprioceptivas, 
integradas ao nível do córtex cerebral, originadas tanto por uma 
atividade estática como por outra cinética ou mesmo tônica. 
 
Mousinho (2002), Soubiran (1975) considera o esquema corporal 
como a resultante de uma consciência do corpo acrescida de sentido 
espacial e suas atitudes, o que permite uma identificação das 
possibilidades desse corpo quanto aos seus movimentos e ações. 
A respeito das percepções e conhecimento do corpo, Braga (1995) se apoia nos 
estudos de Shilder (1980) que identifica uma possível associação entre o 
desenvolvimento sensório-motor e o próprio desenvolvimento do esquema 
corporal. 
 
Levin afirma que o esquema corporal se constrói na evolução do desenvolvimento 
psicomotor da criança. Tanto Soubiran quanto Murcia, citados anteriormente, 
sinalizam a importância da relação com o outro e com o meio. De acordo com 
Fainberg, desde o início, no período da simbiose com o outro, a criança faz a 
diferença da pessoa que cuida dela e do estranho. Em seguida, através da imitação, 
a criança se descobrirá como ela mesma. O outro terá papel fundamental na 
evolução do conhecimento do corpo, servindo inclusive de espelho. A criança terá 
no corpo do outro a imagem do pré-conhecimento de si mesma. 
Nas palavras de Dolto (1985, p. 63): “no início, a criança se constrói simbolicamente com 
outrem”. 
 
Certamente, a função mamífera biológica do ser humano também existe, mas é 
totalmente marcada pela linguagem. 
 
Mousinho (2002, p. 115) considera que, “a imagem corporal é o conjunto de atitudes, 
percepções e representações que a pessoa tem do seu corpo em relação ao conjunto de 
experiências que ela vivenciou. A imagem do corpo é, portanto, um conceito diretamente 
influenciado pela história do sujeito, sendo construída a partir de sua experiência 
pessoal”. Boscaini coloca que é a troca contínua entre mãe e filho, desde o nível tônico-
emotivo até o uso do símbolo e da linguagem verbal, que favorece e constrói a imagem 
corporal. Segundo o autor, é o corpo com todas as suas experiências sensório-motoras, 
conscientes e inconscientes, racionais ou imaginadas e desejadas que será o alicerce para 
a construção e organização do esquema e da imagem corporal. 
Para Boscaini, é necessário um corpo que sintetize o presente, o passado e o 
futuro. Dolto (1986, apud Levin, 2001) preconiza que o esquema corporal se 
diferencia da imagem do corpo por ser especificador do indivíduo enquanto 
representante da espécie, independente de sua época ou das condições em que 
vive, enquanto que a imagem do corpo está ligada ao sujeito e sua história, 
sendo própria de cada um.como foi visto, o conhecimento do corpo como um 
todo, depende invariavelmente da relação com o meio e com as pessoas e a 
funcionalidade deste corpo está diretamente ligada ao conhecimento dele. 
 
Então, se o autista tem defasagens em seu relacional, como estará seu corpo? O 
autista não tem a noção de totalidade do seu corpo, ele lhe parece 
fragmentado, o que torna difícil a integração do esquema corporal e, 
consequentemente, a estruturação da imagem do corpo. 
A audição nos informa sobre as fontes sonoras e nos indica a direção dos acontecimentos. 
 
O tato possui uma função de grande importância no desenvolvimento da percepção do 
espaço, pois ele nos permite reconhecer as características morfológicas e físicas do corpo e 
do meio de informações táteis (principalmente das mãos) e da preensão. Além disso, os 
dados proprioceptivos nos informam sobre a posição do nosso corpo e sobre nossas 
atitudes. 
 
Na obra de Mousinho lê-se um relato no qual Leboyer (1985) descreve a constatação de 
Ornitz e Ritvo de que a reação às percepções sensoriais da criança autista pode ser excessiva 
(hiper-reação) ou atenuada (hipo-reação) e produzível através de qualquer órgão dos 
sentidos (p. 115). Mousinho diz ainda que, Lovaas e Schreibman (apud Leboyer, 1985) 
criaram o conceito de estímulo hiperseletivo. Este conceito seria para especificar uma 
incapacidade dos autistas de integrarem ou filtrarem diferentes estímulos sensoriais que 
estivessem presentes ao mesmo tempo. Desta forma, para que eles sejam capazes de 
responder a um estímulo sensorial, é preciso que este esteja isolado de outros 
Segundo a autora, Schopler (apud Ritvo e Laxer, 1983) 
considera que os autistas têm preferência pelo tato, olfato e 
paladar, que são percepções de ‘proximidade’, em comparação 
às percepções ‘distantes’ audição e visão. 
 
Como fazer, então, para que a criança autista possa “trabalhar” 
suas percepções sensoriais a ponto que fiquem equilibradas 
para que possam propiciar, junto com outros aspectos, a 
integração do esquema corporal e a consciência de seu corpo, 
a fim de que possa utilizá-lo de modo organizado, melhorando 
sua qualidade de vida? 
A psicomotricidade irá trabalhar para propiciar a tomada de 
consciência da pessoa autista. Com isto, será possível um 
maior controle dos atos motores e na coordenação gestual do 
cotidiano, o que facilitará uma melhor relação com o meio em 
que vive e com as pessoas que o cercam. “No momento em 
que temos gestos não investidos, um corpo apenas objeto, 
que está a serviço de alguma coisa, mas que não se conhece, 
se ele não possui seu próprio esquema, trata-se de um corpo 
que não pode ser bem vivido e que não pode ser 
operacional” (SOUBIRAN, 1986, p. 85). 
Para que o objetivo da psicomotricidade perante o autismo seja atingido, ou 
seja, para que se possa propiciar ao autista uma maneira confortável de viver no 
mundo e de ser eficiente, é preciso “dar” contorno ao seu corpo, para que ele 
possa ter a compreensão do que a ele pertence e do espaço, dos objetos e das 
pessoas que o cercam. 
 
É preciso um trabalho onde a criança autista possa viver e sentir seu corpo, 
tirando-a dos estereótipos e incentivando-a a descobrir seu próprio movimento. 
 
O objetivo não é moldá-la, mas oferecer à criança instrumentos que estimulem 
o seu desenvolvimento através do prazer de viver seu corpo nas mais variáveis 
relações. É importante ressaltar que antes de iniciar qualquer tipo de trabalho, 
independente da queixa da criança, deve-se estabelecer um vínculo e um tipo 
de comunicação que irão permitir o desenvolvimento deste. 
Diversos pesquisadores pontuam que, no caso das crianças autistas, a 
conquista do vínculo e da comunicação torna-se um pouco mais complexa, 
pelo fato de que, muitas vezes, o autista está centrado em si, não abrindo 
espaço para novas relações. 
 
Fala-se muitas vezes, pois não é em todos os casos que isto ocorre. Algumas 
crianças autistas tomam a iniciativa da comunicação, seja ela através de 
gestos, do olhar ou até mesmo da fala. Nos casos em que isso não acontece, 
alguns autores consideram como ponto de partida a imitação. Esta seria em 
relação aos movimentos repetitivos e estereotipados. Acreditam que a partir 
da imitação destes movimentos irão fazer-se perceber diante da criança 
autista, podendo, então, iniciar um processo de significar o movimento 
estereotipado, transformando-o num gesto intencional. 
A aproximação que tentei foi justamente através daquilo que ela 
olhava, suas mãos. 
 
Comecei a incluir as minhas mãos nos seus olhos imitando seus 
movimentos e suas reações tônico-motoras. Assim, Simone começava 
a ver as minhas mãos do mesmo modo que via as suas. 
 Em certo momento, ela me lançou um olhar e encontrei os seus 
olhos por um instante. 
 
Instante no qual coloquei palavrasem relação ao seu olhar, ao rosto e 
ao diálogo que neste cruzamento de olhares era engendrado situando 
aí um dizer mais além dos olhos, da ação de ver. 
Villard (1984, apud Mousinho, 2002) acredita que as experiências sensoriais e 
motoras, juntamente com a relaxação, propostas pela psicomotricidade, 
reforçam os limites do corpo, mal definidos na criança autista. Acrescenta que 
é necessário, primeiramente, oferecer o suporte das fronteiras do corpo, para 
depois fazê-la compreender o interior e o exterior. Uma proposta que, às 
vezes, dá um pouco de medo, mas que é bastante prazerosa é rolar no chão. 
 
As crianças gostam e ao mesmo tempo têm todas as partes do corpo passando 
pelo chão. É ótimo nos casos em que o contato físico com o outro, ainda causa 
desconforto. 
 
O corpo é todo contornado sem que haja “invasão de espaço”. Arrastar de 
frente ou de costas também gera resultados positivos e agradáveis. 
O olhar em conjunto com as experiências sensório-motoras é fundamental manter 
uma relação através do olhar. 
 
O olhar irá permitir que o terapeuta perceba todos os sinais, por mais imperceptíveis 
que sejam, que a criança irá enviar. Estes sinais são importantíssimos na percepção 
do estado tônico-emocional da criança. 
 
O olhar do terapeuta, além de observador, deverá estar em constante busca do 
encontro do olhar da criança, para que a partir deste momento, sejam facilitadas 
novas vias de contato. Através do olhar, o psicomotricista saberá o que agrada e o 
que incomoda, ou então o que parece ser indiferente, além de ser um excelente 
meio de estabelecer vínculo. 
 
Quando a criança é olhada sem medo nem preconceito, ela passa a ter confiança no 
terapeuta, permitindo uma aproximação 
Simone é uma menina de sete anos. Por ser muito grande e forte, 
intimidava as pessoas que lidavam com ela. Com isto, se aproveitava da 
situação para não fazer o que lhe era pedido. 
 
No início, a psicomotricista também se sentia intimidada, pelas histórias de 
agressão que lhe foram contadas sobre a menina. Percebendo o medo, 
Simone a assustava, testando até aonde ela suportaria. Passada a fase 
inicial, a psicomotricista passou a olhá-la sem medo e, ao mesmo tempo, 
sem julgá-la. Aos poucos, Simone notou que ela estava ali para ajudá-la. 
 
O olhar, permeado de ternura e acolhimento, fez com que, aos poucos, 
Simone se aproximasse e deixasse que ela a tocasse. 
O toque - como diz Mousinho, a pele é a área sensorial mais extensa do corpo, 
sendo assim, o mais rico dos receptores. A pele é a zona de fronteira entre o 
interior e o exterior do corpo. Anzieu (1985, apud Mousinho, 2002) fala sobre as 
modalidades sensoriais compreendidas no sistema somestésico. Estas 
modalidades seriam as sensações de pressão, vibração, dor, temperatura e 
toque. 
 
A psicomotricidade também irá trabalhar com o autista através do contato 
corporal, explorando as diferentes variações do toque, do mais sutil ao mais 
forte. 
 
Normalmente, os toques mais fortes são preferidos pelos autistas. É importante 
ressaltar o cuidado que se deve ter ao tocar uma criança, autista ou não. O 
toque muito sutil pode erotizar ao invés de fazer perceber o corpo. 
 O toque tem diversas funções dentro do trabalho psicomotor. Além de dar contorno 
ao corpo, suas variações possibilitam, aos poucos, uma maior aceitação, por parte da 
criança autista, das sensações proporcionadas. 
 
Voltando ao caso de Simone, após sua aproximação, a psicomotricista, tentando um 
contato, pediu que ela lhe desse a mão. 
 
Olhando diretamente nos olhos, Simone estendeu sua mão e deu um sorriso. 
A terapeuta fez um carinho suave em sua mão, mostrando que o aceitava e que 
estava ali para ajudá-la. Alguns minutos após, Simone abaixou a cabeça, oferecendo-a 
para a terapeuta, quase deitando em seu colo. 
 
É fundamental ressaltar, que o toque estava todo o tempo acompanhado do contato 
ocular. O autista percebe o toque de maneiras diferenciadas e não necessariamente 
coerentes. 
 Para exemplificar, cita-se parte do caso de Donna Williams (1992), 
encontrado em Mousinho (2002, p. 117) “Donna Williams 
considerava o contato físico como algo esmagador, pois havia medo 
de perder a diferença entre ela e o outro. Em oposição, ela permitia 
que outras pessoas a penteassem e fizessem cócegas nos pés e 
antebraços. Segundo Williams, isso possibilitava a ela a 
experimentação do prazer físico, mesmo que de forma primitiva”. 
Alguns toques podem ser desagradáveis, enquanto outros podem 
oferecer segurança e conforto, com isto são necessárias algumas 
adaptações. Grandin (2002, p. 38), em sua autobiografia, escreve 
sobre o estímulo tátil e suas sensações. 
 A seguir um trecho de seu relato: 
 
“(...) O estímulo táctil, para mim e para muitas crianças 
autistas, é uma situação em que só podemos perder. Nossos 
corpos pedem o contato humano, mas quando esse contato se 
estabelece, nós nos retraímos, porque nos provoca dor e 
confusão (...) Quando eu era criança, porém, como não tinha 
nenhum recurso mágico que me consolasse, costumava me 
enrolar num cobertor, ou me cobrir com as almofadas do sofá, 
para satisfazer meu desejo de estímulo tátil”. 
O contato, tão importante para delimitar o corpo do autista, não 
precisa ser físico, como foi visto no relato de Grandin. Pode, num 
primeiro momento, ser feito com lençóis, cobertores, rolos de 
espuma, etc. 
 
Nesta situação, qualquer tipo de material é válido na busca de uma 
textura que seja suportável para a criança autista. 
 
Com o passar do tempo, dever-se-á incluir o contato físico, a fim de 
ajudar na estruturação de sua unidade corporal e de tornar sua 
relação com os outros mais próxima e agradável possível. 
A voz - Aucouturier (1984) diz que a voz é a única sensação de 
origem exteroceptiva que chega à criança in útero. 
 
A criança, quando nasce, é capaz de reconhecer a voz de sua mãe, 
antes mesmo de reconhecer seu rosto, através do ritmo e da 
melodia. Segundo Aucouturier, “o ritmo e a tonalidade da linguagem 
que exprimem as tensões afetivas e emocionais vividas pelo outro 
em seu corpo são percebidos pela criança bem antes de seu 
conteúdo propriamente semântico”. 
 
Partindo deste princípio, pode-se pensar no mediador 
importantíssimo que é a voz. 
Quando se lida com as crianças autistas, muitas vezes, tem-se a sensação (no 
caso daquelas que não se comunicam verbalmente) de se estar falando em 
vão. 
 
Refletindo um pouco sobre esta situação, deve-se questionar se realmente 
fala-se em vão. Talvez, as palavras não estejam sendo compreendidas 
semanticamente, mas isto não quer dizer que nenhuma mensagem esteja 
sendo passada. 
 
Os tipos de entonação da voz, do ritmo e do volume utilizados serão fatores 
fundamentais na percepção da mensagem. Simone, citado anteriormente, 
quando não queria fazer algo, colocava as mãos nos ouvidos e emitia sons, 
igual a uma criança “birrenta”. 
Era necessário avaliar a situação para saber calar ou falar de forma mais 
enérgica. A criança, independente de sua patologia, capta sentimentos e 
emoções que são passados através da voz. 
 
A voz, por sua vez, estará em sintonia com o estado tônico-emocional do 
indivíduo. Por exemplo, se o indivíduo estiver agitado, sua respiração estará mais 
acelerada, seu tônus aumentado e, por mais que se tente disfarçar, a voz estará 
modificada e, consequentemente, a fala mais exaltada. O mesmo ocorre no 
sentido oposto. 
 
É fundamental que o terapeuta tenha consciência do seu estado tônico-
emocional para que, na hora da atuação junto à criança, não transpasse seus 
próprios problemas. Caso contrário, a voz em vez de grande aliada passará a ser 
um instrumento de distanciamento não adequado. 
Precisa-se utilizar a voz para 
estabelecimento de vínculo com a 
criança. Mousinho (2002) dizque o 
envelope sonoro é um excelente 
meio de contato e uma forma de dar 
segurança e que particularmente 
com autistas, a voz falada ou 
cantada acalma. 
É importante iniciar uma aproximação pela voz, mesmo 
que seja apenas pedindo permissão para tal. 
 
Deve-se sempre ter em mente que, ainda que a criança 
não responda verbalmente, ela dá indícios de suas 
vontades. 
 
É necessário falar à criança todas as intenções e esperar 
sua reação positiva ou negativa, pois sempre 
haverá alguma. 
O trabalho com crianças autistas é fascinante. Por um 
lado, é extremamente complexo e trilha por 
desenvolvimentos de habilidades que podem fixar em 
um tempo de curto, médio ou longo prazo, já que se 
precisa descobrir a melhor via de acesso para que se 
possa comunicar. 
É um processo de intensa observação e cuidado para 
não se perder os pequenos sinais emitidos, tampouco 
invadir um território sem permissão. 
Os autistas são indivíduos com vontades e desejos expressos 
que devem ser respeitados. Muitas vezes, na tentativa de 
ajudar acaba-se por ultrapassar um limite, não considerando a 
postura do outro. 
 
Por outro lado, é muito gratificante, quando se percebe 
singelas mudanças em seu comportamento, que irão, aos 
poucos, possibilitar uma melhora na qualidade de vida. 
O trabalho com autistas é permeado de muitas conquistas e 
novas descobertas a cada instante. 
As respostas obtidas dão esperança e incentivo, que são 
fatores fundamentais em qualquer abordagem 
terapêutica. 
 
Optou-se pela estimulação sensorial, por não se acreditar 
num trabalho de condicionamento que não os prepara 
para a vida social e sim os restringe ao âmbito familiar. 
Convém ressaltar que todo o processo terapêutico deve 
incluir os familiares para que se possa ter um trabalho 
integral e de qualidade. 
Orientar a família em 
relação à patologia e ao 
tratamento proposto 
torna-se fundamental e é 
imprescindível 
conscientizar os 
familiares quanto a sua 
atuação, como parte 
integrante e importante 
do tratamento. 
Para que o trabalho seja 
completo e apresente bons 
resultados é necessária a 
colaboração de todas as pessoas 
envolvidas com a criança, 
atuando num mesmo propósito, 
o de ajudar as crianças a 
conviverem melhor consigo 
mesmas, com os outros e com o 
meio que as cercam, para que 
todos sejam mais felizes. 
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS 
DO 
AUTISMO. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
O Autismo Infantil é um Transtorno do Desenvolvimento caracterizado 
por déficits em diversas áreas, tais como: comunicação, interação social, 
funcionamento cognitivo, processamento sensorial e comportamento. 
 
No entanto, cada criança é única, evoluindo de formas distintas de 
acordo com sua gravidade e com sua estimulação. 
 
Diante da suspeita de um diagnóstico de autismo, acredita-se que 
quanto mais cedo se inicie a estimulação adequada, mesmo antes do 
fechamento deste diagnóstico, maiores serão as chances dessas crianças 
terem uma boa evolução. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Observa-se que, na maioria das vezes, o diagnóstico 
definitivo leva tempo demasiado devido à falta de 
informação e formação dos profissionais procurados. 
Diante desta situação, cabe ressaltar a importância da 
Psicomotricidade no desenvolvimento dos autistas, 
buscando torná-los mais autônomos nas tarefas 
cotidianas, diminuindo a dependência de outrem e, 
consequentemente, melhorando 
imensamente sua qualidade de vida 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
A Psicomotricidade tem como objetivo principal estudar e trabalhar o ser 
humano de uma maneira integrada, considerando que seus aspectos 
motores, cognitivos, sociais e afetivo-emocionais atuam em conjunto, 
interferindo de modo positivo ou negativo em suas relações consigo e com 
o meio que o cerca. 
 
O olhar psicomotor voltado para a criança autista poderá mudar o lugar que 
lhe foi dado, de um alguém sem futuro e sem esperança, ampliando, assim, 
as formas de tratamento. 
 
 A psicomotricidade irá mostrar que é possível interagir com eles através de 
mediadores verbais e não verbais. Quanto menos estimuladas estas 
crianças são, mais alheias ao mundo exterior elas se tornam e mais difíceis 
de serem compreendidas. Com isto, as famílias, em muitos dos casos, 
colocam seus filhos em escolas e instituições por período integral. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os comportamentos inadequados dos autistas, também 
interferem no relacionamento familiar, dificultando interações de 
qualidade. 
 
É importante observar que todo o trabalho feito com as crianças 
autistas deve ser permeado de um cuidado mais do que especial. 
É necessária uma postura de observação minuciosa por parte do 
terapeuta e o conhecimento da patologia, para maior 
compreensão do bom andamento da estimulação. 
 
Além disto, são fatores fundamentais, o amor, a disponibilidade e, 
acima de tudo, a confiança nessas crianças e a credibilidade na 
possibilidade de desenvolvimento destas. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
CID. 10: O autismo foi definido pela primeira vez por L. Kanner em 1943 com o 
termo Distúrbios Autísticos do Contacto Afetivo, quadro caracterizado por 
autismo extremo, obsessividade, estereotipias e ecolalia. 
 
Essas crianças, logo no início de suas vidas, viviam fora do mundo, mantinham 
uma relação inteligente com os objetos, não alterando, porém, seu isolamento. 
Assumpção (1995), em seus estudos, diz que, em 1949, Kanner passou a 
denominar o quadro como Autismo Infantil Precoce para descrever uma 
criança de menos de três anos de idade com dificuldade profunda no contato 
com as pessoas, um desejo obsessivo de preservar as coisas e as situações, 
uma ligação especial aos objetos e a presença de uma fisionomia inteligente, 
além de alterações de linguagem, que se estendiam do mutismo a uma 
linguagem sem função comunicativa, revelando inversão pronominal, 
neologismos e metáforas. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Para Kanner, o autista descrito diferenciava-se do esquizofrênico por 
apresentar isolamento extremo e desapego do ambiente já no primeiro 
ano de vida, e a boa potencialidade intelectual observada também o 
diferenciava do oligofrênico. Mesmo assim, continua incluindo este 
tema no capítulo de esquizofrenia infantil em suas obras literárias. 
 
Outro fato importante é que Kanner utiliza este termo apenas naquelas 
crianças em que nenhum exame revelou qualquer alteração orgânica, 
ou seja, era um diagnóstico por exclusão. Kanner, em 1954, considera o 
Autismo Infantil como uma psicose. Ressalta a sofisticação e a 
dificuldade nos relacionamentos interpessoais das famílias com um 
padrão obsessivo, fazendo uso do termo refrigeração emocional. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
A diferenciação do termo autismo de esquizofrenia, ressaltando o 
caráter psicológico importante daquele, só ocorre em 1956. Até o final 
de seus trabalhos, Kanner continua enquadrando o Autismo Infantil 
dentro do grupo das psicoses infantis. Assumpção destaca, ainda, que 
H. Asperger, durante a Segunda Guerra Mundial, tenta reclassificar o 
autismo como psicopatia autística, uma definiçãobem mais ampla 
que a de Kanner, incluindo casos que mostravam um dano orgânico 
severo e aqueles que transitavam para a normalidade. W. Spiel (1961) 
inclui este novo termo como subgrupo da psicopatia esquizoide. 
Atualmente, o termo síndrome de Asperger tende a ser reservado 
para as crianças autistas inteligentes, altamente produtivas e verbais. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Para Assumpção, novos nomes surgem na história com propostas diversas 
na tentativa de reunir, numa classificação única, todos os termos 
empregados, até então, na definição do autista. 
 
Ajuriaguerra (1973) enquadra o Autismo Infantil dentro das psicoses 
infantis caracterizadas como sendo um transtorno da personalidade 
dependente de uma desordem da organização do Eu e da relação da 
criança com o mundo circundante. 
 
Sua divisão é feita inicialmente em Distúrbios Psicóticos Precoces e 
Distúrbios Psicóticos da Idade Escolar, subdividindo o primeiro grupo em 
Autismo Precoce de Kanner e Autismo Precoce num sentido mais amplo. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Muito se discutiu e se questionou desde então, mas as opiniões continuaram 
divergindo e as classificações ora visavam à etiologia, ora visavam à descrição 
clínica, ambas falhas e muito abrangentes. Segundo Gillberg (1990 apud 
Assumpção 1995), o autismo, desde a década de 90, é considerado como 
uma síndrome comportamental com etiologia múltipla, com um distúrbio no 
curso do desenvolvimento e caracterizado por um déficit na interação social 
visualizado pela inabilidade em relacionar-se com o outro, usualmente 
combinado com déficits de linguagem e alteração de comportamento. 
 
A classificação mais atual que leva em conta aspectos etiológicos e clínicos 
do autismo o classifica como um dos Transtornos Invasivos do 
Desenvolvimento. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Segundo o Manual de Estatística e Diagnóstico das 
Desordens Mentais da Associação Americana de 
Psiquiatria (APA), em sua IV edição (DSM-IV), estes 
Transtornos se caracterizam por prejuízo severo e 
invasivo em diversas áreas do desenvolvimento, tais 
como: nas habilidades da interação social, nas 
habilidades de comunicação, nos comportamentos, nos 
interesses e atividades. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os prejuízos qualitativos que definem essas condições representam um 
desvio acentuado em relação ao nível de desenvolvimento ou idade 
mental do indivíduo. Esta seção do DSM-IV inclui o Transtorno Autista, 
Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância e o Transtorno 
de Asperger. Embora termos como psicose e esquizofrenia da infância já 
tenham sido usados no passado com referência a indivíduos com essas 
condições, evidências consideráveis sugerem que os Transtornos Invasivos 
do Desenvolvimento são distintos da Esquizofrenia, entretanto, um 
indivíduo com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, ocasionalmente, 
pode, mais tarde, desenvolver também a Esquizofrenia. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS), através de sua 
Classificação Internacional das Doenças, 10ª revisão (CID. 10), 
refere-se ao Autismo Infantil (ou síndrome de Kanner) como 
uma Síndrome existente desde o nascimento ou que começa 
quase sempre durante os trinta primeiros meses, onde as 
respostas aos estímulos auditivos e às vezes aos estímulos 
visuais são anormais, havendo, habitualmente, graves 
dificuldades de compreensão da linguagem falada. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
A fala é atrasada e, quando desenvolve, caracteriza-se por 
ecolalia, inversão de pronomes, imaturidade da estrutura 
gramatical e incapacidade de empregar termos abstratos. 
Geralmente há uma alteração do uso social da linguagem verbal e 
gestual. 
 
Os problemas de relação com os outros são os mais graves antes 
dos cinco anos de idade e comportam principalmente um defeito 
de fixação do olhar, das ligações sociais e da atividade de brincar. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
A CID. 10 fala do comportamento ritualizado do autista, com 
hábitos anormais, resistências às mudanças, apego a objetos 
singulares e brincadeiras estereotipadas. 
 
A capacidade de pensamento abstrato ou simbólico e de fazer 
fantasias está muito diminuída neste transtorno. 
 
O nível de inteligência varia do retardo profundo ao normal ou 
acima do normal. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
O desempenho é habitualmente melhor para as atividades que 
requerem aptidões mnêmicas ou visões parciais automáticas do 
que para as que necessitam das aptidões simbólicas ou linguísticas. 
Portanto, sobre o Autismo Infantil a CID. 10 diz tratar-se de um 
transtorno global do desenvolvimento definido pela presença de 
desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta 
antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de 
funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, 
comunicação e comportamento restrito e repetitivo. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
O desempenho é habitualmente melhor para as atividades que 
requerem aptidões mnêmicas ou visões parciais automáticas do 
que para as que necessitam das aptidões simbólicas ou linguísticas. 
Portanto, sobre o Autismo Infantil a CID. 10 diz tratar-se de um 
transtorno global do desenvolvimento definido pela presença de 
desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta 
antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de 
funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, 
comunicação e comportamento restrito e repetitivo. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os números de incidência do Autismo Infantil divulgados por 
diversos autores variam muito, à medida que cada autor obedece 
e/ou aceita diversos critérios de diagnóstico, de tal forma que o que 
para uns é Autismo Infantil, para outros não é. De qualquer modo, 
os índices atualmente mais aceitos e divulgados variam dentro de 
uma faixa de 5 a 15 casos em cada 10.000 indivíduos, dependendo 
da flexibilidade do autor quanto ao diagnóstico. Porém, 
independentemente de critérios de diagnóstico, é certo que a 
síndrome atinge principalmente crianças do sexo masculino. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
As taxas para o transtorno são quatro a cinco 
vezes superiores para o sexo masculino, 
entretanto, as crianças do sexo feminino com 
esse transtorno estão mais propensas a 
apresentar um Retardo Mental mais severo que 
nos meninos. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
“Ao DSM- IV (1994), é relatado como um quadro iniciado 
antes dos três anos de idade, com prevalência de quatro a 
cinco crianças em cada 10.000, com predomínio maior 
em indivíduos do sexo masculino (3:1 ou 4:1) e 
decorrente de uma vasta gama de condições pré-, peri-, 
e pós-natais (ASSUMPÇÃO, 2003, p. 265)”. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO:TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Moraes, em 1999, destaca que as duas teorias que se aproximam de 
um esclarecimento conceitual sobre o Autismo Infantil são: a Teoria 
Afetiva e a Cognitiva. A primeira proposta, originalmente representada 
por Kanner (1943), a partir do seu trabalho Distúrbios Autísticos do 
Contacto Afetivo, teve, posteriormente, vários desdobramentos. A 
segunda, contrapondo-se à primeira, é chamada de Teoria da Mente e 
tem como teóricos: Baron-Cohen (1988, 1990, 1991) e Frith (1988). 
Esta última teoria será melhor explicada mais adiante. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
As principais características do Autismo são o transtorno no 
reconhecimento social, distúrbios na comunicação verbal e não verbal, 
deficiência da imaginação e da compreensão social, repertório restrito 
de interesses e alguns comportamentos inespecíficos associados. 
 
O transtorno no reconhecimento social apresenta-se em quatro níveis 
que vão desde a forma mais grave até o limite com a normalidade. 
A forma mais grave caracteriza-se por grande isolamento e indiferença 
às pessoas. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Na forma mais atenuada, apesar de não haver procura por contato, o 
aceita e responde. Na forma mais branda, já ocorre a procura por contato, 
porém não sabe como fazê-lo e apresentam dificuldade em entender a 
intenção das pessoas. 
 
No último nível, que é o no limite com a normalidade (Síndrome de 
Asperger), os indivíduos demonstram dificuldade em se adaptar e 
entender o meio social. Porém, conseguem se “desenvolver socialmente”, 
podendo trabalhar e, até mesmo, fazer faculdade. Isto dificulta o 
diagnóstico do quadro, apesar do indivíduo continuar isolado. 
 
Os distúrbios da interação social nas crianças autistas podem ser 
observados desde o início da vida. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Nos autistas clássicos, o contato olho a olho já apresenta 
alterações antes do primeiro ano de vida. Algumas crianças 
podem olhar de canto de olho, muito brevemente, ou até 
mesmo não fazer contato algum. Estas, olham através do 
outro como se fosse possível atravessá-lo. Desde bebês, a 
maioria das crianças não demonstra postura antecipatória ao 
serem pegas pelos pais, podendo tornar-se espásticas ou com 
tônus muito rebaixado demonstrando total aversão ou 
desinteresse ao toque ou ao abraço. Estas situações irão 
originar dificuldades em se moldar ao corpo dos pais. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Quando recolocados no berço, dão a impressão de não se importarem. 
Segundo Gauderer, Ritvo e Ornitz (1987), durante o período de zero a seis 
meses, os bebês autistas podem não solicitar muito e não notar a chegada ou 
a saída da mãe. 
 
Custam a responder a sorrisos, ou simplesmente não respondem. 
 
Frequentemente não revelam ansiedade ou medo de estranhos, por volta 
dos oito meses, como faria uma criança normal e saudável. 
 
Geralmente, também não brincam de “esconder”. Crianças que, 
posteriormente, receberam o diagnóstico de autismo, demonstravam falta de 
iniciativa, de curiosidade ou comportamento exploratório quando bebês. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os autistas têm um estilo particular de se relacionar, podendo utilizar-se dos pais ou de 
alguma outra pessoa mais próxima para conseguirem o que desejam. O corpo do outro se 
transformará num instrumento que irá possibilitar realizar alguma ação. 
 
Um exemplo disto é quando uma criança autista pega a mão de sua mãe e a utiliza para 
abrir uma porta ao invés de utilizar sua própria mão. Assumpção (1995) mostra, em seus 
estudos, que Baron-Cohen (1988, 1990, 1991) e Frith (1988) desenvolveram uma teoria 
cognitiva que denominaram Teoria da Mente. 
 
O foco principal desta teoria é de que a dificuldade central da criança autista é a 
impossibilidade que possui para compreender estados mentais de outras pessoas. Ou 
seja, a criança autista não consegue diferenciar expressões emotivas dos outros, como 
alegria e tristeza, amor e ódio, e assim por diante. É como se as outras pessoas tivessem 
sempre a mesma feição. Deste modo, além de não conseguirem explicar diferentes 
comportamentos, também não podem prevê-los. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os autistas têm uma incapacidade de atribuir aos outros indivíduos 
sentimentos e pontos de vista diferentes do seu próprio. Este fato faz com 
que as crianças autistas não compreendam o estabelecimento das relações 
de amizade. Sendo assim, algumas delas podem não ter amigos enquanto 
que outras acreditam que todas as crianças de sua turma são suas amigas. Os 
autistas apresentam dificuldades em manter um contato social inicial e de 
sustentá-lo, sendo este interrompido prematuramente com frequência. 
 
O atraso na aquisição da linguagem verbal é, na maioria das vezes, o motivo 
pelo qual os pais procuram ajuda médica. Enquanto a criança é apenas 
quieta, os pais não se incomodam, pois a mesma dá menos trabalho. Alguns 
vizinhos, amigos e parentes podem até invejá-los por não ter tanto sossego. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
O problema realmente começa quando a criança não fala ou quando fala de um 
modo particular. Neste momento, aquela criança torna-se diferente das demais e 
começa a ser “atrasada”. De acordo com Gauderer et al (1987), por volta do 
quinto ano as atenções voltam a se dirigir para a fala. A criança continua ausente 
ou com poucas palavras usadas de maneira inconsciente. 
 
Observa-se também – quando há alguma fala – uma ecolalia, lembrando um 
papagaio ou um toca-fitas, pois a criança repete palavras ou frases inteiras fora 
do contexto ou à margem de uma conversação. Há tendência em repetir a fala de 
outros sem levar em consideração o contexto social ou valor comunicativo das 
palavras. 
 
Nas crianças autistas, a comunicação não verbal precoce é usualmente limitada 
ou inexistente 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os bebês, ditos normais e mesmo os surdos, 
rapidamente desenvolvem um meio de se comunicar 
através de sinais não verbais: demonstram suas 
emoções pela expressão facial, procuram por pessoas e 
objetos de interesse, antecipam-se para serem pegos 
por seus pais, obtendo contato físico. Já com as crianças 
autistas ocorre o contrário. Estão quase sempre 
centradas em si, demonstrando desinteresse pelo 
mundo e pelas pessoas que as cercam. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Desde tenra idade, os jogos de faz de conta e de imitação 
social, habituais nas crianças com desenvolvimento normal, 
são falhos ou inexistentes. “Quase sem exceção, os autistas 
apresentam atraso ou ausência no desenvolvimento da 
linguagem verbal, que não é compensado pelo uso da 
gestualidade ou outras formas de comunicação” (MORAES, 
1999). Gauderer et al (1987, p.117) aborda que, “quando a 
fala comunicativa se desenvolve ela é atonal, arrítmica, sem 
inflexão, e incapaz de comunicar apropriadamente as 
emoções”. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DEVIDA. 
Os bebês, ditos normais e mesmo os surdos, 
rapidamente desenvolvem um meio de se comunicar 
através de sinais não verbais: demonstram suas 
emoções pela expressão facial, procuram por pessoas e 
objetos de interesse, antecipam-se para serem pegos 
por seus pais, obtendo contato físico. Já com as crianças 
autistas ocorre o contrário. Estão quase sempre 
centradas em si, demonstrando desinteresse pelo 
mundo e pelas pessoas que as cercam. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Em resumo, os problemas de linguagem se 
baseiam: na ausência de qualquer desejo de se 
comunicarem com os outros; na expressão de 
necessidade sem outro tipo de comunicação; os 
que têm fala normal, podem fazer comentários 
fora do contexto da conversa e podem falar 
bastante, contudo, não se envolvem na conversa, 
respondendo sem fazer perguntas. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os autistas são 
extremamente 
visuais, ou seja, 
todo seu 
entendimento 
está na base do 
concreto. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Segundo Rodrigues (s/d), seus pensamentos são 
imagens concretas e visuais. Sendo assim, “o que 
pode ser visto e gravado como imagem concreta ao 
nível de cérebro tem função para os autistas; o que 
necessita de elaboração, introspecção ou 
interpretação social é extremamente difícil para eles”. 
Isto dificulta o entendimento deles da realidade, pois 
a vida social, com suas regras e manejos, 
 é pura interpretação. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os autistas também 
apresentam 
dificuldade em 
combinar ou 
integrar ideias e em 
generalizar. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Segundo Rodrigues (s/d), seus pensamentos são 
imagens concretas e visuais. Sendo assim, “o que 
pode ser visto e gravado como imagem concreta ao 
nível de cérebro tem função para os autistas; o que 
necessita de elaboração, introspecção ou 
interpretação social é extremamente difícil para eles”. 
Isto dificulta o entendimento deles da realidade, pois 
a vida social, com suas regras e manejos, 
 é pura interpretação. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os interesses das crianças autistas costumam se 
diferenciar dos interesses das demais crianças por seu 
foco e intensidade. Em geral, estas crianças se 
interessam por determinadas partes de um objeto, ao 
invés do todo. Por exemplo, um autista pode passar 
horas brincando com as rodas de um carrinho. Até 
porque uma das características deles é a fixação por 
girar objetos ou por objetos que giram sozinhos, tal 
como o ventilador de teto. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Outra característica é que as crianças autistas podem 
aprender e memorizar uma quantidade enorme de 
informações sobre um determinado assunto, como 
comerciais e músicas e “conversar” de forma 
insistente e estereotipada sobre o assunto por eles 
escolhido. 
 
Esta “conversa”, em geral, é uma fala constante, com 
uma mesma entonação, sem intenção de diálogo. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Os autistas costumam apresentar comportamentos inflexíveis 
com rotinas e rituais não funcionais. 
 
Um exemplo disto é o fato de poderem sempre seguir o mesmo 
caminho até a escola ou separar todos os alimentos na hora de 
comer, sem deixar um encostar-se ao outro, para não sujar. 
 
Mudanças no ambiente que a criança costuma frequentar 
podem causar episódios de agitação psicomotora e 
agressividade. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
O simples fato de mudar uma cadeira de lugar numa sala, para eles pode causar 
um grande transtorno; a criança é capaz de chorar até que a cadeira seja 
devolvida para seu antigo lugar. 
 
A retirada de um livro da estante também pode ser motivo de conflito. 
 
Movimentos corporais estereotipados são comuns. Gauderer et al (1987) 
destaca que o observar atento das mãos e os seus movimentos de dedos 
(fenômeno normal numa criança de seis meses) passa a ser uma característica 
muito repetitiva do autista. Ele acrescenta a isto movimentos de sacudir 
vigorosamente as mãos (flapping) ou rapidamente movimentar os dedos como 
se estivesse batendo a máquina, observando este fenômeno sem o olhar 
diretamente. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Outros movimentos corporais também estão presentes, como o andar na 
ponta dos pés, balanceio da cabeça e/ou do tronco como se estivessem 
se ninando, saltos e rodopios. Podem ficar em pé rodando minutos 
seguidos sem ficarem tontos. 
 
Estes movimentos costumam ficar mais intensos e podem ocorrer 
simultaneamente, diante de um quadro de ansiedade ou quando 
contrariados. Assim, de acordo com Gauderer et al (ibid), um estímulo 
qualquer pode fazê-los correr subitamente em círculos na ponta dos pés, 
rodar, parar repentinamente, se balançar para frente e para trás e fazer 
movimentos bruscos e repetitivos enquanto sacode as mãos como se as 
quisesse enxugar sem toalha. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Segundo Moraes (1999), existem várias características clínicas no 
autismo que não são incluídas nos critérios diagnósticos. 
 
No entanto, isto não quer dizer que são menos importantes. 
Alguns dos sintomas relacionados à Síndrome são: hiperatividade, 
curto tempo de atenção, impulsividade, agressividade com os 
outros e consigo e agitação psicomotora. 
 
A questão da atenção, segundo Gauderer et al (ibid), está 
relacionada com um erro de seletividade. Os autistas teriam uma 
incapacidade de modular ou sintonizar entradas sensoriais 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Alguns autistas têm respostas extremas aos 
estímulos sensoriais, tais como 
hipersensibilidade ao toque, som, luz, 
textura de certos materiais, sensações 
proprioceptivas ou vestibulares devido a 
mudanças de posição e fascinação por 
certos estímulos visuais e auditivos 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Autistas mostrar falta de interesse por objetos como o 
chocalho, o móbile do berço ou no próprio movimento 
destes, mas reagir de modo exagerado a sons como buzina, 
campainha ou telefone. 
 
Não se sabe ao certo o porquê, mas a maioria dos sintomas 
já referidos, a partir do quarto ou quinto ano de vida, 
diminui em intensidade, principalmente em relação às 
reações exacerbadas por estímulos sensoriais e alterações 
do movimento. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR QUALIDADE DE VIDA. 
Distúrbios do sono e alimentares também são comuns. Muitas crianças rejeitam 
certos tipos de alimentos, principalmente os sólidos, pelo fato de não quererem 
mastigar. 
 
É muito comum estas crianças ingerirem, durante muitos anos, comida passada no 
liquidificador, a não ser que ocorra uma intervenção direta para modificar este 
comportamento.Medo excessivo em situações corriqueiras e perda do medo em situações de risco, 
também são frequentes. Moraes (1999) destaca, em seu estudo, que estes sintomas 
inespecíficos, apesar de não fazerem parte dos critérios diagnósticos primários, são 
os que mais trazem problemas para a família e a equipe terapêutica, fazendo com 
que as crianças, muitas vezes, tenham que ser medicadas com psicotrópicos, para um 
melhor controle desses comportamentos. 
PSICOMOTRICIDADE E AUTISMO: 
TRABALHANDO O CORPO, ATRAVÉS DA 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL PARA A MELHOR 
QUALIDADE DE VIDA. 
 
Agradeço sua participação nesse curso, te 
aguardo na próxima semana com mais 
cursos relevantes ao contexto do AUTISMO. 
REFERENCIA: 
 
ACCIOLY, M. C. C. Autismo: informações básicas. 1999. Apostila apresentada no I 
Encontro de amigos e parentes do autista, realizado no Instituto Fernandes 
Figueira em 19 de julho de 2003. AJURIAGUERRA, J. Manual de Psiquiatria 
Infantil. 2a ed. Tradução: Paulo Cesar Geraldes e Sônia Regina Pacheco Alves. São 
Paulo: Atheneu, 1973. 952 p. ISBN 85-85005-05-X AMERICAN PSYCHIATRIC 
ASSOCIATION Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition. 
Washington: American Psychiatric Press, 1994. 
AUCOUTURIER, B. e LAPIERRE, A. Bruno: Psicomotricidade e Terapia. 2ª ed. 
Tradução: Alceu Edir Fillman. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 80 p. 
_________________________________. Fantasmas Corporais e a prática 
psicomotora. Tradução: Regina Soares e Silva e Sônia Artin Machado. São Paulo: 
Manole, 1984. 139 p. _________________________________. Os contrastes e a 
descoberta das noções fundamentais. 2a ed. Tradução: Sônia Artin Machado. São 
Paulo: Manole, 1985. 236 p. 
REFERENCIA: 
 
ACCIOLY, M. C. C. Autismo: informações básicas. 1999. Apostila apresentada no I 
Encontro de amigos e parentes do autista, realizado no Instituto Fernandes 
Figueira em 19 de julho de 2003. AJURIAGUERRA, J. Manual de Psiquiatria 
Infantil. 2a ed. Tradução: Paulo Cesar Geraldes e Sônia Regina Pacheco Alves. São 
Paulo: Atheneu, 1973. 952 p. ISBN 85-85005-05-X AMERICAN PSYCHIATRIC 
ASSOCIATION Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition. 
Washington: American Psychiatric Press, 1994. 
AUCOUTURIER, B. e LAPIERRE, A. Bruno: Psicomotricidade e Terapia. 2ª ed. 
Tradução: Alceu Edir Fillman. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 80 p. 
_________________________________. Fantasmas Corporais e a prática 
psicomotora. Tradução: Regina Soares e Silva e Sônia Artin Machado. São Paulo: 
Manole, 1984. 139 p. _________________________________. Os contrastes e a 
descoberta das noções fundamentais. 2a ed. Tradução: Sônia Artin Machado. São 
Paulo: Manole, 1985. 236 p. 
REFERENCIA: 
 
BOSCAINI, F. Qual identidade corpórea na psicomotricidade? Revista do corpo e da 
linguagem, Rio de Janeiro, VIII ed., p.129-153, março 1985. 
BRAGA, L. S. O ato psicomotor em cena. Monografia apresentada para a conclusão do 
curso de graduação em Psicomotricidade. Instituto Brasileiro de Medicina de 
Reabilitação, Rio de Janeiro, 1995. 49 p. 
COSTE, J.C. A psicomotricidade. 2ª ed. Tradução: Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar 
Editores, 1981. 96 p. FAINBERG, J. Esquema Corporal. Revista do corpo e da 
linguagem, Rio de Janeiro, n.1, p. 5-11, Jul. 1982. FAY, W. H. Autismo Infantil in 
BISHOP e MOGFORD e col. Desenvolvimento da linguagem em circunstâncias 
excepcionais. Tradução: Mônica Patrão Lomba e Leão Lankszner. Rio de Janeiro: 
Revinter, 2002. p. 261-279. ISBN 85-7309-560-1 
DRUMOND, Simone Helen Ischkanian. Psicomotricidade e autismo: trabalhando o 
corpo, através da estimulação sensorial para a melhor qualidade de vida. Disponível 
em: http://www.simonehelendrumond.blogspot.com. Acesso em: 03 outubro de 
2014. 
REFERENCIA: 
 
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Psiquiatria Infantil: estudo multidisciplinar. Belo Horizonte: ABENEPI, 1987. p.109-113. 
GRANDIN, T. e SCARIANO, M. Uma menina estranha: autobiografia de uma autista. 
Tradução: Sérgio Flaksman. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. 193 p. ISBN 85-7164-
963-4 
LAPIERRE, A. A educação psicomotora na escola maternal – Uma experiência com os 
“pequeninos”. Tradução: Ligia Elizabeth Henk. São Paulo: Manole, 1989. 102 p. 
____________ O corpo. Revista do corpo e da linguagem, Rio de Janeiro, I, Jun 1983. 
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Psicomotora e formação da personalidade.Uma experiência vivida na creche. Tradução: 
Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Manole, 1987. 153 p. 
LE CAMUS, J. O corpo em discussão: da reeducação psicomotora às terapias de mediação 
corporal. Tradução: Jeny Wolff. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. 164 p. LEVIN, E. A 
clínica psicomotora: o corpo na linguagem. 4a ed. Tradução: Julieta Jerusalinsky. 
Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2001. 341 p. ISBN 85-326-1544-9. 
REFERENCIA: 
 
LEVIN, E. A infância em cena: constituição do sujeito e desenvolvimento psicomotor. 3a 
ed. Tradução: Lúcia Endlich Orth e Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis, Rio de Janeiro: 
Vozes, 2001. 285 p. ISBN 85-326-1825-1. 
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Psicomotricidade: da educação infantil à gerontologia. Teoria e Prática. São Paulo: Lovise, 
2000. p. 135-137. MESIBOV, G. B. & SHEA, V. A cultura do Autismo: do entendimento 
teórico à prática educacional. Net, Tradução: Marialice de Castro Vatavuk, São Paulo, (s/d). 
Disponível em: http://www.ama.org.br/cultaut.htm Acesso em: 23maio 2010 
MORAES, C. Questionário de avaliação do comportamento autista (CACS-27): descrição do 
instrumento e apresentação de dados de validade e confiabilidade. 1999. Dissertação de 
Mestrado. Orientadora: Lidia Straus. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de 
Ciências Médicas. Campinas, São Paulo, 1999. 130 p. 
MOUSINHO, R. O corpo no(s) Autismo(s) in FERREIRA, C. A. M. e THOMPSON, R. (Org) 
Imagem e Esquema Corporal: Uma visão transdisciplinar. São Paulo: Lovise, 2002. p. 111-
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http://www.drgate.com.br/artigos/textos/to/to_autismo.htm Acesso em: 13 outubro. 
2012 
SCHWARTZMAN, J. S., ASSUMPÇÃO JR. e col. Autismo Infantil. São Paulo: Memnon, 1995. 
285 p. ISBN 85-85462-12-4. SOUBIRAN, G. Falando do corpo e sobre o corpo – Plenária II. 
Revista do corpo e da linguagem, Rio de Janeiro, V. IV, n. 12, p. 73-136, mar. 1986. TUSTIN, 
F. Autismo e Psicose Infantil. Tradução: Isabel Casson. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda, 
1975. 208 p. VECCHIATO, M. Psicomotricidade Relacional e Terapia. Tradução: William 
Lagos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 107 p. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION Classificação de Transtornos Mentais e de 
Comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

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