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1 2 AULA 6: AVISO PRÉVIO 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 AVISO PRÉVIO 4 AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL 5 JURISPRUDÊNCIA 12 ATIVIDADES PROPOSTA 13 REFERÊNCIAS 14 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 15 CHAVES DE RESPOSTA 20 ATIVIDADE PROPOSTA 20 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 21 3 Introdução Neste módulo, o objetivo é o aprendizado do aviso prévio trabalhado e indenizado, proporcional à sua retratação, de acordo com o nosso ordenamento jurídico. Além disso, em relação ao aviso prévio, estudaremos as suas peculiaridades, assim como as recentes mudanças ocorridas em nossa legislação. Por fim, debateremos acerca do instituto da estabilidade e analisaremos as hipóteses de sua aplicabilidade e a limitação do poder potestativo neste período. Possibilitando melhor compreensão do tema utilizaremos a doutrina e a jurisprudência e, após o aprendizado de toda a origem legal, nos aprofundaremos no estudo das próximas aulas que serão a consequência deste início histórico e que são de suma importância para os operadores de direito. Sendo assim, é objetivo desta aula: 1. Analisar o instituto do aviso prévio e sua aplicabilidade no direito do trabalho. 4 Conteúdo Aviso Prévio O aviso prévio não encontra suas origens no Direito do Trabalho. Esse instituto surgiu como uma forma de uma parte avisar a outra que não mais tem interesse na manutenção de determinado contrato. Esse instituto foi introduzido na Idade Média, nas relações corporativas, quando o companheiro só poderia abandonar o trabalho comunicando previamente ao mestre, mas não havia tal reciprocidade. No Brasil, o Código Comercial de 1850 trazia previsão sobre o aviso prévio, dos comerciantes em relação aos seus prepostos e dos prepostos em relação àqueles. A Lei n 62 de 1935 estabeleceu no País o sistema unilateral do aviso prévio apenas do empregado para o empregador, e posteriormente o instituto veio a ser regulamentado pela CLT, bem como pela CRFB/88 no inciso XXI do art. 7º. A Constituição Federal inscreveu, pela primeira vez, o aviso prévio no artigo 7º, XXI, proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de trinta dias, nos termos da lei. Desta forma, os incisos I e II, 487, da CLT não foi recepcionado pela art. 7º, XXI, CRFB/88, (fixava o aviso em oito dias, desde que o tempo de serviço fosse inferior a um ano). Conceito: É a comunicação que uma das partes do contrato de trabalho deve fazer à outra de que pretende rescindir tal pacto sem justa causa, de acordo com o prazo previsto em lei, sob pena de pagar uma indenização substituta. Natureza Jurídica: É tríplice, tem a combinação de três elementos: Segundo Amauri Mascaro Nascimento, seria: COMUNICAÇÃO, PRAZO E PAGAMENTO. 5 Todavia, decorre a natureza jurídica do aviso prévio - declaração unilateral receptícia constitutiva de vontade. Ou seja, é a declaração de vontade pela qual exercem as partes o direito potestativo de resilição do contrato de trabalho por prazo indeterminado, sendo de natureza receptícia, endereçado a alguém determinado, assim necessária a declaração a um outro contratante e o decurso de um lapso de tempo entre a declaração e a extinção. Para Maurício Godinho Delgado, a natureza jurídica do aviso prévio, no Direito do Trabalho, é tridimensional, pois o citado autor segue o mesmo entendimento dado por Amauri Mascaro. Assim, o aviso prévio prestado em trabalho tem natureza salarial, mas se o pré-aviso não for laborado, mas sim indenizado, não o que falar em sua natureza salarial. (Súmulas 14 TST) Aviso Prévio Proporcional O art. 487, I e II, da CLT prevê dois prazos de aviso prévio, em função do tempo de funcionamento do salário. Contudo, por força do art. 7º XXI, CRFB/88, houve a revogação tácita dos dispositivos acima, pois a CLT não é pacífica quanto ao início de contagem dos 30 dias. Inclusive, esta prevê prazo inferior ao ora estabelecido para o aviso prévio. Nos moldes das Orientações Jurisprudenciais 82 e 84, SDI-I, TST. A Lei 12.506, que regulamenta o aviso prévio proporcional por tempo de serviço, entrou em vigor no dia 11 de outubro de 2011. Contudo, como já mencionado, o aviso prévio proporcional já era direito do trabalhador previsto na Constituição Federal de 1988, com o mínimo expresso de 30 dias, mas devendo ser regulado por lei ordinária. 6 Assim, foi alterado o regime do aviso prévio fixo em 30 dias, previsto no artigo 487, II da CLT, e a proporcionalidade do aviso prévio prevista no artigo 7º, XXI da Constituição, passa a ser computada a partir do primeiro ano de contrato do empregado, de forma que, para contratos com prazos inferiores a esse, aplica-se o mínimo constitucional de 30 dias. Assim, depois de completar um ano no emprego, o trabalhador terá direito ao acréscimo de 3(três) dias ao aviso prévio por ano de serviço prestado, com a limitação de que não ultrapassem 60 dias de acréscimo, totalizando 90 (noventa) dias. Vale observar que a lei nova passou a incidir sobre os contratos de trabalho em curso, portanto, não se aplicando às notificações já emitidas pelo empregador, tendo em vista a vontade das partes já manifestada para pôr termo ao contrato antes da vigência da lei, com fulcro na Súmula 441 do TST. Com base nesse entendimento, o Ministério do Trabalho, no Memorando Circular nº 10 de 27.10.2011, itens 10 e 11, da Secretaria das Relações de Trabalho, afastou a eficácia da lei nova aos avisos prévios dados antes de 13.10.2011. Prazo e Retratação: A contagem do prazo, nos moldes da Súmula 380, TST, é aplicada de acordo com o art. 132 do CCB, ou seja, excluindo-se o dia do começo e incluindo o dia do seu vencimento. O aviso prévio como declaração receptiva de vontade, que surte seus efeitos independentemente da concordância da outra parte, se a parte que concedeu o aviso reconsiderá- lo, na exigência para a concordância da outra parte, mesmo que de forma tácita, conforme artigo 489, CLT. Renúncia: O aviso prévio é irrenunciável pelo empregado, portanto a renúncia só terá eficácia se for da parte do empregador, isto é, dispensando o empregado de laborar no referido período, sem prejuízo do salário. Assim, a Súmula 276, do TST, só autoriza o empregador deixar de pagar o respectivo valor se comprovadamente o empregado obteve novo emprego. 7 Efeitos: São vários os efeitos jurídicos do aviso prévio, em especial o que trata da data da denúncia do contrato pela parte concedente do aviso. Uma vez concedido o aviso, o contrato se extingue depois de expirado o prazo (Súmula 380 TST). Para Délio Maranhão, o aviso prévio produz o efeito de transformar em contrato a termo, ou seja, a convenção feita sem prazo. Decorrido o período do aviso, ele termina automaticamente. No art. 489 da CLT, se a parte notificante reconsiderar o ato, a outra é dada ou pode não aceitar, porque o direito potestativo já foi exercido. Agora, se for aceita ou continuar o contrato depois do prazo (aceitação tácita de reconsideração) o contrato continua. Outro aspecto diz respeito ao seu prazo padrão de 30(trinta) dias ou o proporcional até 60 (sessenta) dias, integrando ao contrato para todos os fins, conforme art. 487, § 1º. CLT). E o outro diz respeito ao seu pagamento se trabalhado ou indenizado. O valor do aviso equivale ao salário mensal do obreiro, acrescido de todas as parcelas pagas habitualmente no curso do contrato. Atenção: As gorjetas habituais deixaram de integrar o aviso prévio: “As gorjetas,cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.” Desta forma, apesar da lei não exigir forma especial para a comunicação do aviso prévio, é aconselhável que seja por escrito. Assim, o tempo de serviço vai integrar o contrato de trabalho para todos os fins, consoante estabelece o art. 487, parágrafos 1º., 5º., 6º da CLT, 8 devendo, portanto, constar anotação na CTPS a projeção do aviso prévio, por força da Orientação Jurisprudencial nº 82 da SBDI-1 – TST. Ademais, a integração do aviso prévio ao tempo de serviço vale para fins de contagem do biênio prescricional, isto é, que é a partir do seu término, conforme Orientação Jurisprudencial nº 83 SDI-1, do TST. Todavia, merece atenção para o fato de que este fenômeno não autoriza o pagamento da multa de 40% do FGTS sobre o aviso prévio indenizado, conforme dispõe o item II da Orientação Jurisprudencial nº 42 da SBDI-1 do TST, a saber: ”O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por ausência de previsão legal”. Desta forma, o período do aviso integra, sempre, o tempo de serviço do empregado, mesmo quando se converte no pagamento dos salários daquele período. Isto porque a indenização substitutiva constitui um ressarcimento do dano decorrente da falta do aviso prévio, sendo que a relação permanece na sua existência jurídica até o termo do aviso, embora sem prestação de serviço. Finalidade: O objetivo do aviso dado ao empregado é para que este tenha tempo para procurar outro emprego (artigo 488, CLT, Súmula 230, TST). Para que isso se concretize, o legislador autorizou o horário de trabalho reduzido em duas horas, sem prejuízo do salário integral, inclusive se o trabalho for noturno. Essa redução, normalmente, é feita no final da jornada, mas como a lei é silente pode ser no início dela. Deve ser de duas horas corridas sem 9 fracionamento, a não ser com a concordância do operário ou se for mais favorável. Sendo facultado ao mesmo trabalhar sem a redução das duas horas e faltar sete dias corridos ao final da semana para o término do aviso, sempre sem prejuízo do salário. Para as profissões com jornada de trabalho inferior à regra geral, como é o caso da categoria dos bancários, de seis horas, também deve ser respeitada a redução em comento. Vale lembrar que a hora reduzida ou a ausência nos últimos sete dias do mês se enquadra como interrupção do contrato de trabalho, sendo ilegal ser substituída pelo pagamento das horas correspondentes. Base de Cálculo do Aviso Prévio: Corresponde ao salário do empregado na época da despedida. O aviso prévio indenizado é acrescido dos adicionais pagos com habitualidade, como: periculosidade, insalubridade, horas extras, adicional noturno. A falta do aviso por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso. Por outro lado, a falta por parte do empregado dá ao empregador o direito a descontar dos salários a importância equivalente. Sendo possível a compensação de dívidas de natureza trabalhista. Portanto, a base de cálculo tem como fundamento jurisprudencial as Súmulas 354, 172,253, TST - (art. 468, parágrafo único, art. 487, 5º, 6º CLT). Atenção: Reajuste salarial concedido por norma coletiva na vigência do período do aviso prévio (trabalhado ou não), o empregado fará juz ao salário reajustado, bem como as diferenças das demais parcelas pagas na rescisão. Lei 6708/79 – art. 9º. 10 Cabimento: Em regra geral, o aviso prévio cabe nos contratos por prazo indeterminado (art. 487, CLT). Bem como, nas seguintes hipóteses: Na rescisão do contrato de trabalho sem justo motivo. Despedida indireta do empregado. (p.4º - art. 487CLT). Extinção da empresa, falência da empresa - S. 44, TST – Lei 11.101/05. No caso de causa recíproca na rescisão do contrato de trabalho o pagamento corresponde à metade do respectivo valor. S. 14- TST – ART. 484, CLT Entretanto, não cabe o aviso prévio nas hipóteses abaixo: Contratos regidos pela Lei 6.019/74. Demissão por justa causa – por parte do empregado (art. 491,CLT) ou do empregador (resolução indireta do contrato de trabalho - art. 490,CLT e Súmula 73 do TST) Em relação ao empregado, perde-se as indenizações e as parcelas ainda não implementadas ao longo do contrato de trabalho. No que tange a resolução indireta do contrato de trabalho - art. 490,CLT, que se opera pela via judicial , o empregado fará jus ao pagamento das indenização e das parcelas trabalhistas nos moldes da resilição contratual, sem justo motivo. Os referidos artigos 490 e 491 da CLT, tratam da justa causa ocorrida no curso do aviso prévio, neste caso se praticada pelo empregado, este além de 11 perder a indenização que teria direito, perde o restante do salário do aviso prévio. Se for por parte do empregador fica o empregado desobrigado ao cumprimento do restante do aviso prévio. Observação: No caso de abandono de emprego, não se aplica no período de aviso prévio - Arts. 490- 491, CLT E se empregado praticar falta grave no curso do aviso? Ora, durante o aviso subsistem as obrigações contratuais, se praticada a falta, a parte pode resolver o contrato naquele momento CLT, 491. Perda do direito ao restante do prazo. Se o empregado cometeu falta grave no decurso do aviso perderá o restante do respectivo prazo Motivo de força maior – art. 502 CLT: Para o empregado não estável será pago a metade das verbas devidas pela dispensa sem justa causa. Contrato a termo: Nos contratos de prazo determinado que possuam cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada do contrato, o aviso prévio será devido, além da indenização prevista no art. 481 da CLT. Já nos contratos de prazo determinado, sem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada do contrato, será com base nos artigos 479 a 481 da CLT. Consoante dispõe a Súmula 163 do TST cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas nos contratos de experiência. Estabilidade: O Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento no sentido de que os institutos do aviso prévio e da garantia de emprego são incompatíveis entre si, razão pela qual é inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego – Súmula 348 - TST. 12 Contribuições Previdenciárias: Incidem sobre o aviso prévio indenizado. Jurisprudência “O prazo do aviso prévio, seja ele trabalhado ou indenizado, integra o tempo de serviço do empregado para todos os efeitos legais. A previsão do artigo 487, parágrafo 1º, da CLT, foi aplicada pelo ministro Barros Levenhagen (relator) e integrantes da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho para deferir recurso de revista a uma ex-empregada da Telemar Norte Leste S/A e garantir-lhe a tramitação de sua causa. A decisão do TST afastou a prescrição do direito de ação da trabalhadora. A ocorrência da prescrição, contudo, foi afastada pelo TST. O exame da questão levou ao deferimento do recurso à trabalhadora, que alegou a integração do aviso prévio ao tempo de serviço para todos efeitos legais, inclusive para fins de contagemdo biênio prescricional. Além do dispositivo legal (artigo 487, parágrafo 1º), também foi alegada a contrariedade à Orientação Jurisprudencial nº 83 da Seção Especializada em Dissídios Individuais – 1 (SDI-1) do TST. A análise da norma da CLT levou o ministro Levenhagen a afirmar que o marco inicial da contagem do prazo da prescrição não pode corresponder à data em que foi concedido o aviso prévio, mas sim ao termo final do prazo. O relator também frisou o entendimento consolidado no TST sobre o tema, por meio da OJ nº 83, segundo a qual “a prescrição começa a fluir na data do término do aviso prévio”. Com a decisão tomada pelo TST, os autos do processo retornarão ao TRT baiano que retomará o exame da causa, que havia equivocadamente considerado prescrita. (RR 401/2003-012-05-00.3)” 13 Atividades Proposta Caso 1: Marilia foi admitida para trabalhar na empresa Esperança e Indústria Ltda. e prestou serviços por 11 (onze meses). Em 26/3/2013, tomou ciência do aviso prévio, cujo cumprimento deveria ser efetuado em “casa”. A empregada foi comunicada que, ao final do período de aviso prévio, deveria retornar à empresa para o recebimento de suas verbas resilitórias. O empregador efetuou o pagamento no dia 27/04/2013. Analisando a legislação em vigor e a jurisprudência pacífica de nossos Tribunais Trabalhistas, esclareça se o pagamento foi pago corretamente ou se existe a incidência da multa pelo atraso no pagamento dessas verbas. Caso 2: O empregado Jorge, cuja remuneração é percebida quinzenalmente, imotivadamente, manifestou desejo de romper o vínculo empregatício e conceder aviso prévio ao seu empregador Lauro. Jorge possui contrato de trabalho há quinze anos com Lauro e pretende trabalhar durante os trinta dias do aviso prévio. O empregador não concordou e afirmou que a legislação estabelece aviso prévio proporcional, e que será necessário acrescer três dias para cada ano de trabalho, sob pena de ser feito o desconto pelos dias não trabalhados. Analisando a situação concreta e com base na lei e no entendimento jurisprudencial, responda se o empregador possui ou não razão em sua argumentação. Além disso, esclareça se Jorge terá direito a optar pela redução do horário de trabalho em duas horas diárias ou se ausentar do serviço por sete dias corridos, sem prejuízo do salário, durante o cumprimento do aviso prévio. Caso 3: José Araújo, após completar 22 anos e dois meses de vínculo jurídico de emprego com a empresa Amarilis Informática, foi injustificadamente dispensado em 11/11/2013. No mesmo dia, seu colega de trabalho Marco Antonio, que contava com 25 anos completos de vínculo de emprego na mesma empresa, também foi surpreendido com a dispensa sem justo motivo, sendo certo que o ex-empregador nada pagou a título de parcelas resilitórias a ambos. Um mês após a rescisão 14 contratual, José Araújo e Marco Antônio ajuízam ações trabalhistas, postulando, dentre outras rubricas, o pagamento de aviso prévio. À luz da Lei n. 12.506/2011, introduzida no ordenamento jurídico em 11/10/2011, que regula o pagamento do aviso prévio proporcional ao tempo se serviço, esclareça quantos dias serão concedidos aos empregados supra mencionados. Material complementar Leia a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE Nº 5 de 08.01.2013 D.O.U. 09.01.2013, disponível na Biblioteca virtual. Referências CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 38. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2013. CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. Niterói: Impetus, 2013. JORGE NETO, Francisco Ferreira; CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. Direito do Trabalho. 6. ed. Rio de janeiro: Atlas, 2012 t.2 DELGADO GODINHO, Maurício. Curso de Direito do Trabalho. 2013. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: história e teoria geral do direito do trabalho: relações individuais e coletivas do trabalho. 28. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013. 15 Exercícios de Fixação Questão 1 (TRT) Quanto ao aviso prévio proporcional, considerando os parâmetros da Lei n. 12.506/11, é incorreto afirmar: a) O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contêm até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa; b) Ao aviso prévio serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço após dois anos de serviço prestados na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias; c) O aviso prévio proporcional é um dos direitos destinados ao trabalhador, conforme previsto, expressamente, na constituição federal; d) Segundo entendimento sumulado do TST, o direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da lei n° 12.506, em 13 de outubro de 2011; e) No mandado de injunção, que deu ensejo à iniciativa do Poder Legislativo, em elaborar a lei em epígrafe, o Supremo Tribunal Federal acatou os parâmetros fixados pela lei e declarou a sua aplicação retroativa ao caso em julgamento, autorizando aos Ministros da Corte decidirem, monocraticamente, da mesma forma, outros mandados de injunção, como mesmo objeto, já em curso. 16 Questão 2 (TRT) Relativamente ao aviso prévio, conforme disposto na legislação e jurisprudência dominante, é incorreto afirmar: a) O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indenização adicional prevista no art. 9º da Lei nº 6.708, de 30.10.1979. b) O direito aos salários do período de férias escolares assegurado aos professores (art. 322, caput e § 3º, da CLT) não exclui o direito ao aviso prévio, na hipótese de dispensa sem justa causa ao término do ano letivo ou no curso das férias escolares. c) A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. d) Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida. e) O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho celebrados a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. 17 Questão 3 (ESPP - TRT) O contrato de trabalho vigeu de 10/3/2007 a 15/10/2012. O empregado foi dispensado sem justa causa, com aviso prévio indenizado. Ao longo da relação de emprego, não usufruiu férias. Assinale a alternativa correta: a) O empregado faz jus ao aviso prévio de 42 dias, bem como à indenização em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de um período de férias, de forma simples, e à remuneração de 9/12 de férias proporcionais, igualmente de forma simples. b) O empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à indenização em dobro de cinco períodos de férias e à remuneração de 9/12 de férias proporcionais, igualmente de forma simples. c) O empregado faz jus ao aviso prévio de 30 dias, bem como à indenização em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de um período de férias, de forma simples, e à remuneração de 7/12 de férias proporcionais, igualmente de forma simples. d) 0 empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à indenização de cinco períodos de férias, de forma simples, e àremuneração de 9/12 de férias proporcionais, igualmente de forma simples. e) O empregado faz jus ao aviso prévio de 45 dias, bem como à indenização em dobro de quatro períodos de férias, à remuneração de um período de férias, de forma simples, e à remuneração de 9/12 de férias proporcionais, igualmente de forma simples. 18 Questão 4 As irmãs Simone, Sinara e Soraya tiveram seus contratos de trabalho rescindidos. A dissolução do contrato de trabalho de Simone decorreu de culpa recíproca de ambas as partes; a rescisão do contrato de trabalho de Sinara foi indireta, tendo em vista que a sua empregadora praticou uma das faltas graves passíveis de rescisão contratual; e Soraya foi dispensada com justa causa. Nestes casos, o aviso prévio: a) Não será devido a Simone, Sinara e Soraya, por expressa disposição legal. b) Será devido apenas a Simone, em 50% do seu valor. c) Será devido a Simone, Sinara e Soraya, sendo o seu valor integral para Simone e Sinara e de 50% para Soraya. d) Será devido apenas a Simone e Sinara, sendo o seu valor integral para Sinara e de 50% para Simone. e) Será devido apenas a Simone e Sinara, sendo para ambas em valor integral. 19 Questão 5 O empregado, quando despedido sem justa causa, tem direito ao aviso prévio de trinta dias, acrescido de três dias para cada ano de serviço prestado ao empregador, até o máximo de sessenta dias, perfazendo o total de noventa dias. Além destes, o empregado também tem direito: a) Ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, nos termos da Constituição da República e Consolidação das Leis do Trabalho, sem qualquer limitação. b) Ao levantamento dos depósitos do FGTS, com o acréscimo de 40%, salvo se já houver obtido novo emprego. c) Ao seguro-desemprego, nos termos da lei, independentemente do fato de possuir outro emprego. d) Ao pagamento das horas extras decorrentes da ausência de compensação da jornada extraordinária lançada no banco de horas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da prestação do trabalho. 20 Atividade Proposta Caso 1: O empregador não efetuou o pagamento corretamente. A OJ 84, SDI-1, TST estabelece que na hipótese de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para o pagamento é o mesmo do aviso prévio indenizado, ou seja, 10 (dez) dias a contar da dispensa, conforme estabelece o artigo 477, parágrafo 6º, alínea b, CLT. Logo, no caso concreto faz jus a empregada à multa do artigo 477, parágrafo 8º, CLT, tendo em vista o atraso no pagamento das verbas trabalhistas. Caso 2: Na questão concreta, o empregador não possui razão em sua argumentação, tendo em vista que a lei 12506/2011, aduz sobre a proporcionalidade nas hipóteses de demissão sem justa causa. No caso concreto Jorge pediu demissão e por isso o aviso prévio é de 30 (trinta) dias. Além disso, não haverá direito a redução na jornada de trabalho, tendo em vista que o artigo 488, parágrafo único, CLT somente é aplicável nas terminações por iniciativa do empregador. Caso 3: De acordo com a nova lei tem-se: Se o empregado tem vínculo igual ou inferior a um ano: =<1 = 30 dias de aviso. Se o empregado tem vínculo superior a um ano e menos de 21, adicionam-se 3 dias para cada ano excedente. Há uma limitação legal de no máximo 60 dias, portanto, após os 21 anos acrescem-se aos 30 mais 60, totalizando 90 dias. No caso de José Araújo que tem 22 anos e 2 meses, de casa. Tem-se: 30 dias (para o 1º ano trabalhado) + (20 x 3) = 30dias+60 = 90dias. 21 No caso de Marco Antônio que tem 25 anos, de casa. Tem-se: 30 dias (para o 1º ano trabalhado) + ((24 x 3) - (4 x 3) = 30dias + (72 - 12) = 30dias+60 = 90dias. Exercícios de Fixação Questão 1 - B Questão 2 - E Questão 3 - E Questão 4 - D Questão 5 - A Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. Atualizado em: 27 jun. 2014
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