Buscar

PU Uelinton 2017.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

PRODUÇÃO ÚNICA
No Projeto Integrador 2016.2 do período de 8º período dos alunos de Direito do Centro Universitário AGES vem a se falar sobre a os egressos e a relação entre a ética e a sua prática profissional, relatando também sobre os métodos empregados pelas instituições de ensino superior para a formação jurídica bem como as experiências após a saída desse aluno no mercado de trabalho, bem como as dificuldades encontradas por esses recém-profissionais no campo profissional cada vez mais acirrado e que deve está atento a tudo o que ocorre a sua volta. Tendo em vista isso, como deve ser o enfoque que o egresso do curso de Direito tem que dar para enfrentar o mercado de trabalho competitivo na sociedade globalizada sem se desprender de princípios morais e éticos? 
Hipóteses
Temos em nossa sociedade atual um grande desafio, que é o de combater a corrupção que assola diversos setores de nossas vidas, de modo que, na formação do profissional do Direito é preciso se tecer valores éticos e morais fortes, pois, com uma formação teórica e prática sólida junto com valores éticos enraizados para o dia-a-dia como para a formação prática é essencial para nossa sociedade. 
Um dos motivos para que haja tanta corrupção e desvio nos valores morais deve ser pelo valor que a acumulação de dinheiro tem hoje, pois, quanto mais você tiver, com mais status, mais benefícios vai obter e em uma sociedade de exposição isso permeia a mente de muitos profissionais, ou seja, os egressos devem manter uma postura ética e moral em suas atividades, pois, elas demonstram o tipo de profissional e pessoa que é, não sendo claro o caminho mais fácil para se alcançar retorno financeiro ou mesmo profissional, mas o mais digno e precioso para a sociedade que clama por esses profissionais. 
Fundamentação Teórica
Diante do conteúdo do Projeto Integrador 2016.2 do 8º período, que tem como campo de observação “Egressos e sua relação ético-profissional” fica perceptível que muito mais do que buscar os conhecimentos teóricos, o estudante de Direito para se realizar profissionalmente deve ter amor pelo seu exercício jurídico, fazendo isso não apenas pelo dinheiro, mas porque realmente gosta dessa área, como demonstra MÜSSNICH (2007), em seu livro “Cartas a um jovem advogado”, onde relata que desde os tempos de escola gostava de defender os colegas e questionar decisões que lhe pareciam injustas e lhe falavam que se tornaria um advogado, que de fato veio a ocorrer, sendo algo que se diz apaixonado. 
Assim sendo, o profissional deve sempre buscar trabalhar por prazer e não tão somente pela necessidade, desenvolvendo o seu exercício não apenas pela questão remuneratória, mas pelo seu alcance frente à sociedade. O profissional que atua no ramo jurídico, se encontra diversas vezes em situações que desafiam a sua conduta moral e ética, por isso a importância de se ter uma formação que desde o início estimule e embase os alunos a agir nos padrões éticos, elevando o seu caráter com pessoa e ser social, bem como indivíduo inserido no mercado de trabalho honrado e com reputação boa, levando então a trabalhar com prazer. 
No livro de Michel J. Sandel (2013), “O que o dinheiro não compra”, o autor discute as questões éticas no mundo, principalmente na questão de mercado, pois, hoje vivemos em um mundo em que o dinheiro vem antes, e se o sujeito tem acesso a ele, pode-se comprar de um tudo, pois o mercado acaba corrompendo as pessoas pela necessidade exacerbada de dinheiro, sendo o mercado não apenas o lugar de compra e venda de objetos, mas de valores, de pessoas, de sentimentos e posição social. O autor em determinado momento diz que estamos na época em que quase tudo pode ser comprado e vendido e que os valores de mercado são os valores que governam nossas vidas.
Destarte, é perceptível que no mercado de trabalho há um número considerável de profissionais que deixam de lado a conduta moral em sua profissão, sendo influenciados pelas regras de mercado e utilizando-se da lógica de mercado em sua carreira, de modo que se deve desde a Academia preparar os estudantes a refletirem sobre seu papel como futuros operadores do Direito e como sua relação moral e ética é de extrema importância para as carreiras jurídicas. 
Observando-se o problema em questão, fica percebível que alguns profissionais sentem certo tipo de insegurança quando começam a exercer suas profissões, quando são obrigados a aplicar aquilo que foi aprendido durante o período de faculdade, mas quando se vai para a prática, começa-se a fazer determinadas atitudes que não são condizentes com o que é decorrido pelo curso, o que é debatido por NALINI (1999), em “Formação Jurídica”, onde fala sobre o processo de mudança entre a formação dos profissionais dentre os diversos campos de atuação na área jurídica, de forma que é quase que obrigatório a especialização para o bom exercício de algumas profissões jurídicas, ou para aquelas que são quase esquecidas pela sociedade, visto que em determinados setores se é exercido a função sem ter a qualificação especificada, de modo que, a formação relacionada à área de atuação jurídica irá proporcionar uma melhor promoção da justiça social e democratização da vida em sociedade. 
No tocante ao exercício profissional do advogado, em que este lida com problemas de seus clientes buscando uma solução para esses, sem se desviar dos valores éticos adquiridos durante sua jornada acadêmica. Sustenta isso MÜSSNICH (2007), que nos diz que a ética deve ser preocupação constante do exercício profissional, formando então uma carreira sólida e ilibada, afastando então a corrupção que atinge constantemente o mercado, de forma que, não deve se prender ao investimento, ao dinheiro, unicamente, mas, com o seu cliente, pois, o autor diz que ao chegar a esse ponto, perde-se a liberdade de exercer livremente a profissão. 
Fica-se evidente que é preciso afastar dos profissionais a busca implacável de ganhar dinheiro de formas alternativas sem se conferir valores fundamentais e de caráter do indivíduo, ou seja, buscar distanciá-lo de qualquer tipo de desvio ético que o mercado capitalista influencia, preocupando-se de certa forma, com os valores humanos e éticos, de forma que, o principal foco do estudante de Direito, desde a sua chegada ao curso superior deve está ligada a formação de conhecimentos fundamentais para sua formação, formando um bom alicerce de conhecimentos teóricos, além da relação com o mundo real, por meio de práticas e situações reais, preparando bem o profissional jurídico, de forma a se ter uma sólida relação entre Direito e a sociedade, que precisa de profissionais éticos que sejam comprometidos com seus acontecimentos, crítico e atuante em sua realidade, desempenhando assim a sua função de forma excepcional.
Confronto de hipóteses
Mediante o que foi visto, as hipóteses estão em acordo com o que traz os teóricos expostos, pois, os profissionais da área jurídica devem desde o início de sua formação teórica e profissional se ater aos princípios morais e éticos, buscando contribuir para a sociedade primordialmente e a remuneração financeira virá como recompensa pelo trabalho exercido, ou seja, muito mais do que um profissional com conhecimentos técnicos que vá trabalhar para receber uma remuneração, é preciso aplicar valores éticos em sua profissão. 
Tomada de posição
Portanto, é preciso reconhecer que o momento da formação jurídica se faz instrumento fundamental para a vida profissional, bem como a vida privada também, pois, deve desenvolver qualidades na vida como o autoconhecimento, o senso crítico e valores éticos. O estudante deve buscar adquirir essas qualidades para além dos conhecimentos teóricos, que é importante, mas não o único na formação profissional.
Um meio importante para o aluno adquirir conhecimentos e essas aptidões é o estágio, que o insere no mercado de trabalho e lhe dá contato com casos reais e quem sabe também com futuros clientes, de modo que quando sair da instituição de ensino superior encontre menos dificuldades parase inserir no mercado de trabalho, pois, já teve contato com ele durante o processo de construção de conhecimento, que é constante. 
Dessa forma, o receio dos egressos em se inserir no mercado de trabalho, garantir que mantenham uma postura ética e conseguir se sustentarem financeiramente e alcançar estabilidade profissional é muito complicado, pois, os valores de mercado são influenciadores para os egressos terem desvios éticos em sua prática profissional. 
Diante do que foi exposto, pode-se asseverar a necessidade de toda carreira profissional manter padrões altos de excelência para ganhar o espaço de forma admirável, devendo manter o dever legal de preservar a segurança jurídica, zelando que essa para sempre sobressaia nas relações jurídicas, direcionando um olhar para uma justiça nos princípios norteadores da nossa Constituição Federal de 1988, os quais visam especificamente o bem estar coletivo e acima de tudo a dignidade da pessoa humana.
REFERÊNCIAS 
MUSSNICH, Francisco. Cartas a um jovem advogado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
NALINI, José Renato. Formação Jurídica. 2° ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999.
SANDEL, Michel J. O que o dinheiro não compra. Os limites morais do mercado; tradução de Clóvis Marques - 5ªed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

Outros materiais