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Credenciada pela Portaria 921, de 07/11/07, D.O.U. de 08/11/07
DISCIPLINA: Português II
PROFESSORA: Liane Müller
SEMESTRE 2011/1
	ARGUMENTAÇÃO
TIPOS DE ARGUMENTOS
ARGUMENTO DE AUTORIDADE
É a citação de autores renomados, autoridades num certo domínio do saber, numa área da atividade humana para:
reforçar uma tese, um ponto de vista;
criar a imagem de que o falante sabe o que está falando (uma vez que já leu o que pensaram outros autores sobre ele)
tornar os autores citados fiadores de veracidade.
O velho Marx tinha razão quando disse: “A religião é o ópio do povo”. Fiéis, no seu fundamentalismo bíblico, encobrem o rosto com o véu do fanatismo e da alienação e ainda acham que tudo não passa de uma tramóia... É lamentável. O neopentecostalismo com a Teologia da Prosperidade não venceu a desilusão do mundo pós-moderno, onde ainda imperam poder, ganância e corrupção.
 Celmo Antônio de Araújo (VEJA CARTAS, 24/01/07, p.32) 
ARGUMENTO BASEADO NO CONSENSO
É o argumento construído a partir de um conhecimento tomado como senso comum (consenso), tido como um saber partilhado.
A educação é a base do desenvolvimento.
A família é a base da organização social.
Mas não em:
O brasileiro é um preguiçoso.
A Aids é um castigo de Deus.
Se é verdade que qualquer ato de violência traumatiza o indivíduo em formação, também é válida a tese do limite que deve ser dado ao cidadão, particularmente nos primeiros anos de vida.
 (Cláudio Janta, ZH, 14/02/06)
ARGUMENTO BASEADO EM PROVAS CONCRETAS
É o argumento baseado em fatos comprobatórios (cifras e estatísticas, dados históricos, fatos da experiência cotidiana), os quais devem ser:
pertinentes
adequados
fidedignos
suficientes
As eleições de 2006 promoveram, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal uma tímida renovação. Dos 513 deputados eleitos, 278 são parlamentares que conseguiram a reeleição e apenas 235 são políticos que estavam fora. [...] No âmbito do Senado, o retrato foi apenas um pouco diferente. [...]. Do total dos vinte novos senadores, dezenove já haviam ocupado algum cargo eletivo antes.
 (VEJA, 27/12/2006, p.42)
ARGUMENTO COM BASE NO RACIOCÍNIO LÓGICO
É o argumento baseado nas relações lógicas entre proposições e provas (causa e conseqüência, explicação ou justificativa, conclusão, etc.).
Alguns defeitos dessa argumentação:
fuga do tema
tautologia
indicação de causa de um fato o que não é causa dele.
 No Brasil, toda vez que o Estado depara com uma grave crise política, motivada pela violência, lança-se uma lei para, de forma demagógica, “acalmar” a sociedade. Exemplo disso ocorreu com a Lei de Crimes Hediondos, com a Lei da Prisão Temporária, com o estatuto da Criança e do Adolescente, com a Lei de Tortura e, há pouco tempo, com o estatuto do Idoso, incentivado em novela no horário nobre. É o caso da Lei 10.826, de 23 de dezembro de 2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento, e o decreto que a regulamentou, nº 5.123, que passou a ter vigência em 2 de julho de 2004.
 Ora, se as autoridades brasileiras não conseguem garantir um mínimo de segurança ao brasileiro comum, papel que incumbe, legitimamente, ao Estado garantir,(então) não pode querer deixá-lo indefeso frente à violência, coibindo-lhe o direito de ter uma arma, para impedir, por exemplo, que sua casa – espaço privado inviolável que todo ser humano tem direito de preservar – seja violada por um assaltante, papel efetivamente não realizado por quem deveria realizá-lo: o poder público.
 
 
 5. ARGUMENTO DA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA
É o argumento baseado no modo de dizer, ou seja, na utilização de um vocabulário adequado à situação de interlocução, usando a norma culta da língua, o que atribui credibilidade às informações veiculadas.
Excelente a reportagem de VEJA sobre a testosterona. Ela aborda um novo paradigma da medicina em que a qualidade de vida e a prevenção através da reposição hormonal responsável atuam como coadjuvante terapêutico em uma série de doenças crônicas presentes no envelhecimento, como a depressão, o diabetes, a obesidade, a osteoporose, e na redução do risco cardiovascular.[...] A matéria, oportunamente, coloca em pauta a polêmica da reposição hormonal, sem deixar de realçar os perigos do abuso da utilização dos hormônios por fisioculturistas e por profissionais incapacitados para trabalhar com hormônios, sendo esse um dos grandes elementos geradores do risco da reposição [...].
 (Vânia Assasly-Diretora científica da Sociedade Brasileira de Antienvelhecimento (Sobrae), VEJA, 20/12/06, p.42) 
Atividades: 
1. Identifique nos trechos abaixo os tipos de argumentos empregados pelo autor.
a) “Uma pesquisa realizada no Brasil e em outros dez países mostra que as festas de fim de ano representam um motivo de stress para 87% das pessoas. Segundo os entrevistados, os motivos das dores de cabeça vão desde as despesas com presentes de Natal até o trabalho extra que seus chefes costumam cobrar antes das férias.” (VEJA, 27/12/2006, p.33)
b) “Conforme James Lovelok (cientista inglês inventor do aparelho que permitiu detectar o acúmulo do pesticida DDT nos seres vivos, razão pela qual se interrompeu o uso da substância) o aquecimento global já passou do ponto sem volta. A situação se tornará insuportável lá por 2040. (VEJA, 25/10/2006, p. 17 – texto adaptado)
c) ”É lícito, do ponto de vista ético, realizar uma cesariana eletiva em uma gestante sem qualquer indicação reconhecida cientificamente?
Baseado na interpretação do que foi postulado no artigo “Surgery and patient choice: The ethics of decision making”, do American College of Obstetricians and Gynecologists, publicado no International Journal of Ginecology & Obstetrics em novembro de 2003, respondo que sim, há uma base teórica para um posicionamento ético-profissional a respeito da decisão de se optar por uma cesariana a despeito da falta de indicação médica reconhecida.” (Marcos Wengrover Rosa- ginecologista e obstetra. ZH, 21/01/06)
d) ”De acordo com o IBOPE, 83% dos brasileiros de consideraram satisfeitos ou muito satisfeitos com a vida. O número é duas vezes maior do que o total das pessoas atendidas pela rede de esgoto – 40%. Há felicidade sem esgoto.” (Diogo Mainardi. VEJA, 27/12/06, p.103)
e) ”Não pode ser uma vitória católica aquilo que vai contra a sua doutrina. Toda religião tem seu credo. O que se cobra dos fiéis é que sejam coerentes com ele. Ser católico não é, como pretende o nominalismo do articulista, apenas se dizer católico: é ser fiel à doutrina do magistério da Igreja. Sendo assim, não induza os leitores ao erro, criando antagonismos onde não existem. Fiéis católicos são, com toda a força do Espírito Santo e da tautologia, os que são fiéis ao catolicismo. Os que não aceitam ou discordam estejam à vontade, assumam sua condição de opositores e avante, em vez de se dizerem católicos não-católicos, façam como Lutero.” (Lincoln Meireles Tomaz. VEJA (cartas), 23/03/05)
f) “O alerta feito pela pedagoga Graciela Costa da Silva, em artigo publicado na última quinta-feira em Zero Hora, de que é preciso restabelecer o mais urgente possível regras de disciplina nas escolas, toca numa questão central não apenas para o ambiente escolar, mas para toda a sociedade. É nas instituições de ensino, nas quais passam – ou deveriam passar – uma parte importante de seu dia-a-dia, que os alunos precisam incorporar valores, habituar-se com limites e absorver regras de convívio social. O problema é que esses princípios foram retirados dos regimentos escolares, limitando o papel que os professores costumavam desempenhar para suprir lacunas deixadas pelas famílias, em muitos casos ausentes ou desestruturadas. Como adverte a educadora, o jovem sem a formaçãoadequada hoje pode ser o transgressor de amanhã e essa ameaça precisa ser evitada.” (ZH, 14/09/2008)
2. Dada a tese, encontre no mínimo dois argumentos capazes de sustentá-la. A seguir, redija um parágrafo em que elas aparecem, bem como uma conclusão.
As pequenas empresas, no Brasil, têm grandes dificuldades para se manter.
Argumento 1: ...............................................................................................................
Argumento 2: ...............................................................................................................
O consumo de drogas pesadas, como o crack, deve ser combatido por toda a sociedade.
Argumento 1: ...............................................................................................................
Argumento 2: ...............................................................................................................
Todo pai deve controlar o acesso dos filhos à internet.
Argumento 1: ...............................................................................................................
Argumento 2: ...............................................................................................................
3. Redija textos a partir do problema, dos argumentos e da conclusão aqui sugeridos:
	Problema
	Argumento(s)
	Conclusão (tese)
	
A precipitação da polícia na conclusão de inquéritos.
	a) compromete o esclarecimento da verdade;
b) ajuda a absolver culpados;
c) possibilita a condenação de inocentes.
	
A justiça deve agir com prudência na condução de uma investigação
	
A substituição do texto imprenso pelo eletrônico 
	a) o texto impresso é um objeto concreto, real, um objeto que tem uma história de séculos;
b) O jornal, o livro, podem ser folheados; é como se tivéssemos um contato verdadeiramente sensorial com a notícia, com o comentário, com as imagens;
c) o texto eletrônico é um dispositivo neutro, impessoal, que jamais terá a conotação afetiva da página impressa.
	
O texto impresso ainda terá uma longa sobrevida.
	MODALIZADORES DE ENUNCIADO
A modalização refere-se à expressão das intenções e pontos de vista do enunciador. É por intermédio dela que este inscreve no enunciado seus julgamentos e opiniões sobre o conteúdo que está falando/escrevendo, deixando ao ouvinte/leitor pistas sobre o reconhecimento dos efeitos de sentido que pretende produzir.
Essa atividade, que revela a atitude do falante frente ao enunciado que produz, denomina-se modalização. 
O emissor, ao produzir seu texto, pode situar seu enunciado em torno de dois eixos básicos: o do CRER (creio, penso, acho, pode ser, é provável, é possível, possivelmente, parece que) e o do SABER (é certo, é preciso, é necessário, é óbvio, não pode haver dúvida, certamente, necessariamente).
Ao organizar seu enunciado no eixo do CRER, o emissor impõe sua opinião (ou finge não impor), dando ao leitor a possibilidade de aceitar e/ou de aderir ou não ao discurso que lhe é dirigido.
Quando o emissor, porém, situa seu enunciado no eixo do SABER (da necessidade, da certeza, da norma), ele obriga o leitor a aderir ao discurso, aceitando-o como verdadeiro, já que os argumentos são vistos como incontestáveis.
Exemplos:
Virei sem falta. (certeza; eixo do saber)
Provavelmente virei. (probabilidade; eixo do crer)
É impossível acreditar nessas promessas. (certeza: eixo do saber)
Recursos linguísticos para a expressão da modalização 
Entre os vários tipos de lexicalização possíveis das modalizações, podem-se citar:
Advérbios: talvez, felizmente, infelizmente, lamentavelmente, necessariamente, certamente, provavelmente, possivelmente, etc.
Predicados cristalizados: é certo, é preciso, é necessário, é provável, é obrigatório, etc.
Performativos explícitos: eu ordeno, eu proíbo, eu permito, eu quero, etc.
Verbos auxiliares: poder, dever, ter que/de, haver de precisar de, etc.
Verbos de atitude proposicional: eu creio, eu sei, eu duvido, eu acho, etc.
Modos (e tempos) verbais: indicativo, subjuntivo, imperativo
Índices de avaliação
	Além dos indicadores de modalidade, existem também os indicadores de atitude ou estado psicológico com que o locutor: 
se representa diante dos enunciados que produz: Felizmente Paulo não é mais o nosso chefe.
valoriza ou desvaloriza o fato, estado ou qualidade atribuída a um referente: Paulo realizou um péssimo trabalho frente à Instituição.
delimita o domínio dentro do qual o enunciado deve ser entendido: Politicamente, ele está desmoralizado.
delimita o modo como o enunciado é formulado pelo locutor: Abordando resumidamente o tema, é isso que temos a dizer.
 
Referências Bibliográficas:
KOCH, Ingedore G. V. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 1987
TRAVAGLIA, L.C. Gramática: ensino plural. São Paulo: Cortez, 2003.
Exercícios:
1. Identifique os modalizadores presentes nos enunciados abaixo:
a) Cacau Show: É importante para o país, e principalmente para os consumidores, que empresas nacionais e jovens ofereçam produtos de alta qualidade com preços inferiores aos praticados por companhias tradicionais que se acham insuperáveis, como é o caso da surpreendente Cacau Show, retratada na penúltima edição de EXAME (A Zara do Chocolate, 27 de janeiro). Mas é importante que seu presidente, Alexandre Costa, tenha consciência de que a fórmula do sucesso de ontem poderá não ser a mesma de amanhã, exigindo, além de sua percepção empreendedora, investimentos suficientes para manter a Cacau Show em crescimento e igualmente competitiva.  (Nilson Antonio Bessas / Lagoa da Prata, MG. (Revista Exame, 17/02/2010)
b) A gestão dos brasileiros Carlos Brito e Luiz Fernando Edmond, após a compra da Anheuser-Busch levanta uma questão fundamental: vale a pena demitir funcionários em larga escala para atingir metas? Creio que o centro do debate seja realmente a disparidade entre uma empresa essencialmente familiar, tradicional, ícone de uma cidade, e a eficiência. Ao incentivar altos executivos com promessas de bônus milionários, a ABInBev mancha não só a sua imagem como também a do empresariado brasileiro como um todo. Acredito que, antes da fama, do lucro, da fortuna, das metas atingidas, dos bônus ganhos, o mais importante seja a nossa imagem perante a sociedade..Lucivaldo F. Matos, Maracanaú, CE (Revista Exame, 03/03/2010)
c) Muito interessante o artigo Átomos São os Novos Bits, de Chris Anderson (24 de fevereiro), que retrata a importância da criatividade no mundo dos negócios. Com uma concorrência cada vez mais expressiva, quem manda é o cliente, e as empresas precisam produzir o que seus consumidores querem, pelo preço que estão dispostos a pagar. É por essa capacidade que se definem a qualidade de uma empresa e a sobrevivência de vários segmentos no mundo corporativo. Natália Diniz, São Paulo, SP (Revista Exame, 03/03/2010)
d) A reportagem acerca da obesidade nos Estados Unidos comprovou a versatilidade de EXAME ao tratar de temas globalmente relevantes (A Verdadeira Pepsi Light, 21 de abril). É fantástico observar o engajamento de muitos ícones da indústria de junk food na causa, principalmente da Pepsico. Entretanto, antes de promover uma mudança radical nas empresas, deve-se conscientizar a população da importância de uma alimentação saudável.
Dan Wolf Messer Rio de Janeiro, RJ (Revista Exame, 28/04/2010)
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2. Indique se os índices avaliativos destacados nos trechos abaixo (1) representam a posição do locutor diante do fato, (2) valoriza ou desvaloriza o fato, (3) delimita a abrangência do fato.
a) ( ) “ O conhecimento se propaga, principalmente, pela força da palavra.”
b) ( ) O homem, finalmente, aceitou as nossas desculpas.
c) ( ) O excelente desempenho da equipe brasileira deu-nos o título mundial.
d) ( ) “O problema é sério, mas não pode ser focalizado apenas nos laboratórios fraudulentos, felizmente ainda minoria[...]”e) ( ) “Finalmente, um retrato à altura de Vinícius de Moraes, grande poeta e figuraça.”
3. Relacione os enunciados abaixo com os propósitos do enunciador, observados a partir dos modalizadores destacados:
a) ( ) Dou-lhes como garantia de que não foi ele o autor do problema a minha palavra.
b) ( ) É evidente que vai chover ainda esta semana.
c) ( ) Acham, por acaso, que ele os ajudará a salvar a empresa?
d) ( ) Temos que admitir que nossa conduta não foi das mais aconselháveis. 
e) ( ) Tenho a impressão de que o problema não é bem esse. 
f) ( ) Seria conveniente que não saíssemos agora.
(1) ceticismo, descrédito quanto ao conteúdo do enunciado.
(2) falta de certeza (pela falta de conhecimento ou escamoteamento da fonte).
(3) sugerir aquilo que é enunciado.
(4) certeza, precisão quanto ao conteúdo do dito.
(5) certeza e compromisso com o conteúdo enunciado
(6) obrigação interna, moral, que é ditada pela consciência.
	AS INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS
	Um texto pode ter dois tipos de informações implícitas: os pressupostos e os subentendidos. Os primeiros são ideias não expressas de maneira explícita, que decorrem logicamente do sentido de certas palavras ou expressões contidas nas frases.: 
Meu irmão parou de fumar. (fica implícito que ele fumava).
Magda voltou a estudar. ( fica implícito que ela já estudara antes)
 Os subentendidos são insinuações, não marcadas linguisticamente, contidas numa frase ou num conjunto de frases. Por exemplo, imagine que uma pessoa estivesse em visita à casa de outra num dia de muito frio, e que uma janela, por onde entrasse muito frio, estivesse aberta. Se o visitante dissesse: Que frio terrível ! poderia estar insinuando Feche a janela. 
	Convém observar que há uma diferença capital entre pressupostos e subentendidos. Enquanto os primeiros contêm uma informação estabelecida como indiscutível, os segundos são de responsabilidade do leitor ( ouvinte). O falante pode esconder-se atrás do sentido literal das palavras e negar que tenha dito o que o leitor (ouvinte) entendeu de suas palavras.
	Na leitura, é muito importante detectar os pressupostos, pois eles são um recurso argumentativo que visa a levar o leitor ou ouvinte a aceitar certas idéias. Ao introduzir uma idéia sob a forma de um pressuposto, o falante transforma o ouvinte em cúmplice, pois a idéia implícita não é posta em discussão, é apresentada como se fosse aceita por todos, e os argumentos explícitos, só contribuem para confirmá-la.
Fonte: PLATÂO, Francisco & FIORIN, José Luís. Para entender o texto leitura e redação. São Paulo: Ed. Ática, 1997.
EXERCÍCIOS:
1. Encontre os conteúdos implícitos nas seguintes passagens:
a) “Está sendo criado um novo tipo de político, vigiado pela sociedade através da rede”. (Massimo di Felice. ZH, 10/10/2010, p.8)
b) “O que é mais difícil em trabalhar no subsolo?” (pergunta feita em entrevista a um mineiro por repórteres da ZH, 10/10/2010, p.22).
c) “Aqui, se um colunista tem uma opinião contrária à do editorial do jornal, a gente toma uma providência. Publica a coluna.” (ZH, id:23)
d) “Líderes debatem como conter guerra cambial.’ (ZH, 09/10/2010, p.1)
e) “A cidade vai recuperar um espaço perdido para desfrutar.” (José Munné. ZH, 09/10/2010, p.32)
f) Já é possível diagnosticar autismo em bebês.
g) Carlos ficou amigo íntimo de seus inquilinos.
h) A família não paga mais aluguel pela casa.
6. Leia o texto a seguir e responda às questões abaixo:
A justiça dos lobos
Há dez anos, um inocente foi preso acusado de matar a mulher. O delegado? O do caso Bruno
 �
 O título da coluna vem de um livro escrito por José Cleves, o melhor repórter policial de Minas Gerais, de quem fui colega. Cleves havia se especializado em denunciar esquemas de corrupção na polícia mineira, como a venda de armas, de carteiras de habilitação e o envolvimento de policiais com a máfia dos caça-níqueis, o que lhe rendeu prêmios e ameaças de morte. Em 10 de dezembro de 2000, sua esposa foi assassinada por dois menores quando o casal, acompanhado dos filhos, voltava para casa, em Belo Horizonte. Embora as crianças e a família da vítima testemunhassem a seu favor, o jornalista logo se viu no banco dos réus, acusado de planejar a execução da própria mulher. Foi preso e massacrado. Só oito anos depois, veio a absolvição definitiva pelo STF. Em todas as instâncias onde o processo tramitou, ele foi inocentado – ao todo, foram 25 votos a zero.
Por que essa história é relevante? Porque o delegado que invadiu todas as televisões para proclamar a culpa do jornalista e transformá-lo num psicopata foi Édson Moreira, o mesmo do caso Bruno. Isso significa que o goleiro do Flamengo é inocente? Evidente que não. Mas a precipitação, a presunção de culpa, a síndrome de celebridade de um policial e a espetacularização de investigações por parte da mídia, que já transformou Bruno num monstro e também num personagem “indefensável”, em nada favorecem o esclarecimento da verdade, nem contribuem para o resgate da vítima, Eliza Samudio. E podem até contaminar todo o inquérito, ajudando a absolver eventuais culpados.
No caso Bruno, as contradições já começam a surgir. De acordo com a perícia, a mancha encontrada no carro de Bola, o suposto executor de Eliza, não era de sangue, conforme havia sido divulgado pela polícia. O menor J. prestou dois depoimentos diferentes – num deles, Bruno estava presente na cena do crime; no outro, não. E o trecho mais assustador, dando conta de que Eliza foi desossada, com parte do corpo atirada aos cachorros, enquanto Bruno, segundo o delegado, “tomava uma cervejinha”, já é considerado fantasioso pela própria polícia porque não foram encontradas manchas de sangue nem no suposto local do assassinato nem no canil da propriedade.
Talvez tenha sido um crime perfeito, sem rastros ou vestígios. Mas a polícia teria a obrigação de considerar outras hipóteses, com um pouco mais de sofisticação psicológica, como a do abandono da criança pela mãe – o que ocorreu com a própria Eliza, entregue por sua genitora ao pai quando era bebê. Aliás, quem não se lembra da ex-miss Brasil Taíza Thomsen, que também foi considerada morta antes de reaparecer em Londres? Em resumo, um mínimo de prudência não faria mal algum aos lobos que já devoram a carne de Eliza. (Leonardo Attuch. Isto É, 21/07/2010)
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Leia com atenção o texto acima e responda o que se pede:
1) Já no início de seu artigo, o enunciador parte de um pressuposto. Qual é ele?
2) Que argumento ele utiliza, no 1º parágrafo, para ilustrar isso?
3) A que conclusão o jornalista chega em relação ao comportamento do delegado, de modo particular, e da polícia, de modo geral num processo de investigação?
4) Quais as consequências, segundo o jornalista, da não observância a essa norma pela polícia?
5) Que exemplos ele traz para comprovar isso?
6) Quais as hipóteses que o jornalista levanta para contrariar a tese da polícia?
Faculdades Integradas de Taquara

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