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Aviso Prévio Trabalhado e Indenizado

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1 
 
 
 
 2 
AULA 6: AVISO PRÉVIO 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
AVISO PRÉVIO 4 
AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL 5 
JURISPRUDÊNCIA 12 
ATIVIDADES PROPOSTA 13 
REFERÊNCIAS 14 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 15 
CHAVES DE RESPOSTA 20 
ATIVIDADE PROPOSTA 20 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 21 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Neste módulo, o objetivo é o aprendizado do aviso prévio trabalhado e 
indenizado, proporcional à sua retratação, de acordo com o nosso 
ordenamento jurídico. Além disso, em relação ao aviso prévio, estudaremos 
as suas peculiaridades, assim como as recentes mudanças ocorridas em 
nossa legislação. Por fim, debateremos acerca do instituto da estabilidade e 
analisaremos as hipóteses de sua aplicabilidade e a limitação do poder 
potestativo neste período. 
 
Possibilitando melhor compreensão do tema utilizaremos a doutrina e a 
jurisprudência e, após o aprendizado de toda a origem legal, nos 
aprofundaremos no estudo das próximas aulas que serão a consequência 
deste início histórico e que são de suma importância para os operadores de 
direito. 
 
Sendo assim, é objetivo desta aula: 
1. Analisar o instituto do aviso prévio e sua aplicabilidade no direito do 
trabalho. 
 
 
 4 
Conteúdo 
Aviso Prévio 
O aviso prévio não encontra suas origens no Direito do Trabalho. Esse 
instituto surgiu como uma forma de uma parte avisar a outra que não mais 
tem interesse na manutenção de determinado contrato. Esse instituto foi 
introduzido na Idade Média, nas relações corporativas, quando o 
companheiro só poderia abandonar o trabalho comunicando previamente ao 
mestre, mas não havia tal reciprocidade. 
 
No Brasil, o Código Comercial de 1850 trazia previsão sobre o aviso prévio, 
dos comerciantes em relação aos seus prepostos e dos prepostos em relação 
àqueles. A Lei n 62 de 1935 estabeleceu no País o sistema unilateral do aviso 
prévio apenas do empregado para o empregador, e posteriormente o instituto 
veio a ser regulamentado pela CLT, bem como pela CRFB/88 no inciso XXI do 
art. 7º. 
 
A Constituição Federal inscreveu, pela primeira vez, o aviso prévio no artigo 
7º, XXI, proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de trinta dias, 
nos termos da lei. 
Desta forma, os incisos I e II, 487, da CLT não foi recepcionado pela art. 7º, 
XXI, CRFB/88, (fixava o aviso em oito dias, desde que o tempo de serviço 
fosse inferior a um ano). 
 
Conceito: É a comunicação que uma das partes do contrato de trabalho 
deve fazer à outra de que pretende rescindir tal pacto sem justa causa, de 
acordo com o prazo previsto em lei, sob pena de pagar uma indenização 
substituta. 
 
Natureza Jurídica: É tríplice, tem a combinação de três elementos: 
Segundo Amauri Mascaro Nascimento, seria: COMUNICAÇÃO, PRAZO E 
PAGAMENTO. 
 
 5 
 
Todavia, decorre a natureza jurídica do aviso prévio - declaração unilateral 
receptícia constitutiva de vontade. Ou seja, é a declaração de vontade pela 
qual exercem as partes o direito potestativo de resilição do contrato de 
trabalho por prazo indeterminado, sendo de natureza receptícia, endereçado 
a alguém determinado, assim necessária a declaração a um outro contratante 
e o decurso de um lapso de tempo entre a declaração e a extinção. 
 
Para Maurício Godinho Delgado, a natureza jurídica do aviso prévio, no Direito 
do Trabalho, é tridimensional, pois o citado autor segue o mesmo 
entendimento dado por Amauri Mascaro. 
 
Assim, o aviso prévio prestado em trabalho tem natureza salarial, mas se o 
pré-aviso não for laborado, mas sim indenizado, não o que falar em sua 
natureza salarial. (Súmulas 14 TST) 
 
Aviso Prévio Proporcional 
O art. 487, I e II, da CLT prevê dois prazos de aviso prévio, em função do 
tempo de funcionamento do salário. Contudo, por força do art. 7º XXI, 
CRFB/88, houve a revogação tácita dos dispositivos acima, pois a CLT não é 
pacífica quanto ao início de contagem dos 30 dias. Inclusive, esta prevê prazo 
inferior ao ora estabelecido para o aviso prévio. Nos moldes das Orientações 
Jurisprudenciais 82 e 84, SDI-I, TST. 
 
A Lei 12.506, que regulamenta o aviso prévio proporcional por tempo de 
serviço, entrou em vigor no dia 11 de outubro de 2011. Contudo, como já 
mencionado, o aviso prévio proporcional já era direito do trabalhador previsto 
na Constituição Federal de 1988, com o mínimo expresso de 30 dias, mas 
devendo ser regulado por lei ordinária. 
 
 
 6 
Assim, foi alterado o regime do aviso prévio fixo em 30 dias, previsto no 
artigo 487, II da CLT, e a proporcionalidade do aviso prévio prevista no artigo 
7º, XXI da Constituição, passa a ser computada a partir do primeiro ano de 
contrato do empregado, de forma que, para contratos com prazos inferiores a 
esse, aplica-se o mínimo constitucional de 30 dias. Assim, depois de 
completar um ano no emprego, o trabalhador terá direito ao acréscimo de 
3(três) dias ao aviso prévio por ano de serviço prestado, com a limitação de 
que não ultrapassem 60 dias de acréscimo, totalizando 90 (noventa) dias. 
 
Vale observar que a lei nova passou a incidir sobre os contratos de trabalho 
em curso, portanto, não se aplicando às notificações já emitidas pelo 
empregador, tendo em vista a vontade das partes já manifestada para pôr 
termo ao contrato antes da vigência da lei, com fulcro na Súmula 441 do TST. 
 
Com base nesse entendimento, o Ministério do Trabalho, no Memorando 
Circular nº 10 de 27.10.2011, itens 10 e 11, da Secretaria das Relações de 
Trabalho, afastou a eficácia da lei nova aos avisos prévios dados antes de 
13.10.2011. 
 
Prazo e Retratação: A contagem do prazo, nos moldes da Súmula 380, 
TST, é aplicada de acordo com o art. 132 do CCB, ou seja, excluindo-se o dia 
do começo e incluindo o dia do seu vencimento. O aviso prévio como 
declaração receptiva de vontade, que surte seus efeitos independentemente 
da concordância da outra parte, se a parte que concedeu o aviso reconsiderá-
lo, na exigência para a concordância da outra parte, mesmo que de forma 
tácita, conforme artigo 489, CLT. 
 
Renúncia: O aviso prévio é irrenunciável pelo empregado, portanto a 
renúncia só terá eficácia se for da parte do empregador, isto é, dispensando o 
empregado de laborar no referido período, sem prejuízo do salário. Assim, a 
Súmula 276, do TST, só autoriza o empregador deixar de pagar o respectivo 
valor se comprovadamente o empregado obteve novo emprego. 
 
 7 
 
Efeitos: São vários os efeitos jurídicos do aviso prévio, em especial o que 
trata da data da denúncia do contrato pela parte concedente do aviso. Uma 
vez concedido o aviso, o contrato se extingue depois de expirado o prazo 
(Súmula 380 TST). Para Délio Maranhão, o aviso prévio produz o efeito de 
transformar em contrato a termo, ou seja, a convenção feita sem prazo. 
Decorrido o período do aviso, ele termina automaticamente. 
 
No art. 489 da CLT, se a parte notificante reconsiderar o ato, a outra é dada 
ou pode não aceitar, porque o direito potestativo já foi exercido. Agora, se 
for aceita ou continuar o contrato depois do prazo (aceitação tácita de 
reconsideração) o contrato continua. 
 
Outro aspecto diz respeito ao seu prazo padrão de 30(trinta) dias ou o 
proporcional até 60 (sessenta) dias, integrando ao contrato para todos os 
fins, conforme art. 487, § 1º. CLT). E o outro diz respeito ao seu pagamento 
se trabalhado ou indenizado. 
 
O valor do aviso equivale ao salário mensal do obreiro, acrescido de todas as 
parcelas pagas habitualmente no curso do contrato. 
 
Atenção: As gorjetas habituais deixaram de integrar o aviso prévio: “As 
gorjetas,cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas 
espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não 
servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional 
noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.” Desta forma, apesar 
da lei não exigir forma especial para a comunicação do aviso prévio, é 
aconselhável que seja por escrito. 
 
Assim, o tempo de serviço vai integrar o contrato de trabalho para todos os 
fins, consoante estabelece o art. 487, parágrafos 1º., 5º., 6º da CLT, 
 
 8 
devendo, portanto, constar anotação na CTPS a projeção do aviso prévio, por 
força da Orientação Jurisprudencial nº 82 da SBDI-1 – TST. 
 
Ademais, a integração do aviso prévio ao tempo de serviço vale para fins de 
contagem do biênio prescricional, isto é, que é a partir do seu término, 
conforme Orientação Jurisprudencial nº 83 SDI-1, do TST. 
 
Todavia, merece atenção para o fato de que este fenômeno não autoriza o 
pagamento da multa de 40% do FGTS sobre o aviso prévio indenizado, 
conforme dispõe o item II da Orientação Jurisprudencial nº 42 da SBDI-1 do 
TST, a saber: 
 
”O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no 
saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas 
rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por 
ausência de previsão legal”. 
 
Desta forma, o período do aviso integra, sempre, o tempo de serviço do 
empregado, mesmo quando se converte no pagamento dos salários daquele 
período. Isto porque a indenização substitutiva constitui um ressarcimento do 
dano decorrente da falta do aviso prévio, sendo que a relação permanece na 
sua existência jurídica até o termo do aviso, embora sem prestação de 
serviço. 
 
Finalidade: O objetivo do aviso dado ao empregado é para que este tenha 
tempo para procurar outro emprego (artigo 488, CLT, Súmula 230, TST). 
Para que isso se concretize, o legislador autorizou o horário de trabalho 
reduzido em duas horas, sem prejuízo do salário integral, inclusive se o 
trabalho for noturno. 
 
Essa redução, normalmente, é feita no final da jornada, mas como a lei é 
silente pode ser no início dela. Deve ser de duas horas corridas sem 
 
 9 
fracionamento, a não ser com a concordância do operário ou se for mais 
favorável. 
 
Sendo facultado ao mesmo trabalhar sem a redução das duas horas e faltar 
sete dias corridos ao final da semana para o término do aviso, sempre sem 
prejuízo do salário. 
 
Para as profissões com jornada de trabalho inferior à regra geral, como é o 
caso da categoria dos bancários, de seis horas, também deve ser respeitada a 
redução em comento. 
 
Vale lembrar que a hora reduzida ou a ausência nos últimos sete dias do mês 
se enquadra como interrupção do contrato de trabalho, sendo ilegal ser 
substituída pelo pagamento das horas correspondentes. 
 
Base de Cálculo do Aviso Prévio: Corresponde ao salário do empregado 
na época da despedida. O aviso prévio indenizado é acrescido dos adicionais 
pagos com habitualidade, como: periculosidade, insalubridade, horas extras, 
adicional noturno. A falta do aviso por parte do empregador dá ao 
empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso. Por 
outro lado, a falta por parte do empregado dá ao empregador o direito a 
descontar dos salários a importância equivalente. Sendo possível a 
compensação de dívidas de natureza trabalhista. Portanto, a base de cálculo 
tem como fundamento jurisprudencial as Súmulas 354, 172,253, TST - (art. 
468, parágrafo único, art. 487, 5º, 6º CLT). 
 
Atenção: Reajuste salarial concedido por norma coletiva na vigência do 
período do aviso prévio (trabalhado ou não), o empregado fará juz ao salário 
reajustado, bem como as diferenças das demais parcelas pagas na rescisão. 
Lei 6708/79 – art. 9º. 
 
 
 10 
Cabimento: Em regra geral, o aviso prévio cabe nos contratos por prazo 
indeterminado (art. 487, CLT). Bem como, nas seguintes hipóteses: 
 
 Na rescisão do contrato de trabalho sem justo motivo. 
 
 Despedida indireta do empregado. (p.4º - art. 487CLT). 
 
 Extinção da empresa, falência da empresa - S. 44, TST – Lei 
11.101/05. 
 
 No caso de causa recíproca na rescisão do contrato de trabalho o 
pagamento corresponde à metade do respectivo valor. S. 14- TST – 
ART. 484, CLT 
 
Entretanto, não cabe o aviso prévio nas hipóteses abaixo: 
 
 Contratos regidos pela Lei 6.019/74. 
 
 Demissão por justa causa – por parte do empregado (art. 491,CLT) ou 
do empregador (resolução indireta do contrato de trabalho - art. 
490,CLT e Súmula 73 do TST) 
 
Em relação ao empregado, perde-se as indenizações e as parcelas ainda não 
implementadas ao longo do contrato de trabalho. 
 
No que tange a resolução indireta do contrato de trabalho - art. 490,CLT, que 
se opera pela via judicial , o empregado fará jus ao pagamento das 
indenização e das parcelas trabalhistas nos moldes da resilição contratual, 
sem justo motivo. 
 
Os referidos artigos 490 e 491 da CLT, tratam da justa causa ocorrida no 
curso do aviso prévio, neste caso se praticada pelo empregado, este além de 
 
 11 
perder a indenização que teria direito, perde o restante do salário do aviso 
prévio. Se for por parte do empregador fica o empregado desobrigado ao 
cumprimento do restante do aviso prévio. 
 
Observação: No caso de abandono de emprego, não se aplica no período de 
aviso prévio - Arts. 490- 491, CLT 
 
E se empregado praticar falta grave no curso do aviso? Ora, durante o aviso 
subsistem as obrigações contratuais, se praticada a falta, a parte pode 
resolver o contrato naquele momento CLT, 491. Perda do direito ao restante 
do prazo. Se o empregado cometeu falta grave no decurso do aviso perderá o 
restante do respectivo prazo 
 
Motivo de força maior – art. 502 CLT: Para o empregado não estável 
será pago a metade das verbas devidas pela dispensa sem justa causa. 
 
Contrato a termo: Nos contratos de prazo determinado que possuam 
cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada do contrato, 
o aviso prévio será devido, além da indenização prevista no art. 481 da CLT. 
 
Já nos contratos de prazo determinado, sem cláusula assecuratória do direito 
recíproco de rescisão antecipada do contrato, será com base nos artigos 479 
a 481 da CLT. 
 
Consoante dispõe a Súmula 163 do TST cabe aviso prévio nas rescisões 
antecipadas nos contratos de experiência. 
 
Estabilidade: O Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento no 
sentido de que os institutos do aviso prévio e da garantia de emprego são 
incompatíveis entre si, razão pela qual é inválida a concessão do aviso prévio 
na fluência da garantia de emprego – Súmula 348 - TST. 
 
 
 12 
Contribuições Previdenciárias: Incidem sobre o aviso prévio indenizado. 
 
Jurisprudência 
“O prazo do aviso prévio, seja ele trabalhado ou indenizado, integra o tempo 
de serviço do empregado para todos os efeitos legais. A previsão do artigo 
487, parágrafo 1º, da CLT, foi aplicada pelo ministro Barros Levenhagen 
(relator) e integrantes da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho 
para deferir recurso de revista a uma ex-empregada da Telemar Norte Leste 
S/A e garantir-lhe a tramitação de sua causa. A decisão do TST afastou a 
prescrição do direito de ação da trabalhadora. 
 
A ocorrência da prescrição, contudo, foi afastada pelo TST. O exame da 
questão levou ao deferimento do recurso à trabalhadora, que alegou a 
integração do aviso prévio ao tempo de serviço para todos efeitos legais, 
inclusive para fins de contagemdo biênio prescricional. Além do dispositivo 
legal (artigo 487, parágrafo 1º), também foi alegada a contrariedade à 
Orientação Jurisprudencial nº 83 da Seção Especializada em Dissídios 
Individuais – 1 (SDI-1) do TST. 
 
A análise da norma da CLT levou o ministro Levenhagen a afirmar que o 
marco inicial da contagem do prazo da prescrição não pode corresponder à 
data em que foi concedido o aviso prévio, mas sim ao termo final do prazo. O 
relator também frisou o entendimento consolidado no TST sobre o tema, por 
meio da OJ nº 83, segundo a qual “a prescrição começa a fluir na data do 
término do aviso prévio”. 
 
Com a decisão tomada pelo TST, os autos do processo retornarão ao TRT 
baiano que retomará o exame da causa, que havia equivocadamente 
considerado prescrita. (RR 401/2003-012-05-00.3)” 
 
 
 
 13 
Atividades Proposta 
Caso 1: Marilia foi admitida para trabalhar na empresa Esperança e Indústria 
Ltda. e prestou serviços por 11 (onze meses). Em 26/3/2013, tomou ciência 
do aviso prévio, cujo cumprimento deveria ser efetuado em “casa”. A 
empregada foi comunicada que, ao final do período de aviso prévio, deveria 
retornar à empresa para o recebimento de suas verbas resilitórias. O 
empregador efetuou o pagamento no dia 27/04/2013. Analisando a legislação 
em vigor e a jurisprudência pacífica de nossos Tribunais Trabalhistas, 
esclareça se o pagamento foi pago corretamente ou se existe a incidência da 
multa pelo atraso no pagamento dessas verbas. 
 
Caso 2: O empregado Jorge, cuja remuneração é percebida quinzenalmente, 
imotivadamente, manifestou desejo de romper o vínculo empregatício e 
conceder aviso prévio ao seu empregador Lauro. Jorge possui contrato de 
trabalho há quinze anos com Lauro e pretende trabalhar durante os trinta 
dias do aviso prévio. O empregador não concordou e afirmou que a legislação 
estabelece aviso prévio proporcional, e que será necessário acrescer três dias 
para cada ano de trabalho, sob pena de ser feito o desconto pelos dias não 
trabalhados. Analisando a situação concreta e com base na lei e no 
entendimento jurisprudencial, responda se o empregador possui ou não razão 
em sua argumentação. Além disso, esclareça se Jorge terá direito a optar 
pela redução do horário de trabalho em duas horas diárias ou se ausentar do 
serviço por sete dias corridos, sem prejuízo do salário, durante o 
cumprimento do aviso prévio. 
 
Caso 3: José Araújo, após completar 22 anos e dois meses de vínculo 
jurídico de emprego com a empresa Amarilis Informática, foi 
injustificadamente dispensado em 11/11/2013. No mesmo dia, seu colega 
de trabalho Marco Antonio, que contava com 25 anos completos de 
vínculo de emprego na mesma empresa, também foi surpreendido com 
a dispensa sem justo motivo, sendo certo que o ex-empregador nada 
pagou a título de parcelas resilitórias a ambos. Um mês após a rescisão 
 
 14 
contratual, José Araújo e Marco Antônio ajuízam ações trabalhistas, 
postulando, dentre outras rubricas, o pagamento de aviso prévio. À luz da 
Lei n. 12.506/2011, introduzida no ordenamento jurídico em 11/10/2011, que 
regula o pagamento do aviso prévio proporcional ao tempo se serviço, 
esclareça quantos dias serão concedidos aos empregados supra mencionados. 
 
 
Material complementar 
 
Leia a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE Nº 5 de 
08.01.2013 D.O.U. 09.01.2013, disponível na Biblioteca virtual. 
 
 
 
Referências 
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 
38. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. Niterói: Impetus, 2013. 
 
JORGE NETO, Francisco Ferreira; CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. 
Direito do Trabalho. 6. ed. Rio de janeiro: Atlas, 2012 t.2 
 
DELGADO GODINHO, Maurício. Curso de Direito do Trabalho. 2013. 
 
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: história e 
teoria geral do direito do trabalho: relações individuais e coletivas do 
trabalho. 28. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
 
 
 
 15 
Exercícios de Fixação 
Questão 1 (TRT) 
Quanto ao aviso prévio proporcional, considerando os parâmetros da Lei n. 
12.506/11, é incorreto afirmar: 
 
a) O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos 
empregados que contêm até 1 (um) ano de serviço na mesma 
empresa; 
b) Ao aviso prévio serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço após 
dois anos de serviço prestados na mesma empresa, até o máximo de 
60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias; 
c) O aviso prévio proporcional é um dos direitos destinados ao 
trabalhador, conforme previsto, expressamente, na constituição 
federal; 
d) Segundo entendimento sumulado do TST, o direito ao aviso prévio 
proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões 
de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da lei n° 
12.506, em 13 de outubro de 2011; 
e) No mandado de injunção, que deu ensejo à iniciativa do Poder 
Legislativo, em elaborar a lei em epígrafe, o Supremo Tribunal Federal 
acatou os parâmetros fixados pela lei e declarou a sua aplicação 
retroativa ao caso em julgamento, autorizando aos Ministros da Corte 
decidirem, monocraticamente, da mesma forma, outros mandados de 
injunção, como mesmo objeto, já em curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
Questão 2 (TRT) 
Relativamente ao aviso prévio, conforme disposto na legislação e 
jurisprudência dominante, é incorreto afirmar: 
 
a) O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da 
indenização adicional prevista no art. 9º da Lei nº 6.708, de 
30.10.1979. 
b) O direito aos salários do período de férias escolares assegurado aos 
professores (art. 322, caput e § 3º, da CLT) não exclui o direito ao 
aviso prévio, na hipótese de dispensa sem justa causa ao término do 
ano letivo ou no curso das férias escolares. 
c) A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da 
indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do 
empregado ao aviso prévio. 
d) Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento 
das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida. 
e) O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é 
assegurado nas rescisões de contrato de trabalho celebrados a partir 
da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
Questão 3 (ESPP - TRT) 
O contrato de trabalho vigeu de 10/3/2007 a 15/10/2012. O empregado foi 
dispensado sem justa causa, com aviso prévio indenizado. Ao longo da 
relação de emprego, não usufruiu férias. 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) O empregado faz jus ao aviso prévio de 42 dias, bem como à 
indenização em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de 
um período de férias, de forma simples, e à remuneração de 9/12 de 
férias proporcionais, igualmente de forma simples. 
b) O empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à 
indenização em dobro de cinco períodos de férias e à remuneração de 
9/12 de férias proporcionais, igualmente de forma simples. 
c) O empregado faz jus ao aviso prévio de 30 dias, bem como à 
indenização em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de 
um período de férias, de forma simples, e à remuneração de 7/12 de 
férias proporcionais, igualmente de forma simples. 
d) 0 empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à 
indenização de cinco períodos de férias, de forma simples, e àremuneração de 9/12 de férias proporcionais, igualmente de forma 
simples. 
e) O empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à 
indenização em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de 
um período de férias, de forma simples, e à remuneração de 9/12 de 
férias proporcionais, igualmente de forma simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
Questão 4 
As irmãs Simone, Sinara e Soraya tiveram seus contratos de trabalho 
rescindidos. A dissolução do contrato de trabalho de Simone decorreu de 
culpa recíproca de ambas as partes; a rescisão do contrato de trabalho de 
Sinara foi indireta, tendo em vista que a sua empregadora praticou uma das 
faltas graves passíveis de rescisão contratual; e Soraya foi dispensada com 
justa causa. 
Nestes casos, o aviso prévio: 
 
a) Não será devido a Simone, Sinara e Soraya, por expressa disposição 
legal. 
b) Será devido apenas a Simone, em 50% do seu valor. 
c) Será devido a Simone, Sinara e Soraya, sendo o seu valor integral para 
Simone e Sinara e de 50% para Soraya. 
d) Será devido apenas a Simone e Sinara, sendo o seu valor integral para 
Sinara e de 50% para Simone. 
e) Será devido apenas a Simone e Sinara, sendo para ambas em valor 
integral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
Questão 5 
O empregado, quando despedido sem justa causa, tem direito ao aviso prévio 
de trinta dias, acrescido de três dias para cada ano de serviço prestado ao 
empregador, até o máximo de sessenta dias, perfazendo o total de noventa 
dias. Além destes, o empregado também tem direito: 
 
a) Ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, nos termos da 
Constituição da República e Consolidação das Leis do Trabalho, sem 
qualquer limitação. 
b) Ao levantamento dos depósitos do FGTS, com o acréscimo de 40%, 
salvo se já houver obtido novo emprego. 
c) Ao seguro-desemprego, nos termos da lei, independentemente do fato 
de possuir outro emprego. 
d) Ao pagamento das horas extras decorrentes da ausência de 
compensação da jornada extraordinária lançada no banco de horas, 
calculadas sobre o valor da remuneração na data da prestação do 
trabalho. 
 
 
 20 
Atividade Proposta 
Caso 1: O empregador não efetuou o pagamento corretamente. A OJ 84, 
SDI-1, TST estabelece que na hipótese de aviso prévio cumprido em casa, o 
prazo para o pagamento é o mesmo do aviso prévio indenizado, ou seja, 10 
(dez) dias a contar da dispensa, conforme estabelece o artigo 477, parágrafo 
6º, alínea b, CLT. Logo, no caso concreto faz jus a empregada à multa do 
artigo 477, parágrafo 8º, CLT, tendo em vista o atraso no pagamento das 
verbas trabalhistas. 
 
Caso 2: Na questão concreta, o empregador não possui razão em sua 
argumentação, tendo em vista que a lei 12506/2011, aduz sobre a 
proporcionalidade nas hipóteses de demissão sem justa causa. No caso 
concreto Jorge pediu demissão e por isso o aviso prévio é de 30 (trinta) dias. 
Além disso, não haverá direito a redução na jornada de trabalho, tendo em 
vista que o artigo 488, parágrafo único, CLT somente é aplicável nas 
terminações por iniciativa do empregador. 
 
Caso 3: De acordo com a nova lei tem-se: 
 Se o empregado tem vínculo igual ou inferior a um ano: =<1 = 30 dias 
de aviso. 
 Se o empregado tem vínculo superior a um ano e menos de 21, 
adicionam-se 3 dias para cada ano excedente. 
 Há uma limitação legal de no máximo 60 dias, portanto, após os 21 
anos acrescem-se aos 30 mais 60, totalizando 90 dias. 
 
No caso de José Araújo que tem 22 anos e 2 meses, de casa. Tem-se: 30 dias 
(para o 1º ano trabalhado) + (20 x 3) = 30dias+60 = 90dias. 
 
 21 
No caso de Marco Antônio que tem 25 anos, de casa. Tem-se: 30 dias (para o 
1º ano trabalhado) + ((24 x 3) - (4 x 3) = 30dias + (72 - 12) = 30dias+60 = 
90dias. 
 
Exercícios de Fixação 
Questão 1 - B 
 
Questão 2 - E 
 
Questão 3 - E 
 
Questão 4 - D 
 
Questão 5 - A 
Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 27 jun. 2014

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