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07LA aula07 Classificaçao dos agentes publicos

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1 
 
Classificação dos agentes públicos 
 
1.1 Agentes Políticos: 
 
1.1.1 Características: 
1. Função política; 
2. São em regra nomeados pelos chefes dos poderes executivos; 
3. As funções foram discriminadas pela própria Constituição da República; 
4. Podem ser aposentados; 
5. Recebem subsídios, nos termos do artigo 39, §4º da Constituição da 
República; 
6. E estão vedados a acumulação, exceto nos termos do artigo 38 da 
Constituição da República; 
7. Exemplos: art. 48 – Deputados e senadores; art.71 – Ministros do tribunal de 
contas; art. 84- Presidente da República. 
 
1.1.2 Observação: 
Para Hely Lopes Meirelles1, os Magistrados, órgãos do Ministério Público e 
Membros do Tribunal de Contas são agentes políticos. O que a corrente majoritária não 
admite, por exemplo, através da “fala” do autor José dos Santos Carvalho Filho2, que 
leva em consideração não as funções estarem discriminadas na Constituição da 
República, e sim a natureza do vínculo jurídico que liga o agente ao Poder Público. 
 
1.2 Agentes Temporários: 
 
1.2.1 Características: 
 
 
 
 
 
1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 
1993, p. 74. 
2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 23 ed. Rio de 
Janeiro: Lumen juris, p. 639. 
 
 
2 
 
1. Fundamentação Jurídica: artigo 37, inciso IX da Constituição da República e a 
lei nº 8745/93; 
2. Pressupostos: contrato com prazo (a contratação será temporária, e não 
definitiva); interesse público excepcional (situações inesperadas pela administração 
pública, como por exemplo uma epidemia) e temporariedade (a atividade não poderá ter 
um cunho de definitividade, sob pena de burla ao concurso público como forma de 
acesso); 
3. Recebem salário pela função cumprida; 
4. O artigo 198, §4º da Constituição da República previu uma nova espécie de 
agente temporário – os gestores locais do sistema único de saúde, que terão acesso a 
essa função através de processo seletivo, ou seja, concurso público não desnatura o 
instituto, pois exercerão uma função por prazo certo, não sendo essa definitiva e 
excepcional. Essa nova espécie foi trazida ao ordenamento constitucional pela Emenda 
Constitucional 51 / 06. 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, 
organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
[...] 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir 
agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias 
por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e 
complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua 
atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006). 
5. Em regra, esse contrato não poderá ser prorrogado, exceto nos termos do 
artigo da lei 8745/93. 
 
1.3 Agentes em colaboração: 
 
1.3.1 Características: 
 
1. Prestam serviço por “chamado” da Administração Pública, por concordância ou 
requisição; 
2. Haverá concordância quando houver remuneração pela função desempenhada, 
por exemplo, peritos, intÉrpretes, leiloeiros, etc; 
3. Haverá requisição quando a atuação não depende de vontade, e sim, de um 
dever cívico, ou múnus público, por exemplo, mesários, jurados, etc. 
 
1.4 Servidores Públicos: 
 
 
 
3 
 
1.4.1 Características: 
1. Possuem um vínculo legal, e por isso são chamados de estatutários; 
2. A nível federal são regidos pela Lei nº 8112/90; 
3. Seu acesso dar-se-á por concurso público, nos termos do artigo 37, inciso II 
da Constituição da República. 
Observação: Como exceção, o quinto constitucional não exige concurso para dar 
acesso aos tribunais superiores, nos termos do artigo 94 da Constituição da República. 
4. Assinam termo de posse, e nesse momento deverão assinar algumas 
declarações de não acumulação e de bens para que no futuro, caso haja necessidade, se 
compare “aquilo” que adquiriu na função pública; 
Observação: A acumulação é exceção nos termos do artigo 37, inciso XVI da 
Constituição da República, no que tange a dois cargos, um de técnico e um de 
magistério, dois cargos da área de saúde, ou dois cargos de professor. 
 
5. Pode adquirir a estabilidade, após três anos no serviço público, aprovação no 
estágio probatório e publicação da aprovação. Cumpre esclarecer, que estabilidade traz 
um dificuldade para a Administração retirar o cargo público, embora esse possa ser 
“pedido”, nos termos dos artigos 41, §1º (sentença judicial, processo administrativo com 
ampla defesa e avaliação periódica de desempenho que ainda exige regulamentação), 
169 (pelo excesso de gasto orçamentário com locação de mão de obra, num percentual 
de 50% (UNIÃO) ou 60% (ESTADOS E MUNICÍPIOS) como Entes da Federação, nos 
termos do artigo 19 da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei nº 9809/99), ambos da 
Constituição da República. 
6. Justiça comum para resolver as questões relacionadas ao regime jurídico que 
o envolvam; 
7. Não tem direito a negociações coletivas ou dissídios, tendo em vista que a sua 
remuneração deverá ser alterada por lei de iniciativa do chefe do poder, sob pena de 
vício de iniciativa, nos termos do artigo 61,§1º, inciso II da Constituição da República; 
8. Tem direito de greve, nos termos do artigo 37, inciso VII da Constituição da 
República e da lei 7783/89, na “visão” do supremo Tribunal Federal - (citação: 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticia Detalhe.asp?idConteudo=75355) 
DECISÃO: Supremo determina aplicação da lei de greve dos trabalhadores 
privados aos servidores públicos. 
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (25), por unanimidade, 
declarar a omissão legislativa quanto ao dever constitucional em editar lei que 
regulamente o exercício do direito de greve no setor público e, por maioria, aplicar ao 
setor, no que couber, a lei de greve vigente no setor privado (Lei nº 7.783/89). Da 
decisão divergiram parcialmente os ministros Ricardo Lewandowski (leia o voto), Joaquim 
Barbosa e Marco Aurélio, que estabeleciam condições para a utilização da lei de greve, 
considerando a especificidade do setor público, já que a norma foi feita visando o setor 
privado, e limitavam a decisão às categorias representadas pelos sindicatos requerentes. 
 
 
4 
 
A decisão foi tomada no julgamento dos Mandados de Injunção (MIs) 670, 708 e 
712, ajuizados, respectivamente, pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado 
do Espírito Santo (Sindpol), pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município 
de João Pessoa (Sintem) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do 
Estado do Pará (Sinjep). Os sindicatos buscavam assegurar o direito de greve para seus 
filiados e reclamavam da omissão legislativa do Congresso Nacional em regulamentar a 
matéria, conforme determina o artigo 37, inciso VII, da Constituição Federal. 
No julgamento do MI 712, proposto pelo Sinjep, votaram com o relator, ministro 
Eros Grau, - que conheceu do mandado e propôs a aplicação da Lei 7.783 para 
solucionar, temporariamente, a omissão legislativa –, os ministros Gilmar Mendes, Celso 
de Mello, Sepúlveda Pertence (aposentado), Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia Antunes 
Rocha, Cezar Peluso e Ellen Gracie. Ficaram parcialmente vencidos os ministros Ricardo 
Lewandowski, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, que fizeram as mesmas ressalvas no 
julgamento dos três mandados de injunção. 
Na votação do MI 670, de autoria do Sindpol, o relator originário, Maurício Corrêa 
(aposentado), foi vencido, porque conheceu do mandado apenas para cientificar a 
ausência da lei regulamentadora.Prevaleceu o voto-vista do ministro Gilmar Mendes, que 
foi acompanhado pelos ministros Celso de Mello, Sepúlveda Pertence (aposentado), 
Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia, Cezar Peluso e Ellen Gracie. Novamente, os ministros 
Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio ficaram parcialmente vencidos. 
Na votação do Mandado 708, do Sintem, o relator, ministro Gilmar Mendes, 
determinou também declarar a omissão do Legislativo e aplicar a Lei 7.783, no que 
couber, sendo acompanhado pelos ministros Cezar Peluso, Cármen Lúcia, Celso de Mello, 
Carlos Britto, Carlos Alberto Menezes Direito, Eros Grau e Ellen Gracie, vencidos os 
ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio. 
Ao resumir o tema, o ministro Celso de Mello salientou que "não mais se pode 
tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado de continuada, 
inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omissão, além de 
lesiva ao direito dos servidores públicos civis - a quem se vem negando, arbitrariamente, 
o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional -, traduz um 
incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto 
significado de que se reveste a Constituição da República". 
Celso de Mello também destacou a importância da solução proposta pelos 
ministros Eros Grau e Gilmar Mendes. Segundo ele, a forma como esses ministros 
abordaram o tema "não só restitui ao mandado de injunção a sua real destinação 
constitucional, mas, em posição absolutamente coerente com essa visão, dá eficácia 
concretizadora ao direito de greve em favor dos servidores públicos civis". 
 
1.5 Empregados Públicos: 
 
1.5.1 Características: 
1. Firmam um vínculo contratual e por isso são celetistas; 
2. A nível federal serão regidos pela Lei nº 9962/00, além da CLT; 
3. Não possuem estabilidade, e sim o F.G.T.S. 
 
 
5 
 
Observação: O Supremo Tribunal Federal (Recurso Extraordinário 220.906-DF) 
examina se é constitucional a estabilidade para os empregados públicos da Empresa ECT, 
como prestadora de serviço público, nos termos da OJ 247 julgada pelo TST, nos 
seguintes termos: 
OJ – 247 OJ 247 SDI1 TST. ESTABILIDADE. EMPRESA PÚBLICA E 
SOC. ECON. MISTA. SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA 
CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PÚBLICA OU 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE. Inserida em 
20.06.2001 (Alterada – Res. nº 143/2007 - DJ 13.11.2007) 
I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade 
de economia mista, mesmo admitidos por concurso público, 
independe de ato motivado para sua validade; 
II - A validade do ato de despedida do empregado da Empresa 
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está condicionada à 
motivação, por gozar a empresa do mesmo tratamento destinado 
à Fazenda Pública em relação à imunidade tributária e à execução 
por precatório, além das prerrogativas de foro, prazos e custas 
processuais. 
4. Justiça do trabalho para dirimir seus conflitos de interesse com seu 
empregador público; 
5. Acesso ao emprego público por meio de concurso público, nos termos do 
artigo 37, inciso II da Constituição da República; 
6. Vedação a acumulação, nos termos do artigo 37, inciso XVI; 
7. Observância do teto remuneratório, exceto para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista que não dependerem de dotação orçamentária para sua 
mantença, nos termos doa artigo 37, § 9º da Constituição da república; 
8. Direito de greve já regulamentado, nos termos do artigo 37, inciso VII da 
Constituição da República e da lei nº 7783/89; 
9. Poderão usar institutos trabalhistas limitados ao teto, e aos interesses 
públicos.

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