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1 2 AULA 5 : PAGAMENTO RESCISÓRIO 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 HOMOLOGAÇÃO 4 MULTAS 4 CAPACIDADE DO EMPREGADO 5 PRAZOS PARA PAGAMENTO 8 FORMA DE PAGAMENTO 10 LIMITAÇÃO DA ASSISTÊNCIA - ESTATAIS: EXCLUSÃO DA PENA DO ART. 477 E 467 DA CLT 11 VERBAS RESCISÓRIAS 14 PRAZO PARA PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS – ART. 477 E O ART. 467 DA CLT 15 COMPETÊNCIA 15 ATIVIDADE PROPOSTA 16 REFERÊNCIAS 16 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 17 CHAVES DE RESPOSTA 22 ATIVIDADE PROPOSTA 22 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 3 Introdução Na aula cinco, estudaremos as formalidades para o pagamento das verbas rescisórias, prazos e multas nas hipóteses de descumprimentos dos preceitos legais. É de extraordinária importância analisarmos o ato da homologação contratual, suas penalidades/multas pelo descumprimento, capacidade do empregado de participar do ato homologatório, Assistência e Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho obstativas à formalização da rescisão contratual, prazos para pagamento e tratamento diferenciado concedido às empresas estatais. 4 Conteúdo Homologação Inicialmente, vale mencionarmos que a CLT refere-se aos termos assistência e homologação. No texto consolidado, a figura jurídica da assistência surgiu anteriormente à da homologação, pois o art. 500 previa como Assistência e Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho, e ainda prevê, a assistência somente ao empregado estável que se demite. Pelas alterações legislativas posteriores, surgiu, no contexto do art. 477, a homologação do pagamento rescisório por ocasião da assistência devida ao trabalhador. Portanto, a assistência contém abrangência maior do que a mera homologação. Ser assistido é ser assessorado, aconselhado, orientado, advertido sobre as consequências do ato e a correção ou incorreção dos pagamentos patronais à luz da legislação em vigor. A assistência traz a ideia de procedimento, ou seja, de intervenção de um terceiro capaz de tornar mais clara a situação enfrentada pela pessoa assistida. Esse é o sentido da assistência trabalhista prevista na CLT. A Instrução Normativa SRT nº 3, de 21/06/2002, estabelece procedimentos para assistência ao empregado na rescisão de contrato de trabalho, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego. Multas A inobservância dos prazos previstos nas alíneas a e b do § 6º, do art. 477 por parte do empregador, implica multa administrativa de 160 BTNs por trabalhador, além do pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao salário, salvo quando comprovadamente o trabalhador der causa a mora, conforme dispõe o art. 477, §8º, CLT. 5 A multa do art. 477 não pode ser considerada como cláusula penal, e sim uma sanção imposta ao empregador pelo descumprimento da obrigação quanto ao pagamento das verbas resilitórias no prazo legal. Vale lembrar que, processualmente, deve haver pedido expresso para que haja a condenação judicial na multa do art. 477, que não é tida como pedido explícito. Aliás, se existirem instrumentos normativos fixando prazo menor ou multa superior a mesma deve prevalecer. Nas hipóteses de dúvidas quanto ao fato da obrigação ser devida ou não, como nos casos de justa causa, existência ou não de vínculo empregatício, o entendimento Jurisprudencial majoritário é pela não aplicabilidade da multa, consoante a OJ nº 351, SDI –I – TST. As multas são válidas para todos os tipos de rescisão contratual, tendo o empregado ou não mais de um ano de contrato de trabalho. Sendo, inclusive, aplicáveis aos empregados domésticos. Capacidade Do Empregado O empregado maior tem capacidade plena para praticar todos os atos regidos pelo Código Civil, mas sua capacidade é relativa, por força de lei, no âmbito da rescisão do contrato de trabalho com mais de um ano, posto que, obrigatoriamente, deve se submeter à assistência, que constitui condição de validade para a rescisão desses contratos e para a quitação das verbas rescisórias. Impedimentos Absolutos para o Ato Homologatório constituem irregularidades que não admitem saneamento administrativo e impedem o assistente do Ministério do Trabalho e Emprego de efetuar a homologação: 6 A existência de garantia de emprego, no caso de dispensa sem justa causa; A suspensão contratual; A inaptidão do trabalhador declarada no atestado de saúde ocupacional (ASO); A recusa expressa do empregado em formalizar a homologação; A fraude caracterizada ou presumida; A falta de apresentação de prova idônea dos pagamentos rescisórios; A recusa do empregador em pagar pelo menos parte das verbas rescisórias. Assistência e Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho obstativas à formalização da rescisão contratual: a) As garantias de emprego decorrentes de lei, convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa, tais como: Gravidez da empregada, desde a sua confirmação até 5 (cinco) meses após o parto; Candidatura do empregado para cargo de direção de cipa, desde o registro da candidatura e, se eleito, ainda que suplente, até 1 (um) ano após o final do mandato; Candidatura do empregado sindicalizado a cargo de direção ou representação sindical, desde o registro da candidatura e, se eleito, ainda que suplente, até 1 (um) ano após o final do mandato; 7 Exercício de cargo como titular ou suplente de representante dos empregados na comissão de conciliação prévia (CCP), instituída no âmbito da empresa ou de grupo de empresas, até 1 (um) ano após o final do mandato; O pedido de demissão do empregado com estabilidade decenal, nos termos do art. 492 da CLT, somente é válido quando; Feito com a assistência do sindicato da categoria e apenas na falta deste, possui competência a autoridade do ministério do trabalho e emprego ou a justiça do trabalho, nos termos do art. 500 da CLT. b) Suspensão Contratual: É vedada a rescisão do contrato de trabalho que se encontre suspenso, tais como nas seguintes situações, entre outras: Licença não remunerada, concedida por ajuste bilateral entre as partes; Licenças previdenciárias; Exercício de cargo público não obrigatório; Suspensão disciplinar e aposentadoria provisória ou por invalidez; Afastamento do dirigente sindical para desempenho das funções de representação; Greve (lei nº 7.783, de 1989). 8 Atenção: A lei, no entanto, estabelece uma exceção, que é a suspensão contratual, decorrente do afastamento do trabalhador para participação em curso ou programa de qualificação profissional. De acordo com o art. 476-A da CLT, essa suspensão não pode exceder 5 (cinco) meses, salvo estipulação em contrário prevista em norma coletiva negociada. Conforme o § 5º desse artigo, se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de suspensão contratual ou nos 3 (três) meses subsequentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador deve pagar ao empregado, além das parcelas indenizatórias previstas na legislação em vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo de trabalho, sendo de, no mínimo, 100% (cem por cento) sobre o valor da última remuneração mensal anterior à suspensão do contrato. Prazos para Pagamento O § 6º do art. 477 da CLT prevê os seguintes prazos para o pagamento das verbas rescisórias: Até o primeirodia útil imediato ao término do contrato ou; Até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, no caso de ausência de aviso prévio, indenização deste ou dispensa de seu cumprimento; Admite-se que seja estipulado outro prazo para pagamento das verbas rescisórias, se previsto em convenção, acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa e desde que seja mais favorável ao trabalhador. Cômputo dos Prazos: A contagem do prazo para pagamento das verbas rescisórias está relacionada com o tipo e a forma de aviso prévio. O prazo prescrito no art. 477, § 6º, alínea “a” da CLT, aplica-se ao aviso prévio trabalhado nos contratos por prazo indeterminado e ao encerramento 9 dos contratos por prazo determinado, inclusive o de experiência. Nestes casos, a data limite para a quitação rescisória é o primeiro dia útil seguinte ao término do contrato de trabalho. Atenção: Os dias de feriado, sábado ou domingo não são considerados úteis para fins dessa contagem. Assim, tomando-se como exemplo o contrato de experiência, se o término do contrato recair em uma sexta-feira (90 dias do contrato), o primeiro dia útil seguinte será a próxima segunda-feira, desde que neste dia não seja feriado. Para o cômputo do prazo previsto na alínea “b” do § 6º do art. 477 da CLT, a regra geral é a de que na ausência de aviso prévio, indenização deste ou dispensa de seu cumprimento, a contagem se inicie no dia seguinte ao da notificação. Se o décimo dia recair em feriado, sábado ou domingo, o pagamento será antecipado para o dia útil imediatamente anterior. Observação: Ementa nº 7, da Portaria nº 1, de 2006: “Homologação. Depósito Bancário. Multas. Não são devidas as multas previstas no § 8º, do art. 477, da CLT quando o pagamento integral das verbas rescisórias, realizado por meio de depósito bancário em conta-corrente do empregado, tenha observado o prazo previsto no § 6º, do art. 477, da CLT. Se o depósito for efetuado mediante cheque, este deve ser compensado no referido prazo legal. Em qualquer caso, o empregado deve ser, comprovadamente, informado desse depósito. Esse entendimento não se aplica às hipóteses em que o pagamento das verbas rescisórias deve ser feito necessariamente em dinheiro, como, por exemplo, na rescisão do contrato do empregado analfabeto ou adolescente e na efetuada pelo grupo móvel de fiscalização. Ref.: art. 477, §§ 6º e 8º da CLT; e art. 36, da Instrução Normativa nº 3, de 2002.” 10 Forma De Pagamento Somente são considerados válidos os pagamentos feitos de acordo com o disposto no art. 36 da Instrução Normativa nº 3, de 2006, ou seja: Moeda corrente ou cheque administrativo, quando na presença do assistente; Transferência eletrônica disponível; Depósito bancário em conta-corrente do empregado ou; Ordem bancária de pagamento ou ordem bancária de crédito. As três últimas opções são válidas quando o estabelecimento bancário estiver situado na mesma cidade do local de trabalho, o trabalhador tenha sido informado do fato e os valores tenham sido efetivamente disponibilizados para saque nos prazos. Assistência e Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho previstos no § 6º do art. 477 da CLT. Se a liberação das quantias depositadas estiver pendente no prazo limite, o empregador incorre em mora. Observação: Ementa nº 22, da Portaria nº 1, de 2006: “Homologação. Aviso Prévio Indenizado. Prazo Para Pagamento. No aviso-prévio indenizado, o prazo para pagamento das verbas rescisórias deve ser contado excluindo-se o dia da notificação e incluindo-se o do vencimento. Ref.: art. 477, § 6º, “b” da CLT; art. 132 do CC; e Orientação Jurisprudencial nº 162 da SBDI-1/TST. Para os empregados adolescente ou analfabeto, ou realizado pelos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel, o pagamento das verbas resilitórias serão feitas em dinheiro. (Redação dada pela Instrução Normativa nº 12, de 5 de agosto de 2009). 11 Limitação Da Assistência - Estatais: Exclusão Da Pena Do Art. 477 E 467 Da CLT Não é devida a assistência na rescisão de contrato de trabalho em que figurem a União, os estados, os municípios, suas autarquias e fundações de direito público. Contudo, em relação à multa do artigo 477 da CLT, estabelece a OJSDI-I, nº 238, do TST, autorização da aplicação do disposto no art. 477 da CLT. “a multa do art. 477 da CLT é aplicável à pessoa jurídica de direito público”. Todavia, em relação à multa do art. 467, o parágrafo único afasta para a Fazenda Pública. Porém, há um debate quanto à aplicabilidade, na hipótese em que o ente público figura como tomador, no caso de terceirização. Vejamos a jurisprudência aplicável à matéria: Multa fundiária, multa do artigo 467, da CLT e multa do § 8º, do artigo 477 da CLT. Obrigações personalíssimas. Inaplicabilidade à ECT. Afirma a Empresa de Correios e Telégrafos, ora recorrente, não ser ela responsável pelas multas do FGTS e dos artigos 467 e 477 da CLT, uma vez que são estas obrigações de fazer de caráter personalíssimo. Aduz que tais obrigações devem ser atribuídas unicamente ao empregador principal, não alcançando eventual devedor subsidiário. Alega que tais multas, por serem penalidades, devem observar os princípios da legalidade e da personalidade. Sustenta, finalmente, que a imposição da multa do artigo 477 da CLT aos entes públicos viola o preceito do artigo 100 da CRFB/88, segundo o qual os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de decisão judicial, 12 serão realizados na ordem cronológica de apresentação dos precatórios ou por meio de requisição de pequeno valor. Sem razão. O pagamento das multas do FGTS e do artigo 477 da CLT não caracteriza obrigação personalíssima. A condenação subsidiária engloba todas as parcelas impostas ao devedor principal, inclusive as multas legais e convencionais, uma vez que a sua finalidade maior é não deixar desamparado o trabalhador. Não seria razoável limitar a responsabilidade daquele que diretamente usufruiu dos serviços prestados pelo reclamante. Ademais, a Súmula n. 331 do E. TST, em seu item VI, é expressa no sentido de que a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços abarca a totalidade das parcelas decorrentes do contrato de trabalho, e não apenas aquelas de natureza trabalhista, inexistindo qualquer espécie de ressalva ou limitação, senão vejamos: Súmula 331. Contrato De Prestação De Serviços. Legalidade (Nova Redação Do Item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 (...) VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. ”Portanto, considerando não haver distinção entre as obrigações surgidas durante o contrato de trabalho e aquelas decorrentes de sua rescisão, não há falar-se em parcela a ser excepcionada, razão pela qual a recorrente é responsável por todas as obrigações pecuniárias deferidas ao obreiro e, eventualmente, não solvidas pelo empregador direto.” (Pág. 288. Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (TRT-17) de 27 de Agosto de 2013). 13 Atenção: As disposições constantes desta Instrução Normativa são aplicáveis às microempresas e empresas de pequeno porte, no que couber. (Instrução Normativa SRT Nº 3, DE 21 DE JUNHO DE 2002 - Estabelece procedimentos para assistência ao empregado na rescisão de contrato de trabalho, no âmbito do Ministériodo Trabalho e Emprego). A quem se aplica o Art. 467? O art. 467 da CLT utiliza a expressão “trabalhador”, portanto, há de ser aplicado para todo trabalho humano. A responsabilidade subsidiária da empresa tomadora também compreende a multa do art.467 (Súmula nº 331, TST). Contudo, a sanção não é aplicável à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às ruas públicas que exploram atividade econômica e às sociedades de economia mista, já que as mesmas devem observar as regras do Direito do Trabalho, de acordo com o art.173, § 1º, II, da CF. Conforme a Súmula 388, do TST, é indevida a aplicação do art.467 nos casos de decretação de falência da empresa, porque a massa falida está impedida de saldar qualquer débito, até mesmo o de natureza trabalhista, fora o juízo universal da falência. Os requisitos são: O término do contrato de trabalho; O término por iniciativa do empregado ou do empregador; A inexistência de controvérsia sobre o montante das verbas devidas pelo término do contrato de trabalho; O não pagamento do montante incontroverso quando da realização da primeira audiência trabalhista. 14 Verbas Rescisórias A penalidade prevista no art.467 da CLT envolve as seguintes parcelas incontroversas: Saldo de salário; Aviso prévio; Férias vencidas e proporcionais; Abono constitucional de 1/3 das férias; Indenização por tempo de serviço (art. 477, 478 e 492); Indenização adicional (art. 9º, lei nº 7.238/1984). A referida multa de 50% é aplicável aos depósitos do FGTS da rescisão e a respectiva indenização de 40%. Pois, a alegação de os títulos serem depositados na conta vinculada, não afasta o argumento de que são devidos em função do término do contrato de trabalho, portanto são títulos rescisórios. Aplicação de Ofício pelo Juiz: Trata-se da multa do art.467, CLT, uma norma de cunho processual, logo, há de ser aplicada independentemente da solicitação na petição inicial. Considerada como pedido implícito, já que a norma legal determina o pagamento com acréscimo de 50% das verbas rescisórias incontroversas. Revelia: Diante do texto da Súmula 69 do TST, havendo rescisão contratual e sendo revel e confesso o empregador por ocasião da matéria de fato, deve haver a sua condenação no pagamento das verbas rescisórias, não quitadas em primeira audiência, com acréscimo de 50% . 15 Prazo Para Pagamento Das Verbas Rescisórias – Art. 477 E O Art. 467 Da CLT A multa moratória do art. 467 da CLT poderá recair sobre quaisquer formas de rescisão contratual: resilição, resolução, extinção, rescisão stricto sensu, força maior, aposentadoria e culpa recíproca. Portanto, existem duas regras determinando prazo para o pagamento das verbas rescisórias: a) Art. 477, § 6o., da CLT; b) Art. 467 da CLT. Segundo a doutrina majoritária, não há o que se falar em bis in idem, pois ambas as normas são aplicadas de forma cumulativa, sem qualquer mácula ou restrição. Assim, o § 8o. do art. 477 trata de duas cominações: Uma Administrativa, de índole preventiva (no valor de 160 BTNs por trabalhador); Outra em prol do empregado, tarifada (no valor de um salário) e de cunho indenizatório: visando compensar o prejuízo pela mora no pagamento. Em relação à multa prevista no art. 467 da CLT, trata-se de sanção processual conforme art. 17, I, do CPC, que reputa litigante de má-fé, a parte que “deduzir defesa contra fato incontroverso”. Competência São competentes para assistir o empregado na rescisão do contrato de trabalho: O sindicato profissional da categoria; e A autoridade local do Ministério do Trabalho e Emprego. (residual) 16 Atividade Proposta Claudia foi admitida para trabalhar na empresa Optimus Serviços de Limpeza Ltda. em 01/04/2010. Em 10/09/2013, Claudia compareceu ao local de trabalho e lá foi orientada que não prestaria mais serviços, tendo em vista que havia sido decretada a falência da empregadora e que as atividades estavam encerradas. Claudia ingressou com ação trabalhista objetivando o pagamento das verbas resilitórias, tendo em vista que não obteve êxito no pagamento perante o Juízo Falimentar. A ex-empregada objetiva receber, dentre outros pedidos, a multa do artigo 477, parágrafo 8º, CLT e artigo 467, CLT, tendo em vista o atraso no pagamento e a ausência deste sobre os valores incontroversos na audiência realizada no dia 2/2/2014. Com base na lei e no entendimento pacífico dos nossos Tribunais Trabalhistas, esclareça se Claudia receberá as multas pretendidas. Material complementar Leia o documento “TST RR 1 (TST) disponível na Biblioteca Virtual. Referências CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. Niterói: Impetus, 2013. DELGADO GODINHO, Maurício. Curso de Direito do Trabalho. 2013. OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 47. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 17 Exercícios de Fixação Questão 1 Marque a questão incorreta e justifique: a) Os prazos previstos nos art. 477 , 6º da CLT, também são aplicáveis para os contratos com o tempo inferior a 1 ano. b) A multa trata de duas cominações: uma administrativa, de índole preventiva (no valor de 160 BTNs por trabalhador), e outra em prol do empregado. c) Para a homologação dos empregados adolescentes, o pagamento das verbas resilitórias será feita em dinheiro. d) Para os empregados analfabetos, o pagamento das verbas resilitórias será feita em depósito bancário ou cheque. e) A regra geral é de que na ausência de aviso prévio, indenização deste ou dispensa de seu cumprimento, a contagem se inicie no dia seguinte ao da notificação. 18 Questão 2 A respeito do pagamento das verbas rescisórias, assinale a alternativa correta. a) No caso de pedido de demissão em contrato por prazo indeterminado, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é de 10 dias contados da data da notificação da demissão, quando dispensado o empregado do cumprimento do aviso prévio pelo empregador. b) O empregador que descumpre o prazo de pagamento das verbas rescisórias deverá pagá-las posteriormente acrescidas de 50% de multa, nos termos do artigo 467 da Consolidação das Leis do Trabalho. c) O pagamento das verbas rescisórias ocorrerá no primeiro dia útil imediato ao término do contrato de trabalho quando o empregador indenizar o aviso prévio. d) As verbas rescisórias devidas, após decurso normal de prazo de contrato a termo, deverão ser pagas até o décimo dia contado do término, em face da inexistência do aviso prévio. 19 Questão 3 (FCC 2013) A Consolidação das Leis do Trabalho prevê algumas normas que regulam a rescisão dos contratos individuais de trabalho. Nos termos dessas regras, é INCORRETO afirmar: a) O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato, quando o aviso-prévio for indenizado. b) Constitui motivo de rescisão contratual por justa causa a condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena. c) Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o Tribunal de Trabalho reduzirá a indenização, àquela que seria devida em casode culpa exclusiva do empregador, por metade. d) Ocorrerá a rescisão indireta do contrato de trabalho quando o empregador reduzir o trabalho do empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. e) O empregado poderá pleitear a rescisão indireta de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até a decisão final do processo na hipótese de não cumprir o empregador as obrigações do contrato. 20 Questão 4 Partindo-se da premissa legal de que o pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de um ano de serviço, somente será válido quando realizado perante a autoridade competente, assinale a afirmativa correta. a) A assistência na rescisão contratual firmada por empregado com mais de (1) um ano de serviço somente poderá ser realizada pelo sindicato representativo da categoria do empregado. b) Não havendo na localidade sindicato representativo da categoria, a assistência será prestada pela Justiça do Trabalho. c) Não havendo na localidade sindicato representativo da categoria ou autoridade do Ministério do Trabalho, a assistência será prestada por representante do Ministério Público ou, onde houver, defensor público e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz. d) A assistência na rescisão contratual firmada por empregado com mais de (1) um ano de serviço somente poderá ser realizada pelo sindicato representativo da categoria do empregado ou, na ausência deste, pela Justiça do Trabalho. 21 Questão 5 Em relação à rescisão do contrato individual de trabalho, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho e do entendimento sumulado do TST, é correto afirmar que: a) O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 6 (seis) meses de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho. b) O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado até o décimo dia imediato ao término do aviso prévio trabalhado. c) Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. d) Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte, é obrigada a aceitar a reconsideração. e) E lícito substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes como extraordinárias com o devido adicional. 22 Atividade Proposta Não. Inexiste penalidade do artigo 467 e 477, parágrafo 8º, CLT para massa falida, conforme dispõe a súmula 388, TST. Exercícios de Fixação Questão 1 – D Questão 2 - A Questão 3 - A Questão 4 - C Artigo 477, parágrafo 3, CLT Questão 5 - C Artigo 479, CLT Atualizado em: 27 jun. 2014
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