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manual pratico de anatomia vegetal

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Girlene Santos de SouzaGirlene Santos de SouzaGirlene Santos de SouzaGirlene Santos de SouzaGirlene Santos de Souza
Jaguarao/RS
Selbach & autores associados
20145
Manual prático de anatomia vegetal
Editor
Jeferson Francisco Selbach (Unipampa)
Conselho Editorial para a edição
Ana Cláudia Padilha (UPF)
Anacleto Ranulfo dos Santos (UFRB)
Eloisa Capovilla Ramos (UNISINOS)
Fernanda Carlota Nery (UFSJ)
José Fernando Manzke (PGCult/UFMA)
Stephan Tomerius (FH Trier)
Weliton Bastos de Almeida (FAMAM)
Zuleide Silva de Carvalho (UFRB)
Impresso no formato eletrônico - e-book
Imagem da Capa XXXXXXXXXXXXXX
SANTOS DE SOUZA, Girlene. Manual prático de anatomia vegetal. Jaguarão/
RS: Selbach & autores associados, 2015, 66p.: il
ISBN 978-85-917717-1-X
CDU 63 - Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia.
Este livro está disponível para visualização no Google Pesquisa de Livros
Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)
A Anatomia Vegetal estuda as células e os tecidos vegetais,
assim como a estrutura interna dos organismos vegetais , desde
a sua origem até o desenvolvimento dos seus órgãos vegetativos.
O conteúdo abordado neste manual geralmente é usado em
disciplinas básicas de diversas áreas do conhecimento como as
Ciências Biológicas e Agrárias, o que proporcionará aos
acadêmicos conhecimentos cientifico sobre o corpo vegetal.
A elaboração deste manual de práticas é fruto do
conhecimento da autora, pelo envolvimento com a área vegetal,
bem como pela motivação dos discentes que se permitiram
envolver com o mundo das plantas.
A organização deste material foi desenvolvido de modo a
atender às necessidade práticas do professor, dos estudantes e
de todos aqueles que se interessam pelo mundo da botânica.
Inicialmente será abordado algumas recomendações gerais
para aulas práticas, posteriormente será apresentado de forma
didática e resumida noções básicas sobre microscópica óptica e
algumas técnicas básicas de morfologia e anatomia vegetal.
PREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIO
Na sequência são propostas atividades práticas sobre
histologia e anatomia dos órgãos vegetativos da planta, por meio
de conteúdos simples e informações indispensáveis ao
desenvolvimento das práticas.
A autora Girlene Santos de Souza é Engenheira Agrônoma,
Mestre em Ciências (Universidade de São Paulo - USP) e Doutora
em Agronomia/Fisiologia Vegetal (Universidade Federal de Lavras
– UFLA). Foi professora da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA) de 2006 a 2009, onde trabalhou na área de Anatomia e
Morfologia vegetal. Atualmente é Professora Adjunta do Centro
de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, onde leciona a disciplina na área
de Anatomia Vegetal.
Introdução
Noções Sobre Microscopia Óptica
Técnicas Básicas de Morfologia e Anatomia
Vegetal
Prática 1: Cortes à Mão Livre
Prática 2: Célula Vegetal Eucariótica
Prática 3: Parede Celular
Prática 4: Meristemas
Prática 5: Tecidos de Revestimento: epiderme
e periderme
Prática 6: Tecidos Fundamentais: parênquima,
colênquima e esclerênquima
7
17
19
27
29
31
35
37
41
SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO
Manuel prático de anatomia vegetal6
Prática 7: Tecidos de Condução: xilema e
floema Morfoanatomia dos Órgãos
Vegetais
Prática 8: Raiz
Prática 9: Caule
Prática 10: Folha
Morfoanatomia dos Órgãos Reprodutivos
Prática 11: Diversidade Floral
Prática 12: Sementes
Referências
45
48
53
55
59
63
65
INTRODUÇAOINTRODUÇAOINTRODUÇAOINTRODUÇAOINTRODUÇAO
A Anatomia Vegetal constitui um capítulo da Botânica de
grande importância para a compreensão da vida das plantas.
Essa linha contempla a caracterização morfológica de órgãos
vegetativos e reprodutivos que poderá ser efetuada em uma ou
em várias espécies constituindo, neste caso, uma análise compa-
rada que se propõe a evidenciar padrões estruturais no grupo
avaliado (em diferentes níveis hierárquicos, isto é, família,
subfamília, tribo e/ou gênero).
As plantas vasculares são formadas por diferentes órgãos,
destacando-se a raiz, o caule, a folha e a flor. Cada um destes
órgãos é formado por diferentes tecidos vegetais, com composi-
ção celular adequada para as diferentes funções que irão desen-
volver. A estrutura morfológica, e principalmente anatômica, das
plantas superiores é fundamental para o entendimento do funci-
onamento destas, a ponto de permitir a compreensão de inúme-
ras relações entre as várias áreas do conhecimento das Ciências
Biológicas.
Assim, o auxílio de um manual no desenvolvimento das
aulas práticas é fundamental na consolidação dos conhecimentos
dentro dessa área para os alunos, assim como professores.
Recomendações gerais para as aulas práticas
As aulas práticas têm por objetivo colocar o aluno em
contato direto com materiais comentados durante as aulas teóri-
cas. Com relação à Anatomia Vegetal, as aulas práticas contribu-
em para que os alunos entrem em contato e se familiarizem com
os diversos tecidos encontrados nos diferentes órgãos da planta.
Desta forma, ao final de cada prática, espera-se que o aluno
esteja apto a diferenciar tais tecidos vegetais, bem como os ór-
gãos em que eles estão inseridos. Os conhecimentos adquiridos
nestas aulas serão aplicados em disciplinas futuras, como por
exemplo, Fisiologia Vegetal e Sistemática Vegetal.
Anatomia Vegetal é uma disciplina com certo grau de difi-
culdade por ser abordada somente no ensino superior, o que faz
com que os alunos não tenham familiaridade com os materiais
que serão observados. Assim, para obter melhor aproveitamento
das aulas práticas, algumas recomendações devem ser seguidas:
1- Compareça a todas as aulas pontualmente e munidos
de seus materiais pessoais;
2- Leia atentamente o roteiro antes de iniciar qualquer
tipo de procedimento;
3- Observe e esquematize os materiais solicitados, to-
mando nota do que é falado durante as aulas ou de observações
que ajudem você a identificar as células ou tecidos abordados.
4- Tente, sempre que possível, estar munido de um livro
de anatomia vegetal para sanar suas dúvidas. Se as dúvidas não
forem solucionadas ao ler o livro, pergunte ao professor ou
monitor da disciplina. Nãosaia das aulas com dúvidas!
5- Respeite as normas de uso do laboratório.
Manuel prático de anatomia vegetal8
Materiais pessoais
Alguns materiais de aula prática são fornecidos pela Uni-
versidade. Outros, por se tratarem de material de consumo e de
uso pessoal, devem ser trazidos pelos alunos. Procure manter
estes materiais reunidos em um estojo, facilitando assim o trans-
porte e evitando acidentes.
Os seguintes materiais pessoais devem ser providenciados
e trazidos em todas as aulas práticas:
1- Jaleco (Uso obrigatório. O aluno que não estiver usan-
do o jaleco não poderá frequentar a aula prática);
2- Apostila de Aulas Práticas de Anatomia Vegetal;
3- Lâminas de barbear;
4- Pinça de ponta fina;
OBS: Algumas vezes estas serão disponibilizadas pelo la-
boratório. Porém, após usar, o aluno é responsável por limpar e
guardar tais materiais.
6- Estiletes.
Alguns materiais não são obrigatórios, apesar de reco-
mendados. São eles:
1- Caixa de lápis de cor;
2- Pedaços de isopor para fazer cortes.
Regulamento e normas para uso do laboratório
- Ao entrar no laboratório, todos os materiais que não
serão usados durante a aula devem ser guardados nas bancadas
e prateleiras destinadas a este objetivo.
- Na bancada de estudo deve permanecer apenas o ma-
terial de uso individual.
Girlene Santos de Souza 9
- Deve-se evitar o uso de saia, short e vestido curto. É
obrigatório o uso de jaleco, se possível de manga comprida, e
sapato fechado. Os cabelos longos devem ser mantidos presos.
- A bancada de trabalho deve ser mantida limpa.Os
resíduos do material utilizado durante a aula devem ser deposita-
dos em recipientes adequados. Jamais deixar resíduos sobre as
bancadas dos microscópios.
- Antes do início da aula, ao seu final e sempre que
necessário, lavar e secar as mãos.
- Em caso de ferimento nas mãos ou doenças nas unhas,
etc., evitar manusear o material. Dependendo do caso, manusear
o material somente com luvas adequadas. Informar a situação ao
professor antes do início da aula.
- Sempre que manusear materiais químicos ou plantas
com características tóxicas, evitar passar as mãos sobre a pele
(rosto, boca, olhos, etc.).
- Antes de iniciar o preparo de soluções e reagentes,
identificar corretamente as amostras, verificar a validade do pro-
duto e os procedimentos para o preparo e/ou uso do material a
ser utilizado.
- Em caso de cortes, ferimentos ou acidentes com ma-
terial químico, informar imediatamente o professor para que pos-
sam ser tomadas providências adequadas à situação.
- É proibido comer, mascar chicletes ou balas, beber ou
fumar dentro dos laboratórios.
- Manter canetas, dedos e outros objetos longe da boca.
- Ao iniciar a aula, descubra o microscópio e ligue-o à
tomada. Verifique a tensão e tome cuidado para não ligar o apa-
relho na tomada errada!
Manuel prático de anatomia vegetal10
- Ao terminar a aula, gire o revolver para a lente objeti-
va de menor aumento, diminua a tensão da lâmpada, abaixe a
platina, desligue o interruptor do aparelho, tire o plug da toma-
da, enrole o fio e cubra o microscópio com a capa.
- Não transporte os microscópios de uma bancada para
outra.
- Não mexa nos parafusos que você não é autorizado.
- Não arraste o microscópio sobre a bancada.
- É expressamente proibido o uso de celular durante a
aula. Desligue-o ao entrar na sala.
Técnica para ajuste pessoal do microscópio
Durante as aulas práticas, serão utilizados microscópios
ópticos biloculares. Desta forma é importante que se usem os
dois olhos para uma melhor visualização do material. Para tanto,
muitas vezes é necessário que seja feito o ajuste da distância
entre os olhos (essa distância é diferente para cada pessoa) para
que seja visualizado apenas um campo visual. Esse ajuste pode
ser feito da seguinte forma:
- Feche ao máximo a distância entre as lentes oculares,
pressionando a parte deslizante do canhão;
- Tente observar o material. Inicialmente é bem prová-
vel que você veja dois campos visuais (duas bolas);
- Vá abrindo vagarosamente a distância entre as lentes
oculares até que os dois campos visuais se confluam a um só.
Além do ajuste da distância entre os olhos, é possível tam-
bém corrigir distorções de visão existentes entre os dois olhos,
descartando assim a necessidade do uso de óculos. Esse ajuste é
feito da seguinte forma.
Girlene Santos de Souza 11
- Coloque o material ao microscópio e em seguida ob-
serve-o apenas com o olho esquerdo (feche o olho direito ou
tampe com sua mão);
- Focalize o material observando-o apenas com o olho
esquerdo. Use os parafusos de macro e micrométrico para isso;
- Depois de ter focalizado o material com o olho es-
querdo, feche-o e observe o material com o olho direito.
Provavelmente o material estará novamente desfocado
quando fizer este procedimento. Não mexa nem no micro nem
no macrométrico!
- Ajuste o foco para o olho direito girando o pedaço do
canhão que segura a lente ocular direita. Está pronto o ajuste!
Visualização do material ao microscópio
Para visualizar o material que será utilizado durante as
aulas, sempre siga os seguintes passos:
- Depois do microscópio devidamente ligado, deposite
a lâmina sobre a platina, prendendo-a com a presilha;
- Coloque a lente objetiva de menor aumento (4x);
- Ligue o aparelho e regule a tensão da lâmpada de
forma que a mesma ilumine o material mas não deixe sua visão
“desconfortável”;
- Com o auxilio do charriot, coloque o material encima
do ponto em que a luz está direcionada;
- Depois de devidamente posicionado o material, utilize
o macrométrico para focalizar o objeto. Vá de uma ponta à outra
do limite do macrométrico, até encontrar a imagem e deixá-la
focada;
Manuel prático de anatomia vegetal12
- Use a alavanca do diafragma para dar maior ou me-
nor contraste nas estruturas celulares;
- Se você quiser aumentar a imagem, gire suavemente
o revolver para uma lente objetiva de maior aumento, seguindo
a seqüência 10x, 40x e 100x. Gire o revolver até escutar ou sentir
o “click”, que indica que a objetiva está encaixada no local corre-
to.
- Depois de posicionada a lente objetiva, use apenas o
micrométrico para ajustar o foco.
OBS: Não utilize a lente objetiva de 100x. Esta lente é
chamada de lente de imersão e para sua utilização é necessário o
uso de um óleo de imersão que atua como um lubrificante. Não
passe essa lente pela platina quando o material estiver posicionado.
Ela irá relar na lamínula e poderá riscar, danificando a objetiva.
Técnica para obtenção de cortes à mão livre
Para obtenção de bons cortes há a necessidade de prática,
porém, seguindo algumas regras básicas pode-se obter bons re-
sultados.
a) Sempre utilizar lâminas novas;
b) Antes de iniciar os cortes, tornar plana a superfície da
peça a ser cortada;
c) Molhar a gilete e o material antes de cortar;
d) Se o material for resistente, prendê-lo entre o polegar e
o indicador, na orientação desejada, fazendo a lâmina deslizar
suave e continuamente sobre a superfície do material, sem
aprofundar, para obter cortes finos;
e) Materiais delicados ou muito pequenos necessitam deum
suporte para que possam ser cortados. Pode-se utilizar pedaços
de cenoura, cilindros de cortiça, isopor, etc;
Girlene Santos de Souza 13
f) Fazer grande número de cortes, colocando-os em um
vidro de relógio ou placa de Petri contendo água misturada com
uma gota de água sanitária (clareador. Nem sempre esta etapa é
empregada.), lavá-los, e, a seguir, selecionar os mais finos;
g) Antes da montagem e da observação dos cortes, pode-
se proceder à coloração dos mesmos, acentuando os contrastes
entre os vários tecidos da planta;
h) Transferir os cortes selecionados para a lâmina, utili-
zando um pincel fino, em uma gota d’água, cobrindo a seguir
com a lamínula. A quantidade de líquido deve ser suficiente para
encher o espaço entre a lâmina e a lamínula, evitando bolhas de
ar;o excesso deve ser retirado com papel de filtro;
i) Deve-se tomar cuidado de nunca molhar a platina do
microscópio ou a objetiva, pois isso pode danificá-las;
Na realização de cortes paradérmicos, prender o material
(geralmente folha), sobre o dedo indicador, firmando-o com os
dedos polegar e médio, e realizar um corte superficial.
A produção de um bom corte envolve um pouco de técni-
ca e muito de prática. Quanto mais material você cortar, melhor
sairão os seus cortes. Para facilitar o corte, é indispensável o uso
de uma lâmina de corte nova ou em boas condições de corte.
Uma boa lâmina deve possuir as seguintes características:
- Não conter bolhas de ar. Estas bolhas atrapalham a
focalização do material.
- O corte deve estar fino o suficiente para que a luz
atravesse o material.
- A água entre a lâmina e a lamínula deve ser suficiente
para preencher todo este espaço. Por outro lado, a lamínula não
deve estar “boiando” sobre a água. O excesso de água pode ser
Manuel prático de anatomia vegetal14
retirado com papel absorvente. A falta de água pode ser resolvi-
da pingando-se algumas gotas na borda da lamínula.
- Não deve existir água nem acima da lamínula nem
abaixo da lâmina, evitando assim sujar o microscópio.
Girlene Santos de Souza 15
NOÇOES SOBRE MICROSCOPIA ÓPTICANOÇOES SOBRE MICROSCOPIA ÓPTICANOÇOES SOBRE MICROSCOPIA ÓPTICANOÇOES SOBRE MICROSCOPIA ÓPTICANOÇOES SOBRE MICROSCOPIA ÓPTICA
Microscópio Óptico e suas funções
O microscópioé um instrumento utilizado para ampliar e
observar estruturas pequenas dificilmente visíveis ou invisíveis a
olho nú. O microscópio óptico utiliza luz visível e um sistema de
lentes de vidro que ampliam a imagem das amostras.
É sabido que o microscópio óptico composto é formado
por uma parte mecânica e uma parte óptica.
1 - Lentes oculares: é constituída por duas lentes que am-
pliam a imagem formada pelas objetivas e ajusta possíveis defi-
ciências ópticas;
2 - Canhão ou Tubo: serve de suporte para as lentes ocu-
lares;
3 - Revólver : utensílio giratório que tem como função
portar as lentes objetivas;
4 - Lentes Objetivas: são um sistema de lentes com dife-
rentes aumentos e seu número varia de acordo com o microscó-
pio;
5 - Braço, coluna ou estativa: está fixado à base e serve de
estruturação para o restante do aparelho de microscopia;
6 - Platina ou mesa: serve como apoio para o material a
ser observado, possui uma passagem de vidro por onde os raios
de luz atravessam e também é dotada de parafusos dentados
permitindo o deslocamento do material pela mesma;
7 - Condensador: são responsáveis pela uniformidade da
iluminação e redução ou ampliação da região a ser iluminada;
8 - Lâmpada embutida;
9 - Base, suporte ou pé: trata-se do apoio e do ponto de
fixação do microscópio;
10 - Parafuso Macrométrico: é um objeto passível de rota-
ção e permite a movimentação vertical da mesa;
11 - Parafuso Micrométrico: por sua vez é responsável
pelos movimentos verticais e sutis da mesa, permitindo aperfei-
çoar a focagem.;
12 - Charriot: é responsável pela movimentação lateral da
lâmina em observação, sendo possível analisá-la de forma totali-
tária;
Figura 1: Partes do Microscópio (Fonte: Google Imagens)
Manuel prático de anatomia vegetal18
TÉCNICAS BÁSICAS DE MORFOLOGIATÉCNICAS BÁSICAS DE MORFOLOGIATÉCNICAS BÁSICAS DE MORFOLOGIATÉCNICAS BÁSICAS DE MORFOLOGIATÉCNICAS BÁSICAS DE MORFOLOGIA
E ANATOMIA VEGETALE ANATOMIA VEGETALE ANATOMIA VEGETALE ANATOMIA VEGETALE ANATOMIA VEGETAL
 As ciências morfológicas descrevem as relações espaciais
dos elementos estruturais. Esses elementos formam um sistema
hierárquico, cujos componentes apresentam dimensões diferentes.
O estudo interno das estruturas dos vegetais (anatomia) é feito
observando-se os cortes finos de tecido vegetal em microscópio
óptico. De um modo geral, órgãos vegetais são visíveis ao olho
nu ou com um microscópio estereoscópio. Tecidos ou células são
visualizados com microscópio de luz e organelas celulares com
microscópio eletrônico. Portanto, lembre-se que são necessários
cuidados redobrados com este equipamento para sua conservação.
Quanto ao material vegetal, normalmente utiliza-se o
material vegetal coletado a fresco, com a possibilidade de utilização
de material herborizado após sua hidratação. Para a conservação
do material vegetal são utilizadas soluções fixadoras, que
promovem a morte das células e sua preservação estrutural em
estado próximo do material fresco. As principais substâncias
fixadoras são formaldeído a 10% ou 4%, o etanol a 70%, FAA
(formaldeído a 40%, ácido acético glacial e etanol 95%) e os
ácidos: acético, pícrico crômico e ósmico. Os líquidos de
preservação podem ser fixadores, ou seja, substâncias químicas
Girlene Santos de Souza 19
que detém todos os processos vitais. Na fixação ocorre coagulação
ou precipitação das proteínas ou de outros constituintes celulares.
A escolha do uso de soluções depende dos objetivos do trabalho
a ser realizado. Atenção para evitar o contato das soluções
fixadoras com a pele, pois a maioria das substâncias citadas é
tóxica.
Para que a luz possa atravessar o tecido a ser estudado, os
cortes feitos devem ser suficientemente finos e transparentes.
Utiliza-se regularmente o micrótomo para obtenção de cortes
finos, mas para realização dos cortes neste equipamento, o material
vegetal deve estar devidamente desidratado e incluído em um
suporte (parafina ou historesina). Podemos também realizar cortes
à mão livre, com auxilio de uma lâmina de barbear e um suporte
(isopor, pecíolo de embaúba, medula do caule de sabugueiro). O
corte deve ser imediatamente transferido para um recipiente
contendo água destilada. Os cortes realizados devem ser mais
finos o possível, possibilitando a observação das estruturas
vegetais.
Tipos de cortes
Em Anatomia Vegetal são observadas estruturas vegetais
através de secções delgadas levadas ao microscópio óptico, que
permite somente observações bidimensionais. Faz-se necessária
a observação de vários planos de corte. Os planos utilizados parta
secção são:
a. Transversal: Perpendicular ao maior eixo do órgão.
 
Manuel prático de anatomia vegetal20
b. Longitudinal: Paralelo ao maior eixo do órgão. Quando
o órgão cilíndrico, o corte longitudinal pode ser tangencial, tan-
gente ao raio cilindro, ou radial, passando pelo diâmetro ou raio.
c. Paradérmico: Paralelo à superfície do órgão. Utilizado
principalmente em estudos dos tecidos de revestimento.
 
 
Preparação dos cortes
As preparações histológicas para microscopia de luz podem
ser permanentes, semi-permanentes e temporárias. Quanto à
duração os cortes podem ser provisórios, ou permanentes. Nos
provisórios, o líquido de inclusão utilizado é a água, glicerina ou
corante. Nas montagens permanentes utiliza-se o Bálsamo do
Canadá ou resinas sintéticas. Em nossas aulas utilizaremos lâminas
com cortes provisórios confeccionados pelos alunos durante o
 
Girlene Santos de Souza 21
período da aula prática, portanto os procedimentos descritos são
os adequados à obtenção desse tipo de material.
Clareamento dos cortes
O clareamento dos cortes é feito utilizando solução de
hipoclorito de sódio comercial ou cloral hidratado. O transporte
dos cortes para a solução de hipoclorito deve ser feito com o
auxílio de estilete e não com pincel, para não danificar suas cerdas.
Transferir os cortes em seguida para outro recipiente com água
destilada e enxaguar abundantemente. Com o objetivo de corrigir
o pH para que não haja interferência na eficácia do corante, passar
os cortes em solução de ácido acético diluído, enxaguando em
água em seguida.
Técnicas de coloração
Os cortes histológicos devem ser corados para facilitar a
sua visualização. O uso de corantes é necessário para evidenciar
as estruturas celulares, resultando em maior facilidade para
observação. Uma dupla coloração simples e fácil de ser realizada
é que emprega como corante o azul de Astra e a fucsina ácida.
Alguns reagentes são empregados para a definição do tipo de
substância encontrada em alguns tipos de células. O corante que
será mais utilizado em nossas aulas é o safrablau. Trata-se de
uma solução composta por dois tipos de corantes: o azul de
astra, que cora paredes celulósicas em azul, e a safranina, que
cora paredes lignificadas, suberificadas e cutinizadas em vermelho.
Alguns corantes e reagentes:
Azul de toluidina: corante metacromático, reage com
paredes lignificadas corando-as de azul esverdeado e com paredes
celulósicas corando-as em roxo.
Fucsina básica e azul de astra (dupla coloração): A fucsina
básica cora em vermelho a lignina e o azul de astra cora a celulose
de azul.
Manuel prático de anatomia vegetal22
Azul de metileno: é um corante vital, ou seja, não mata a
célula, por isso é recomendado para observação de material vivo,
também é utilizado para corar mucilagem.
Sudan III: reagente para substâncias apolares, oleosas ou
cerosas (compostos graxos de cadeia longa), que impregnam a
parede celular, como a suberina e a cutina. Também cora óleos
armazenados no interior da célula; sua coloração vai do amarelo-
alaranjado ao vermelho.
Lugol: proporciona a reação do iodo com os amilos,
resultando em uma coloração azul-negra ou marrom escuro
A técnica de seccionamento: é muito variável e seus
detalhes somente podemse adquiridos na prática. Entretanto
algumas regras básicas, que auxiliam o trabalho do principiante,
devem ser seguidas:
- utilizar somente navalhas novas;
- igualar a superfície do objeto a ser cortado;
- orientar a secção de acordo com a posição do tecido a
ser observado;
- a navalha deve passar com igual pressão sobre toda a
superfície do material, retirando assim secções delgadas e o mais
homogêneo possível;
- se o órgão a ser seccionado é frágil deve ser utilizado um
suporte, como por exemplo, um isopor resistente;
- fazer um número grande de secções para que se possa
selecionar as mais delgadas.
Confecção de lâminas semi-permanentes
sem coloração:
- colocar uma gota de água ou glicerina sobre a lâmina;
Girlene Santos de Souza 23
- com o auxílio de pincel ou estilete transferir a secção da
placa para a lâmina;
- ao cobrir com a lamínula encostar um dos lados da mesma
no bordo da gota, esperar que essa se espalhe ao longo da
lamínula e descer levemente para evitar a formação de bolhas de
ar;
- retirar o excesso d’água com papel filtro.
Confecção de lâminas semi-permanentes
com clarificação e coloração:
- passar as secções da placa com água para a placa com
hipoclorito diluído e deixar até o material ficar alvejado;
- transferir as secções clarificadas para a água, trocando-a
várias vezes até eliminar todo o hipoclorito, fazendo então uma
troca com água acidulada e novamente água;
- passar as secções para uma placa com corante e deixar o
tempo suficiente para corarem sem que as mesmas fiquem muito
claras ou muito coradas; se a coloração for dupla, passe sempre
as secções primeiro no corante para a lignina e depois para a
celulose;
- lavar a secção corada rapidamente na placa com água;
- seguir os passos do item “a”.
Roteiro para preparo das lâminas
1. Coloque os cortes em vidro de relógio contendo a solução
de hipoclorito de sódio até perderem completamente sua
coloração;
2. Enxágüe os cortes em água durante 1 minuto e repita
este procedimento 2 vezes, trocando a água de enxágüe;
Manuel prático de anatomia vegetal24
3. Transfira os cortes para um vidro de relógio contendo
ácido acético diluído (se necessário);
4. Enxágüe novamente durante 1 minuto;
5. Transfira os corte para um vidro de relógio contendo
algumas gotas de safrablau durante 20-30 segundos;
6. Enxágüe abundantemente em água;
7. Transfira os cortes com o pincel para uma lâmina
contendo uma gota de glicerina ou água;
8. Cubra com lamínula, evitando a formação de bolhas.
Desenhos
As práticas de Anatomia Vegetal são realizadas mediante a
observação de várias estruturas vegetais em diversos grupos,
portanto é necessária a documentação das observações através
da confecção de desenhos. Os esquemas feitos durante a aula
refletem se o aluno compreendeu a organização das estruturas
de maneira consistente.
Os desenhos devem ser simples e levar em consideração a
forma do objeto e as proporções dos componentes dos cortes.
Outro aspecto importante é a inclusão de legendas, para que se
possa reconhecer as estruturas desenhadas.
Sempre anote qual material vegetal e o tipo de corte que
estão sendo observados. Anote outras informações que forem
importantes no estudo que estiver sendo realizado. Os nomes
científicos devem ser anotados de acordo com o Código
Internacional de Nomenclatura Botânica.
Girlene Santos de Souza 25
PRÁTICA 1:PRÁTICA 1:PRÁTICA 1:PRÁTICA 1:PRÁTICA 1:
CORTES À MAO LIVRECORTES À MAO LIVRECORTES À MAO LIVRECORTES À MAO LIVRECORTES À MAO LIVRE
A técnica para seccionar um material vegetal à mão livre é
uma técnica simples e rápida, que requer certa habilidade manual
para obtenção de cortes finos.
Algumas regras básicas podem auxiliar o trabalho como:
verificar a orientação desejada pelo conhecimento prévio da
morfologia do órgão em estudo, antes de cortar o material; caso
o material a ser cortado seja muito pequeno ou escorregadio e
não possa ser mantido com firmeza entre os dedos da mão,
recorremos a suportes como caule de embaúba, isopor, cenoura,
etc.; a superfície a ser cortada deverá ser igualada com uma
lâmina de barbear antes de realizar os cortes; colocar uma gota
de água sobre o material e fazer o corte, segurando a lâmina de
barbear entre os dedos polegar e indicador.
Devem ser utilizadas lâminas de barbear novas, pois uma
lâmina já usada impede a obtenção de um bom corte; durante o
corte, a lâmina de barbear deve deslizar suavemente sobre a
superfície do material.
Exercer pouca pressão. O suficiente para cortar e se obter
cortes bem delgados; deve-se fazer um grande número de cortes
para posterior seleção dos mais delgados. Estes são mais
transparentes e dobram quando suspensos por um pincel ou
estilete; à medida que os cortes forem sendo feitos, transferi-los,
com o auxílio de um pincel ou estilete, para uma placa de Petri
ou vidro de relógio, contendo água ou qualquer outro líquido de
inclusão; colocar a placa de Petri sobre um fundo que permita
visualizar melhor os cortes e selecionar os mais finos;
Por ser uma das maneiras mais simples, rápida e pouco
dispendiosa, o procedimento de obtenção de cortes à mão livre é
a metodologia que normalmente é escolhida para se iniciar um
estudo em anatomia vegetal.
Objetivo: Treinar os alunos na obtenção de cortes à mão
livre
Material: Folha e pecíolo de diferentes espécies vegetais,
bulbo da cebola, dois ovos cozidos, lâmina de barbear, lâmina e
lamínula.
Procedimento: Com o auxílio de uma lâmina de barbear
faça cortes transversais, longitudinais e paradérmicos nas folhas
e pecíolos da diferentes espécies. Coloque-os em uma lâmina
com uma gota de água, cubra com a lamínula, observe ao
microscópio e desenhe diferentes tipos de células.
Realize um corte transversal no ápice e no centro de um
dos ovos, desenhe, depois, realize um corte longitudinal no ápice
e no centro de um dos ovos, desenhe.
Questões
1) Foram observadas diferenças entre os diferentes cortes?
Explique.
2) Qual a relação que podemos fazer entre esse trabalho e
a anatomia vegetal?
Manuel prático de anatomia vegetal28
PRÁTICA 2:PRÁTICA 2:PRÁTICA 2:PRÁTICA 2:PRÁTICA 2:
CÉLULA VEGETAL EUCARIÓTICACÉLULA VEGETAL EUCARIÓTICACÉLULA VEGETAL EUCARIÓTICACÉLULA VEGETAL EUCARIÓTICACÉLULA VEGETAL EUCARIÓTICA
No século XVII Robert Hooke observou pela primeira vez,
em microscópio de fabricação própria, que a curtiça era constituída
de pequenas cavidades separadas por paredes. Estas cavidades
ficaram então denominadas de células, que significa pequenos
compartimentos.
Apesar da notável diversidade e similaridade, é possível
distinguir dois tipos fundamentais de organização celular: o
procariótico e o eucariótico. As células procarióticas se mostram
mais simples e no sentido filogenético são mais antigas. Por outro
lado, as células eucarióticas, que incluem todas as células vegetais,
possuem núcleo e componentes celulares mais complexos que a
anterior, e será o foco desta abordagem.
A célula vegetal está limitada por uma membrana
plasmática. Todas as células vegetais (diferentemente da célula
animal) encontram-se envolvidas por uma parede celular, que é
externa à membrana plasmática. A unidade viva que se localiza
por dentro da parede é conhecida como protoplasto e o seu
conteúdo como protoplasma. O protoplasma é constituído de
citoplasma e núcleo. O citoplasma caracteriza-se pela presença
de numerosos sistemas de membranas e organelas que são
notavelmente semelhantes de célula para célula. Embora algumas
destas organelas estejam presentes em todas as células vegetais
(vivas), outras aparecem apenas em tipos particulares de células.
A porção do citoplasma na qual o núcleo, os sistemas de
membranas e várias organelas estão suspensos, recebe o nome
de substância citoplasmática fundamental. Toda célula vegetal
contém um núcleo. Este, é revestido por umamembrana dupla,
denominada envoltório nuclear. Assim como no citoplasma, há o
chamado nucleoplasma, que representa a substância fundamental
do núcleo.
A célula vegetal é semelhante à célula animal, mas contém
algumas peculiaridades como a presença de uma parede celular,
plastídeos e vacúolos. 
Os plastídeos podem ser divididos em dois tipos: os
pigmentados e os não pigmentados. Os plastídeos não
pigmentados são denominados de leucoplastos. Os leucoplastos,
em função do tipo de reserva que acumulam, recebem diferentes
denominações:
a) amiloplasto, aqueles que acumulam amido, comuns em
órgãos subterrâneos;
b) oleoplasto, que acumulam lipídios;
c) proteoplastos, os que acumulam proteínas.
Os pigmentados são denominados de cloroplastos, os quais
predominam o pigmento clorofila e são verdes, e os cromoplastos,
que predominam os pigmentos carotenóides. Os cromoplastos,
em função do pigmento predominante podem ser classiflcados
em:
a) eritoplasto, que apresenta o licopeno, um pigmento
carotenóide de cor vermelha ou alaranjada;
Manuel prático de anatomia vegetal30
b) xantoplasto, que apresenta xantofila, um pigmento
carotenóide de cor amarela.
Todos os plastídeos são derivados de corpos muitos
pequenos, os proplastídeos, que estão presentes nas células
meristemáticas. Na presença da luz os proplastídeos se diferenciam,
com formação do sistema lamelar e darão origem aos cloroplastos.
Se o desenvolvimento de um proplastídeo em cloroplasto é
interrompido pela ausência de luz, é formado um etioplasto. Na
ausência da luz, os proplastídeos formam corpos prolamelares e
darão origem aos leucoplastos e cromoplastos. Os leucoplastos
podem vir a ser transformados em cloroplastos se for restabelecida
a luminosidade, pois apresentam o pigmento protoclorofila que
pode originar a clorofila. Os cloroplastos, por sua vez, podem
diferenciar-se em cromoplastos, onde a clorofila e a membrana
interna desaparecem, dando lugar à acumulação de massas
carotenóides. Também podem desdiferenciar-se em leucoplastos.
Objetivo: Reconhecer diferentes tipos de plastídeos nas
células vegetais
Material: Fruto de pimentão vermelho e verde; tubérculo
de batata e cebola; lâmina e lamínula; lenço de papel; Pinça de
ponta fina; lâmina de barbear; vidro de relógio; lugol; glicerina;
microscópio óptico
Procedimento: Realize cortes transversais na polpa dos
frutos de pimentão vermelho e verde; selecione os cortes finos e
coloque-os em um vidro de relógio contendo água; monte a
lâmina; cubra a amostra com a lamínula; evite formação de bolhas
de ar; se houver excesso de água na amostra, enxugue a superfície
excedente com papel toalha. Para a batatinha, fazer cortes
paradérmicos na polpa, corar com lugol e montar a lâmina. Para
a cebola retirar um fragmento de um catáfilo de cebola ou escama
de modo a obter sua epiderme interna. Montar uma lâmina
Girlene Santos de Souza 31
recobrindo o material apenas com lamínula. Levar ao Microscópio
óptico, observar os diferentes componentes celulares e desenhar.
Questões:
1) O que é uma célula vegetal?
2) Diferencie cromoplastos, leucoplastos e cloroplastos. A
seguir cite uma função para cada um destes plastídeos.
Manuel prático de anatomia vegetal32
PRÁTICA 3:PRÁTICA 3:PRÁTICA 3:PRÁTICA 3:PRÁTICA 3:
PAREDE CELULARPAREDE CELULARPAREDE CELULARPAREDE CELULARPAREDE CELULAR
A parede celular (exclusiva de células vegetais) é
considerada uma estrutura não protoplasmática, pois se encontra
fora do conteúdo protoplasmático. É formada durante o
crescimento da célula e suas propriedades são afetadas pelo
ambiente, pela nutrição e estágio de diferenciação da célula.
As paredes das células vegetais são de considerável
importância ao homem. As próprias paredes constituem madeiras,
sendo também utilizadas como fibras e algodão. Muitos materiais
extraídos da parede servem de cola, alimentos, aditivos
alimentares, dentre outros.
A parede celular é base de muitas das características das
plantas como organismo. Ela limita o tamanho da célula e impede
que a mesma seja rompida por indevido aumento de volume do
protoplasma, como resultado da absorção de água pelo vacúolo,
pois a parede apresenta capacidade de elasticidade limitada. A
parede celular não apresenta capacidade de seletividade, que é
realizada pela plasmalema. As células que possuem paredes
relativamente delgadas dependem da pressão de turgescência
para manterem-se rígidas, ao passo que as dotadas de paredes
espessas conferem apoio mecânico às partes da planta que a
possui.
Objetivo: Identificar o principal componente da parede
celular nas fibras de algodão.
Material: Fibras de algodão, papel filtro, conta-gotas, gilette,
ácido sulfúrico e lugol, lâmina e lamínula, Microscópio óptico
Procedimento: Retirar de um chumaço de algodão algumas
fibras e colocá-las sobre uma lâmina. Em seguida, tratá-las com
ácido sulfúrico comercial e aguardar alguns segundos. Acrescentar
algumas gotas de lugol, cobrir com lamínula, observar ao M.O. e
desenhar.
Questões
1) Explique como ocorre a formação da parede celular?
2) Qual o principal componente da parede celular? Qual a
sua composição?
Manuel prático de anatomia vegetal34
PRÁTICA 4:PRÁTICA 4:PRÁTICA 4:PRÁTICA 4:PRÁTICA 4:
MERISTEMASMERISTEMASMERISTEMASMERISTEMASMERISTEMAS
O tecido meristemático é considerado o tecido
embrionário, pois a primeira célula meristemática é a célula ovo
ou zigoto, resultante da fecundação da oosfera. As divisões
sucessivas do zigoto darão origem ao embrião, que representa o
primeiro conjunto de células meristemáticas. Outra terminologia
botânica utilizada para os meristemas é considerá-los como tecidos
formativos. As células meristemáticas são totipotentes e através
de divisões e diferenciações são capazes de formar os demais
tecidos que constituem o corpo do vegetal.
O tecido meristemático é constituído de células pequenas,
com formato poliédrico (cúbico), isodiamétricas, homogêneas e
sem meatos, isto é, sem espaços intercelulares. As paredes
celulares são bastante delgadas, e verifica-se ausência de vacúolos,
ou quando presentes são pequenos. Esta característica, confere à
célula meristemática um citoplasma denso, ou seja, bastante
abundante, ocupando quase todo volume da célula e com núcleo
volumoso. Outra característica da célula meristemática é a ausência
de plastídeos, mas alguma delas apresentam uma organela
denominada de proplastídeo. Esta organela é a precursora dos
plastídeos, durante o processo de diferenciação celular. A
característica mais importante da célula meristemática é a divisão
celular.
Objetivo: Identificar os principais tipos de meristemas
Material: Lâmina permanente do ápice radicular de Monstera
deliciosa e lâmina permanente do ápice caulinar Coleus spa (corte
longitudinal).
Procedimento: Em objetiva de menor aumento, observe a
lâmina do ápice radicular e desenhe: a coifa, meristema apical,
procâmbio, meristema fundamental e protoderme. Com objetiva
de menor aumento localize a região meristemática do ápice
caulinar e identifique: meristema apical, primórdio de gema axilar,
primórdio foliar, meristema fundamental, protoderme e
procâmbio. Em aumento maior, observe as características das
células meristemáticas e as células em divisão.
Questões
a) Os dois meristemas são apicais “ao pé da letra”?
Justifique sua resposta;
b) Qual dos meristemas é mais complexo? Porque?
c) Quais as diferenças entre as células meristemáticas e as
demais células do corpo da planta?
Manuel prático de anatomia vegetal36
PRÁTICA 5:PRÁTICA 5:PRÁTICA 5:PRÁTICA 5:PRÁTICA 5:
TECIDOS DE REVESTIMENTO -TECIDOS DE REVESTIMENTO -TECIDOS DE REVESTIMENTO -TECIDOS DE REVESTIMENTO -TECIDOS DE REVESTIMENTO -
EPIDERME E PERIDERMEEPIDERME E PERIDERMEEPIDERME E PERIDERMEEPIDERME E PERIDERMEEPIDERME E PERIDERME
A epiderme é a camada mais externa, cujas célulassão
originadas pela protoderme. Constitui o revestimento do corpo
primário dos vegetais. É o tecido de revestimento das flores,
frutos e sementes, bem como dos caules e raízes até que sofram
considerável crescimento secundário. Diante disto, desempenha
um papel importante na proteção destes órgãos, no intercâmbio
gasoso com o meio externo e na absorção de água e nutrientes
para a planta.
A epiderme constitui um tecido complexo. É possível
encontrar diferentes tipos de células na epiderme de diferentes
órgãos, destacando-se: a) as células epidérmicas fundamentais,
que compõem a maior parte do tecido; b) outras, isoladas ou em
grupos, que possuem estrutura ou conteúdo especiais; c) células
que são relacionadas com os estômatos e também, apêndices
epidérmicos, os pelos ou tricomas.
Estas células variam de formato, tamanho e disposição,
mas sempre formam uma camada compacta, sem espaços
intercelulares. As paredes celulares da epiderme variam em
espessura nas diversas partes da mesma planta. Geralmente a
parede periclinal externa é mais espessa. Ocorrem pontuações e
plasmodesmos nas paredes anticlinais e na periclinal interna das
células epidérmicas.
Uma característica marcante, principalmente na epiderme
das folhas, é a presença da cutícula. A cutícula pode ser definida
como uma camada que recobre a parede externa da célula
epidérmica. É constituída ou impregnada por uma mistura de
substâncias complexas, denominada cutina. Além da cutina
ocorrem substâncias pécticas. A observação da cutícula em
microscópio de transmissão, mostra que na cutícula existe uma
camada epicuticular constituída de ceras. A cutina e a cera são
sintetizadas nos protoplastos e migram para a superfície através
da parede celular.
A cutícula aparece em todas as superfícies da planta que
ficam expostas ao ar. Frequentemente é recoberta pela cera
epicuticular. A cera epicuticular e a cutícula servem para proteger
o órgão contra penetração de agentes patogênicos e para reduzir
a perda de água (principalmente em plantas de ambiente xerófitos,
onde a cutícula é bastante espessa). A cera superficial contribui
também, para que a superfície epidérmica se torne menos
molhável, característica essa que deve ser levada em conta quando
da aplicação de defensivos agrícolas e de adubação foliar.
Os estômatos são aberturas na epiderme, que são limitados
por células epidérmicas denominadas de células guardas, que
por meio de mudanças na sua forma afetam a abertura e o
fechamento do poro (denominado ostíolo). O estômato pode ser
circundado por células que não diferem das células fundamentais
da epiderme. Em muitas plantas, porém, os estômatos são
ladeados por células que diferem, quanto à forma e conteúdo,
das células fundamentais. Essas células diferentes são denominadas
células subsidiárias ou anexas do estômato e participam nas
modificações osmóticas nos movimentos das células guardas (ou
oclusivas).
Manuel prático de anatomia vegetal38
Os apêndices unicelulares, bem como os pluricelulares,
que se encontram na epiderme, são denominados pêlos ou
tricomas (tricomonas). Estruturas de grande massa, sendo algumas
delas secretoras. Os acúleos não se enquadram nesta classificação.
A função dos tricomas não é bem esclarecida. Os mesmos
podem contribuir na defesa contra ataque de insetos (tricomas
recurvados espetam os insetos e as larvas e os secretores
promovem uma defesa química). É provável que os tricomas
isolem o mesofilo do calor excessivo.
Nos caules e raízes que sofrem crescimento secundário,
ou seja crescimento em espessura, como é o caso da maioria dos
vegetais dicotilcdôneos, a epiderme é comumente substituída pela
periderme. A periderme é a denominação dada a três camadas
de células, o súber, o felogênio e a feloderma.
A periderme geralmente é formada no córtex, em locais
mais próximos ou mais afastados da epiderme, tanto no caule
como na raiz. A primeira camada da epiderme a ser formada é o
felogênio, que constitui um meristema secundário. Células já
diferenciadas do parênquima cortical, se desdiferenciam, e neste
caso perdem seus vacúolos centrais, aumentam o seu volume
protoplasmático e sofrem divisões periclinais e anticlinais. Como
resultado da primeira divisão periclinal, são formadas duas células
com formas parecidas. A célula externa sofre uma posterior divisão
periclinal, resultando em duas células filhas. Destas duas células,
a externa diferencia-se suberificando suas paredes e forma o súber,
enquanto que a interna permanece como inicial do felogênio,
voltando a se dividir e formando novas camadas de súber. A
célula interna resultante da primeira divisão periclinal, continua
dividindo-se e as resultantes, para o interior, diferenciam-se em
parênquima, formando o feloderma. É importante salientar que
as células do felogênio que se dividem no plano anticlinal,
Girlene Santos de Souza 39
permanecem como iniciais do felogênio, e podem dividir-se
posteriormente em qualquer dos planos.
Objetivo: Observar as células epidérmicas e a cutícula da
folha; a presença de tricomas tectores e /ou glandulares e os
estômatos presentes nas folhas.
Material: Folha de boldo, hibiscus, gramínea, café, caule
de abóbora, caule da goiabeira; Lâmina e lamínula; Pinça de
ponta fina, lâmina de barbear; Vidro de relógio; corante;
Microscópio óptico
Procedimento: realize cortes transversais e paradérmicos
nas folhas e no caule; coloque os cortes em vidros de relógio
contendo água; faça a coloração com safranina e azul de toluidina;
monte as lâminas e observe ao microscópio; desenhe e pinte as
células epidérmicas e a cutícula.
Questões
1) Os estômatos ocorreram sempre na mesma face da
folha?
2) Dê a função das seguintes estruturas epidérmicas:
a) tricomas; b) estômato; c) célula buliforme.
3) Localize e identifique os componentes do estômato.
Manuel prático de anatomia vegetal40
PRÁTICA 6:PRÁTICA 6:PRÁTICA 6:PRÁTICA 6:PRÁTICA 6:
TECIDOS FUNDAMENTAIS -TECIDOS FUNDAMENTAIS -TECIDOS FUNDAMENTAIS -TECIDOS FUNDAMENTAIS -TECIDOS FUNDAMENTAIS -
PARÊNQUIMA, COLÊNQUIMA EPARÊNQUIMA, COLÊNQUIMA EPARÊNQUIMA, COLÊNQUIMA EPARÊNQUIMA, COLÊNQUIMA EPARÊNQUIMA, COLÊNQUIMA E
ESCLERÊNQUIMAESCLERÊNQUIMAESCLERÊNQUIMAESCLERÊNQUIMAESCLERÊNQUIMA
O parênquima é o principal representante do sistema
fundamental. É também chamado tecido de enchimento, porque
é o tecido mais abundante em qualquer órgão vegetal e ocupa os
intervalos existentes entre a epiderme e os vasos condutores.
Representa o primeiro grau de diferenciação das células
meristemáticas. É formado por células vivas, capazes de crescerem
e readquirirem a capacidade de divisão celular (desdiferenciarem-
se). Isto demonstra que o tecido parenquimático tem relativamente
pouca especialização, portanto, pode desempenhar variadas
funções na planta. É responsável pelas principais funções vegetais,
tais como fotossíntese, respiração, secreção e armazenamento de
alimentos de vários tipos. Geralmente o parênquima consiste de
células de paredes delegadas, ou seja, paredes primárias (unidas
pela camada cimentante, denominada lamela média), que são
formadas durante o crescimento celular. Depois de completo o
crescimento, a célula parenquimática, pode depositar uma parede
secundária sobre a primária.
O colênquima é um tecido composto por células de paredes
espessas, sendo considerado um tecido de sustentação.
Assemelha-se ao parênquima pelo fato dos dois possuírem
protoplastos vivos e ativos, capazes de reassumir a atividade
meristemática. É considerado responsável pela sustentação dos
órgãos jovens em crescimento e órgãos da planta que possuem
flexibilidade (pecíolo de folhas, pedúnculo de flores e frutos,
nervuras foliares e caules herbáceos). As células do colênquima
possuem protoplastos vivos e paredes celulósicas espessas. Podem
conter cloroplastos e realizam fotossíntese. Assim, diferem das
células parenquimáticas principalmentena natureza de sua parede
espessa e geralmente são mais alongadas.
As paredes das células do colênquima constituem exemplos
de paredes primárias espessas. Estas são formadas enquanto a
célula está ainda crescendo em volume. O espessamento das
paredes de colênquima é depositado durante o crescimento da
célula, basicamente por compostos pécticos e hemicelulose e
pouca celulose. Em outras palavras, a parede celular aumenta
simultaneamente em superfície e espessura.
Geralmente, o espessamento da parede inicia nos cantos
da célula, mas pode expandir-se, a partir daí, de várias maneiras
em espécies diferentes. São reconhecidos três tipos de colênquima,
de acordo com a disposição do engrossamento da parede: a)
Colênquima angular - o tipo mais comum, no qual o espessamento
da parede é depositado, predominantemente nos cantos ou
ângulos das células; b) Colênquima lamelar - no qual o
espessamento é depositado mais acentuadamente nas paredes
tangenciais do que nas radiais da célula; c) Colênquima lacunar -
no qual o espessamento é depositado primariamente ao redor
dos espaços intercelulares, ocorre em pecíolos de algumas plantas
e raízes aéreas.
Manuel prático de anatomia vegetal42
O esclerênquima, juntamente com o colênquima, é
considerado tecido de sustentação, sendo o esclerênquima um
tecido mais especializado nesta função, quando comparado com
o colênquima.
O esclerênquima é o principal tecido de sustentação
mecânica dos vegetais, pois suas células lhe conferem dureza e
rigidez. É considerado um tecido morto, devido ao fato de suas
células perderem seus conteúdos protoplasmáticos quando
maduras. O mesmo distingui-se do colênquima por essa falta de
conteúdo vivo e é lignificado (células dotadas de intensa
impregnação de lignina na parede celular). Esta lignificação é
que determina a morte das células.
As células do esclerênquima apresentam paredes
secundárias, que se depositam sobre as primárias depois destas
completarem o seu crescimento em extensão. As células do
esclerênquima são habitualmente divididas em duas categorias,
as fibras e os esclereídes (ou esclerócitos). De modo geral a fibra
é mais alongada e delgada, muitas vezes mais longa do que
larga, ao passo que os esclerócitos variam de uma forma
aproximadamente isodiamétrica a alongada e algumas bastantes
ramificadas.
Objetivo: Observar os diferentes tipos de parênquima, os
espaços intercelulares e grãos de amido presentes nas amostras
em estudo. Identificar e caracterizar colênquima e esclerênquima.
Material: Caule da abóbora, pecíolo da mamona, polpa de
pêra; Lâmina e lamínula; Lâmina de barbear; Vidro de relógio;
corante; Microscópio óptico
Procedimento: Faça cortes transversais finos dos tecidos a
serem analisados; Execute o procedimento de descoloração e de
coloração (azul de toluidina); Prepare os cortes sobre lâmina com
água. Cubra com lamínula e observe ao microscópio. Esquematize.
Girlene Santos de Souza 43
Questões
a) Que diferenças básicas você destacaria entre os dois
tecidos de sustentação?
b) Qual a localização dos tecidos de sustentação?
c) Que tipo de célula esclerenquimática ocorre no tecido
da pêra? Caracterize-a. Qual seria uma possível função deste tecido
no fruto?
Manuel prático de anatomia vegetal44
PRÁTICA 7:PRÁTICA 7:PRÁTICA 7:PRÁTICA 7:PRÁTICA 7:
TECIDOS DE CONDUÇAO -TECIDOS DE CONDUÇAO -TECIDOS DE CONDUÇAO -TECIDOS DE CONDUÇAO -TECIDOS DE CONDUÇAO -
XILEMA E FLOEMAXILEMA E FLOEMAXILEMA E FLOEMAXILEMA E FLOEMAXILEMA E FLOEMA
O xilema primário contém os tipos celulares chamados,
elementos traqueáreos, fibras e células de parênquima. É originado
do procâmbio (no meristema apical) e em termos de
desenvolvimento reconhecem-se dois tipos de xilema primário:
protoxilema e metaxilema. O protoxilema de formação precoce,
se diferencia nas partes primárias do corpo da planta que não
completam seu crescimento e diferenciação. Seus elementos
traqueáreos maduros, não vivos, são distendidos e, eventualmente
destruídos, pois amadurecem entre tecidos em fase de
alongamento ativo, e está, por conseguinte, sujeito a tensões. O
metaxilema inicia-se geralmente no corpo primário da planta
ainda em crescimento, mas amadurece só muito depois do
alongamento haver concluído. Diante disto, é menos atingido
pela extensão primária dos tecidos circundantes do que o
protoxilema e contém fibras e as células parenquimáticas. Os
elementos traqueáreos do metaxilema tornam-se funcionais após
a formação do xilema secundário. Nas plantas sem crescimento
secundário, o metaxilema mantém-se funcional até a idade adulta
do órgão.
O xilema secundário faz parte do corpo secundário da
planta e é originado pelo câmbio vascular. Neste xilema há dois
sistemas de células, o axial e o radial, o que não ocorre no xilema
primário. A deposição da célula no sentido vertical, ou seja,
paralelo ao eixo longitudinal do caule ou raiz, caracteriza o sistema
axial. O sistema axial contém os componentes citados para o
xilema (elementos traqueáreos, fibras e células do parênquima).
As células com deposição horizontal formam o xilema radial, que
é constituído basicamente de células do parênquima. Os xilemas
axial e radial são dispostos como dois sistemas que se
interpenetram, intimamente integrados um com o outro, quanto
à origem, estrutura e função.
O floema também denominado de líber, é o tecido
responsável pela condução da seiva elaborada. Da mesma forma
que abordou-se no xilema, a origem do floema é dupla: o floema
primário tem origem no meristema apical (procâmbio) e o
secundário no câmbio vascular. Assim como o xilema o floema é
um tecido complexo, formado por diferentes tipos celulares e
desempenhando mais de uma função. Compondo o floema tem-
se:
a) elementos crivados;
b) fibras;
c) células do parênquima.
Da mesma forma que os elementos traqueáreos do xilema,
os elementos crivados são de dois tipos: As células crivadas e o
elemento de tubo crivado. As células crivadas aparecem em
pteridófitas e gimnospermas e são menos especializados que os
elementos crivados. Os elementos crivados ocorrem em
angiospermas, a justaposição destes elementos (células) formam
o tubo crivado. Tais células (elementos crivados) são os mais
especializados do floema. As suas principais características são
Manuel prático de anatomia vegetal46
as áreas crivadas em suas paredes transversais e a ausência de
núcleo nos protoplastos maduros.
As áreas crivadas são paredes com poros atravessados
por filamentos de conexão, que fazem a ligação entre os
protoplastos das células vizinhas. Os poros nada mais são do que
pontuações modificadas. As paredes das células que contém as
áreas crivadas, são denominadas de placa crivada, sendo
equivalente à placa de perfuração do elemento de vaso do xilema.
Os protoplastos dos elementos crivados sofrem grandes
modificações durante a formação. O núcleo desintegra-se; a
delimitação entre vacúolo e o citoplasma parece desaparecer e
surgem indícios de diminuição do ritmo metabólico. O protoplasto
sem núcleo, entretanto, é capaz de depositar calose e, depois
removê-la, sob certas condições.
Comparativamente com o xilema as fibras aparecem em
menor quantidade no floema. As fibras quando maduras podem
ser vivas ou não. Em muitas plantas as fibras do floema são
utilizadas como fibras comerciais (linho, hibisco). Esclerócitos,
também, são encontrados freqüentemente no floema, podendo
aparecer junto com as fibras ou isolados. Estas células
esclerenquirnáticas, junto ao floema, desempenham a função de
sustentação, e as vezes de reserva (quando elementos vivos).
Os elementos crivados das angiospermas, geralmente,
estão associados com células parenquimáticas especializadas,
denominadas células companheiras. Essas células são originadas
pela mesma célula rneristemática que inicia o elemento de tubo
crivado. Os dois tipos de células parecem manter estreita relaçãofisiológica porque o término da função de um elemento de tubo
crivado é acompanhado pela morte das células companheiras.
Nota-se que as paredes celulares entre os dois tipos de células
são muito delgadas ou muito densamente pontuadas, fato que
Girlene Santos de Souza 47
reforça a idéia anterior. Do ponto de vista funcional, as células
companheiras são muito importantes, pelo falo de serem em
grande parte responsáveis pela ativa secreção de substâncias no
interior dos elementos de tubo crivados e a remoção.
É importante salientar que outras células parenquimáticas,
contendo numerosas substâncias ergásticas, são componentes
regulares do floema. Se comparar com o xilema, a quantidade de
células parenquimáticas no floema é mais expressiva.
Objetivo: Observar os elementos condutores presentes no
caule.
Material: Caule de abóbora, caule da mamona; Lâmina e
lamínula; Lâmina de barbear; Vidro de relógio; corante;
Microscópio óptico
Procedimento: Faça cortes transversais e longitudinais dos
caules; Core os cortes com azul de toluidina após procedimento
de descoloração; Prepare os cortes em lâminas com água, cubra
com lamínula e observe; Identifique os elementos condutores e
esquematize.
Questões
a) Qual a diferença entre o câmbio vascular presente em
Cucurbita sp. e o apresentado em Ricinus communis.
b) Quais as diferenças entre o floema primário e o floema
secundário? Cite ao menos duas características distintivas.
Manuel prático de anatomia vegetal48
MORFOANATOMIA DOS ÓRGAOS VEGETAISMORFOANATOMIA DOS ÓRGAOS VEGETAISMORFOANATOMIA DOS ÓRGAOS VEGETAISMORFOANATOMIA DOS ÓRGAOS VEGETAISMORFOANATOMIA DOS ÓRGAOS VEGETAIS
PRÁTICA 8: RAIZPRÁTICA 8: RAIZPRÁTICA 8: RAIZPRÁTICA 8: RAIZPRÁTICA 8: RAIZ
A raiz é um órgão subterrâneo, aclorofilado e não possui
o corpo segmentado em nós e entrenós. É caracterizada pela
ausência de gemas laterais, bem como por apresentar
geotropismo positivo. Algumas exceções, como raízes aéreas,
podem ser clorofiladas e outras podem apresentar geotropismo
negativo e gemas laterais.
Nas dicotiledôneas a raiz principal tem origem na radícula
do embrião da semente. Nas monocotiledôneas as raízes originam-
se de forma diferente, ou seja, a radícula se degenera e o sistema
radicular é constituído por numerosas raízes com origem no caule
(adventícias). As raízes laterais têm origem no periciclo (região
interna da raiz) e as adventícias originam-se a partir de tecidos
profundos do órgão (neste caso, não é a raiz), são, portanto, em
ambos os casos de origem endógena.
Na maioria das plantas, uma das finalidades das raízes é
fixar o vegetal no solo. Essas raízes ramificam-se ou se apresentam
em feixes, formando, desse modo, um conjunto de raízes
denominado sistema radicular. Por outro lado, a raiz destina-se a
absorver e transportar, às seções superiores da planta, a água e
as substâncias químicas indispensáveis ao metabolismo dos
vegetais. Assim, ramificando-se, as raízes aumentam sua área de
absorção, que é ampliada mais ainda pela existência de uma
região, onde se formam pêlos absorventes, denominada de zona
pilífera.
O estudo anatômico da raiz demonstra duas estruturas de
desenvolvimento, as denominadas de estrutura primária e
estrutura secundária, que formam, respectivamente, o corpo
primário e secundário do órgão. Os vegetais monocotiledôneos e
algumas dicotiledôneas apresentam o corpo primário durante todo
o seu ciclo de vida, já a maioria das dicotiledôneas substituem,
ao longo do seu desenvolvimento, a estrutura primária pela
secundária.
A estrutura primária é denominada, por alguns autores,
de corpo primário. Um corte transversal de uma raiz em estágio
primário de crescimento revela nítida separação entre os três
sistemas de tecidos: epiderme (sistema dérmico), córtex (sistema
fundamental) e o cilindro central (sistema vascular).
Objetivo: Conhecer a anatomia e a estrutura geral da raiz,
diferenciando os tecidos presentes, bem como os estágios de
crescimento.
Material: Raiz de feijão, milho, orquídea, gillete, lâmina e
lamínula.
Procedimento: Faça cortes transversais na raiz de feijão,
milho e orquídea, corar com azul de toluidina, montar as lâminas,
observar no microscópio óptico, identifique os tecidos e desenhar.
Questões
1) O que é uma raiz adventícia? Como podemos diferenciar
uma raiz adventícia de uma raiz que teve origem a partir da
radícula do embrião?
Manuel prático de anatomia vegetal50
2) Qual a diferença entre uma raiz adventícia e uma raiz
secundária? Explique como estas raízes são formadas.
3) Quais as diferenças entre o cilindro vascular oco e o
cilindro vascular sólido das raízes? Descreva estes dois cilindros.
Girlene Santos de Souza 51
PRÁTICA 9:PRÁTICA 9:PRÁTICA 9:PRÁTICA 9:PRÁTICA 9:
CAULECAULECAULECAULECAULE
O caule é um órgão geralmente aéreo, que, quando jovem
ou verde, realiza fotossíntese. Ao contrário da raiz apresenta
geotropismo negativo, fototropismo positivo e divide-se em nós
e entrenós, com uma ou mais folhas em cada nó. Os nós e
entrenós podem ser bem evidentes, bem como muitas vezes,
não são identificados.
O caule origina-se da gêmula ou plúmula do embrião da
semente durante o processo de germinação da mesma. Nas
dicotiledôneas, ao se iniciar o desenvolvimento da gêmula origina-
se o epicótilo, que representa a parte caulinar dessa gêmula. O
hipocótilo, por sua vez, também constitui uma unidade caulinar,
pois fica localizado abaixo da inserção do cotilédone e pode
grosseiramente ser considerado como o primeiro entrenó. Nas
monocotiledôneas, estas duas regiões não se distinguem e o
caule forma-se diretamente do desenvolvimento da gêmula.
O caule tem como função fundamental o sustento do
vegetal, sustentando folhas e flores, isto é, a copa da planta. Esta
sustentação permite às folhas, principais órgãos fotossintéticos
da planta, uma posição favorável à luminosidade, que é essencial
para a fotossíntese. O caule, também, é órgão de ligação entre
as raízes e folhas, tendo no seu interior os vasos lenhosos e
liberianos, com a finalidade de conduzirem a seiva bruta e
elaborada, respectivamente. Pode também funcionar como órgão
de reserva e auxiliar na fotossíntese.
Tal como ocorre na raiz, na maioria das monocotiledôneas
há uma só estrutura caulinar, denominada estrutura primária,
que perdura por toda a vida da planta. Já as dicotiledôneas além
da estrutura primária, desenvolvem, através desta, a estrutura
secundária.
A estrutura primária do caule apresenta, como na raiz,
três sistemas de tecidos: o dérmico, o fundamental e o vascular
originados pela protoderme, meristema fundamental e procâmbio,
respectivamente. O sistema dérmico é representado pela
epiderme, o fundamental pelo córtex e a medula, sendo que esta
última em certas plantas pode estar ausente. Finalmente, no
sistema vascular, acham-se o xilema e o floema, que se encontram
em feixes, os feixes vasculares.
Objetivo: Observar os diferentes tecidos que constituem a
anatomia do caule.
Material: Caule de abóbora, mamona e goiabeira, lâmina,
lamínula, gilete.
Procedimento: Faça cortes transversais nos caules das
espécies selecionadas, colocar em uma placa de petri com água,
depois corar com azul de toluidina e montar a lâmina Com objetiva
de menor aumento observe o corte do caule, identifique e desenhe:
epiderme, córtex (com colênquima angular e parênquima), os
feixes vasculares e a medula. Desenhe um feixe vascular no
aumento de 40x.
Questão
1) Diferencie anatomicamente os caules de
monocotiledônea e dicotiledônea em estrutura
Manuel prático de anatomia vegetal54
PRÁTICA 10:PRÁTICA 10:PRÁTICA 10:PRÁTICA 10:PRÁTICA 10:
FOLHAFOLHAFOLHAFOLHAFOLHA
A folha é um órgão lateral, geralmente verde, que
representa uma expansão laminar do caule. Apresenta crescimento
determinado e tem como função principal a fotossíntese. Uma
folha completa compõe-se de limbo,pecíolo e bainha; qualquer
uma das partes pode faltar sendo rara a ausência do limbo.
A folha tem constitui-se de um órgão vegetal com
importantes funções metabólicas, sendo, portanto o principal
responsável pela fotossíntese, respiração, transpiração e
distribuição da seiva aos outros órgãos.
A folha tem a mesma origem embriológica do caule, ou
seja, a partir da gêmula do embrião da semente. Nascem nas
proximidades da superfície do meristema apical, como
agrupamentos localizados, denominados primórdios foliares.
Portanto, sua origem é exógena.
Assim como na raiz e o caule, a folha apresenta os três
sistemas de tecidos: o dérmico, o fundamental e o vascular. As
folhas, geralmente, não apresentam crescimento secundário.
Raramente este crescimento pode ocorrer nas nervuras maiores
e no pecíolo. Como conseqüência do não crescimento secundário,
a epiderme permanece durante a vida da folha como o único
sistema de revestimento.
Anatomicamente, a folha das angiospermas é composta
de epiderme, mesofilo e feixes vasculares, que são bem perceptíveis
em corte transversal.
Objetivo: Analisar e reconhecer a organização estrutural
de folhas de mono e dicotiledôneas.Observar os diferentes tecidos
que constituem uma folha.
Material: folha de boldo, gramínea ou milho e café, placa
de petri, lâmina, lamínula e gillete.
Procedimento: Fazer cortes paradérmicos e transversais
nas folhas de boldo, milho e café. Colocar os cortes numa placa
de petri com água; selecionar os cortes mais finos e preparar a
lâmina. Os cortes paradérmicos devem ser corados com safranina
e os paradérmicos com azul de toluidina. Com objetiva de menor
aumento observe o corte da folha com nervura principal e mesofilo.
Com a objetiva de 10x, observe e desenhe: cutícula, epiderme
adaxial e abaxial, parênquima clorofiliano. Na nervura principal
observe e desenhe o feixe vascular. Nos cortes paradémicos
observar estruturas epidérmicas.
Questões
1) O que são plantas mesofíticas, xerofíticas e hidrofíticas?
Cite ao menos 3 características das folhas destas plantas que
ajudem a identificá-las O que é anatomia krans? Qual a importância
deste arranjo para as plantas C4?
2) Descreva sucintamente o processo de formação de uma
folha (ontogenia). A seguir, destaque os nomes dos principais
meristemas envolvidos neste processo e suas respectivas funções.
Morfologia da Folha
Objetivo: Conhecer os diferentes tipos de folha (completa
e incompleta) e identificar suas partes constituintes; classificar
quanto à divisão do limbo.
Manuel prático de anatomia vegetal56
Material: Folha de diferentes espécies vegetais
Procedimento: Vá ao campo (quintal, parque, jardins, etc.)
e colete diversos tipos de folhas e as classifique quanto à forma,
nervação, bordo e filotaxia.
Exemplo
Colar a folha
Folha: ( ) completa ( ) peciolada ( ) invaginante ( ) séssil
Nervação: ( ) uninérvea ( ) peninérvea ( ) curvinérvea ( )
palmatinérvea ( ) paralelinérvea
Consistência: ( ) membranácea ( ) coriácea ( ) crassa ( )
cartácea
Forma do limbo: ( ) elíptica ( ) ovada ( ) obovada ( )
lanceolada ( ) linear ( ) assimétrica
Filotaxia: ( ) alterna ( ) alterna espiralada ( ) oposta simples
( ) oposta cruzada ( ) verticilada
Estruturas anexas : ( ) estípulas ( ) espinhos ( ) ócrea ( )
gavinha
Girlene Santos de Souza 57
MORFOANATOMIA DOS ÓRGAOSMORFOANATOMIA DOS ÓRGAOSMORFOANATOMIA DOS ÓRGAOSMORFOANATOMIA DOS ÓRGAOSMORFOANATOMIA DOS ÓRGAOS
REPRODUTIVOSREPRODUTIVOSREPRODUTIVOSREPRODUTIVOSREPRODUTIVOS
PRÁTICA 11: DIVERSIDADE FLORALPRÁTICA 11: DIVERSIDADE FLORALPRÁTICA 11: DIVERSIDADE FLORALPRÁTICA 11: DIVERSIDADE FLORALPRÁTICA 11: DIVERSIDADE FLORAL
A flor é o elemento de reprodução das fanerógamas. É
constituída por um conjunto de folhas modificadas (antófilos) e
quando completa é formada por pedúnculo (ou pedicelo),
receptáculo e verticilos florais. Além da importância reprodutiva,
a flor constitui-se no mais importante órgão para a taxonomia
dos vegetais angiospermas. Também, tem importância industrial,
medicinal e ornamental.
A função da flor é a multiplicação sexuada dos vegetais.
Para isto, geralmente, é constituída de verticilos reprodutores
(Androceu e gineceu), responsáveis pela formação dos gametas
masculino e feminino.
Na conceituação usual, a flor é um ramo curto, portador
de folhas modificadas. Do ponto de vista botânico, algumas destas
folhas são estéreis (as denominadas protetoras), e outras são
obrigatoriamente férteis (as denominadas reprodutivas). Isto
significa dizer, que não existe flor sem a presença de um dos
aparelhos sexuais, masculino ou feminino, no órgão.
Uma flor completa é constituída das seguintes partes: o
pedúnculo, o receptáculo, os verticilos protetores (cálice e corola)
e os verticilos reprodutores (androceu e gineceu). Anexos as estas
partes florais, podem ocorrer, em alguns casos, outras folhas
modificadas, denominadas brácteas. As brácteas são constituídas
por quaisquer órgãos foliáceos situados nas proximidades da flor
e diferentes (pela forma, tamanho, consistência, cor, etc.) das
outras partes constituintes da flor.
Objetivo: Reconhecer os verticilos protetores e reprodutores
de uma flor completa e identificar as principais estruturas
observadas em uma flor completa. Analisar e reconhecer a
organização estrutural das flores, assim como suas variações
morfológicas.
Material: Flor de diferentes espécies (mamona, lírio,
hibiscus, abóbora, mamão)
Procedimento: Pegue cada flor e identificar todas suas
partes. Se necessário utilize uma lupa. Observe a forma das peças
do perianto. Essas peças se assemelham a qual outro órgão
vegetal? Observe o androceu. Identifique as partes dos estames:
filete, antera e conectivo; observe o gineceu. Identifique as partes:
ovário, estilete e estigma. Corte o ovário e observe o que tem
dentro.
Questões
1) Quando o fruto amadurece, em que se transformam
essas estruturas?
2) Qual a função de cada uma das partes observadas?
3) Classifique os matérias observados quanto:;
3.1 Quanto aos verticilos:
( ) Completa ( ) Incompleta
3.2 Quanto ao perianto:
Manuel prático de anatomia vegetal60
( ) Aclamídea ( ) Monoclamídea
( )Diclamídea: ( ) Homoclamíde ou ( ) Heteroclamídea
3.3. Quanto ao cálice:
( ) Dímera ( ) Trímera ( ) Tetrâmera
( ) Pentâmera
3.4 Quanto à soldadura do cálice:
( ) Dialissépalo ( ) Gamossépalo
3.5. Quanto à corola:
( ) Dímera ( ) Trímera ( ) Tetrâmera ( ) Pentâmera
3.6 Quanto à soldadura da corola:
( ) Dialipétalo ( ) Gamopétalo
3.7 Quanto à simetria:
( ) Actinomorfa ( ) Zigomorfa ( ) Assimétrica
3.8. Quanto ao número de estames em relação às pétalas:
( ) Oligostêmone ( ) Isostêmone ( ) Diplostêmone
( ) Polistômone
3.9 Quanto ao número de carpelos:
( ) unicarpelar ( ) Bicarpelar ( ) tricarpelar ( ) Tetracarpelar
( ) Pentacarpelar ( ) Pluricarpelar
3.10. Quanto ao número de lóculos:
( ) unilocular ( ) Bilocular ( ) trilocular ( ) Tetralocular
( ) Pentalocular ( ) Plurilocular
Girlene Santos de Souza 61
PRÁTICA 12:PRÁTICA 12:PRÁTICA 12:PRÁTICA 12:PRÁTICA 12:
SEMENTESSEMENTESSEMENTESSEMENTESSEMENTES
A semente para dar origem à nova planta, necessita de
reservas nutritivas, que podem estar no próprio embrião
(cotilédone),ou fora dele (endosperma e perisperma). O início
do desenvolvimento da nova planta, a germinação, depende de
condições especiais, relacionadas com a própria semente e com
o meio ambiente. A primeira fase da germinação é a embebição,
que consiste na absorção de água pelas células, devido ao poder
higroscópico dos colóides existentes no protoplasma. Em
conseqüência disso, ocorre aumento de volume e de peso da
semente.
Objetivo: Reconhecer os diversos componentes da
semente, tanto em nível morfológico quanto anatômico.e
comparar o processo de embebição em diferentes sementes.Material: Beckers, provetas de 50mL, 10 sementes secas
de feijão, milho e mamona.
Procedimento: primeiro determine o volume das sementes
secas, colocando 10 mL de água na proveta e acrescentando 10
sementes secas de feijão, milho e mamona. Agite vigorosamente
a proveta, para retirar bolhas de ar que tenham ficado entre as
sementes. Anote o volume encontrado nesta medida (altura do
nível da água sem e com sementes).
Coloque as sementes medidas em frascos contendo água,
por 24 horas. Determine o volume que passaram a ter as semen-
tes depois da embebição, empregando o mesmo método usado
para as sementes secas e preencha o quadro abaixo:
Questões
1) As sementes de diversas espécies de plantas são
revestidas por fibras de esclerênquima, um tipo de tecido vegetal
rico em celulose e lignina.
2) Explique como esse revestimento das sementes contribui
para a dispersão dessas espécies de plantas.
Manuel prático de anatomia vegetal64
REFERENCIASREFERENCIASREFERENCIASREFERENCIASREFERENCIAS
APPEZZATO-da-GLORIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO,
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Manuel prático de anatomia vegetal66
SELBACH
& autores associados

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