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O PENSAMENTO POLÍTICO NA IDADE MÉDIA

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O PENSAMENTO POLÍTICO NA IDADE MÉDIA
Sessão 3
AGOSTINHO DE HIPONA (354-430)
AGOSTINHO DE HIPONA (354-430)
-Vida e obra;
- “A Cidade de Deus”
-Aqueles que vivem segundo o homem x aqueles que vivem segundo Deus
-”Estas duas cidades estão misturadas e atreladas entre si neste século, até que sejam separadas pelo juízo final”
-Definição de povo: “o conjunto da multidão de seres racionais associado pela concordância comum das coisas que ama”
-Novo conceito de história: ela tem um princípio e um fim.
TOMÁS DE AQUINO (1224-1274)
TOMÁS DE AQUINO (1224-1274)
-Forte influência de Aristóteles;
-Fala humana – capacidade de se comunicar com outro homem – o homem só é capaz de se comunicar quando vive em comunidade
-A política é o resultado de um ajuste promovido entre a natureza, o intelecto e a vontade humana: seu objeto é o estudo racional da cidade, o tipo ideal de todas as comunidades humanas;
-Propiciar a vida segundo a virtude é exatamente a tarefa do governante: governar não é senão “conduzir o que é governado para o fim que lhe é adequado”;
-O único homem capaz de assumir tal governo é aquele que não é apenas homem, mas é também Deus: Jesus Cristo. O Vigário de Cristo é o Papa.
TOMÁS DE AQUINO (1224-1274)
-Distinção entre o poder temporal e o poder espiritual, com subordinação do primeiro ao segundo;
-Na medida em que está encarregado do cuidado do fim último de toda vida humana, cabe por direito ao papa também o poder sobre todos os bens intermediários;
-A teoria do direito: a lei eterna, a lei natural, a lei humana e a lei divina.
-A lei eterna é o plano racional de Deus, a ordem do universo;
-A parte conhecida desta lei constitui a lei natural, cuja essência pode se reduzir à seguinte máxima: “deve-se fazer o bem e evitar o mal”;
-Ligada à lei natural está a lei humana, isto é, o direito positivo;
TOMÁS DE AQUINO (1224-1274)
-A possibilidade de uma lei humana contradizer a lei natural: se uma lei positiva estivesse em desacordo com a lei natural, então ela “não seria mais uma lei, mas uma corrupção da lei”;
-Justificação da rebelião contra o tirano;
-A lei divina é a lei revelada, a lei positiva de Deus que é encontrada no Evangelho e preenche as lacunas e imperfeições das leis humanas.
GUILHERME DE OCKHAM (1288-1347)
GUILHERME DE OCKHAM (1288-1347)
-O auge do poder papal;
-A “querela sobre a pobreza evangélica”;
-Os franciscanos: obediência, castidade e pobreza;
-Carta aos Frades Menores: A oposição ao poder papal;
-A unção, consagração e coroação feitas para o rei por meio de um eclesiástico não seria capaz de conferir ao imperador nenhum poder temporal, já que o poder do imperador ou do rei provém, em última instância, do povo. Assim, Ockham propõe a vontade do povo como a base da instituição do governo temporal;
-A autonomia do poder civil em relação ao poder espiritual;
GUILHERME DE OCKHAM (1288-1347)
-O papa deve servir, não dominar. Não é o papa, nem o Concílio, e sim a Igreja, como comunidade livre de fiéis, que, no curso de sua tradição histórica, sanciona as verdades que constituem sua vida e fundamento. A teocracia e a aristocracia não têm lugar na igreja;
-O núcleo em torno do qual gira a política ockhamiana está na vontade; vontade do povo de decidir escolher para si um rei, vontade do rei que escolhe que tipo de organização será a melhor para seu reino;
-A acentuação do indivíduo leva ao nascimento do direito subjetivo e, portanto, á noção moderna de liberdade individual e de sua autonomia, tendo por resultado o nascimento da ciência do direito civil, como também do direito eclesiástico;
GUILHERME DE OCKHAM (1288-1347)
-O papa deve servir, não dominar. Não é o papa, nem o Concílio, e sim a Igreja, como -Em 1339, a leitura de Ockham é proibida em Paris, mas suas teses seguem curso através da história, até João Wyclif (1328-1384) e João Huss (1369-1415);
-Em Ockham, a política encontra seus limites, uma vez que já não pode mais contar com a religião nem com a natureza como bases de seus fundamentos. Destituída de suas bases, a vontade precisa buscar em si mesma a legitimidade do bem querido. Abrem-se, enfim, as portas para a modernidade. 
NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)
NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)
-Realismo político;
-Problema central: como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos;
-A ordem deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie;
-O poder político nasce da “malignidade” que é intrínseca à natureza humana. O poder é a única possibilidade de enfrentar o conflito, ainda que qualquer forma de “domesticação” seja precária e transitória;
-A presença inevitável, em todas as sociedades, de duas forças opostas: uma das forças quer dominar, a outra não quer ser dominada;
NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)
-O problema político é então encontrar mecanismos que imponham a estabilidade das relações, que sustentem uma determinada correlação de forças;
-Duas respostas à anarquia decorrente da natureza humana e do confronto entre os grupos sociais: o Principado e a República;
-Virtú x fortuna;
-O poder se funda na força mas é necessário virtú para se manter no poder;
-Um governante virtuoso procurará criar instituições que “facilitem” o domínio;
NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)
- “Daí é necessário que um príncipe, desejoso de conservar-se, aprenda os meios de poder não ser bom e a fazer ou não uso disso, conforme as necessidades” (O príncipe, cap. XV);
-O ideal para um príncipe seria o de ser ao mesmo tempo amado e temido. Mas essas duas coisas são muito difíceis de serem conciliadas e, assim, o príncipe deve fazer a escolha mais funcional para o governo eficaz do Estado;
NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)
-Não tema pois o príncipe que deseje se manter no poder “incorrer no opróbrio dos defeitos mencionados, se tal for indispensável para salvar o Estado” (O príncipe, cap. XV);
-Um príncipe sábio deve guiar-se pela necessidade e ter a sabedoria de agir conforme as circunstâncias. Devendo, contudo, aparentar possuir as qualidades valorizadas pelos governados;
-Quer como homem, quer como leão (para amedrontar os lobos), quer como raposa (para conhecer os lobos), o que conta é “o triunfo das dificuldades e a manutenção do Estado. Os meios para isso nunca deixarão de ser julgados honrosos, e todos os aplaudirão” (O príncipe, cap. XVIII);
-A política tem uma ética e uma lógica próprias.

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