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Resumo sobre Cerebelo

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Cerebelo
O cerebelo tem origem no rombencéfalo e, juntamente com os núcleos da base, controla as funções motoras. Apresenta importante papel na memória e no aprendizado. 
Hipocampo: localizado no lobo temporal, é a estrutura que primeiro recebe e abriga a informação a ser guardada. Abriga a memória recém-sintetizada (memória cognitiva). Mediante sua retirada, o paciente perde a memória cognitiva, porém a motora permanece intacta. 
O cerebelo é o responsável por essa memória motora. O controle motor somático (voluntário) é realizado pela associação entre córtex motor, cerebelo e núcleos da base. Nesse circuito, o cerebelo atua associado à via motora descendente e ele mantém a interação entre as musculaturas agonista e antagonista, visando manter o sequenciamento e a progressão da atividade motora. 
Anatomicamente, o cerebelo está localizado na fossa cerebelar ou fossa craniana posterior, ventralmente ao lobo occipital e separando-se do mesmo (do telencéfalo) pela chamada tenda do cerebelo, que consiste em uma projeção da dura-máter. O cerebelo constitui um teto do 4º ventrículo e está situado posteriormente ao tronco encefálico. Ele se liga ao tronco pelos chamados pedúnculos cerebelares, que se fixam na ponte. Esses pedúnculos são formados por axônios que saem (dele) e chagam ao cerebelo.
O cerebelo possui atuação na percepção do corpo no espaço e na manutenção do equilíbrio. Sua estrutura macroscópica é a seguinte:
Vérmis cerebelar (estrutura central perante visão posterior)
Hemisférios cerebelares (posteriormente divididos em lobos) 
Folhas do cerebelo
Fissuras do cerebelo
Corpo medular do cerebelo
Lâminas brancas do cerebelo
Córtex cerebelar
Núcleos do cerebelo
Os hemisférios são separados em lobos por sulcos, e os mesmos são divididos em lóbulos por fissuras (sulcos aprofundados). O vérmis cerebelar é separado dos hemisférios por dois sulcos laterais a ele. Diferentemente do córtex cerebral, o cerebelar não forma giros, mas sim folhas corticais (sulcos transversais).
Anatomia de superfície do cerebelo:
duas grandes fissuras longitudinais o divide em 3 áreas: verme cerebelar (parte central alongada) e dois hemisférios cerebelares
Fissura posterolateral: localizada na superfície ventral, separa o corpo do cerebelo do lobo floculonodular. 
Fissura prima: separa os lobos anterior e posterior.
Cada hemisfério cerebelar apresenta duas porções: uma intermediária (mais próxima do vérmis cerebelar) e uma mais lateral:
zona intermediária: mais envolvida com o equilíbrio (movimentos mais grosseiros de postura)
zona lateral: mais envolvida com o controle de movimentos somáticos finos (musculatura mais distal), apresentando alta comunicação com o telencéfalo. Envolve os movimentos assimétricos (movimentos diferentes realizados ao mesmo tempo).
Incisura cerebelar posterior: observada ventralmente, faz a separação entre os dois hemisférios. Nessa separação, a dura-máter se projeta (para dentro da incisura), formando a foice do cerebelo. Lateralmente à incisura, observam-se as tonsilhas cerebelares (tanto no lado direito como no esquerdo). Elas se projetam para a região postero-lateral do bulbo. No entanto, se se projetarem em direção ao forame magno, realizam o estrangulamento bulbar, que prejudica a atividade dos núcleos respiratório e vasomotor bulbares, podendo culminar em parada cardíaca. Essa projeção ocorre quando há um aumento da pressão intercraniana, e também pode ser causada por um tumor nas tonsilhas. 
Fissura pós-clival: permite o reconhecimento do lobo quadrangular (separado em parte anterior e posterior pela fissura prima) e do semilunar (separado em posterior e anterior pela fissura horizontal). 
-Pedúnculos cerebelares: fazem a ligação do cerebelo com o resto do SNC
pedúnculo superior (braço conjuntivo): constituído por fibras predominantemente eferentes (em relação ao cerebelo,) que se projetam para o mesencéfalo, conectando-o ao cerebelo.
pedúnculo médio (braço da ponte): constituído por fibras predominantemente aferentes, que se projetam para a ponte.
pedúnculo inferior ou restiforme: constituído por fibras tanto aferentes como eferentes, que se projetam para o bulbo e para a medula espinhal.
Anatomia seccional: os lobos do cerebelo são divididos em lóbulos, e são eles (em ordem): língula (próxima do véu medular), lóbulo central (separado da língula pela fissura pré-central), cúlmen (separado do central pela fissura pré-culminar), declive (separado do cúlmen pela fissura prima; pertence ao lobo posterior), fólium (separado do declive pela fissura pós-clival), túber (separado do fólium pela fissura horizontal), pirâmide (separada do túber pela fissura pré-piramidal), úvula (separada da pirâmide pela fissura pós-piramidal) e nódulo (separado da úvula pela fissura posterolateral). 
lobo anterior: língula, lóbulo central e cúlmen
lobo posterior: declive, fólium, túber, pirâmide e úvula
Na porção ventral do cerebelo, o lóbulo nódulo se liga ao flóculo, formando o lobo floculonodular. 
-Breve resumo:
lobo anterior: associa-se a medula espinhal e é responsável pelos movimentos grosseiros da cabeça e do pescoço. Paleocerebelo (ou espinocerebelo). Aferência principal (da onde ele recebe informaçoes): medula espinhal. 
lobo posterior: associado ao córtex e realiza os movimentos finos dos membros distais. Neocerebelo (ou cérebro-cerebelo)
lobo floconodular: associado ao sistema vestibular, controla o equilíbro e o balanço. Arquicerebelo (ou vestibulocerebelo).
Cerebelo - 3 zonas (divisão funcional):
Vermal: núcleo fastigial
Intermediária: núcleo interpósito
Lateral: núcleo denteado
-Divisão funcional do cerebelo:
Vestibulocerebelo: corresponde ao lobo flocunodular. Realiza o controle dos movimentos ondulatórios e do equilíbrio
Espinocerebelo: também chamado de paleocerebelo, corresponde ao verme a à zona intermediária dos hemisférios cerebelares (áreas de projeção aferente da medula). O verme recebe aferências visuais, auditivas, vestibulares e sometésicas da cabeça, pescoço e tronco. Através do núcleo fastigial, essas aferências se dirigem ao córtex cerebral e à formação reticular do tronco encefálico, controlando descendências dos músculos do esqueleto axial e dos proximais do cerebelo. 
Cerebrocerebelo: também chamado de neocerebelo, corresponde à zona lateral dos hemisférios cerebelares. Recebe aferentes indiretos do cortex cerebral contralateral via trato pontocerebelar (pedúnculo cerebelar médio), trato olivocerebelar (pedúnculo cerebelar inferior) e trato reticulocerebelar (pedúnculo cerebelar inferior). O cerebrocerebelo envia aferências por meio do núcleo denteado para o córtex motor, para o planejamento motor e conscientização dos movimentos que estão sendo realizados de forma errônea.
-Aferências cerebelares: o espinocerebelo é a parte do cerebelo que recebe informações provenientes da medula. Os tratos espinocerebelares (anterior e posterior) e cuneocerebelar (formado pelo núcleo cuneiforme do bulbo) trazem para o cerebelo as informações de propriocepção (posição e condições dos músculos). A propriocepção dos músculos do tronco e dos membros superiores chegam ao cerebelo por meio do trato espinocerebelar anterior, penetrando pelo pedúnculo cerebelar superior. O espinocerebelar posterior traz a propriocepção da parte inferior do tronco e dos membros inferiores, penetrando pelo pedúnculo cerebelar inferior. Já o trato cuneocerebelar, assim como o espinocerebelar anterior, traz a propriocepção da parte superior do tronco e membros superiores, porém penetrando pelo pedúnculo cerebelar INFERIOR. O vestibulocerebelo é a parte que recebe informações vestibulares, e o cerebrocerebelo recebe as informações provenientes do córtex cerebral (essas informações do córtex chegam por aferências indiretas: pontocerebelar, olivocerebelar e reticulocerebelar).
- Organização Histológica: o cerebelo apresenta uma camada superficial de substância cinzenta (o córtex cerebelar) e uma área central de substância branca, por onde passam feixes de fibras aferentese eferentes e núcleos profundos, que podem ser dos tipos: fastigial, denteado, emboliforme, globoso ou interpósito.
O córtex cerebelar é dividido em 3 camadas: camada molecular, camada de células de pukinje e camada de células granulares. As células de pukinje são os principais neurônios do córtex, cujos axônios são as únicas aferências do córtex e que fazem sinapses inibitórias com neurônios dos núcleos cerebelares profundos ou do núcleo vestibular. As células granulares correspondem aos únicos neurônios excitatórios do córtex. Na camada granular existe também as células de Golgi, que correspondem a neurônios inibitórios. Na camada molecular, observa-se a presença de fibras paralelas (conjunto formado pelos axônios das células granulares ao se bifurcarem na camada molecular), células em cisto e células estreladas (ambas neurônios inibitórios).
- Circuitos cerebelares: o cerebelo recere aferências de diversas partes do sistema nervoso, organizadas em duas classes: fibras musgosas e fibras trepadeiras. 
Fibras musgosas: chegam ao cerebelo, tronco cerebral e medula pelo trato espinocerebelar ventral e dorsal, nervo vestibular e núcleos pontinos. Recebem aferência do córtex e sua formação reticular é formada pelo trato corticoespinocerebelar.
Fibras trepadeiras: fibras aferentes do cerebelo que fazem sinapse com os neurônios dos núcleos cerebelares profundos e com os dendritos dos corpos celulares das células de pukinje. Originam-se no núcleo olivar inferior, que recebe aferências do córtex cerebral, formando a via córticoolivocerebelar. Cada fibra transversa faz sinapse com dendritos de até 10 células de pukinje, mas cada célula de pukinje interage com uma única fibra apenas. 
- Síndromes cerebelares:
É frequente em crianças o aparecimento de tumores no teto do 4º ventrículo (arquicerebelo), que comprimem o nódulo e o pedúnculo do flóculo. O paciente é incapaz de permanecer em pé, porém quando deitado consegue coordenar todos seus movimentos de forma praticamente normal --- alteração no equilíbrio com manutenção do tônus e coordenação motoras.
Paleocerebelo: as alterações nessa região cerebelar estão associadas com o alcoolismo, que gera a degeneração do córtex do lobo anterior. O paciente perde o equilíbrio e passa a andar com a base alargada. 
Neocerebelo: danos nessa região resultam em um sintoma fundamental a incordenação motora (ataxia). Abaixo estão listados possíveis sinais de tal incordenação: 
dismetria: movimentos efetuados de maneira descoordenada, na qual o paciente é incapaz de atingir um alvo fixo (ex.: não consegue colocar os dedos na ponta do nariz). 
decomposição: em estado normal, os movimentos são realizados por várias articulações ao mesmo tempo. Nesse quadro, esses movimento são decompostos, ou seja, realizados em etapas por cada uma das articulações.
disdiadococinesia: dificuldade em fazer movimentos rápidos e alternados. 
rechaço: retardo no funcionamento dos músculos extensores (controlados pelo cerebelo) e, quando são realizados, são muito bruscos e violentos (ex.: se for pedido de um paciente com essa degeneração que realize flexão do braço mediante resistência, ele provavelmente irá dar um forte tapa em sua própria testa).
tremor: agravado no final do movimento, quando a pessoa está próxima de atingir seu objetivo.
nistagmo: causado pela falta de coordenação da musculatura do globo ocular. Caracterizado por movimento oscilatório rítmico dos bulbos oculares, que podem ser verticais, horizontais ou rotatórios. 
Lesões dos hemisférios cerebelares: manifestam-se nos membros do lado lesado, com incordenação motora; Lesões do vermis: perda de equilíbrio, com base alargada

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