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Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 1 Planejamento & Controle de Estoque Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 2 Em Contabilidade, existe o Capital de Giro Circulante, que seria a diferença do Ativo Circulante e do Passivo Circulante, grupos de contas do Balanço Patrimonial. Como calcular a necessidade do capital de giro? A necessidade de capital de giro da empresa é calculada das seguintes formas: 1. Através do saldo das contas no Balanço Patrimonial: Neccessidade Capita Giro - NCG = "Valor" das Contas a Receber + Valor em Estoque - Valor das Contas a Pagar. Exemplo: Contas a Receber: R$ 25.000,00 + Estoques R$ 40.000,00 - Contas a Pagar R$ 35.000,00 = "Necessidade" Capital de Giro: R$ 30.000,00. 2. Através do Ciclo Financeiro (Prazo Médio de Estoques + Prazo Médio de Recebimentos ? Prazo Médio de Pagamentos). NCG = "Ciclo" Financeiro x Valor das Vendas por Dia PM Recebimentos 30 dias + PM Estoques 45 dias - PM Pagamentos 35 dias =" Ciclo" Financeiro: 40 dias Vendas por dia: R$ 750,00 = "Necessidade" Capital de Giro: R$ 30.000,00 (R$ 750,00 x 40 dias). A escolha por um dos métodos depende das necessidades do momento. O cálculo, através do ciclo financeiro, possibilita mais facilmente prever a necessidade de capital de giro em função de uma alteração nas políticas de prazos médios, ou no volume de vendas. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 3 Decisões de Estoque Quanto Pedir: Custos de estoques Lote econômico Quando Pedir: Revisões Contínuas e periódicas Como Controlar o Sistema: O sistema ABC Medindo o estoque Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 4 2. Métodos quantitativos par Previsão da Demanda: 1.Ao elaborar o plano de vendas para um determinado período nos defrontamos com uma dúvida recorrente. Qual será a demanda futura dos bens e serviços fornecidos pela empresa? A resposta está contida no resultado da análise criteriosa das variáveis que impactam sobre o mercado, o movimento dos concorrentes e os nossos próprios movimentos. Existem três grupos de fatores que irão determinar o comportamento de compra futuro e o acerto das previsões de demanda. O PRIMEIRO grupo de fatores compõe o que genericamente chamamos de mercado de consumo que tem sua trajetória determinada por nível de renda, nível geral dos preços e principalmente “a decisão de onde gastar dinheiro” (Padrão de Consumo). Frente as inúmeras ofertas de bens e serviços o consumidor separa suas despesas em dois grande grupos. Num dos grupos estão os gastos “obrigatórios” referentes a alimentação, energia elétrica, telefonia, transporte, escola, etc. (Nota-se que mesmo entre estes gastos é possível uma escolha, quer na marca adquirida, quer na quantidade consumida). Noutro grupo estão as despesas feitas por livre escolha do consumidor tais como roupas, calçadas, itens de lazer e diversão. E ainda temos os itens que instigam o consumo tais como as novidades eletrônicas e outras. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 5 O SEGUNDO grupo de fatores está ligado a disponibilidade de crédito e o custo deste crédito e em que medida o poder de compra do consumidor estará comprometido. A taxa Selic pouco tem a ver com este item, pois o que importa é “a que preço o dinheiro estará ao alcance dos consumidores e das empresas” para a aquisição de bens e serviços”. O TERCEIRO grupo de fatores está relacionado ao comportamento de compra específico dos segmentos em que a empresa atua e a tendência do comportamento da concorrência. Alguns segmentos são mais sensíveis a preço, outros a qualidade dos produtos e serviços e outros ainda ao grau de inovação dos produtos. Cada segmento de mercado tem sua própria lógica de funcionamento e o impacto da mesma variável pode ser bastante diferente sobre o nível de consumo deste segmento. Neste aspecto é importante conhecer o ciclo de vida dos produtos ofertados a cada segmento para avaliar o papel da inovação, por exemplo, no comportamento de compra. Em artigos relacionados a moda, calçados e confecções, o ciclo de vida dos produtos é de alguns meses; Para bens de capital pode ser de vários anos. De todos os fatores citados o mais importante é o CONHECIMENTO que a empresa tem do comportamento do seu mercado. Análise elaboradas, extrapolações numéricas e todo o conjunto de técnicas de previsão de demanda são inúteis se a empresa não souber traduzir estas informações e sinais que o mercado transmite em produtos e serviços adequados, a preços viáveis e entregues no local certo para os segmentos em que atua. Para que o PLANO DE VENDAS seja confiável e factível, precisamos prever a demanda futura para cada segmento em que atuamos e por conseqüência quais os PRODUTOS necessários para atender esta demanda. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 6 2 – PREVISÃO DE DEMANDA COM BASE NA HISTÓRIA. Existem dois caminhos para se chegar a demanda de um determinado segmento. O primeiro é a projeção da tendência com base no histórico de comportamento das variáveis e no comportamento de compra daquele segmento. Por exemplo, se o produto XYZ tem uma taxa de crescimento de 5% ao ano, nos últimos 5 anos, provavelmente continuará a ter o mesmo comportamento: Se o dólar médio acompanha a inflação + a taxa de juro, então no próximo ano deverá crescer na mesma proporção. Fazer projeções de demanda desta maneira “é dirigir olhando pelo retrovisor”, com todos os riscos que isso implica. Os dados históricos servem genericamente para nos mostrar o resultado, acertos e erros, que comentemos, mas dificilmente representará o comportamento de compra futuro do segmento. Não será porque o porto comprou 50 guindastes no último ano que comprará mais 50 no próximo. As informações sobre o potencial de compra daquele porto estão em outro lugar e não na história. Alguns bens e serviços sequer têm história para contar, exigindo das empresas que os fornecem a construção de indicadores que possam informar com maior acuracidade as prováveis tendências de demanda. Por exemplo: Calçados, confecções e outros itens ligados a moda têm muito pouca história para contar ou por serem efêmeros ou representarem desejos daquele momento em que estão sendo comercializados. Por isso a venda histórica destes produtos não fornece informações confiáveis sobre a provável venda futura. Mas se analisarmos a venda efetuada por FAIXA DE PREÇO, teremos um indicativo consistente sobre que preços, historicamente, tem maior probabilidade de sucesso. Se analisarmos a venda dos produtos por CANAL também poderemos inferir para que canais precisamos criar produtos. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 7 Considero que os dados históricos contribuem muito pouco para a previsão da demanda e por conseqüência para a elaboração de um bom plano de vendas. Os principais modelos de tratamento estatístico para dados históricos são: Média Móvel: As vendas dos períodos indicados são somadas e depois divididas pelo número de períodos para se encontrar a média. Quando é feita uma previsão para o período seguinte, as vendas do período mais antigo são retiradas do cálculo da média, sendo substituídas pelas vendas do período mais recente. O encarregado da previsão determina quantos períodos serão incluídos no cálculo da média. Ajustamento Exponencial: O responsável pela previsão pode permitir que as vendas de um certo período influenciem mais a previsão que as vendasde outros períodos. Regressão Linear: As vendas passadas são plotadas para cada período de tempo passado. Em seguida, uma reta de tendência pode ser ajustada entre os pontos, minimizando as distâncias de todos os pontos à reta. Essa reta de tendência pode então ser estendida para projetar as vendas nos períodos futuros. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 8 3 – PREVISÃO DA DEMANDA ATRAVÉS DO CONHECIMENTO DO MERCADO. O primeiro passo para se prever a demanda é criar um entendimento do ESTADO DE CONSUMO em que se encontrará o segmento no período para o qual queremos elaborar o planejamento. Este estado de consumo deve ser traduzido em quantidades de produtos e serviços, preços e locais em que se dará este consumo. Sem estas informações teremos um agrupamento de informações sem relevância ou significado. Com já foi dito é fundamental que a empresa conheça o seu negócio, os segmentos em que atua e principalmente os fatores que impactam no seu negócio e nos segmentos. Listamos a seguir os principais métodos de previsão da demanda feita a partir de um melhor conhecimento do mercado. Opinião dos executivos. Tem-se que o grupo de executivos da empresa, pela sua experiência, qualificação e relacionamento pode fornecer uma visão sobre o “estado de consumo” dos segmentos que interessam à empresa. Na maioria das vezes este conhecimento é intuitivo, sem comprovação científica, mas de suma importância. As previsões podem estar contaminadas por desejos e interesses pessoais ou por conflitos com outras áreas. Painel de Especialistas. A empresa convida diversos especialistas sobre os segmentos do seu interesse para desenhar um provável cenário. As informações obtidas por este método são indicativas e servem como apoio apara analisar o funcionamento atual em confronto com novos paradigmas. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 9 Opinião da Força de Vendas. A empresa solicita formalmente à sua força de vendas projeções localizadas sobre provável “estado de consumo” futuro dos seus clientes. Estas informações poderão estar condicionadas aos interesses pessoais dos vendedores e a visão de curto prazo sempre presente na atividade da venda. Esta técnica tem maior utilidade nos casos em que a venda é seqüencial ou repetida para os mesmos clientes. Monitorar a Concorrência. Coletar dados sobre o funcionamento, planos de investimento e lançamento de novos produtos e serviços dos concorrentes traz valiosas informações sobre o que os mesmos estão projetando para os mesmos segmentos em que sua empresa atua. Prever a demanda o mais próximo possível da realidade é uma das tarefas mais importantes para a elaboração do plano de vendas e do sucesso da empresa. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 10 Métodos de Previsão de Demanda As previsões de demanda são fundamentais para auxiliar na determinação dos recursos necessários para uma empresa. Em tempos de abertura de mercados, essa atividade torna-se estratégica. Os mercados que podem ser acessados pela empresa, assim como a concorrência, mudam continuamente, exigindo novas previsões de demanda em períodos mais curtos. Para obter e confirmar uma demanda futura, facilitando a programação de recursos e garantindo o ganho de uma oportunidade de mercado, faz-se necessário a utilização de métodos matemáticos quantitativos causais e temporais, como: •Regressão linear e análise de correlação •Médias móveis •Suavização exponencial simples •Suavização exponencial com ajuste de tendência •Método sazonal multiplicativo. Estes métodos são aplicados de acordo com a realidade de demanda de cada empresa, por meio da análise de dados históricos. Gerentes em todas as organizações fazem previsões de muitas variáveis distintas da demanda futura, como estratégias dos concorrentes, alterações na regulamentação, mudanças tecnológicas, tempos de processamento, prazos de entrega dos fornecedores e perdas de qualidade. Gerentes inteligentes reconhecem essa realidade e encontram maneiras para atualizar seus planos, quando ocorre o inevitável erro de previsão ou um evento inesperado. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 11 O processo de previsão por toda organização abrange todas as áreas funcionais. A previsão da demanda geral normalmente começa com marketing, porém, os clientes internos na organização inteira dependem de previsões para formular e executar seus planos. Previsões são insumos importantes para planos de negócios, planos anuais e orçamentos. Finanças precisam de previsões para projetar fluxos de caixa e necessidades de capital. Recursos humanos precisam de previsões para prever as necessidades de contratação e treinamentos. Marketing é uma fonte primária para as informações sobre previsão de vendas, por estar mais próxima dos clientes externos. A área de operações precisa de previsões a fim de planejar níveis de produção, aquisições de materiais e serviços, programação da mão-de-obra e da produção, estoques e capacidade a longo prazo. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 12 Informações quantitativas : Influência da propaganda. Evolução das vendas no tempo. Variações decorrentes de modismos. Variações decorrentes de situações econômicas. Crescimento populacional. Informações Qualitativas Opinião de gerentes. Opinião de vendedores. Opinião de compradores. Pesquisa de mercado. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 13 Prazos de Reposição: Formulação Considerando que o pedido é colocado quando o estoque atinge um valor mínimo, tem-se: Portanto, todas as vezes que o estoque chega ao seu valor mínimo (deve ser suficiente para cobrir o consumo do lead time de encomendar e receber o material), encomenda-se uma quantidade Q do material. Neste caso específico o estoque mínimo é zero e faz-se um novo pedido todas as vezes o material é recebido e entra no estoque. min.PP C t E Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 14 t tempo Q ES Emáx Tempo máximo de atraso permitido Reposição instantânea com estoque de segurança Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 15 Nestas condições, tem-se: maximoE ES Q min imoE ES Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 16 Revisão Permanente (Perpetual Inventory System) Continuamente faz-se a verificação e reposição de estoque, se necessário. Método das duas gavetas O estoque é dividido em duas gavetas. Findando a primeira, faz-se o pedido. A segunda deve ser suficiente para atender a demanda até o pedido ser atendido. Reposição Periódica (Periodic Inventory System) É feito o pedido de uma quantidade determinada em períodos regulares. Reposição por ponto de pedido (Order Point Policies) Define-se um nível de estoque que, se atingido, define o momento de ser fazer um novo pedido. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 17 Reposição de Estoques Revisão Permanente (Perpetual Inventory System) Continuamente faz-se a verificação e reposição de estoque, se necessário. Método das duas gavetas O estoque é dividido em duas gavetas. Findando a primeira, faz-se o pedido. A segunda deve ser suficiente para atender a demanda até o pedido seratendido. Reposição Periódica (Periodic Inventory System) É feito o pedido de uma quantidade determinada em períodos regulares. Reposição por ponto de pedido (Order Point Policies) Define-se um nível de estoque que, se atingido, define o momento de ser fazer um novo pedido. Lote Econômico de Compra (Economic Order Point) No sistema do lote econômico de compra o objetivo é determinar as quantidades mais que geram mais economia no processo de aquisição de material. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 18 Ponto de Reposição PPR Risco de falta de Estoque Nível de serviço Probabilidade de não haver falta de estoque Demanda esperada Estoque de segurança 0 z Quantidade Escala de z Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 19 - Sazonalidade; Sazonalidade é uma expressão muito utilizada pelos economistas, referindo-se à alternância de períodos previsíveis de baixas e altas de preços, em decorrência, respectivamente, de aumentos e diminuições na oferta de bens. Os preços agrícolas (ou dos horti-fruti-granjeiros, noutro jargão do economês) são sazonais: diminuem e aumentam conforme se esteja no período de safra ou de entressafra. Sazonalidade vem de sazonar – amadurecer. Na safra os grãos, as verduras, as frutas amadurecem e têm que ser colhidas e vendidas; do contrário apodrecem e não geram a renda necessária para cobrir os custos e gerar renda aos produtores. A correria para vendê-los a tempo concentra a oferta num curto período de tempo, levando à redução dos preços porque a demanda não cresce na mesma proporção. A escassez da entressafra , pelo contrário, eleva os preços. Como os bens agrícolas têm períodos previsíveis de plantio e colheita, em função das estações do ano, a variação dos seus preços é sazonal, justificando inclusive a formação de estoques reguladores da parte do governo. Respeitar a sazonalidade é um importante princípio de finanças pessoais, principalmente para aqueles orçamentos domésticos cujos itens sujeitos a variações de preço por causa dela têm grande participação no total dos rendimentos. O consumidor deve esperar que amadureçam as condições para escolher os itens de sua cesta de consumo: comprar frutas e verduras da estação (ganhando em preço e variedade), organizar seus próprios “estoques reguladores” numa dispensa bem estruturada, comprar de fornecedores diretos que forneçam produtos mais frescos e saudáveis por menores preços, evitar os custos de acondicionamento e embalagens de congelados e acondicionados etc. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 20 O princípio do respeito à sazonalidade não se aplica somente a alimentos. Funciona também no caso do vestuário São lançadas coleções para cada estação (inverno e verão) e meia-estação (outono-inverno e primavera-verão), levando em conta a mudança de clima (natural) e tendências (moda). Para a grande maioria das pessoas, as roupas, calçados e adereços do dia-a-dia não precisam seguir rigorosamente as últimas tendências. Alguns desses itens podem ser comprados no final de uma estação para serem usados durante a próxima similar, principalmente em países, como o Brasil, em que as variações climáticas não são muito acentuadas durante a maioria dos meses. Outro caso, artificial (não ligado a variações climáticas), de sazonalidade é o das épocas de presentear (Natal, dias das mães, dias dos pais, dia dos namorados, dia das crianças). A demanda, especialmente de última hora, pressiona os preços para cima, deixando os lojistas assanhados e as casas de crédito ensandecidas: é fugir ou perder! No Brasil o fim-de-ano coincide com o pagamento de um antigo direito trabalhista – o 13o. salário. Fome e vontade de comer criam uma super-sazonalidade. O melhor a fazer é deixar passar a correria e fazer compras ao longo do primeiro trimestre do ano seguinte, quando os estoques começam a “correr atrás” de compradores, por meios de “queimas de estoque” e liquidações. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 21 3. Manutenção dos Estoques: - Atualização pelo FIFO (PEPS) • FIFO (First-in, First-out) / PEPS • Primeiro a entrar é o primeiro a sair • Avaliação feita pela ordem cronológica das entradas • Método FIFO realizado / escolhido quando materiais possuem prazo de validade Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 22 PEPS (Primeira a Entrar, Primeira a Sair) Parte do raciocínio de que as primeiras unidades adquiridas são as primeiras a serem vendidas, desta forma, restam sempre no estoque as mercadorias que tenham sido adquiridas por último. Este modelo é utilizado pelas empresas que não mantenham controle permanente de estoques. (art. 295 RIR/99) Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 23 • FIFO / PEPS Qtde R$ Unit. R$ Total Qtde R$ Unit. R$ Total Qtde R$ Total 01 NF01 200 15,00 08 NF02 120 16,00 10 OF01 150 15 NF03 150 20,00 20 OF02 180 22 OF03 100 28 NF04 50 30,00 30 OF13 30 Total Final ENTRADAS SAÍDAS SALDO Data Doc. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 24 • LIFO (Last-in, First-out) / UEPS • Último a entrar é o primeiro a sair • Avaliação feita pelo preço das últimas entradas • É o método mais adequado em períodos inflacionários UEPS - (Último a Entrar, Primeira a Sair) Parte do raciocínio de que as últimas unidades adquiridas são as primeiras a serem vendidas, desta forma, restam sempre no estoque as mercadorias que tenham sido adquiridas por primeiro. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 25 Custo Médio Ponderado O Custo Médio Ponderado de Capital - CMPC é obtido pelo custo de cada fonte de capital ponderado por sua respectiva participação na estrutura de financiamento da empresa. Davis e Pointon (1996, p. 171) exemplificam a forma de cálculo: vamos calcular o valor do CMPC da empresa, financiada pelo Patrimônio Líquido (PL) de $ 600.000 e dívidas de $ 400.000. Portanto, há 60% de capital próprio e 40% de capital de terceiros. A remuneração requerida pelos acionistas é de 20% e o custo da dívida é de 10%. CMPC = (20% x 0,6) + (10% x 0,4) = 16% O melhor entendimento do CMPC pressupõe o da estrutura de capital, do custo do capital de terceiros, do capital próprio, bem como da noção de risco e retorno. Além disso, mostra-se, em seguida, o clássico modelo de precificação de ativos, o CAPM. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 26 CUSTO MÉDIO PONDERADO (Também conhecido como Ponderável Móvel) É a forma de avaliação mais utilizada pela sua praticidade e por fugir dos extremos, dando ao estoque um valor médio das aquisições. Este método exige uma quantidade maior de cálculos, sendo imprescindível a utilização de meios informatizados para seu controle. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES ESTOQUE DE MERCADORIAS COMPRAS FRETES IMPOSTOS RECUPERÁVEIS DEVOLUÇÕES SEGUROS CMV ESTOQUE FINAL OUTROS CUSTOS 27 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque CMV Custo das Mercadorias Vendidas: Compreende o custo pelo qual o produto objeto da venda, está registrado na contabilidade. Pode ser obtido pela seguinte fórmula: CMV = EI + COMPRAS - EF 28Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque CUSTO MÉDIO PONDERADO UN. TOTAL UN. TOTAL UN. TOTAL 05/jan 5 60,00 300,00 5 60,00 300,00 12/jan 10 65,00 650,00 15 63,33 950,00 19/jan 6 63,33 380,00 9 63,33 570,00 21/jan 12 70,00 840,00 21 67,14 1.410,00 25/jan 8 67,14 537,14 13 67,14 872,86 VALOR VALOR VALOR DATA QUANT. QUANT. QUANT. ENTRADAS SAÍDAS SALDOS 29 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque OUTROS CRITERIOS Embora seja usado apenas para fins gerenciais, podemos ainda destacar o CUSTO DE REPOSICAO que é a valorização dos estoques pelo valor de tabela atualizado dos fornecedores. 30 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 31 Revisão dos Estoques: revisões continuas e periódicas Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 32 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 33 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 34 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 35 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 36 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque CONCEITO É uma sistemática onde se atribui ao contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido nas operações subseqüentes promovidas por outros contribuintes. Custo Considerando ICMS,substituição tributaria e IPI 37 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque Indústria Comércio Consumo Indústria Comércio Consumo Circulação Circulação Circulação Circulação • ICMS – regime normal • ICMS – substituição tributária ICMS ICMS ICMS ICMS 38 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque OBJETIVO A substituição tributária, também conhecida por “substituição tributária para frente”, visa facilitar e tornar mais eficiente a arrecadação do ICMS, pois, considerando-se que a cadeia econômica é composta por sucessivas operações relativas à circulação de mercadorias e que apenas na primeira delas fica o contribuinte obrigado a efetuar o recolhimento por todas as operações posteriores, o controle da fiscalização torna-se mais simples e eficaz. Este instituto surgiu quando ficou consignada pelos Estados a desigualdade quantitativa Substituto tributário: é o responsável pelo pagamento do tributo. Substituído tributário: é o contribuinte de fato. 39 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 40 3. Como Controlar o Estoque O Sistema ABC Sistema para controlar uma infinidade de itens; Aplica um grau de controle para cada item; Alguns itens podem ter uma taxa de uso muito alta, de modo que se faltar pode gerar alto grau de insatisfação; Outros podem ser muito caros para se ter em estoque grandes quantidades; Itens de alto valor precisam de um controle mais rigoroso; Geralmente uma grande proporção do valor total em estoque representam uma pequena proporção dos itens totais (Lei de Pareto ou 80/20 - 80% valor = 20% produtos) Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 41 Conceito de Curva ABC Item Uso anual Custo Uso Uso anual Uso anual (unid) médio anual ($) acum ($) acum (%) 1 117 49 5.840 5.840 11,3 2 27 210 5.670 11.510 22,3 3 212 23 5.037 16.547 32,0 4 172 27 4.769 21.317 41,2 5 60 57 3.478 24.796 48,0 6 94 31 2.936 27.732 53,7 7 100 28 2.820 30.552 59,1 8 48 55 2.640 33.192 64,2 9 33 73 2.423 35.616 68,9 10 15 160 2.407 38.023 73,6 11 210 5 1.075 39.098 75,6 12 50 20 1.043 40.142 77,7 13 12 86 1.038 41.180 79,9 39 2 59 119 51.230 99,1 40 2 51 103 51.333 99,3 41 4 19 79 51.412 99,5 42 2 37 75 51.488 99,6 43 2 29 59 51.547 99,7 44 1 48 48 51.596 99,8 45 1 34 34 51.630 99,9 46 1 28 28 51.659 99,9 47 3 8 25 51.684 100,0 Itens têm importância relativa diferente Devem merecer atenção gerencial diferente A Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 42 Conceito de Curva ABC Curva de Pareto ou curva ABC ou curva 80-20 Poucos Itens importantes Importância média Muitos itens menos importantes % a c u m u la d a d e v a lo r d e u s o itens (%) Região A Região B Região C 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 100 50 25 75 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 43 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 44 Lote Econômico de Compra (Economic Order Point) No sistema do lote econômico de compra o objetivo é determinar as quantidades mais que geram mais economia no processo de aquisição de material. EOQ (Economic Order Quantity) => suposições do modelo: Demanda conhecida e constante. Não há restrições para tamanho de lote (capacidade de produção, tamanho dos modais de transporte, fornecimento infinito...) Somente os custos de set up ou de pedido e de guarda de estoque são relevantes. Decisões tomadas para um item não afetam os demais. Não há incerteza no lead time. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 45 Nestas condições a quantidade econômica a comprar é dada por: iC AD Q 2* Onde: A – Custo do pedido D – Demanda anual i – custo de armazenagem C – Custo unitário do item -Nível médio de estoque max( , ) 2 AD Q CT Q S CD iC Q I 1 i md d PPR dLT ES C C PPR dLT kS dLT k n ( _ ) Q D d ou demanda diária t T 22 2* *dLT d LT PPR dLT ES ES d LT kS d LT k LT S d S Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 46 _ _ _ _ ( ) _ _ ( ) ( ) f f e f e dLT C NúmeroNãoAtendidos NívelServiço C C NúmeroAtendidos C Custo de falta C Custo de excedentes estocagem D D Expectativa de falta E n S E z Q Q Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 47 Exemplo • Uma loja vende 18 unidades semanais de um secador de cabelos p/ viagem, que custa $ 60/unidade e tem custo de colocação de pedido de $ 45. Manter o secador em estoque durante um ano custa 25% do valor do produto e a loja opera 52 semanas por ano. São colocados pedidos de 390 unidades, para reduzir o número de pedidos. • Qual o custo da política de estoques adotada? Nível At K Nível At K Nível At K 52 0,102 80 0,842 90 1,2820 55 0,126 85 1,036 95 1,6450 60 0,253 86 1,085 97,5 1,9600 65 0,385 87 1,134 98 2,0820 70 0,524 87,5 1,159 99 2,3260 75 0,674 88 1,184 99,5 2,5760 78 0,775 89 1,233 99,9 3,0900 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque Custo total do modelo EOQ ( *) 2 AD Q CT Q CD iC Q 390 2 45(18 52) (390) 60(18 52) (0,25 60 ) 390 CT (390) $59193CT • Calcule o lote econômico de compra dos secadores e o custo total da política econômica de compras. • Com qual frequência os pedidos são colocados quando o EOQ é utilizado? 82 48 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de EstoqueExemplo (Cont.) Cálculo do lote econômico de compra, EOQ 2 2(45 18 52) * 75 0,25 60 AD Q unidd iC 75 2 45(18 52) (75) 60(18 52) (0,25 60 ) $57284,1 75 CT 75 (52 ) 52 4,17 936 sem EOQ ano EOQ F sem D 83 49 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 50 50 Lote Econômico de Compra - LEC Lote Cc total + Cp total = Custo Total (Q) (Q/2 x Cc) ( D/Q x Cp) 50 25 20 x 20 = 400 425 100 50 10 x 20 = 200 250 150 75 6,7 x 20 = 134 209 200 100 5 x 20 = 100 200 250 125 4 x 20 = 80 205 300 150 3,3 x 20 = 66 216 350 175 2,9 x 20 = 58 233 400 200 2,5 x 20 = 50 250 Lote C u s to Cp CT Lote econômico LE LEC ocorre quando Cc total = Cp total Q 2 X Ce un. D Q Cp un. X = LEC = 2 X D X Cp un. Ce un. 84 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 51 Lote Econômico de Produção - LEP t Q Q/P Declive = P - D Declive = D LEP = Cc x (1 - D/V) 2 x Cp x D Onde: V = taxa de produção Q = quantidade de pedido M = nível máximo de estoque M = Q - (Q x D / V) M Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 52 Enquanto fabricadas as peças estão simultaneamente sendo consumidas. Q – tamanho do lote V – velocidade ou cadência de produção T – tempo gasto para produzir o lote Q C – consumo do item durante o tempo T D – demanda do item Lote Econômico de Produção - LEP Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 53 T = Q / V C = T x D Estoque médio = ½ ( Q – Q x D / V ) Ct = ½ Cc ( Q (1- D / V)) + Cp x D / Q + Ci Lep = √ Lote Econômico de Produção - LEP (2 x Cp x D ) ( Ca + i x p ) x ( 1 – D / V ) Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 54 Lote Econômico com Faltas LEP = Cc 2 x Cp x D Onde: Cs = custo por unidade de falta por período de tempo Cc + Cs Cs t Q Falta Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 55 Lote econômico com desconto: (quando há um desconto em função da quantidade comprada Custo Total Ct = Cdp + Cip + Ci + Desembolso Desembolso = demanda x preço unitário Ct = (ca + i x p) Q + cp x D + ci + D x p 2 Q Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 56 Críticas ao LEC Pressuposições Incluídas no Modelo estabilidade da demanda; estimar a demanda é muito difícil em alguns casos; Quão custoso é o estoque? LEC é uma abordagem reativa Qual a quantidade de pedido ótima? Como posso mudar minha operação de forma a minimizar meus estoques? Lote C u s to Cp CT Lote econômico LE Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 57 2. Quando Comprar? PR = D x LT + Eseg onde: PR = ponto de ressuprimento / reposição D = demanda LT = Lead Time Eseg = Estoque de Segurança Eseg = FS x x LT/PP onde: FS = fator de segurança = desvio padrão LT = Lead Time PP = Periodicidade à qual se refere o desvio padrão Como definir o estoque de segurança? Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 58 Estoques de Segurança Estoque de segurança estoques adicionais aos estoques normais para proteção contra demandas e Lead Times de valores acima da média Nível de Serviço a probabilidade que seja possível atender à demanda com o estoque existente no Lead Time. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 59 Estoque de Segurança Consumo Média Tempo O Estoque de Segurança é função da variação acima da média Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 60 Estoque de Segurança LT Tempo Demanda esperada durante o lead time Demanda máxima provável durante o lead time PPR Q u a n ti d a d e Estoque de segurança Figura 13-12 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 61 Métodos de Colocação de Pedidos Revisão periódica, são feitos pedidos em intervalos regulares de tempo, porém, as quantidades pedidas são variáveis. Problema: num pico de demanda (alteração na tx de demanda) pode faltar o produto. Revisão Contínua ou pedido de quantidades fixas, em que o ritmo de pedido é irregular, porém, o tamanho do pedido é constante. Problema: checar continuamente os estoques pode gerar custos; Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 62 Métodos de Colocação de Pedidos T T T T Tempo Nível de Estoque Revisão Periódica Tempo Nível de Estoque Revisão Contínua Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 63 Além do valor outros critérios podem contribuir para classificar cada item Conseqüência da falta de estoque; Incerteza de fornecimento; Alta obsolescência ou risco de deterioração; Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 64 Gestão do estoque Acurácia dos controles: A = Nº de itens corretos Nº total de itens A = valor dos itens corretos valor total dos itens mede a porcentagem de itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 65 Nível de serviço ou Nível de atendimento: NS = n° requisições atendidas nº requisições efetuadas Indica quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários. Gestão do estoque Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 66 Giro de Estoque Giro = valor consumido no período valor do estoque médio no período Mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou Gestão do estoque Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 67 Cobertura de estoques C (em dias) = Nº dias do período em estudo Giro Indica o nº de unidade de tempo (dias, meses, etc ) no qual o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média Gestão do estoque Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 68 Exercício: Uma fábrica implantou um sistema informatizado de controle de estoque. Após um período de 6 meses de operação, obteve o seguinte relatório de movimentação financeira, em reais. Mês Entradas Saídas 1 125000 112700 2 95580 3 245000 98950 4 189000 106450 5 80630 6 96500 115560 Sabendo que o estoque inicial do mês 1 era de R$ 148.580,00 , determine giro e a cobertura dos estoques. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 69 Custos de Pedido Inclui: mão de obra de compradores e supervisores custo de material custo indiretos: telefone espaço reproduções, correios viagens O custo de um pedido é obtido pela divisão entre o custo total acima num período e o número de pedidos no mesmo períodoProf. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 70 São custos fixos e variáveis referentes ao processo de emissão de um pedido. Os fixos são os salários do pessoal envolvidos na emissão dos pedidos e os variáveis estão nas fichas de pedidos e nos processos de enviar esses pedidos aos fornecedores, bem como, todos os recursos necessários para tal procedimento. Portanto, o custo de pedido está diretamente relacionado com o volume das requisições ou pedidos que ocorrem no período. Custo de pedido Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 71 Exemplo de Cálculo de Custo do Pedido Valores mensais para uma empresa média: 3 compradores R$ 10.000 1 gerente R$ 7.000 1 secretária R$ 2.600 1 mensageiro R$ 700 material, reproduções, etc. R$ 500 aluguel (50m2 X R$15,00/m2) R$ 750 viagens, etc. R$ 1.000 Total R$ 22.500 Nº de pedidos no mês (10/dia) 220 Custo por pedido R$ 102,50 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 72 Exercício: 1 – A demanda anual do item W da CART é de 12.000 unidades. Os custos anuais de carregamento são de R$ 0,60 / unidade. Os custos de preparação são de R$ 20,00 por ordem e compõem-se basicamente dos custos de mão de obra e encargos. A empresa fabrica atualmente o item W em lotes de 1000 unidades. Sabendo-se que o aluguel do galpão é de R$ 500,00 calcule: a) custo total b) se a CART implantar o JIT para o item W, passando a produzi-lo em lotes de 80 unidades, qual será seu novo custo anual de estoques, se não houver alteração no custo de preparação? c) após um processo de reestruturação conseguiu-se entre outras coisas, abaixar o custo total de estocagem para R$ 515,00. Considerando que todos os outros valores permaneceram constantes, de quanto deverá ser a redução nos custos de preparação ? Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 73 Resolução a) CT = 0,60 x (1000/2) + 20 x (12000 / 1000 ) + 500 CT = R$ 1040,00 / ano b) CT = 0,60 x (80/2) + 20 x (12000/80) + 500 CT = R$ 3524,00 c) 2000 = 0,60 x (80/2) + Cp x ( 12000 / 80 ) + 500 Cp = R$ 9,84 --- redução de 50,8% O uso de novas tecnologias de ponta como EDI, Internet ou e- commerce podem auxiliar na redução dos custos de obtenção. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 74 Gráfico de Estoque TEMPO ESTOQUE Q Estoque Médio = Q/2 D = demanda Intervalo de tempo entre entregas = Q/D N = Número de pedidos = Freqüência de entregas = D/Q Q/D 74 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 75 Gráfico Genérico de Estoque TEMPO ESTOQUE Q max (EstoqueMáximo) Ponto deReposição Estoque de Segurança Tempo de Ressuprimento ou Lead Time Estoque Virtual E médio = E min+Q max/2 Conceito de Lead time: tempo decorrido desde a colocação de um pedido de ressuprimento até que o material esteja disponível para utilização. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 76 Custo de falta no estoque no caso de não cumprir o prazo de entrega de um pedido colocado, poderá ocorrer ao infrator o pagamento de uma multa ou até o cancelamento do pedido, reduzindo o volume de vendas e prejudicando a imagem da empresa. Este problema acarretará um custo elevado e de difícil medição relacionado com a imagem, custos, confiabilidade, concorrência etc. Custo de manutenção dos estoques são as despesas de armazenamento (altos volumes, demasiados controles, enormes espaços físicos, sistema de armazenagem e movimentação e pessoal envolvido no processo, equipamentos e sistemas de informação específicos). Há ainda os custos relativos aos impostos e aos seguros de incêndio e roubo. Além disso, os itens estão sujeitos a perdas, roubos e obsolescências, aumentando ainda mais os custos de mantê-los em estoques. Estima-se que o custo de manutenção dos estoques representa aproximadamente 25% do valor médio dos produtos. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 77 Custo de Armazenagem Custos de Materiais: Valor de todos os materiais que estão estocados na empresa (é importante observar que com o crescente processo de terceirização parte destes estoques pode estar em poder de terceiro e poderá ser contabilizada como consignação ou estoque em trânsito). Custo de Pessoal: é o custo mensal de toda mão- de- obra envolvida na atividade de estoques (manutenção, controle e gerenciamento, inclusive os encargos trabalhistas). Custos de Equipamentos e Manutenção: São as despesas mensais para manter estoques, incluindo a depreciação dos equipamentos, máquinas e instalações e despesas a eles associados. Custos de Edificação: Refere-se ao custo anual do m2 de armazenamento. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 78 Q=quantidade de material em estoque no tempo considerado, P=preço unitário, I=taxa de armazenamento expressa geralmente em termos de porcentagem do custo unitário e, T=tempo considerado de armazenagem. * * * 2 Q CA T P I Cálculo da taxa de armazenagem a b c d e fI I I I I I I Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 79 100 _ a Lucro I Valor Estoques taxa de retorno de capital Taxa de armazenamento físico S = Área ocupada pelo estoque A = custo anual do m2 de armazenamento C = Consumo anual P = Preço Unitário. * 100 * * b S A I C P Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 80 1. Quanto Comprar? Tamanho do Lote? Como determinar o tamanho de lote? Variáveis: Custo de manutenção (armazenagem + capital + obsolescência) = Cc Custo de fazer pedidos (pedido + desconto no preço) = Cp Número de pedidos feitos = N = D / Q Tempo entre entregas = Q / D Demanda = D Pedir lotes altos pode ter alto custo de armazenagem... Mas pedir lotes muito baixos pode ter alto custo (pedidos, fretes, etc.) t E s to q u e m é d io lo te Poucos pedidos t Muitos pedidos L o te Prazos de Reposição: Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 81 Exercício: Uma empresa que comercializa materiais de construção apresentou vendas de R$ 25.676,00 no ano passado. Os cálculos do estoque médio mostraram um valor de R$ 2.450,00. Nesse setor, as empresas bem sucedidas apresentam valores de giro mínimo de 25 ao ano. Supondo um ano de 365 dias, calcule o giro e a cobertura do estoque. Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 82 Sistemas de Informação de Estoques Atualizar e registrar os estoques; Gerar pedidos; Gerar registros de estoque; Prever Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 83 Utilização O cálculo do estoque de segurança atualiza o registro mestre de material. Pré-requisitos No MRP2 do registro mestre de material, o usuário deve definir o grau de atendimento, o tempo de processamento da entrada de mercadorias e o prazo de fornecimento previsto. Definir também uma estrutura info com dados reais e teóricos para os materiais de cada centro de distribuição. (ZF * SQRLT * sigma = estoque de segurança) Cálculodo estoque de segurança Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 84 Atividades Na tela do PD, selecionar Planejamento ® Planejamento vendas ® Estoque de segurança para calcular o estoque de segurança do centro de distribuição como a seguir: Estoque de segurança = ZF (fator de segurança) multiplicado por SQRLT (raiz quadrada do tempo do ciclo de produção) multiplicado pelo Sigma. O fator de segurança (ZF) se baseia no grau de atendimento definido no registro mestre de material. Por exemplo, se o grau de atendimento for 90%, o fator de segurança é aproximadamente 1,60. O tempo do ciclo de produção (LT) é igual à soma do prazo de fornecimento previsto e do tempo de processamento de entradas de mercadorias, ambos definidos no MRP 2 do registro mestre de material. O desvio médio absoluto (DMA) é a diferença entre a demanda real e a prevista. O Sigma é igual a 1,25 multiplicado pelo DMA. Por exemplo, se o grau de atendimento for 90%, o tempo do ciclo de produção for 4 dias e o desvio médio absoluto da previsão for 1000, o sistema calcula o estoque de segurança como a seguir: 1,60 * 2* 1250 = 4000 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 85 Informações quantitativas : Influência da propaganda. Evolução das vendas no tempo. Variações decorrentes de modismos. Variações decorrentes de situações econômicas. Crescimento populacional. Informações Qualitativas Opinião de gerentes. Opinião de vendedores. Opinião de compradores. Pesquisa de mercado. PREVISÃO DE ESTOQUES Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 86 Quanto Pedir: Custos de Estoque Custo Total Custos Diretamente proporcionais Custos Inversamente proporcionais Custos Independentes Para tomar esta decisão é preciso conhecer os custos envolvidos no estoque e compra dos produtos e tentar minimizá-lo Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 87 Quanto Pedir: Custos de Estoque : Custos diretamente proporcionais Custo de capital de giro: os custos associados ao capital de giro são os juros, que pagamos ao banco por empréstimo, ou os custos de oportunidades, de não reinvestirmos em outros locais; Custo de armazenagem: estes são os custos associados à armazenagem física dos bens. Locação, climatização e iluminação dos armazéns podem ser caros; Custos de obsolescência ou deterioração: riscos associados ao tempo que um material fica estocado; Custos de ineficiência de produção: altos níveis de estoque nos impedem de ver os problemas da produção. $ c re sc em c o m o t a m a n h o d o p ed id o Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 88 Custo de pedido: custo de se colocar um pedido; Custo de desconto de preços: na compra de grandes quantidades fornecedores costumam oferecer descontos; Custo de falta de estoque: a falta de um produto pode acarretar tempo ocioso ou a perda de um cliente; Quanto Pedir: Custos de Estoque Custos inversamente proporcionais: $ d ec re sc em c o m o ta m a n h o d o p ed id o Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 89 CT = Cdp + Cdi + Ci + CT = (Ca + i x p ) x Q/2 + Cp x (D/Q) + Ci Quanto Pedir: Custos de Estoque Ce = Cc = ( Ca + i x p ) custo de carregamento i – custo de capital P – preço de aquisição Estoque médio = Q/2 Cdp = Ce x Emédio Cp – custo do pedido N – nº de pedidos = D/Q, sendo: Q – tamanho do lote ce compras ou fabricação D – demanda Cdi = Cp x nº de pedidos Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 90 90 EXEMPLO: Tamanho do Lote t lo te t L o te PLANO A Q = 400unidades D = 1000 un./ ano N (no de entregas) = D/Q = 2,5 entregas/ano Tempo entre entregas = Q/D = 0,4 ano = 144 dias Estoque Médio = Q/2 = 200 unidades Q = 400 un. Q/2 = 200 T = 0,4 anos PLANO B Q = 100unidades D = 1000 un./ ano N (no de entregas) = D/Q = 10 entregas/ano Tempo entre entregas = Q/D = 0,1ano = 36 dias Estoque Médio = Q/2 = 50 unidades Q = 100 un. T = 0,1 anos Custo de Manutenção = Cc = 1$ / ano / item Custo de Pedido = Cp = 20$ / pedido Cc total = Cc x Q/2 = 1 x 200 = $ 200 Cp total = Cp x N = 20 x 2,5 = $ 50 Custo Total (lote 400) = $ 250 Ce total = Cc x Q/2 = 1 x 50 = $ 50 Cp total = Cp x N = 20 x 10 = $ 200 Custo Total (lote 100) = $ 250 124 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 91 LEAD TIME tempo de execução, o tempo que se passa do começo da execução de uma atividade até à sua conclusão Lead time é associado ao período entre o início de uma atividade produtiva ou não até o seu termino. A mais convencional definição para Lead time em Supply Chain Management (Lambert et al., 1998, p. 347, pp. 503-506, pp. 566-576) é o tempo entre momento de entrada material até sua saída do inventário, muito associado estoque, mas não somente ao produto, mas também a uma atividade, é o período entre o início de uma atividade até o seu término. Com esta definição então Lead time ganha uma forma mais genérica e muitas vezes confundido ou até mesmo tendo o mesmo significado que Ciclo (Lambert et al., 1998, p. 116), Tack time, Deadline, entre outras siglas que estão surgindo (Bowersox et al., 2007. p. 92). Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque Encontre a melhor política de gestão do estoque do produto abaixo • Um departamento de tornoaria encomenda uma peça necessária p/ suas CNCs. • A peça custa $60. A demanda anual é de 400 peças/ano. O custo da colocação do pedido é $20. O custo de guarda anual do estoque é 0.24 (24% do custo do produto). • Sabe-se que a falta da peça custa ao departamento $20 por peça escassa ao ano. • Determine o tamanho ótimo do pedido, a escassez ótima a ser admitida e o custo total da política adotada. 126 92 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque Exercício Itens comprados de um fornecedor custam $ 20 cada, e a previsão para a demanda do próximo ano é de 1.000 unidades. Se custa $ 5 cada vez que é feito um pedido por mais unidades e o custo de manuseio é de $4 por unidade por ano, qual quantidade deveria ser pedida de cada vez? A) Qual é o custo total do pedido para um ano? B) Qual é o custo total de manuseio para um ano? 127 93 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 94 00,100$4 2 50 2 ) 00,100$5 50 1000 ) 50 4 510002 iC Q b A Q D a unidadesQ Solução Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque Um gerente está tentando encontrar o número ótimo de botas de pele de ovelha Demanda anual=12000pares Dias em que indústria trabalha=240/ano. Capacidade diária da fábrica=200 pares Custo de preparação=$ 800,00 Custo anual de armazenagem=$ 60,00 Exercício 129 95 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque 653 50200 200 60 800120002 50 240 12000 Q riaDemandaDiá D p dCT SC S Q iC Q p Solução 130 96 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque MEDIDAS DE DESEMPENHO Com o objetivo de melhorar o gerenciamento empresarial, alguns indicadores relacionados a estoque, vendas, finanças e vendas foram desenvolvidos. A seguir são apresentados alguns deles. Cálculo do retorno sobre capital C L estoqueemCapital Lucro RC __ 131 97 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque _ _ _Custos das vendas Anuais CV R Estoque E ROTATIVIDADE OU GIRO DOS ESTOQUES Medida de Acurácia itensdetotalNúmero corretositensdeNúmero Acurácia ___ ___ itensdostotalValor corretositensdosValor Acurácia ___ ___ 132 98 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque atendidas srequisiçõe de Número efetuadas srequisiçõe de Números Serviço de Nível Nível de serviço Giro de estoques período no médio estoque doValor período no consumidoValor estoques de Giro 133 99 Prof. Agnaldo Vieira da Silva - 2017 Planejamento e Controle de Estoque Bibliografia Bibliografia Básica (títulos , periódicos, etc.) Título/Periódico Autor Edição Local Editora Ano Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento BOWERSOX, D. J; CLOSS, D. J. - São Paulo Atlas 2001 Administração de Materiais e do Patrimônio FRANCISCHINI, Paulino G; GURGEL, Floriano do Amaral - São Paulo Pioneira Thompson 2004 Bibliografia Complementar (títulos , periódicos, etc.) Título/Periódico Autor Edição Local Editora Ano Administração de Materiais: uma abordagem Logística DIAS, Marco Aurélio P. 4ª. São Paulo Atlas 1996 Just in time, MRP II e OPI GIANESI, I. G.; CORRÊA, H. L. - São Paulo Atlas 1996 Kanban: resultado de uma implantação bem- sucedida RIBEIRO, P. D. 2ª. Rio de Janeiro COP Editores 1989 Outros 100
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