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ESTUDO DIRIGIDO AV1 PSICOJUR NOVO

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ESTUDO DIRIGIDO DE PSICOLOGIA JURÍDICA AV1
NOME: GABRIEL TRINTIN GOMES MAT: 201502193825
DATA: 03/10/2017
AULA 1 
“Até o fim do século XIX, a Psicologia Jurídica esteve vinculada à prática psiquiátrica forense, na qual predominou uma espécie de “psiquiatrização” do crime. A verdade jurídica é o resultado obtido pelo exame do criminoso (SILVA, 2007)”. As explicações norteadoras do comportamento humano se pautavam na Frenologia do Galton, a Antropologia Criminal de Lombroso e a Psiquiatria. Explique os pressupostos de cada um desses modelos.
R: O conhecimento Biologia (sustentado pela lógica científica) → estabelece modelos e a possibilidade de explicação dos comportamentos humanos.
São dessa época:
Frenologia de Galton → interpretação da capacidade humana (caráter, funções intelectuais) por meio do tamanho e conformação do crânio.
Antropologia Criminal de Cesare Lombroso → criminalidade é um fenômeno hereditário, passível de ser reconhecido pelas características físicas do indivíduo.
Psiquiatria → saber sobre a loucura → Philipe Pinel → dentro da ótica iluminista.
Como aconteceu a articulação da Psicologia com o Direito? Em que áreas e populações foram iniciadas a atuação conjunta? Como era a atuação da Psicologia? Quais as contribuições da Psicologia?
R: Os primeiros trabalhos ocorreram na área criminal, enfocando estudos acerca de adultos criminosos e adolescentes infratores da lei (ROVINSKI, 2002).
Inicialmente, a Psicologia Jurídica fazia uso de psicodiagnósticos, que eram considerados como instrumentos que objetivavam as constatações matemáticas, fornecendo comprovações para a orientação dos operadores do Direito.
Utilizavam-se, sobretudo, testes psicológicos – os psicólogos que trabalhavam na área eram chamados de “ testólogo”, pois sua prática era baseada na aplicação de exames e avaliações. 
Perícia: avaliação de condições psicológicas com a finalidade de responder a quesitos formulados por operadores do Direito -> atividade avaliativa e de subsídio às decisões judiciais.
Dentro desse contexto surge, no final do século XIX, a Psicologia do Testemunho.
Objetivo: avaliação da veracidade de relatos de acusados e de testemunhas, levando em consideração os processos internos que influenciam na veracidade do relato, como por exemplo, memória e percepção. (Jacó-Vilela, 1999).
Quais as contribuições da Psicologia nessa conjuntura?
Estudos acerca dos sistemas de interrogatório;
Os fatos delitivos;
A detecção de falsos testemunhos;
As amnésias simuladas;
Os testemunhos de crianças.
O que é Psicologia Jurídica?
R: A Psicologia Jurídica corresponde a toda aplicação do saber psicológico às questões relacionadas ao saber do Direito. “Toda e qualquer prática da Psicologia relacionada às práticas jurídicas pode ser nomeada como Psicologia Jurídica”
Quais as principais atividades do Psicólogo jurídico? E os campos de atuação? E atividades de cada campo da Psicologia Jurídica? 
R: Atividades: 
Confecções de laudos;
Pareceres;
Relatórios;
Recomendação de soluções para os conflitos apresentados.
Campo de atuação:
 
Direito da Família;
Direito da Criança e do Adolescente;
Direito Civil;
Direito Penal; 
Direito do Trabalho. 
Atividades de Campo:
O Direito de Família e o Direito da Criança e do Adolescente fazem parte do Direito Civil.
Como na prática as ações são ajuizadas em varas diferenciadas, optamos por fazer essa divisão também didaticamente. 
Psicólogo jurídico e o direito de família: 
Processos de separação e divórcio;
Disputa de guarda e regulamentação de visitas.
Defina destituição do poder familiar? Quais as situações que a destituição pode ocorrer?
R: É um direito concedido a ambos os pais, sem nenhuma distinção ou preferência, para que eles determinem a assistência, criação e educação dos filhos. Esse direito é assistido aos genitores, ainda que separados, e a guarda conferida a apenas um dos dois. 
O processo de separar a criança de sua família exige muita atenção e cuidado, pois, independentemente da causa da remoção (doença, negligência, abandono, maus-tratos, abuso sexual, ineficiência ou morte dos pais), a transferência da responsabilidade para estranhos deve ser realizada com base em muita reflexão (CESCA, 2004).
Defina dano psíquico?
R: Sequela, na esfera emocional ou psicológica, de um fato particular traumatizante. Pode-se dizer que o dano está presente quando são gerados efeitos traumáticos na organização psíquica e/ou no repertório comportamental da vítima. 
Defina interdição?
R: Interdição:
O psicólogo nomeado perito pelo juiz realiza avaliação que comprove ou não a enfermidade mental.
Objetivo: A Justiça quer saber se a doença mental de que o paciente é portador o torna incapaz de reger sua pessoa e seus bens. Refere-se à incapacidade de exercício por si mesmo dos atos da vida civil. Uma das possibilidades de interdição previstas pelo Código Civil são os casos em que, por enfermidade ou deficiência mental, os sujeitos de direito não tenham o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil. 
	
Há duas mudanças da Lei de Execução Penal (LEP) que impactaram na área de psicologia (a primeira em 1984 e a segunda em 2003), o que aconteceu na primeira e na segunda mudança? 
R: Segundo Lago et al., (2009), a Lei de Execução Penal (LEP), criada em 1984, foi um elemento fundamental, garantindo a existência oficial do trabalho dos psicólogos no sistema prisional. 
A Lei 10.792/2003 trouxe mudanças à LEP, uma vez que extinguiu o exame criminológico feito para instruir pedidos de benefícios e o parecer da Comissão Técnica de Classificação Brasil (2003). Para a concessão de benefícios legais, as únicas exigências previstas são o lapso de tempo já cumprido e a boa conduta.
AULA 2
Quais os principais problemas éticos da prática de psicologia? (não são os dilemas, ok?)
R: 
O sigilo;
Atendimento de pessoas portadoras de doenças contagiosas;
O valor a ser cobrado pelo serviço prestado;
Prática antiética de um colega de profissão.
Qual são os papéis da psicologia frente às questões éticas?
R: O psicólogo não pode nem deve compactuar, silenciar ou repetir atitudes que violem a liberdade, a dignidade e os direitos da pessoa humana.
Deve procurar parcerias capazes de fortalecer sua prática ética e estimular atitudes socialmente dignas, contribuindo para o advento de uma sociedade mais ética.
O que é vedado ao psicólogo segundo o código de ética?
R: 
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-científica;
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;
Como é abordado no código de ética o sigilo nas práticas psicológicas?
R: 
Art. 9º  É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 10  Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo único - Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.
Como deve ser a elaboração dos documentos do psicólogo, segundo a ética profissional?
R: 
Art. 2º - O Manual de Elaboração de Documentos Escritos,referido no artigo anterior, dispõe sobre os seguintes itens: 
Princípios norteadores; 
Modalidades de documentos; 
Conceito / finalidade / estrutura; 
Validade dos documentos; 
Guarda dos documentos. 
Art. 3º - Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de avaliação psicológica deverá seguir as diretrizes descritas neste manual. 
AULA 3
Quais os documentos utilizados pelo psicólogo? Quais suas estruturas e funções?
R:
1 - DECLARAÇÃO
Conceito e Finalidade
É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico, com a finalidade de:
Declarar comparecimentos do atendido;
Declarar o acompanhamento psicológico do atendido;
Informações diversas sobre o enquadre do atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou horários).
 Estrutura da Declaração
Ser emitida em papel timbrado ou apresentar na subscrição do documento o carimbo, em 
que conste: nome e sobrenome do psicólogo acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do Psicólogo / Nº da inscrição”);
A Declaração deve expor: 
 Registro do nome e sobrenome do solicitante;
Finalidade do documento (comprovação/comparecimento);
 Registro de informações solicitadas em relação ao atendimento (se faz acompanhamento psicológico, em quais dias, qual horário);
 Registro do local e data da expedição da Declaração;
 Assinatura do psicólogo acima da identificação do psicólogo ou do carimbo.
 ATESTADO PSICOLÓGICO – Resolução CFP Nº 015/1996
Conceito e Finalidade
É um documento expedido pelo psicólogo, que certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade:
Afirmar como testemunha, por escrito, a informação ou estado psicológico de quem, por requerimento, o solicita, aos fins expressos por este;
Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante, atestando-os como decorrente do estado psicológico informado;
Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na afirmação atestada do fato, em acordo com o disposto na Resolução CFP nº 015/96.
 Estrutura do Atestado
A formulação do Atestado deve restringir-se à informação solicitada pelo requerente, contendo expressamente o fato constatado. Embora seja um documento simples, deve cumprir algumas formalidades:
Ser emitido em papel timbrado ou apresentar na subscrição do documento o carimbo, em que conste o nome e sobrenome acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do Psicólogo / Nº da inscrição”).
Estrutura do Atestado
O Atestado deve expor: 
Registro do nome e sobrenome do solicitante;
Registro da informação pelo sintoma, situação ou estado psicológico que justifica o atendimento, afastamento ou falta – podendo registrar sob o indicativo do código da Classificação Internacional de Doenças (CID);
Registro do local e data da expedição da Declaração;
Assinatura acima da identificação do psicólogo ou do carimbo.
Estrutura do Atestado
Se a finalidade do Atestado for solicitar afastamento ou dispensa, o registro da informação/pedido deverá estar justificado pelo sintoma, situação ou estado psicológico.
 Os registros deverão estar transcritos de forma corrida, ou seja, separados apenas pela pontuação, sem parágrafos, evitando, com isso, riscos de adulterações. No caso em que seja necessária a utilização de parágrafos, o psicólogo deverá preencher esses espaços com traços.
RELATÓRIO/LAUDO PSICOLÓGICO 
Conceito e Finalidade
Apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica.
A finalidade será o de apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelos processos da avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e a evolução do caso, a orientação e sugestão do projeto terapêutico.
Como todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo. 
Estrutura do Relatório/Laudo
 Independentemente das finalidades a que se destina, o Relatório Psicológico é uma peça de natureza e valor científicos, devendo conter narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao destinatário.
 Os termos técnicos devem, portanto, estar acompanhados das explicações e/ou conceituações retiradas dos fundamentos teóricos - filosóficos que os sustentam. Independentemente também, da finalidade a que se destina, o Relatório Psicológico deve conter:
Cabeçalho ou Identificação;
Introdução ou Histórico;
Descrição/Desenvolvimento ou Análise;
Conclusão.
PARECER PSICOLÓGICO 
Conceito e Finalidade
É um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo.
Tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questão problema”, visando a diminuir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
Estrutura do Parecer
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado, destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos apontados e com fundamento em referencial teórico-científico.
O psicólogo deve respondê-los de forma sintética e convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta. Quando não houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser categórico, deve-se utilizar a expressão “sem elementos de convicção”. Se o quesito estiver mal formulado, pode-se afirmar “prejudicado”, “sem elementos” ou “aguarda evolução”. 
Estrutura do Parecer
O parecer é composto de quatro itens: 
Identificação;
Exposição de motivos; 
Análise; 
Conclusão.
AULA 4
Qual a diferença entre o perito e o assistente técnico?
R: – Psicólogo Perito:- auxilia o Juiz em questões técnicas. Há questões-problema a serem respondidas, e o profissional deve formular resposta aos quesitos. Ele tem a função de examinar as pessoas envolvidas no litígio e formar um juízo sobre o que lhe foi questionado.
Assistente Técnico: profissional contratado pela parte para auxiliá-la com seus conhecimentos específicos no acompanhamento da Perícia. 
Qual o significado da palavra “menor” 
R: No Brasil, por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criança passa a ser considerada sujeito de direito. Muda-se o enfoque da criança estigmatizada por toda a significação representada pelo termo “menor”. Este termo “menor” forjou-se no período da Ditadura para se referir à criança em situação de abandono, risco, abuso, enfim, à criança vista como carente. Denominá-la como menor era uma forma de segregá-la e negar-lhe a condição de sujeito de direitos. Em virtude disso, no Brasil, denominamos assim este setor da Psicologia Jurídica e as questões da Infância e Juventude. 
AULA 5
No período colonial do Brasil, como era a proteção à criança e ao adolescente antes dos códigos de menores?
R: Brasil século XVIII – responsabilidade das Santas Casas de Misericórdia, que detinham o monopólio da assistência à infância abandonada com auxílio das Câmaras Municipais.
A Constituição Política do Império (1824) não fazia qualquer menção à proteção ou garantia às crianças e aos adolescentes. 
Não havia proteção ou menção constitucional no que diz respeito à evolução jurídica do direito infanto-juvenil. 
Quais as inovações do Código de Mello Mattos de 1927 e qual a população abrangida?
R: Nesse Código, o termo “menor”, foi utilizado para designar aqueles que se encontrava em situações de carência material ou moral, e que tinham cometido alguma infração.
Fazia menção aos sujeitos menores de 18 anos, abandonados e delinquentes– o desvalido: aquele que causa a desordem, geralmente pobre, sujo e mal vestido, que precisa ser punido com o encarceramento, ainda que separadamente dos adultos.
Na década de 1940, houve modificações relevantes na situação da maioridade penal, cite-as. As instituições voltadas à situação dos adolescentes emergiram, modificaram na década de 1960. Indique as instituições e seus objetivos.
R: O Código Penal alterou o Código de Menores de 1927, determinando a responsabilidade penal aos 18 anos. 
Essa responsabilização teve como análise a imaturidade do menor que, até então, era sujeito apenas à pedagogia corretiva sem distinção entre delinquentes e abandonados.
1960, O SAM não cumpriu com o seu objetivo, por isso foi extinto pela mesma lei que criou a Fundação Nacional do Bem Estar do Menor (FUNABEM). 
Amparar, socialmente, os menores carentes abandonados e infratores, centralizando a execução de uma política de atendimento, de caráter corretivo-repressivo-assistencial em todo território nacional. Na verdade, o SAM foi criado, para cumprir as medidas aplicadas aos infratores pelo juiz, tornando-se mais uma administradora de instituições do que, de fato, uma política de atendimento ao infrator (Liberati, 2002, p.60). 
No novo Código de Menores em 1979, formulou-se a palavra menor em situação irregular. Quais as populações abrangidas?
R: Imprimindo o mesmo cunho assistencialista e repressivo, foi direcionado ao menor em situação irregular, expressão que substituiu as expressões menor abandonado, delinquente, infrator, transviado, desvalido, exposto, centralizando todas as decisões na figura do juiz da infância, mantendo a visão conservadora, higienista e punitiva.
De acordo com a lei, todos estariam em situação irregular. 
Estariam em situação irregular as crianças e os adolescentes até 18 anos que praticassem:
Atos infracionais; 
As que estivessem sobre a condição de maus-tratos familiares;
Em estado de abandono pela sociedade.
A Constituição cidadã de 1988 trouxe outro entendimento sobre crianças e adolescente. Em que consistiu a doutrina da proteção integral? 
R: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
A Constituição Federal reconhece, portanto, a doutrina da proteção integral, com três aspectos fundamentais, a saber:
Crianças e adolescentes adquirem a condição de sujeitos de direitos;
Infância e adolescência são reconhecidas como fases especiais do processo de desenvolvimento humano, ou seja, são reconhecidas como pessoas em desenvolvimento;
A prioridade absoluta em relação às crianças e aos adolescentes passa a ser princípio constitucional. 
A Constituição de 1988 contém o embrião do ECA de 1992. Em relação ao trabalho do adolescente, o que ela preconiza? E em relação a aplicação de medida privativa de liberdade do adolescente? A proteção 
às crianças e adolescentes? E a igualdade de condições entre os filhos?
R: 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
 
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
 
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; 
 
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
 
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
 
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
 
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins.
Constituição de 1988
§4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
 
§5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.
 
§6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos 
e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
 
§7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se-á em consideração o disposto no art. 204. 
Quais os principais aspectos abordados no ECA em relação às crianças e adolescentes?
R: O Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA) busca proteger a criança e o adolescente de qualquer forma de abuso, seja cometido pela família responsável, seja pela sociedade ou de forma indireta pelo próprio estado.
Quais as faixas etárias atendidas pelo ECA? E nos casos excepcionais?
R: 
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um ano de idade.
Criança – pessoa até 12 anos incompletos. 
Adolescente – pessoa entre 12 e 18 anos de idade. 
Convenção sobre os Direitos da Criança: Criança – pessoa menor de 18 anos, salvo se a maioridade for alcançada pela lei do país. Não faz distinção entre criança e adolescente. 
IMPORTANTE: É possível a aplicação do Estatuto para pessoas entre 18 e 21 anos de idade.
AULA 7 (CONTINUIDADE DA AULA 5. A AULA 6 MODIFICA O ASSUNTO ESTUDADO)
O Código Penal de 1830 determinava que os menores de 14 anos eram inimputáveis. Ao cometer um ato infracional aos 14 anos, o que acontecia ao adolescente? Como era a privação de liberdade e por quanto tempo?
R:
Código Criminal do Império de 1830 
 
Determinava que os menores de 14 anos de idade encontravam-se isentos da imputabilidade pelos atos praticados (que fossem considerados criminosos).
Entretanto, os menores de 14 anos que tinham discernimento sobre o ato cometido deveriam ser recolhidos às Casas de Correção, até que completassem 17 anos – Teoria da Ação com Discernimento (consciência em relação à prática da ação criminosa). 
Entretanto, os menores de 14 anos que tinham discernimento sobre o ato cometido deveriam ser recolhidos às Casas de Correção, até que completassem 17 anos – Teoria da Ação com Discernimento (consciência em relação à prática da ação criminosa). 
No Código Penal de 1890, qual a faixa etária inimputável? E no Código de Mello Mattos de 1927, qual a faixa etária e como era a privação de liberdade, quanto tempo? E no Código Penal de 1979? E na Constituição Federal de 1988?
R: 1890, inimputável, 9 anos de idade.
1927, O Código de Mello Mattos, dividia os menores em duas categorias: 
Os abandonados, que incluíam os vadios, mendigos e libertinos; 
Os delinquentes, desde que menores de 18 anos de idade, que estariam amparados e disciplinados pelas normas contidas no Código. 
Classificação menorista – os menores de 18 anos classificados como abandonados e/ou delinquentes.
Aos 14 anos de idade era vedada a prisão comum, entretanto, eram submetidos a um processo especial de apuração de sua infração.
Código de Menores – a da lei penal com referência aos menores (Veronese, 1999): 
Menos de 14 anos – improcessável, com internamento, porém, se tratar de menor pervertido ou doente;
Mais de 14 anos e menor de 18 anos – processo especial;
Mais de 16 anos e menos de 18 anos – evidenciando periculosidade, internação em estabelecimento especial;
Mais de 18 e menos de 21 anos – atenuante de menoridade.Medida de internação ao delinquente era imposta por todo o tempo necessário à sua educação (3 a 7 anos de duração).
1979, “Menor em Situação Irregular” – Referia-se ao menor de 18 anos de idade que se encontrava abandonado materialmente, vítima de maus-tratos, em perigo moral, desassistido juridicamente, com desvio de conduta e ainda o autor de infração penal. (Veronese, 1999).
Art. 14. São medidas aplicáveis ao menor pela autoridade judiciária:
I - advertência;
II - entrega aos pais ou responsável, ou a pessoa idônea, mediante termo de responsabilidade;
III - colocação em lar substituto;
IV - imposição do regime de liberdade assistida;
V - colocação em casa de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional, ocupacional, psicopedagógico, hospitalar, psiquiátrico ou outro adequado.
Constituição Federal de 1988 
  
Art. 228 – São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
Em casos de atos infracionais praticados por crianças, quais as medidas legais cabíveis?
R: ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII - abrigo em entidade;
VII - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VIII - colocação em família substituta.
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
IX - colocação em família substituta. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade.
O que é ato infracional e medidas socioeducativas? Quais os tipos de medidas socioeducativas existentes no ECA? 
R:
Ato Infracional – É a conduta descrita como crime ou contravenção penal. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8.069/1990. 
Medidas Socioeducativas: São medidas aplicadas mediante ordem judicial aos adolescentes autores de ato infracionais, com a finalidade pedagógica, aplicadas pelo juiz. Visando a integração do jovem em conflito com a lei à vida social. 
Medidas do ECA
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semi-liberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
GTG

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