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Métodos de extração e precipitação de proteínas Biotecnologia Purificação de moléculas IBF-‐020 Métodos para obtenção do homogenado Rompimento mecânico Ø Homogenizador ou moinho de perólas Moinho de perolas = agitação ou maceração em contao com as perólas. Homogenizador (Prensa Francesa)= bombemanto a pressão posiFva por um oriHcio. • Sistema de refrigeração • Aplicação industrial Cavitação, turbulência e cisalhamento Ø Ultra-‐som Ondas sonoras, frequência 16-‐20Hz >> ondas, bolhas de cavitação >>> colapso e impacto • Escala laboratorial • Requer controle de temperatura Métodos para obtenção do homogenato Rompimento não mecânico Ø Choque osmóCco • Formação de uma permeabilidade seleFva • Solução hipertônica (sacarose 20%) • Bactérias gram-‐negaFvas • Técnica seleFva Métodos físicos Métodos para obtenção do homogenado Ø Ciclos de congelamento e descongelamento • Estabilidade das enzimas aos ciclos • DiHcil implantação em larga escala Rompimento não mecânico Métodos físicos Ø Termólise • Escala industrial • 50, 60 até 90oC por diferentes períodos de tempo! • Fragmentos celulares maiores >> Filtração ou centrifugação Métodos para obtenção do homogenado Ø Autólise por solventes apolares ou solução alcalina • Leveduras tratadas com tolueno, metanol ou acetona (liquefaz) ou em contato com solução alcalina (NaOH: 0,5M) ou amônia • Necessita da molécula estável em pH alcalino • Gera resíduo poluente! Rompimento Quimíco Ø Detergentes • CaracterísFca anfipáFca da molécula • Auxilia na dissociação de proteínas e lipoproteínas • Desvantagem: Formação espumas -‐-‐à desnaturação proteíca Sendo a proteína de interesse uma proteína de membrana, é necessário solubilizá-‐la. Para esse fim são uFlizados detergentes, que dissolvem a membrana plasmáFca e formando complexos solúveis com as proteínas. Proteínas integrais da membrana detergente micelas Complexos não micelares Dependendo da concentração Detergentes podem ser iônicos e não iônicos Detergente não iônico Triton X-100 (polyoxyethylene (9,5) p-t-octylphenol) SDS Dodecil sulfato de sódio Cetab Cetyltrimethylammonium bromide Detergentes iônicos Métodos para obtenção do homogenado Mecanismo de rompimento: remoção parcial ou total da parede celular pela atuação de enzimas possibilitando o rompimento da membrana celular por pressão osmóFca. • Vantagem: muito adequado para recuperação de biomoléculas sensíveis ao rompimento mecânico, temperatura e elevadas pressões. • Desvantagem: alto custo das enzimas ü Fatores a ser considerados: • presença de inibidores • Reciclagem das enzima (imobilização p.ex) Rompimento Enzimático Microorganismos e células vegetais • Adequação do protocolo aos microrganismos – Leveduras: glucanases, proteases e mananases, as quais hidrolisam componentes específicos da parede, como glucanas, proteínas e mananas. – Bactérias: Gram-‐negaFvas = desestablizar a membrana externa (agentes quelantes) e enzimas que atuam sobre as ligações covalentes da estrutura do pepFdeoglicano. Gram-‐posiFvas= hidrólise das ligações glicosídicas do pepFdioglicano (lisozima e quiFnase). Estratégias e passos da purificação CIPP-‐ capture, intermediate purificaFon and polishing • Adição de inibidores de proteases (para diminuir o efeito da degradação de proteínas); • Adição de agentes redutores [para evitar a oxidação dos síFos aFvos (-‐SH) das enzimas após o rompimento]; • Adição de nucleases ou proteases podem melhorar as caracterísFcas do meio, desde que não destruam a molécula de interesse; • Alteração de pH pode melhorar a viscosidade do meio. Propiciar a estabilidade da molécula-alvo Inibidores Observações Métodos de purificação de baixa resolução • Precipitação fracionada (solventes, alterando pH e [sais]) • Separação por membranas • Extração em sistemas de duas fases líquidas Solubilidade proteíca Região Hidrofóbica (Apolar) Regiões HidroNlicas (Polares) Determinantes da solubilidade Desnaturação Precipitação • Desnaturação: compreende a destruição da estrutura terciária de uma molécula de proteína e a formação de cadeias polipepkdicas ao acaso. ü Variações de pH, temperatura e adição de solventes orgânicos. Desnaturação Precipitação • Desnaturação: compreende a destruição da estrutura terciária de uma molécula de proteína e a formação de cadeias polipepkdicas ao acaso. ü Variações de pH, temperatura e adição de solventes orgânicos. • Precipitação: Modificações da estrutura 3D das proteínas mas não com perda de seu padrão de conformação, conservando dobramentos de estrutura 2º e padrões da conformação de domínios existentes. A precipitação deve permiFr que a conformação adequada da proteína seja recuperada, para que a mesma possa “exercer” sua função bioquímica após o processo. Precipitação Precipitante Princípio Vantagens Desvantagens Sais neutros(Sal%ng-‐out) Interações hidrofóbicas pela redução da camada de hidratação da proteína -‐ Uso universal -‐ Corrosivo -‐ Baixo custo -‐ Liberação de amônia em pH alcalino Polímeros não-‐iônicos Exclusão da proteína da fase aquosa reduzindo a quanFdade de água disponível para a solvatação da proteína -‐ Uso de pequenas quanFdades de precipitante -‐ Aumento da viscosidade Calor interações hidrofóbicas e interferência das moléculas de água nas ligações de hidrogênio, -‐ Baixo custo -‐ Risco de desnaturação -‐ Simples Polieletrólitos Ligação com a molécula de proteína atuando como agente floculante -‐ Uso de pequenas quanFdades de precipitante -‐ Risco de desnaturação Precipitação isoelétrica Neutralização da carga global da proteína pela alteração do pH do meio -‐ Uso de pequenas quanFdades de precipitante -‐ Risco de desnaturação Sais metálicos Formação de complexos -‐ Uso de pequenas quanFdades de precipitante -‐ Risco de desnaturação Solventes orgânicos Redução da constante dielétrica do meio aumentando as interações eletrostáFcas intermoleculares -‐ Facilidade de reciclagem -‐ Risco de desnaturação de proteínas -‐ Facilidade na remoção do precipitado -‐ Inflamável e explosivo Precipitação salina solubilidade Camada de solvatação Precipitação salina So lu bi lid ad e, lo g Fibrinogênio Pseudoglobulina Mioglobina Albumina Hemoglobina Concentração do Sal (NH4)2SO4,, Molar Proteínas apresentam diferente sensibilidade para a precipitação salina. -‐as primeiro a precipitar são as proteínas maiores proteínas mais hidrofóbicas possuem camadas de solvatação maiores ou menos organizadas, mais fáceis de pertubar. Precipitação fracionada • Meios/misturas complexos • 2 ou mais etapa = corte • 1o) Remoção das proteínas contaminantes (+solúveis) • 2o) e demais cortes: precipitação da(s) molécula(s) de interesse • Variação da concentração do agente precipitante Precipitação fracionada So lu bi lid ad e, lo g Fibrinogênio Pseudoglobulina Mioglobina Albumina Hemoglobina Concentração do Sal (NH4)2SO4,, Molar Precipitação isoelétrica pI - - + + Grande dependência do valor de pH para a solubilidade das proteínas Carga total zero leva ao ⇑ da agregação devido à ⇓ repulsão => perfis de solubilidade em diferentes valores de pH O ponto de solubilidade mínima é igual ou próximo ao ponto isoelétrico (pI), que corresponde ao valor de pH no qual a proteína possui carga global igual a zero. Precipitação por solventes orgânicos A solubilidade das proteínas varia com a distribuição dos resíduos hidroHlicos e hidrofóbicos na superHcie da molécula; CaracterísFcas indispensáveis aos solventes: • miscível em água • não reaFvo com diretamente com as biomoléculas • Alta eficiência na precipitação Vantagens do uso dos solventes • VolaFlidade (secagem a vácuo em temperaturas) • Propriedade bactericida • Baixa densidade para muitos o que facilita a sedimentação do precipitado (rapidez) Constante dielétrica do meio Precipitação por solventes orgânicos • Variáveis que afetam o processo ü Temperatura: abaixo de 10º C podem garanFr que não haja desnaturação! ü Adição do solvente ⇑ temperatura Lenta e sob refrigeração – pH: próximo ao pI potencializa a precipitação com solvente (reduz a concentração) 1940: Escala industrial= Fracionamento das proteínas do plasma sanguíneo por etanol a frio. II Guerra Mundial – Abastecimento das tropas Precipitação com polímeros PEG (polieClenoglicol) polímero de alta massa molar, neutro e miscível em água, encontrado em diversos graus de polimerização; Baixa grau (15 a 30%) do polímero maior eficiência Mecanismo: exclusão da proteína do meio aquoso; Concentração inversamente proporcional à concentração da proteína; Remoção do polímero: ultrafiltração, adição de etanol, separação pela formação de duas fases aquosas pela adição de sais. Não-‐iônicos Precipitação com polímeros • Polieletrólitos: polímeros iônicos solúveis em água; usados devido ao baixo custo e pouca concentração residual; – PolicáFon polieFlenoimina e poliânion ácido poliacrílico, uFlizados para precipitar ácidos nucléicos e proteínas. – Agregação à proteína (floculação) ou eletrostáFco (neutralização de cargas); a proteína e o polieletrólito devem ter cargas opostas , por isso, deve-‐se operar longe do ponto isoelétrico da proteína. Iônicos ácido poliacrílico Precipitação por afinidade • Baseia-‐se na interação específica e seleFva da molécula-‐alvo com um ligante. • Polímero com o ligante solúvel em pH X >>>>>> insolúvel pH Y. Precipitação por íons metálicos polivalentes • grupos –COOH e grupos nitrogenados • GruposCOOH mas não grupos aminas • Grupos -‐SH (Mn+2, Fe+2, Co+2) (Ca+2, Mg+2, Ba+2) (Ag+ e Hg+)
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