Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CAMPUS DO ARENITO MATHEUS BERGER GABRIEL SOARES AUGUSTO SARTORI RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Manometria e hidrometria CIDADE GAÚCHA - PR NOVEMBRO - 2017 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CAMPUS DO ARENITO MATHEUS BERGER GABRIEL SOARES AUGUSTO SARTORI RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Manometria e hidrometria Prof. Dr. Giuliani do Prado Relatório de aula prática graduação apresentado à disciplina de Hidráulica de Sistemas de Irrigação. CIDADE GAÚCHA - PR NOVEMBRO - 2017 ii SUMÁRIO Página LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... iii 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 2 ENSAIOS REALIZADOS ........................................................................................... 5 2.1 Primeiro ensaio ....................................................................................................... 5 2.1.1 Manômetro em “U” aberto .................................................................................... 5 2.1.2 Manômetro em “U” invertido................................... Erro! Indicador não definido. 2.1.3 Manômetro tipo Bourdon ...................................................................................... 6 2.1.4 Vazão na cuba volumétrica .................................................................................. 6 2.1.5 Vertedor triangular ............................................................................................... 7 2.1.6 Placa de orifício ................................................................................................... 9 2.2 Segundo ensaio .................................................................................................... 11 2.2.1 Bocal padrão e coordenadas do jato .................................................................. 11 2.2.1.1 Bocal padrão ................................................................................................... 12 2.2.1.2 Coordenadas do jato ....................................................................................... 13 3 DISCUSSÃO DE RESULTADOS ............................................................................. 14 4. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 15 iii LISTA DE FIGURAS Página Figura 1.ilustração de manômetro em “U” aberto .......................................................... 5 Figura 2.Manômetro e U invertido. .................................. Erro! Indicador não definido. Figura 3. Manômetro metálico tipo Bourdon. ................................................................ 6 Figura 4. Cuba volumétrica ........................................................................................... 7 Figura 5. Vertedor triangular de 90º .............................................................................. 8 Figura 6. Placa de orifício e manômetro diferencial. ................................................... 10 Figura 7. Representação do jato a partir do bocal padrão. ......................................... 12 4 1 INTRODUÇÃO No dia 2 de outubro de 2017, foi realizado na Universidade Estadual de Maringá, no curso de Engenharia Agrícola, na disciplina de Hidráulica de Sistemas de Irrigação, uma aula prática sobre manometria e hidrometria, no laboratório de Hidráulica e Irrigação, nas dependências do Campus do Arenito em Cidade Gaúcha - PR. Segundo Tundisi (2014), antes da existência do Homo sapiens no planeta Terra, a água era utilizada exclusivamente para manter a estabilidade dos ecossistemas. Com o desenvolvimento da agricultura, sobretudo, da agricultura irrigada, a diversificação dos usos múltiplos da água introduziram novos tipos de utilização dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, proporcionando estresse hídrico ou escassez de água (desequilíbrio entre disponibilidade e demandas). Contudo, a manometria e hidrometria são ciências que abordam práticas e manejo do uso correto dos recursos hídricos para que não ocorra esse desequilíbrio entre disponibilidade e demanda da água. Hidrometria é a parte da hidrologia que permite conhecer o regime hídrico, as disponibilidades hídricas de uma região fornecendo dados para a medição das vazões, profundidade, pressões e velocidade dos níveis de água em rios, lagos e represas (SEIA, 2016). Manometria é a parte da mecânica dos fluidos responsável pela medição da pressão. Para o emprego da manometria, utiliza-se equipamentos com colunas de líquidos (verticais ou inclinados) denominados de manômetros, com finalidade do controle de vazão, determinação de alcance de jatos e determinar o potencial de água no solo (JUSTINO, 2012). Para melhor entendimento do assunto foram realizados dois ensaios, com o objetivo de analisar os diferentes métodos de medidas de pressão (manômetros e vacuômetros) e vazão (cuba volumétrica, placa de orifício, vertedouro triangular, coordenadas do jato e bocal) e comparar os valores dos coeficientes de descarga com os obtidos na literatura. 5 2 ENSAIOS REALIZADOS 2.1 Primeiro ensaio 2.1.1 Manômetro em “U” aberto O aparelho é construído basicamente em tubo de vidro em forma de “U”, aberto em ambos os lados contendo líquidos distintos, sendo que as extremidades deste tubo devem estar abertas para a atmosfera (Figura 1). Seu princípio de funcionamento consiste na aplicação de pressão num de seus ramos o que provocará o deslocamento do líquido (para cima ou para baixo), ou seja, a diferença de nível de líquido nos dois ramos indica a medida da pressão que se pretende determinar. Na condição de repouso (sem aplicação de pressão), como ambos tubos estão abertos para a atmosfera as forças atuam simultaneamente nas superfícies referenciadas no marco zero da escala. Figura 1.Ilustração de manômetro em “U” aberto. 6 2.1.3 Manômetro tipo Bourdon Os manômetros metálicos de Bourdon são os mais utilizados na prática, pois permitem leitura direta da pressão positiva em um mostrador (Figura 3). As pressões são determinadas pela deformação de uma haste metálica oca, provocada pela pressão do líquido na mesma. A deformação movimenta um ponteiro que se desloca em frente a uma escala. Podem ser usados para medir pressões muito altas (CARVALHO et.al, 2007). Figura 2. Manômetro metálico tipo Bourdon. 𝑃𝑚 = (𝑃𝑚𝑏 × 10) 𝑃𝑚 = (1 × 10) 𝑃𝑚 = 10 𝑚𝑐𝑎 Em que: Pm : pressão na tubulação (mca); Pmb : pressão no manômetro Bourdon (mca). 2.1.4 Vazão na cuba volumétrica Para o calculo da vazão na cuba volumétrica foi medido a primeira altura (h1) da água contida na cuba volumétrica (Figura 4), a qual deverá ser demarcada uma nova altura (h2) após o tempo demarcado de cinco minutos com o sistema em já funcionamento. 7 Figura 3. Cuba volumétrica 𝑉0 = 𝐴 × (ℎ1 − ℎ2) 𝑉0 =4,803167× (0,56−0,25) 𝑉0 =1,474572𝑚 3 𝑄 = 𝑉𝑜 𝑡 𝑄 = 1,474572 300 𝑄 =0,0049632733 𝑚3 ∙ 𝑠−1 𝑜𝑢 4,9632733𝐿. 𝑠−1 Em que: V0: volume da cuba volumétrica (m³); A: área da cuba volumétrica (m²); h1: altura1 (m); h2: altura2 (m); t: tempo (s) Q: vazãona cuba volumétrica (m³.s-¹). 2.1.5 Vertedor triangular Os vertedores são constituídos basicamente de chapas metálicas nas mais diversas formas, porém o utilizado em aula prática foi o vertedor triangular com ângulo de 90°. Estes são utilizados para medição de pequenas vazões (abaixo de 30L.s-1). 8 Para a determinação da altura de carga hidráulica H do vertedor triangular de 90º (Figura 5), utilizou-se uma trena cuja amplitude foi equivalente à 0,104m, esta parte do experimento tem por finalidade o cálculo do Coeficiente de descarga (Cd) e a partir da equação 𝑄 = 𝐾. 𝐻 5 2 estimou-se o valor de K desse vertedor. Como a vazão da cuba volumétrica já foi denotada anteriormente, pode-se realizar o cálculo do Coeficiente de descarga Cd. Figura 4. Vertedor triangular de 90º H = 0,104 m 𝑔 = 9,81𝑚. 𝑠−2 α = 90° 𝑄 = 4,9632733 × 10−3 𝑚3 ∙ 𝑠−1 𝑄 = 8 15 × 𝐶𝑑 × 𝑡𝑔 ( ∝ 2 ) × √√2𝑔 × 𝐻 5 2 𝐶𝑑 =0,617374041 Se considerarmos que k é uma constante: 𝑘 = 8 15 × 𝐶𝑑 × 𝑡𝑔 ( ∝ 2 ) × √√2𝑔 × 𝐻 5 2 Obtem-se o valor de k: 𝑘 =1,41 9 Então a equação gerada para o cálculo deste vertedor triangular de 90° é dada por: 𝑄 = 1,41 × 𝐻 5 2 Em que: Q: Vazão (m3.s-1); Cd: Coeficiente de descarga (decimal); α: Angulação de abertura do vertedor (em graus); g: Aceleração da gravidade (m.s-2); H: Carga sobre a soleira de um vertedor (m); K: Constante (decimal). 2.1.6 Placa de orifício Com a vazão padrão determinada, pelo método da cuba volumétrica a próxima etapa do ensaio é aferir o Coeficiente de descarga (Cd) obtido na placa de orifício (Figura 6), a qual consiste num disco com um orifício central com saída em ângulo que deve ser montado concêntrico ao eixo do conduto cilíndrico, provido de duas tomadas de pressão, uma jusante e outra a montante do disco. O manômetro diferencial (Figura 6), mede a diferença de pressão em uma canalização em dois pontos distintos. Estes são construídos de aço inox, adequados para aplicações em meios corrosivos, processos gasosos ou líquidos. 10 Figura 5. Placa de orifício e manômetro diferencial. Dados: h1 = 823mmcHg; h2 = 330mmcHg; h= 0,0126(h1- h2) h= 0,0126(823-330) h= 6,2118 mca Dados: g=9,81(m.s-2); D=0,0541 (m); d=0,0285 (m). 𝑎 = 𝜋𝑑2 4 𝑎 = 6,3793966. 10−4𝑚² 𝐴 = 𝜋𝐷2 4 𝐴 = 2,2987112. 10−3𝑚² 𝑄 = 0,0049632733𝑚3. 𝑠−1 𝑄 = 𝐴. 𝑎 √𝐴2 − 𝑎2 . 𝐶𝑑. √2𝑔ℎ 11 𝐶𝑑 = 0,650875927 Em que: Q: Vazão (m3.s-1); Cd: Coeficiente de descarga (decimal); D: Diâmetro do tubo (m); d: Diâmetro do orifício (m); A: Área do tubo (m²); a: Área do orifício (m²); h: Carga Hidráulica (mca); k: constante (decimal); g: Aceleração da gravidade (m.s-2). 2.2 Segundo ensaio 2.2.1 Bocal padrão e coordenadas do jato Os bocais são utilizados para dirigir o jato, são adaptados a orifícios em paredes finas, ou à orifícios em paredes espessas. Bocal padrão é o bocal cujo comprimento iguala-se a 2,5 vezes o seu diâmetro. Quando a altura d’água é grande em relação ao comprimento do bocal, o jato é idêntico ao do orifício; porém, há contração do fluido fazendo com que o mesmo seja direcionado por meio do jato na seção de saída. O segundo ensaio é relacionado ao bocal padrão e as coordenadas de jato (Figura 7), a carga hidráulica do bocal padrão foi obtida com o auxílio do piezômetro o qual apresentou a magnitude de 0,768 m, calculou-se então o valor do Cd para este experimento com a nova vazão calculada. 12 Figura 6. Representação pela seta do jato a partir do bocal padrão. 2.2.1.1 Bocal padrão Dados: Cd = 0,650875927 D=0,0541m d= 0,0285m h1 = 0,841mmcHg; h2 = 0,339mmcHg. h= 0,0126(h1- h2) h= 0,0126(841-339) h= 6,3252mca 𝑄 = 3,48 × 𝐶𝑑 × 𝐷 2 × √ℎ √( 𝐷 𝑑) 4 − 1 𝑄 = 0,00482942𝑚³. 𝑠−1 𝑄 = 4,829 𝐿. 𝑠−1 𝑄 = 17,386𝑚³. ℎ−1 13 Em que: Q: Vazão (m3.s-1); 3,48: Constante Cd: coeficiente de descarga (decimal); D: Diâmetro do tubo (m); d: Diâmetro do orifício (m); h: Carga Hidraulica (mca). Com a nova vazão do sistema, pode-se determinar o valor do Coeficiente de descarga (Cd) do bocal padrão. Dados: Hpiesômetro = 0,66 m A= 1,349394548 x 10-3 m² D= 41,45mm 𝑄 = 4,621520911 x 10−3 𝑚³. 𝑠−1 𝑔 = 9,81𝑚. 𝑠−2 𝑄 = 𝐴. 𝐶𝑑. √2𝑔ℎ 𝐶𝑑 = 0,952239007 2.2.1.2 Coordenadas do jato Ao aferir os valores das coordenadas do jato, obtiveram-se os seguintes valores y= 0,28 m e x = 0,835 m, sendo seus movimentos acelerados em y e uniforme em x. Dados: A= 1,349394548 x 10-3 m² 𝑄 = 2,21 × 𝐴 × 𝑥 √𝑦 𝑄 = 4,705856553 x 10−3(𝑚. 𝑠−1) 14 3 DISCUSSÃO DE RESULTADOS Comparando os resultados com o da literatura do manual de hidráulica (Azevedo Neto), obtidos para a variável Cd, temos que o intervalo adequado deste coeficiente é de 0,61 a 0,62 para o vertedor triangular de 90º, 0,62 para a placa de orifício e 0,82 para o bocal padrão, pode-se observar que para: i) o vertedor triangular de 90º: o resultado obtido no ensaio em aula prática foi de 0,60 . ii) a placa de orifício: o resultado obtido para este método foi de 0,650875927 . iii) o bocal padrão: obteve-se um resultado equivalente a 0,952239007 . Diante da análise dos dados obtidos é possível verificar que tanto a hidrometria como manometria, são conceitos e métodos que podem ser empregados em diversas área. Os resultados do coeficiente de descarga (Cd), foram considerados insatisfatórios, uma vez que os dados obtidos nos ensaios foram valores acima ao que se tem tabelado . 15 4. REFERÊNCIAS CARVALHO, D. F., MELLO, J. L. P. e CARVALHO, Leonardo D. B. da Silva. Irrigação e Drenagem. 2007.Apostila Didática. UFRRJ. Disponível: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/jorge/downloads/APOSTILA/LICA%20Parte%201.pdf>. Acesso em: 16/10/2016. JUSTINO, E. Mecânica dos fluidos Capítulo 02. 2012. Aula de graduação Universidade Federal De Goiás. Disponível em: <http://docslide.com.br/documents/mecanica-dos-fluidos- capitulo-02-1a-parte.html>. Acesso em: 16 de outubro de 2016. TUNDISI, J. G. Recursos hídricos no brasil: problemas, desafios e estratégias para o futuro. Rio de Janerio: Academia Brasileira de Ciências, 2014. 76 p SEIA - Sistema Estadual de Informações Ambientais e Recursos Hídricos. Monitoramento Ambiental. Disponível em:<http://www.seia.ba.gov.br/monitoramento-ambiental/hidrom- trico>. Acesso em: 15 de outubro de 2016.
Compartilhar