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Pagamento Rescisório: Formalidades e Multas

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1 
 
 
 
 2 
AULA 5 : PAGAMENTO RESCISÓRIO 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
HOMOLOGAÇÃO 4 
MULTAS 4 
CAPACIDADE DO EMPREGADO 5 
PRAZOS PARA PAGAMENTO 8 
FORMA DE PAGAMENTO 10 
LIMITAÇÃO DA ASSISTÊNCIA - ESTATAIS: EXCLUSÃO DA PENA DO ART. 477 E 467 DA 
CLT 11 
VERBAS RESCISÓRIAS 14 
PRAZO PARA PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS – ART. 477 E O ART. 467 DA CLT
 15 
COMPETÊNCIA 15 
ATIVIDADE PROPOSTA 16 
REFERÊNCIAS 16 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 17 
CHAVES DE RESPOSTA 22 
ATIVIDADE PROPOSTA 22 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Na aula cinco, estudaremos as formalidades para o pagamento das verbas 
rescisórias, prazos e multas nas hipóteses de descumprimentos dos preceitos 
legais. É de extraordinária importância analisarmos o ato da homologação 
contratual, suas penalidades/multas pelo descumprimento, capacidade do 
empregado de participar do ato homologatório, Assistência e Homologação de 
Rescisão de Contrato de Trabalho obstativas à formalização da rescisão 
contratual, prazos para pagamento e tratamento diferenciado concedido às 
empresas estatais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
Conteúdo 
Homologação 
Inicialmente, vale mencionarmos que a CLT refere-se aos termos assistência 
e homologação. No texto consolidado, a figura jurídica da assistência surgiu 
anteriormente à da homologação, pois o art. 500 previa como Assistência e 
Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho, e ainda prevê, a 
assistência somente ao empregado estável que se demite. Pelas alterações 
legislativas posteriores, surgiu, no contexto do art. 477, a homologação do 
pagamento rescisório por ocasião da assistência devida ao trabalhador. 
 
Portanto, a assistência contém abrangência maior do que a mera 
homologação. Ser assistido é ser assessorado, aconselhado, orientado, 
advertido sobre as consequências do ato e a correção ou incorreção dos 
pagamentos patronais à luz da legislação em vigor. 
 
A assistência traz a ideia de procedimento, ou seja, de intervenção de um 
terceiro capaz de tornar mais clara a situação enfrentada pela pessoa 
assistida. Esse é o sentido da assistência trabalhista prevista na CLT. 
 
A Instrução Normativa SRT nº 3, de 21/06/2002, estabelece procedimentos 
para assistência ao empregado na rescisão de contrato de trabalho, no 
âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego. 
 
Multas 
A inobservância dos prazos previstos nas alíneas a e b do § 6º, do art. 477 
por parte do empregador, implica multa administrativa de 160 BTNs por 
trabalhador, além do pagamento da multa a favor do empregado, em valor 
equivalente ao salário, salvo quando comprovadamente o trabalhador der 
causa a mora, conforme dispõe o art. 477, §8º, CLT. 
 
 5 
A multa do art. 477 não pode ser considerada como cláusula penal, e sim 
uma sanção imposta ao empregador pelo descumprimento da obrigação 
quanto ao pagamento das verbas resilitórias no prazo legal. 
 
Vale lembrar que, processualmente, deve haver pedido expresso para que 
haja a condenação judicial na multa do art. 477, que não é tida como pedido 
explícito. Aliás, se existirem instrumentos normativos fixando prazo menor ou 
multa superior a mesma deve prevalecer. 
 
Nas hipóteses de dúvidas quanto ao fato da obrigação ser devida ou não, 
como nos casos de justa causa, existência ou não de vínculo empregatício, o 
entendimento Jurisprudencial majoritário é pela não aplicabilidade da multa, 
consoante a OJ nº 351, SDI –I – TST. 
 
As multas são válidas para todos os tipos de rescisão contratual, tendo o 
empregado ou não mais de um ano de contrato de trabalho. Sendo, 
inclusive, aplicáveis aos empregados domésticos. 
 
Capacidade Do Empregado 
O empregado maior tem capacidade plena para praticar todos os atos regidos 
pelo Código Civil, mas sua capacidade é relativa, por força de lei, no âmbito 
da rescisão do contrato de trabalho com mais de um ano, posto que, 
obrigatoriamente, deve se submeter à assistência, que constitui condição de 
validade para a rescisão desses contratos e para a quitação das verbas 
rescisórias. 
 
Impedimentos Absolutos para o Ato Homologatório constituem irregularidades 
que não admitem saneamento administrativo e impedem o assistente do 
Ministério do Trabalho e Emprego de efetuar a homologação: 
 
 
 6 
 A existência de garantia de emprego, no caso de dispensa sem justa 
causa; 
 
 A suspensão contratual; 
 
 A inaptidão do trabalhador declarada no atestado de saúde 
ocupacional (ASO); 
 
 A recusa expressa do empregado em formalizar a homologação; 
 
 A fraude caracterizada ou presumida; 
 
 A falta de apresentação de prova idônea dos pagamentos rescisórios; 
 
 A recusa do empregador em pagar pelo menos parte das verbas 
rescisórias. 
 
Assistência e Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho 
obstativas à formalização da rescisão contratual: 
a) As garantias de emprego decorrentes de lei, convenção ou acordo 
coletivo de trabalho ou sentença normativa, tais como: 
 
 Gravidez da empregada, desde a sua confirmação até 5 (cinco) meses 
após o parto; 
 
 Candidatura do empregado para cargo de direção de cipa, desde o 
registro da candidatura e, se eleito, ainda que suplente, até 1 (um) 
ano após o final do mandato; 
 
 Candidatura do empregado sindicalizado a cargo de direção ou 
representação sindical, desde o registro da candidatura e, se eleito, 
ainda que suplente, até 1 (um) ano após o final do mandato; 
 
 7 
 Exercício de cargo como titular ou suplente de representante dos 
empregados na comissão de conciliação prévia (CCP), instituída no 
âmbito da empresa ou de grupo de empresas, até 1 (um) ano após o 
final do mandato; 
 
 O pedido de demissão do empregado com estabilidade decenal, nos 
termos do art. 492 da CLT, somente é válido quando; 
 
 Feito com a assistência do sindicato da categoria e apenas na falta 
deste, possui competência a autoridade do ministério do trabalho e 
emprego ou a justiça do trabalho, nos termos do art. 500 da CLT. 
 
b) Suspensão Contratual: 
É vedada a rescisão do contrato de trabalho que se encontre suspenso, tais 
como nas seguintes situações, entre outras: 
 
 Licença não remunerada, concedida por ajuste bilateral entre as 
partes; 
 
 Licenças previdenciárias; 
 
 Exercício de cargo público não obrigatório; 
 
 Suspensão disciplinar e aposentadoria provisória ou por invalidez; 
 
 Afastamento do dirigente sindical para desempenho das funções de 
representação; 
 
 Greve (lei nº 7.783, de 1989). 
 
 
 8 
Atenção: A lei, no entanto, estabelece uma exceção, que é a suspensão 
contratual, decorrente do afastamento do trabalhador para participação em 
curso ou programa de qualificação profissional. 
De acordo com o art. 476-A da CLT, essa suspensão não pode exceder 5 
(cinco) meses, salvo estipulação em contrário prevista em norma coletiva 
negociada. Conforme o § 5º desse artigo, se ocorrer a dispensa do 
empregado no transcurso do período de suspensão contratual ou nos 3 (três) 
meses subsequentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador deve pagar 
ao empregado, além das parcelas indenizatórias previstas na legislação em 
vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo de trabalho, 
sendo de, no mínimo, 100% (cem por cento) sobre o valor da última 
remuneração mensal anterior à suspensão do contrato. 
 
Prazos para Pagamento 
O § 6º do art. 477 da CLT prevê os seguintes prazos para o pagamento das 
verbas rescisórias: 
 
 Até o primeirodia útil imediato ao término do contrato ou; 
 
 Até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, no caso 
de ausência de aviso prévio, indenização deste ou dispensa de seu 
cumprimento; 
 
 Admite-se que seja estipulado outro prazo para pagamento das verbas 
rescisórias, se previsto em convenção, acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa e desde que seja mais favorável ao trabalhador. 
 
Cômputo dos Prazos: A contagem do prazo para pagamento das verbas 
rescisórias está relacionada com o tipo e a forma de aviso prévio. 
O prazo prescrito no art. 477, § 6º, alínea “a” da CLT, aplica-se ao aviso 
prévio trabalhado nos contratos por prazo indeterminado e ao encerramento 
 
 9 
dos contratos por prazo determinado, inclusive o de experiência. Nestes 
casos, a data limite para a quitação rescisória é o primeiro dia útil seguinte ao 
término do contrato de trabalho. 
 
Atenção: Os dias de feriado, sábado ou domingo não são considerados úteis 
para fins dessa contagem. Assim, tomando-se como exemplo o contrato de 
experiência, se o término do contrato recair em uma sexta-feira (90 dias do 
contrato), o primeiro dia útil seguinte será a próxima segunda-feira, desde 
que neste dia não seja feriado. 
 
Para o cômputo do prazo previsto na alínea “b” do § 6º do art. 477 da CLT, a 
regra geral é a de que na ausência de aviso prévio, indenização deste ou 
dispensa de seu cumprimento, a contagem se inicie no dia seguinte ao da 
notificação. Se o décimo dia recair em feriado, sábado ou domingo, o 
pagamento será antecipado para o dia útil imediatamente anterior. 
 
Observação: Ementa nº 7, da Portaria nº 1, de 2006: “Homologação. 
Depósito Bancário. Multas. Não são devidas as multas previstas no § 8º, do 
art. 477, da CLT quando o pagamento integral das verbas rescisórias, 
realizado por meio de depósito bancário em conta-corrente do empregado, 
tenha observado o prazo previsto no § 6º, do art. 477, da CLT. Se o depósito 
for efetuado mediante cheque, este deve ser compensado no referido prazo 
legal. Em qualquer caso, o empregado deve ser, comprovadamente, 
informado desse depósito. Esse entendimento não se aplica às hipóteses em 
que o pagamento das verbas rescisórias deve ser feito necessariamente em 
dinheiro, como, por exemplo, na rescisão do contrato do empregado 
analfabeto ou adolescente e na efetuada pelo grupo móvel de fiscalização. 
Ref.: art. 477, §§ 6º e 8º da CLT; e art. 36, da Instrução Normativa nº 3, de 
2002.” 
 
 
 10 
Forma De Pagamento 
Somente são considerados válidos os pagamentos feitos de acordo com o 
disposto no art. 36 da Instrução Normativa nº 3, de 2006, ou seja: 
 
 Moeda corrente ou cheque administrativo, quando na presença do 
assistente; 
 
 Transferência eletrônica disponível; 
 
 Depósito bancário em conta-corrente do empregado ou; 
 
 Ordem bancária de pagamento ou ordem bancária de crédito. 
 
As três últimas opções são válidas quando o estabelecimento bancário estiver 
situado na mesma cidade do local de trabalho, o trabalhador tenha sido 
informado do fato e os valores tenham sido efetivamente disponibilizados 
para saque nos prazos. 
 
Assistência e Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho previstos no 
§ 6º do art. 477 da CLT. Se a liberação das quantias depositadas estiver 
pendente no prazo limite, o empregador incorre em mora. 
 
Observação: Ementa nº 22, da Portaria nº 1, de 2006: “Homologação. Aviso 
Prévio Indenizado. Prazo Para Pagamento. No aviso-prévio indenizado, o 
prazo para pagamento das verbas rescisórias deve ser contado excluindo-se o 
dia da notificação e incluindo-se o do vencimento. Ref.: art. 477, § 6º, “b” da 
CLT; art. 132 do CC; e Orientação Jurisprudencial nº 162 da SBDI-1/TST. 
Para os empregados adolescente ou analfabeto, ou realizado pelos Grupos 
Especiais de Fiscalização Móvel, o pagamento das verbas resilitórias 
serão feitas em dinheiro. (Redação dada pela Instrução Normativa nº 12, de 
5 de agosto de 2009). 
 
 
 11 
Limitação Da Assistência - Estatais: Exclusão Da Pena Do Art. 477 
E 467 Da CLT 
Não é devida a assistência na rescisão de contrato de trabalho em que 
figurem a União, os estados, os municípios, suas autarquias e fundações de 
direito público. 
 
Contudo, em relação à multa do artigo 477 da CLT, estabelece a OJSDI-I, nº 
238, do TST, autorização da aplicação do disposto no art. 477 da CLT. “a 
multa do art. 477 da CLT é aplicável à pessoa jurídica de direito 
público”. 
 
Todavia, em relação à multa do art. 467, o parágrafo único afasta para a 
Fazenda Pública. Porém, há um debate quanto à aplicabilidade, na hipótese 
em que o ente público figura como tomador, no caso de terceirização. 
Vejamos a jurisprudência aplicável à matéria: 
 
Multa fundiária, multa do artigo 467, da CLT e multa do § 8º, do 
artigo 477 da CLT. 
Obrigações personalíssimas. Inaplicabilidade à ECT. 
 
Afirma a Empresa de Correios e Telégrafos, ora recorrente, não ser ela 
responsável pelas multas do FGTS e dos artigos 467 e 477 da CLT, uma vez 
que são estas obrigações de fazer de caráter personalíssimo. 
Aduz que tais obrigações devem ser atribuídas unicamente ao empregador 
principal, não alcançando eventual devedor subsidiário. Alega que tais multas, 
por serem penalidades, devem observar os princípios da legalidade e da 
personalidade. 
 
Sustenta, finalmente, que a imposição da multa do artigo 477 da CLT aos 
entes públicos viola o preceito do artigo 100 da CRFB/88, segundo o qual os 
pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de decisão judicial, 
 
 12 
serão realizados na ordem cronológica de apresentação dos precatórios ou 
por meio de requisição de pequeno valor. 
Sem razão. 
 
O pagamento das multas do FGTS e do artigo 477 da CLT não caracteriza 
obrigação personalíssima. 
 
A condenação subsidiária engloba todas as parcelas impostas ao devedor 
principal, inclusive as multas legais e convencionais, uma vez que a sua 
finalidade maior é não deixar desamparado o trabalhador. 
 
Não seria razoável limitar a responsabilidade daquele que diretamente 
usufruiu dos serviços prestados pelo reclamante. Ademais, a Súmula n. 331 
do E. TST, em seu item VI, é expressa no sentido de que a responsabilidade 
subsidiária do tomador dos serviços abarca a totalidade das parcelas 
decorrentes do contrato de trabalho, e não apenas aquelas de natureza 
trabalhista, inexistindo qualquer espécie de ressalva ou limitação, senão 
vejamos: 
 
 Súmula 331. Contrato De Prestação De Serviços. Legalidade (Nova 
Redação Do Item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 
174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 (...) VI – A 
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as 
verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação 
laboral. ”Portanto, considerando não haver distinção entre as 
obrigações surgidas durante o contrato de trabalho e aquelas 
decorrentes de sua rescisão, não há falar-se em parcela a ser 
excepcionada, razão pela qual a recorrente é responsável por todas as 
obrigações pecuniárias deferidas ao obreiro e, eventualmente, não 
solvidas pelo empregador direto.” (Pág. 288. Tribunal Regional do 
Trabalho da 17ª Região (TRT-17) de 27 de Agosto de 2013). 
 
 13 
Atenção: As disposições constantes desta Instrução Normativa são aplicáveis 
às microempresas e empresas de pequeno porte, no que couber. (Instrução 
Normativa SRT Nº 3, DE 21 DE JUNHO DE 2002 - Estabelece procedimentos 
para assistência ao empregado na rescisão de contrato de trabalho, no 
âmbito do Ministériodo Trabalho e Emprego). 
 
 A quem se aplica o Art. 467? 
O art. 467 da CLT utiliza a expressão “trabalhador”, portanto, há de ser 
aplicado para todo trabalho humano. 
 
A responsabilidade subsidiária da empresa tomadora também compreende a 
multa do art.467 (Súmula nº 331, TST). 
 
Contudo, a sanção não é aplicável à União, aos Estados, ao Distrito Federal, 
aos Municípios e às ruas públicas que exploram atividade econômica e às 
sociedades de economia mista, já que as mesmas devem observar as regras 
do Direito do Trabalho, de acordo com o art.173, § 1º, II, da CF. 
Conforme a Súmula 388, do TST, é indevida a aplicação do art.467 nos casos 
de decretação de falência da empresa, porque a massa falida está impedida 
de saldar qualquer débito, até mesmo o de natureza trabalhista, fora o juízo 
universal da falência. 
 
 Os requisitos são: 
 O término do contrato de trabalho; 
 O término por iniciativa do empregado ou do empregador; 
 A inexistência de controvérsia sobre o montante das verbas devidas 
pelo término do contrato de trabalho; 
 O não pagamento do montante incontroverso quando da realização da 
primeira audiência trabalhista. 
 
 
 14 
Verbas Rescisórias 
A penalidade prevista no art.467 da CLT envolve as seguintes 
parcelas incontroversas: 
 
 Saldo de salário; 
 Aviso prévio; 
 Férias vencidas e proporcionais; 
 Abono constitucional de 1/3 das férias; 
 Indenização por tempo de serviço (art. 477, 478 e 492); 
 Indenização adicional (art. 9º, lei nº 7.238/1984). 
 
A referida multa de 50% é aplicável aos depósitos do FGTS da rescisão e a 
respectiva indenização de 40%. Pois, a alegação de os títulos serem 
depositados na conta vinculada, não afasta o argumento de que são devidos 
em função do término do contrato de trabalho, portanto são títulos 
rescisórios. 
 
Aplicação de Ofício pelo Juiz: Trata-se da multa do art.467, CLT, uma 
norma de cunho processual, logo, há de ser aplicada independentemente da 
solicitação na petição inicial. Considerada como pedido implícito, já que a 
norma legal determina o pagamento com acréscimo de 50% das verbas 
rescisórias incontroversas. 
 
Revelia: Diante do texto da Súmula 69 do TST, havendo rescisão contratual 
e sendo revel e confesso o empregador por ocasião da matéria de fato, deve 
haver a sua condenação no pagamento das verbas rescisórias, não quitadas 
em primeira audiência, com acréscimo de 50% . 
 
 
 15 
Prazo Para Pagamento Das Verbas Rescisórias – Art. 477 E O Art. 
467 Da CLT 
A multa moratória do art. 467 da CLT poderá recair sobre quaisquer formas 
de rescisão contratual: resilição, resolução, extinção, rescisão stricto sensu, 
força maior, aposentadoria e culpa recíproca. 
Portanto, existem duas regras determinando prazo para o pagamento das 
verbas rescisórias: a) Art. 477, § 6o., da CLT; b) Art. 467 da CLT. 
Segundo a doutrina majoritária, não há o que se falar em bis in idem, pois 
ambas as normas são aplicadas de forma cumulativa, sem qualquer mácula 
ou restrição. 
Assim, o § 8o. do art. 477 trata de duas cominações: 
 
 Uma Administrativa, de índole preventiva (no valor de 160 BTNs por 
trabalhador); 
 
 Outra em prol do empregado, tarifada (no valor de um salário) e de 
cunho indenizatório: visando compensar o prejuízo pela mora no 
pagamento. 
 
Em relação à multa prevista no art. 467 da CLT, trata-se de sanção 
processual conforme art. 17, I, do CPC, que reputa litigante de má-fé, a parte 
que “deduzir defesa contra fato incontroverso”. 
 
Competência 
São competentes para assistir o empregado na rescisão do contrato de 
trabalho: 
 O sindicato profissional da categoria; e 
 A autoridade local do Ministério do Trabalho e Emprego. (residual) 
 
 
 16 
Atividade Proposta 
Claudia foi admitida para trabalhar na empresa Optimus Serviços de Limpeza 
Ltda. em 01/04/2010. Em 10/09/2013, Claudia compareceu ao local de 
trabalho e lá foi orientada que não prestaria mais serviços, tendo em vista 
que havia sido decretada a falência da empregadora e que as atividades 
estavam encerradas. Claudia ingressou com ação trabalhista objetivando o 
pagamento das verbas resilitórias, tendo em vista que não obteve êxito no 
pagamento perante o Juízo Falimentar. A ex-empregada objetiva receber, 
dentre outros pedidos, a multa do artigo 477, parágrafo 8º, CLT e artigo 467, 
CLT, tendo em vista o atraso no pagamento e a ausência deste sobre os 
valores incontroversos na audiência realizada no dia 2/2/2014. Com base na 
lei e no entendimento pacífico dos nossos Tribunais Trabalhistas, esclareça se 
Claudia receberá as multas pretendidas. 
 
 
Material complementar 
 
Leia o documento “TST RR 1 (TST) disponível na Biblioteca Virtual. 
 
 
 
Referências 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. Niterói: Impetus, 2013. 
 
DELGADO GODINHO, Maurício. Curso de Direito do Trabalho. 2013. 
 
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 47. ed. São Paulo: 
Atlas, 2012. 
 
 
 17 
 Exercícios de Fixação 
 Questão 1 
Marque a questão incorreta e justifique: 
 
a) Os prazos previstos nos art. 477 , 6º da CLT, também são aplicáveis 
para os contratos com o tempo inferior a 1 ano. 
b) A multa trata de duas cominações: uma administrativa, de índole 
preventiva (no valor de 160 BTNs por trabalhador), e outra em prol do 
empregado. 
c) Para a homologação dos empregados adolescentes, o pagamento das 
verbas resilitórias será feita em dinheiro. 
d) Para os empregados analfabetos, o pagamento das verbas resilitórias 
será feita em depósito bancário ou cheque. 
e) A regra geral é de que na ausência de aviso prévio, indenização deste 
ou dispensa de seu cumprimento, a contagem se inicie no dia seguinte 
ao da notificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
Questão 2 
A respeito do pagamento das verbas rescisórias, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) No caso de pedido de demissão em contrato por prazo indeterminado, 
o prazo para pagamento das verbas rescisórias é de 10 dias contados 
da data da notificação da demissão, quando dispensado o empregado 
do cumprimento do aviso prévio pelo empregador. 
b) O empregador que descumpre o prazo de pagamento das verbas 
rescisórias deverá pagá-las posteriormente acrescidas de 50% de 
multa, nos termos do artigo 467 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
c) O pagamento das verbas rescisórias ocorrerá no primeiro dia útil 
imediato ao término do contrato de trabalho quando o empregador 
indenizar o aviso prévio. 
d) As verbas rescisórias devidas, após decurso normal de prazo de 
contrato a termo, deverão ser pagas até o décimo dia contado do 
término, em face da inexistência do aviso prévio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
Questão 3 
(FCC 2013) A Consolidação das Leis do Trabalho prevê algumas normas que 
regulam a rescisão dos contratos individuais de trabalho. 
Nos termos dessas regras, é INCORRETO afirmar: 
 
a) O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou 
recibo de quitação deverá ser efetuado até o primeiro dia útil imediato 
ao término do contrato, quando o aviso-prévio for indenizado. 
b) Constitui motivo de rescisão contratual por justa causa a condenação 
criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido 
suspensão da execução da pena. 
c) Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato 
de trabalho, o Tribunal de Trabalho reduzirá a indenização, àquela que 
seria devida em casode culpa exclusiva do empregador, por metade. 
d) Ocorrerá a rescisão indireta do contrato de trabalho quando o 
empregador reduzir o trabalho do empregado, sendo este por peça ou 
tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. 
e) O empregado poderá pleitear a rescisão indireta de seu contrato de 
trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo 
ou não no serviço até a decisão final do processo na hipótese de não 
cumprir o empregador as obrigações do contrato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
Questão 4 
Partindo-se da premissa legal de que o pedido de demissão ou recibo de 
quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com 
mais de um ano de serviço, somente será válido quando realizado perante a 
autoridade competente, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A assistência na rescisão contratual firmada por empregado com mais 
de (1) um ano de serviço somente poderá ser realizada pelo sindicato 
representativo da categoria do empregado. 
b) Não havendo na localidade sindicato representativo da categoria, a 
assistência será prestada pela Justiça do Trabalho. 
c) Não havendo na localidade sindicato representativo da categoria ou 
autoridade do Ministério do Trabalho, a assistência será prestada por 
representante do Ministério Público ou, onde houver, defensor público 
e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz. 
d) A assistência na rescisão contratual firmada por empregado com mais 
de (1) um ano de serviço somente poderá ser realizada pelo sindicato 
representativo da categoria do empregado ou, na ausência deste, pela 
Justiça do Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 5 
Em relação à rescisão do contrato individual de trabalho, nos termos da 
Consolidação das Leis do Trabalho e do entendimento sumulado do TST, é 
correto afirmar que: 
 
a) O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato 
de trabalho, firmado por empregado com mais de 6 (seis) meses de 
serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo 
Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho. 
b) O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou 
recibo de quitação deverá ser efetuado até o décimo dia imediato ao 
término do aviso prévio trabalhado. 
c) Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem 
justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título 
de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o 
termo do contrato. 
d) Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o 
respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes 
de seu termo, à outra parte, é obrigada a aceitar a reconsideração. 
e) E lícito substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no 
aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes como 
extraordinárias com o devido adicional. 
 
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Atividade Proposta 
Não. Inexiste penalidade do artigo 467 e 477, parágrafo 8º, CLT para massa 
falida, conforme dispõe a súmula 388, TST. 
 
Exercícios de Fixação 
Questão 1 – D 
 
Questão 2 - A 
 
Questão 3 - A 
 
Questão 4 - C 
Artigo 477, parágrafo 3, CLT 
 
Questão 5 - C 
Artigo 479, CLT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 27 jun. 2014

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