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MONOGRAFIA OUTUBRO.2012

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1 INTRODUÇÃO
O assédio moral ao contrário do que se pensa, não é um fenômeno da atualidade, sua prática é tão antiga quanto o próprio trabalho. A subordinação jurídica e econômica inerente à relação de emprego sempre deu lugar ao surgimento de um ambiente propício ao nascimento e propagação de casos de assédio moral. 
No entanto, somente nas últimas décadas do século XX o fenômeno do assédio moral veio ganhando destaque e foi identificado como uma doença capaz de desequilibrar o psicológico do trabalhador e, por conseqüência, destruir o ambiente de trabalho, tendo se tornado alvo de grandes estudos não só na área jurídica, como também nas áreas da sociologia, medicina do trabalho e psicologia. No entanto na seara do Direito, em particular, a atenção voltada para o tema está diante do crescente volume dos casos de assédio moral levados a juízo.
Não obstante a disposição constitucional, o assédio moral é uma violência cada vez mais comum no ambiente de trabalho. O fato se justifica, em parte, pelo advento da globalização e do capitalismo desenfreado propiciando uma busca cruel pela competitividade e produtividade. Além disso, ainda não há uma legislação, em âmbito federal, que discipline o tema, o que de certa forma dificulta a análise jurídica do assédio moral.
Trata-se, o assédio moral, de uma violência moral contra o trabalhador no local onde este exerce suas atividades laborativas, ou seja, é a conduta abusiva, dotada de palavras, gestos ou atitudes, que intencionalmente atingem a dignidade e integridade física e psíquica do mesmo, ameaçando seu emprego e degradando o ambiente de trabalho. 
O presente trabalho monográfico consiste em uma pesquisa bibliográfica que tem por objetivo discutir a temática “assédio moral”, analisando seu histórico, bem como sua conceituação, características, espécies e sujeitos envolvidos (assediador e assediado). Mas principalmente, tem o presente trabalho, foco na prova em juízo do assédio moral, demonstrando assim, a tamanha dificuldade que a vítima encontra para prová-lo perante os órgãos do judiciário. Consi​derando ainda, a importância de se combater esse tipo de violência nociva à integridade física e psíquica do trabalhador que ainda hoje, em pleno Estado Democrático de Direito, vem sendo tacitamente suportada por medo, passividade ou necessidade do emprego. 
E finalmente, concluindo o trabalho monográfico com a apresentação de medidas que podem ser utilizadas para facilitar a prova em juízo do assédio moral no ambiente de trabalho tais como, a utilização da inversão do ônus devendo a prova do dano ser produzida mediante presunções extraídas de indícios, a necessidade da criação de leis específicas acerca do tem na alçada municipal, estadual e federal, tendo em vista que no Brasil não há lei específica no âmbito nacional sobre o tema, bem como a educação, informação e conscientização acerca do fenômeno ora abordado.
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
Para compreender o assédio moral da maneira que se percebe atualmente, é preciso olhar para o passado a fim de entender as origens desse tipo de violência, avaliando ainda seu desenvolvimento até o momento atual.
Ao contrário do que se costuma pensar, o tema assédio moral não é um fenômeno da atualidade, é tão antigo quanto o próprio trabalho. A subordinação jurídica e econômica concernente à relação de trabalho sempre deu lugar ao surgimento de um ambiente propício ao nascimento e propagação de casos de assédio moral. Sendo possível afirmar que a origem do assédio moral esta intimamente ligada com revolução industrial, que foi o marco do Direito do Trabalho (PIERIN, J.R.,2011, p.1-2)
Entretanto, somente nas últimas décadas do século XX o assédio moral ganhou maior destaque sendo identificado como uma doença capaz de desequilibrar o psicológico do trabalhador e, por conseqüência, destruir o ambiente de trabalho, tendo se tornado alvo de grandes estudos não só na área jurídica, como também nas áreas da sociologia, medicina do trabalho e psicologia (PIERIN, op. cit, p.2).
Ao longo da historia, de forma cronológica, destaca-se a proteção da própria vida e da saúde do trabalhador à época da Revolução Industrial, quando o que se almejava alcançar era a melhoria das precárias condições de trabalho existentes, como, por exemplo, o trabalho infantil e das mulheres que alcançavam jornadas de trabalho exaustivas. Por conta de tais condições, os trabalhadores começaram a se reunir para reivindicar melhorias na sua vida laboral. Surgindo assim, a limitação de jornada, melhorias no salário, a observação da idade mínima para o início da vida laboral, proteção do trabalho em situações perigosas e insalubres, dentre outras. Passando então o Estado a intervir diretamente nas relações de trabalho, impondo limitação à liberdade das partes, visando à proteção do trabalhador (PIERIN, idem, p.2)
No início do século XIX, houve a necessidade de proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais da classe operária, assegurando-se- lhes medidas protetivas ao salário, sistemas de estabilidade no emprego, sistema de representação dos trabalhadores na empresa, seguros sociais, direito à indenização de dispensa arbitrária, etc.
E finalmente, no início do século XX, percebeu-se a necessidade de proteção do direito da dignidade do trabalhador. Questões como higidez física e psíquica do trabalhador e meio ambiente do trabalho passaram a ser tratas para melhoria das condições de trabalho.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225, reflete a preocupação de um meio ambiente saudável, incluindo o meio ambiente do trabalho, ante a sua generalidade. A preocupação com o meio ambiente do trabalho vem ganhando destaque no direito do trabalho atual (VADE MECUM, 2011).
Há de se destacar ainda que o movimento da globalização, cujo lema é a perseguição do lucro a qualquer preço, muito contribuiu para agravar o clima de desprezo e tensão no cotidiano dos trabalhadores. O progresso industrial verificado ao longo da história trouxe um tipo de abordagem impessoal entre os próprios empregados e destes com seus superiores, que gerou um complexo de insatisfações e descontentamento nas relações de trabalho. 
Não há dúvidas, que as empresas tiveram que se adaptar ao novo cenário globalizado. E vários dos distúrbios mentais e psíquicos dos trabalhadores têm suas raízes na pressão para produzir e ultrapassar as metas predeterminadas por esse novo modelo de produção.
No mesmo sentido, não se pode olvidar que o medo é traço marcante de algumas atividades profissionais, em que o risco à integridade física é inerente ao próprio trabalho desenvolvido. Entretanto, o que se tem detectado são situações em que a pressão e o medo são criados pelo empregador no meio ambiente do trabalho com a finalidade única e exclusiva de incremento da produtividade individual e o aumento dos ganhos do capital.
A violência moral nos locais de trabalho tornou-se objeto de estudo inicialmente na Suécia e depois na Alemanha, sobretudo por mérito de um pesquisador em psicologia do trabalho, Heinz Leymann, que em 1984 identificou pela primeira vez o instituto (LEYMANN, 2009, p.26).
Atualmente ele é entendido como sendo um modo de coação que se estabelece em qualquer tipo de relacionamento que se sustente na desigualdade social ou no poder autoritário. Por isso é plenamente possível sua ocorrência em qualquer relação de trabalho, sendo sua maior incidência verificada nas relações de emprego (HIRIGNOYEN, 2005, p.67)
Na França, a psiquiatra Marie-France Hirigoyen foi uma das pioneiras a desenvolver estudos nesse sentido, revelando em 1998, através do seu livro Assédio Moral, e depois em 2001, na obra Mal-Estar no Trabalho, que este tipo de assédio é uma 'guerra psicológica', envolvendo abuso de poder e manipulação perversa, fatores responsáveis por prejuízos à saúde mental e física das pessoas.
No Brasil, o primeiro artigo acadêmico sobre assédio moral nas organizações do trabalho data de 2001, escritopor Maria Ester de Freitas. Esse artigo divulga e utiliza como referência básica o primeiro livro de Hirigoyen (FREITAS, 2001, p. 8-19). Portanto, o tema só passou a ter maior divulgação no Brasil com a apresentação da dissertação de mestrado de Margarida Barreto, defendida em maio de 2000 e publicada em 2003 pelo Departamento de Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), denominada Uma jornada de humilhações, tendo como material básico as pesquisas desenvolvidas por Marie-France Hirigoyen (MACEDO, Marilda Costa, 2012, apud FREITAS, op. cit, p.19 ).
Ainda é muito modesta a legislação existente no Brasil com o objetivo de prevenir e coibir o assédio moral e punir o assediador. Não há ainda, uma lei especifica de âmbito nacional. Atualmente, existem leis e projetos de lei em tramitação no âmbito federal e estadual, uma vez que a violência no ambiente de trabalho está se tornando cada vez mais ostensiva. Existem, também, algumas leis e projetos de lei municipais sobre o assunto. Essa manifestação do Legislativo demonstra a disposição inequívoca de se coibir atos aos quais, até bem pouco tempo, não era dada a devida importância.
3 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DO ASSÉDIO MORAL
O assédio moral esta presente em todo o mundo, por isso, seu conceito e características variam de acordo com a cultura de cada país.
No Brasil é o assédio moral conhecido como terror psicológico, manipulação perversa, psicoterror e coação moral. Enquanto que em países da Europa, como Itália, Alemanha, Noruega e Suécia, o fenômeno é conhecido como mobbing, que significa maltratar, molestar, perseguir.
Dada a falta de previsão legal no nosso ordenamento jurídico a respeito do que seja assédio moral, utiliza-se dos conceitos elaborados pelos doutrinadores para conceituar o fenômeno.
Dessa forma, pode-se destacar o conceito de Sônia Amauri Mascaro Nascimento (2004, p. 922), que afirmar ser o assédio moral:
uma conduta abusiva, de natureza psicológica, que atente contra a dignidade psíquica, de forma repetitiva e prolongada, e que expõe o trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de causar ofensa à personalidade, à dignidade ou à integridade psíquica, e que tenha por efeito excluir a posição do empregado no emprego ou deteriorar o ambiente de trabalho, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.
E nas palavras de, Hadassa Dolores Bonilha(2004, p.37):
Pode-se afirmar, sem medo de errar, que o assédio moral nas relações de trabalho é um dos problemas mais sérios enfrentados pela sociedade atual. Ele é fruto de um conjunto de fatores, tais como a globalização econômica predatória, vislumbradora somente da produção e do lucro, e a atual organização do trabalho, marcada pela competição agressiva e pela opressão dos trabalhadores através do medo e da ameaça. Esse constante clima de terror psicológico gera, na vítima assediada moralmente, um sofrimento capaz de atingir diretamente sua saúde física e psicológica, criando uma predisposição ao desenvolvimento de doenças crônicas, cujos resultados a acompanharão por toda a vida.
Assim, assédio moral no dizer de Marie-France Hirigoyen, (2000, p.76), é:
qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho.
Neste sentido o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, ao proferir acórdão da lavra da Desembargadora Relatora Carmen Gonzalez, no Recurso Ordinário de nº 00036-2008-352-04-00-0, no qual trata da matéria, julgado em 16.10.2008, definiu assédio moral como sendo(Site do TRT4. Disponível em http://www.trt4.jus.br, acesso em 09/04/2012):
[…] a repetição, ao longo do tempo, de agressões veladas, muito embora ligadas entre si, que, em outros casos, se isoladas, seriam irrelevantes, ou toleráveis. Agrava-se o mobbing, pela determinação patronal de cumprimento de ordem manifestamente impossível, alterando desarrazoadamente a jornada da empregada que volta da licença-maternidade para horário incompatível com o funcionamento de berçários e creches.
Pelo exposto, o assédio moral conceitua-se como sendo conduta abusiva, dotada de palavras, gestos ou atitudes, que, intencionalmente e freqüentemente, atinge a dignidade e a integridade física e psíquica da vítima, ameaçando seu emprego e degradando o ambiente de trabalho.
Diante do conceito ora analisado, observar-se-á a seguir alguns aspectos que são imprescindíveis para a caracterização do assédio moral, sendo estes aspectos em um primeiro momento, nem sempre percebidos pelo empregado, mas se observados em conjunto, expõem o trabalhador a situações constrangedoras e humilhantes.
O primeiro aspecto, é a conduta abusiva de natureza psicológica, que trata-se em regra de condutas degradantes, humilhantes, que afetam a auto-estima da vítima e sua satisfação no emprego, além de muitas vezes causar a degradação de sua imagem perante as demais pessoas.
O segundo aspecto caracterizador do assédio é o ato praticado de forma prolongada e repetitiva no tempo, ou seja, para que a conduta degradante e humilhante, seja caracterizada como assédio moral deve ser praticada de forma reiterada e prolongada, ou seja, deve haver uma certa habitualidade nas condutas.
E por último, a ameaça de permanência da pessoa no emprego e/ou a sua integridade física e/ou psíquica no ambiente laboral, sendo este um dos requisitos mais importantes para a caracterização do assédio moral, vez que fala da existência do dano real, geralmente de natureza psicológica que provoca grande abalo e sofrimento a vítima.
Assim, em síntese, o assédio moral no ambiente de trabalho caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares(Disponível em http://www.assédiomoral.org/site/assédio/Amconceito.php. Acesso em: 12/04/2012).
4 ESPÉCIES DE ASSÉDIO MORAL
O assédio moral não escolhe a posição dos indivíduos, pode se manifestar de diversas formas e em vários níveis hierárquicos e com autores distintos, ou seja, o agressor não é necessariamente o superior hierárquico, podendo também ser o colega de trabalho ou subordinados que ocupam diferentes posições na hierarquia da empresa.
No campo do assédio moral, é possível se identificar quatro espécies básicas, a saber: o assédio moral vertical, o assédio moral horizontal, o assédio misto e o assédio ascendente.(HIRIGOYEN, 2002, p.112).
No assédio vertical descendente (proveniente da hierarquia), ou seja, procedimentos abusivos de um superior para com um subordinado. A subordinação hierárquica pode induzir o superior a tirar partido do seu poder abusando dele e tendo prazer em submeter o subordinado à sua vontade, fazendo com que este se sinta isolado e tenha dificuldades em encontrar formas de resistir ao assédio. Sendo esse tipo de assédio o que ocorre com maior freqüência. 
No assédio horizontal (proveniente de colegas) que é freqüente quando dois colegas disputam um lugar ou uma promoção, ou seja, é praticado entre sujeitos que esteja no mesmo nível hierárquico. As conseqüências quanto a esse tipo de assédio não são tão graves, tendo em vista a condição igualitária entre assediador e assediado. Na maioria dos casos esse tipo de assédio é provocado por inveja, ciúmes, excesso de competitividade, medo de ser passado para trás pelo colega, etc.
A respeito do assédio moral horizontal, entendem Jouberto de Quadros P. Cavalcante e Francisco Ferreira Jorge Neto(2007, p.02) que:
O assédio moral horizontal é o que se instaura em pessoas de mesma hierarquia, tendo como característica básica a pressão para produzir comqualidade e baixo custo. É a humilhação presente nas relações cotidianas entre os mais produtivos e os menos produtivos.
Essa espécie de assédio lembra muito a figura do Bullying (no Brasil usado também como sinônimo de Assédio Moral). A princípio esse instituto, muito utilizado na Inglaterra, foi criado para caracterizar o comportamento hostil e humilhante de uma criança ou grupo de crianças, em relação à outra ou outras. E sabe-se que entre crianças é muito comum este tipo de comportamento. Não existe uma hierarquia entre elas, mas pode ocorrer a agressão como forma de exclusão por motivos muitas vezes de características pessoais ou de personalidade.
Este instituto, segundo Marie-France Hirigoyen( 2002, p. 79).
se estendeu às agressões observadas no exército, nas atividades esportivas, na vida familiar - em particular com relação a pessoas de idade, e, evidentemente, no mundo do trabalho.
O assédio misto (um assédio horizontal que passa a assédio vertical descendente) é o assédio horizontal prolongado e sem interferência da hierarquia, que desta forma se torna cúmplice, passa a ser um assédio vertical descendente, ou seja, é praticado ao mesmo tempo por pessoas que ocupam dentro da empresa níveis hierárquicos diferentes em relação à vítima. Esse tipo de assédio moral envolve no mínimo três sujeitos: o assediador horizontal, o assediador vertical e a vítima.
Já o assédio vertical ascendente (proveniente de um ou mais subordinados que assediam um superior) é aquele praticado pelos subordinados contra o superior. Pode ser tão destruidor como qualquer um dos outros tipos. Isto porque o assediado não sabe como defender-se e as queixas que fizer não são encaradas seriamente. Ex: a falsa alegação de assédio sexual, com o objetivo de atentar contra e reputação de uma pessoa e desqualificá-la; ou as reações coletiva de grupo, ou seja, a cumplicidade de todo um grupo para se livrar do superior hierárquico que lhe foi imposto e que não é aceito.
Sobre situações assim, prossegue a autora (2002, p.116):
É a cumplicidade de todo um grupo para se livrar de um superior hierárquico que lhe foi imposto e que não é aceito. É o que acontece com freqüência na fusão ou compra de um grupo industrial por outro. Faz-se um acordo relacionado à direção para ‘misturar’ os executivos vindos de diferentes empresas, e a distribuição dos cargos é feita unicamente por critérios políticos ou estratégicos, sem qualquer consulta aos funcionários. Estes, de um modo puramente instintivo, então se unem para se livrar do intruso.
Assim, tem-se que a agressão psicológica sofrida pela vítima no assédio vertical ascendente é tão grave quanto à sofrida no assédio vertical descendente.
5 SUJEITOS DO ASSÉDIO MORAL
Diversos doutrinadores apontam variados fatores para o surgimento do fenômeno do assédio moral: as características da personalidade e físicas do assediado, características da personalidade do assediador, o grupo onde se inserem e as características da organização onde desenvolvem a sua atividade laboral.
Observa-se que não importa a posição dos indivíduos, qualquer pessoa pode se agressor ou vítima de assédio moral e a qualquer momento no decurso da sua trajetória profissional. Deste modo, são sujeitos do tema em questão segundo Maria Aparecida Alkimin (2006, p. 41), 
Sujeitos: sujeito ativo (assediador) – empregador ou qualquer superior hierárquico; colega de serviço ou subordinado em relação ao superior hierárquico; sujeito passivo (vítima/assediado) – empregado ou superior hierárquico no caso de assédio praticado por subordinado; Conduta, comportamento e atos atentatórios aos direitos de personalidade; Reiteração e sistematização e Consciência do agente. 
Assim, o assediador pode ser um indivíduo ou um grupo de indivíduos, cujas características têm a ver com a personalidade, ameaça de perda do poder e controle e liderança negativa. Assim o assediador, num processo de assédio moral, pretende o controle e o domínio absolutos do assediado. Desta forma no ver de Maria Ester de Freitas (2001, p.11),
o agressor pode engrandecer-se rebaixando o outro, sem culpa e sem sofrimento; trata-se da perversão moral. 
Na grande maioria dos casos, o assediador age de forma tácita através de gestos subtis e palavras dúbias.
Enquanto que o assediado/vítima geralmente são pessoas frágeis ou portadoras de uma patologia particular (pela idade, por ser mulher, pessoas menos produtivas, os tímidos, etc.). Segundo Marie- France Hirigoyen (2002, p. 146), os funcionários modelos são o principal alvo do agressor, 
uma vez que poderá perder um funcionário em função de uma situação particular, e pela ameaça á posição de liderança do agressor, com a possibilidade de ascensão do funcionário na organização.
Para Márcia Novaes Guedes (2003, p. 63):
A vítima do terror psicológico no trabalho não é o empregado desidioso, negligente. Ao contrário, os pesquisadores encontraram como vítimas justamente os empregados com um senso de responsabilidade quase patológico, são ingênuas no sentido de que acreditam nos outros e naquilo que fazem, são geralmente pessoas bem-educadas e possuidoras de valiosas qualidades profissionais e morais. De um modo geral, a vítima é escolhida justamente por ter algo mais. E é esse algo mais que o perverso busca roubar. As manobras perversas reduzem a auto-estima, confundem e levam a vítima a desacreditar de si mesma e a se culpar. Fragilizada emocionalmente, acaba por adotar comportamentos induzidos pelo agressor. Seduzido e fascinado pelo perverso o grupo não crê na inocência da vítima e acredita que ela haja consentido e, consciente ou inconscientemente, seja cúmplice da própria agressão.
Deste modo então, a vítima do assédio moral, não é uma pessoa pacata, sem opinião própria, ou simplesmente um executor de tarefas pré-determinadas. O agressor não se preocupa com este tipo de pessoa, pois esta não lhe ameaça o cargo, não transmite perigo já que para ela tudo esta bom.
Ressalta-se também que o comportamento dos espectadores envolvidos (pessoas que presenciam) pode ter grande relevância na caracterização e na manifestação do assédio moral, por muita das vezes encorajar e estimular o comportamento do agressor em relação a vítima. Isso pode se dar pelo simples fato dos colegas de trabalho e superiores hierárquicos, ficarem omissos ao que presenciam dentro da empresa.
Neste contexto, assevera Márcia Novaes Guedes (2003, p. 69), que os espectadores são:
todas aquelas pessoas, colegas, superiores, encarregados da gestão de pessoal, que, querendo ou não, de algum modo participam dessa violência e a vivenciam ainda que por reflexo. Dentre os espectadores distinguem-se os conformistas passivos e os conformistas ativos. Os conformistas são espectadores não envolvidos diretamente na ação perversa, mas têm sua responsabilidade porque nada fazem para frear a violência psicológica desencadeada pelo sujeito perverso, ou, muitas vezes, atuam ativamente, favorecendo claramente a ação do agressor.
Conclui-se então que, podem figurar como assediador/agressor tanto empregador, como superior hierárquico ou até mesmo colegas de trabalho em mesmo nível de subordinação no ambiente de trabalho.
6 DA PROVA
O assunto mais polêmico que o presente estudo visa é no que tange à dificuldade de obtenção das provas do assédio moral. Mas antes mesmo de se abordar tal assunto, far-se-á algumas considerações importantes, tais como conceituação, meios de prova e o ônus da prova.
6.1 CONCEITO
No âmbito jurídico a “prova” é de essencial importância. Nada poderá ser pleiteado em juízo, se não houver o mínimo de suporte probatório necessário a comprovar o direito alegado.
Neste aspecto, o conceito de prova é bem definido por Vicente Greco Filho(2012, p.225) como sendo:
A prova todo elemento que pode levar o conhecimento de fato a alguém.
No processo a prova tem por finalidade convencer o juiz a respeito da existência de fatos relevantes. Não se buscacom a prova uma certeza absoluta, mas uma certeza relativa que seja suficiente para convencer o magistrado. E para isso a parte deve se utilizar de meios de prova juridicamente possíveis.
Assim, também no assédio moral revela-se de grande importância da análise da prova, tendo em vista que a agressão decorrente deste ato ilícito, na maioria das vezes se dá as escuras ou de forma camuflada e atinge a esfera intima e subjetiva da vítima. 
Dessa forma a vítima terá que provar não somente os fatos, como também o prejuízo psíquico, pois, se não fosse necessária esta última prova, uma imensidão de abusos poderia ocorrer.
6.2 DOS MEIOS DE PROVA	
Provar algumas condutas configuradoras do assédio moral é muito difícil, haja vista que a prática agressiva é quase que invisível. Mesmo diante dessa dificuldade, incumbe à vítima apresentar indícios que levem a uma razoável suspeita, aparência ou presunção dos fatos alegados, para que assim possa haver indenização.
Danos morais – Não configuração – Ausência de prova do ato antijurídico supostamente praticado pelo empregador. O reconhecimento do dano moral exige prova inconteste do ato antijurídico praticado pelo empregador. Indefere-se o pedido de indenização quando não há elementos que demonstrem a ocorrência do fato considerado como gerador do dano (TRT-6ª Região). 
Assim para se provar os fatos admitem-se todos os meios de prova em direito admissíveis, como prevê o artigo 332, do Código de Processo Civil:
Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.
 Deste modo assédio moral poderá ser provado por todos os meios de prova e a ainda pelos seguintes meios: e-mails, Post-its, por testemunhas, mesmo que uma só, e ainda por gravação telefônica entre as partes, segundo entendimento do STJ:
A gravação da conversa de um dos interlocutores não configura interceptação, sendo lícita como prova no processo penal, aplicando-se, nesse caso, o princípio da proporcionalidade, que permite o detrimento de alguns direitos para que prevaleçam outros de maior valor.
Em igual sentido se posicionou a SDI do Tribunal Superior do Trabalho:
GRAVAÇÃO TELEFÔNICA. A aceitação no processo judiciário do trabalho, de gravação de diálogo telefônico mantido pelas partes e oferecida por uma delas, como prova para elucidação de fatos controvertidos em juízo, não afronta suposto direito líquido e certo da outra parte, a inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas, porque essa garantia se dá em relação a terceiros quem são aos interlocutores. Recurso ordinário a que se nega provimento, para ser confirmado o acórdão regional, que negou a segurança requerida. 
Os dos danos psíquicos e físicos podem também ser provados por meio de exames médicos como assevera Marie-France Hirgoyen(2004, p. 129):
A prova dos danos psíquicos e físicos é tão importante porque os sintomas do assédio têm sua especificidade. Assim, é possível para um clínico com boa experiência neste tipo de situação, de detectar o assédio moral a partir das conseqüências sobre a saúde das pessoas e assim distinguir dos pedidos abusivos.
Assim, será necessário que a vítima prove a degradação de seu estado de saúde, o que poderá ser feito através do seu histórico médico, claro que deverá ficar constatado que até certo momento de sua vida não existiam os problemas de saúde e que estes apareceram após sofrer, ou melhor ser vítima do assédio moral.
Tal prova será feita através de consultas médicas, atestados, radiografias, receitas, notas fiscais de compra de medicamentos, etc.
Conclui-se então que para se provar o assédio moral é necessário utilizar todos os méis de prova admissíveis em direito, e segundo parecer do STJ e do TST ainda poderão ser validas como prova as gravações telefônicas. E em se tratando de prova do dano psíquico será necessário para tanto a comprovação médica através de um histórico médico do assediado.
6.3 DO ÔNUS DA PROVA
O ônus da prova é a incumbência atribuída à parte para que esta demons​tre a veracidade da sua alegação a fim de contribuir para a formação da convicção do magistrado a respeito de determinado acontecimento. 
Diante do exposto, revela-se de essencial importância a de​monstração da ocorrência do assédio moral, pois numa ação em que o trabalhador afirma ter sido vítima desta violência psíquica, tem-se entendido que é dele o ônus de provar as condutas humilhantes e vexatórias de que foi vítima em seu ambiente de trabalho, sob pena de ser julgada improcedente a sua demanda. 
É nesse norte a seguinte decisão do E. TRT da 20ª Região:
DANO MORAL – ÔNUS DA PROVA DO AUTOR. O dever de provar adequadamente o fato constitutivo é daquele que o alega, nos termos do art. 818 da CLT. Existindo prova robusta do fato gerador do dano moral, revela-se acertado o decisum que deferiu a indenização reparatória. 
A doutrina aponta o ônus da prova como uma regra de julgamento posto à disposição do juiz quando da apreciação das provas, ou seja, como um direcionador na atividade do magistrado. Quando da ausência de produção de prova de um determinado fato que deve ser apreciado pelo juiz, este decidirá contra quem incumbia a produção da prova.
Na mesma linha de raciocínio, entende Fredie Didier Jr., Paula Sano Braga e Rafael Oliveira (2007, p. 55), que as regras sobre ônus da prova são de aplicação subsidiária, porquanto, uma vez provados os fatos aventados nos processo, não há aplicação do instituto em análise: 
Trata-se, pois, de regras de julgamento e de aplicação subsidiária, porquanto somente incidem se não houver prova do fato probando, que se reputa como não ocorrido.
No âmbito do processo do trabalho, a previsão do ônus da prova encontra-se regida pelo enunciado do artigo 818 da CLT, o qual estabelece que a prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
Entretanto, o entendimento da maioria da doutrina atualmente é que aplica-se subsidiariamente o artigo 333 do Código Processual Civil, segundo o qual cabe ao autor a demonstração dos fatos constitutivos do seu direito e ao réu a dos fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do autor. Pois entendem os defensores desta corrente, que o enunciado no artigo 818 da CLT, não contem regras suficientes para dirimir todas as questões relativas ao ônus da prova.
Neste sentido, ensina José Antônio Ribeiro de Oliveira Silva (2004, p. 685):
Pensamos, todavia, que a orientação legal do citado art. 818 é insuficiente para a solução de todas as controvérsias, mesmo porque se trata apenas de um princípio da prova, conhecido desde o Direito Romano, segundo o qual o ônus da prova incumbe a quem alega o fato. Faz-se necessária, por isso, a aplicação subsidiária do art. 333 do CPC.
Assim, em uma demanda em que o individuo afirma ter sido vítima de assédio moral, é dele única e exclusivamente o ônus de provar as condutas do assediador no ambiente de trabalho, sob pena de ser a sua demanda julgada improcedente pelo magistrado.
A luz do artigo 333 do CPC, o assédio moral é um fato constitutivo do seu direito – uma vez provado, leva à conseqüência jurídica pretendida pelo autor, que é a indenização por danos morais.
Segundo a teoria clássica adotada pelo CPC, é delegada ao autor a prova do fato constitutivo e ao réu a prova do extintivo, impeditivo ou modificativo do direito do autor. Sob essa perspectiva, a distribuição do ônus probatório é feita prévia e abstratamente a todos os litigantes, sem levar em consideração as peculiaridades do caso concreto.
No entanto como bem leciona Fredie Didier Jr., Paula Sano Braga e Rafael Oliveira (2007, p. 61),
nem sempre autor e réu têm condições de atender a esse ônus probatório que lhes foi rigidamente atribuído [...] . E, não havendo provas suficientes nos autos para evidenciar os fatos, o juiz terminará por proferir decisão desfavorável àquele que não se desincumbiu do seu encargo de provar (regra de julgamento).
Assim,não raramente ações trabalhistas com pedido de dano moral, com alegações de assédio moral, são julgadas improcedentes pela completa ausência de provas. Isso acontece dada a grande dificuldade da vítima do assédio moral de produzir a prova do ato lesivo à sua integridade psíquica, como por exemplo, nos casos em que o assédio se deu sem presença de terceiros, o que ocorre em sua grande maioria.
O ônus da prova no direito processual do trabalho sempre foi alvo de grande polêmica, pois há muitas situações em que somente é possível a produção da prova pela obtenção material ou documentos que se encontram na posse da empresa/empregador que, via de regra, não tem interesse em sua produção. Por isso, o juiz nestes casos deve se pautar na busca da verdade real, tendo a perspicácia de perceber as eventuais dificuldades que a vítima possa encontrar na produção de provas do fato constitutivo.
Neste aspecto, vem sendo aplicada, ainda que não de forma satisfatória, a teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova. Vindo na contramão da rigidez da teoria clássica.
Tal teoria leva em consideração as peculiaridades do caso concreto e tem como objetivo proporcionar uma distribuição móvel do ônus probandi. Sob esta nova ótica, o encargo não deve ser repartido previamente, mas casuisticamente, não levando em consideração a natureza do fato probando (se constitutivo, modificativo ou extintivo do direito) e sim o fato de atribuir-se a produção da prova a quem melhor tenha condições de produzi-la (PIERIN, J.R., 2011, p.14).
No entanto, não se pode admitir tal regra como inflexível e apta a solucionar todos os problemas dos jurisdicionados.
A finalidade da teoria da distribuição é fazer com que o direito seja dado àquele que realmente o tem. Se o fim do processo é a justa composição da lide, o juiz pode perceber que, em certos casos, a distribuição rígida e prévia do ônus probatório pode não ir ao encontro com o ideal e justiça.
Mas cumpre esclarecer que, o ordenamento jurídico brasileiro não adotou de forma expressa tal teoria. Não há nenhuma disposição acerca da distribuição dinâmica do ônus da prova no processo do trabalho, nem no processo civil. A única referência legislativa próxima dessa teoria está consagrada no artigo 6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor, que permite ao juiz a redistribuição do ônus probatório nas causas de consumo, que estabelece que é um direito do consumidor a inversão do ônus da prova quando for hipossuficiente ou quando foi verossímil sua alegação, de acordo com as regras ordinárias de experiência, visando a facilitação da defesa de seus direitos( CDC, 2011, artigo 6º, VIII).
Neste sentido, a inversão do ônus da prova nas relações de consumo foi criada visando facilitar a defesa do consumidor em juízo. Em comum, com o direito do consumidor o direito do trabalho, via de regra, têm em um dos seus pólos da relação jurídica, o hipossuficiente, o que justificaria a aplicação da inversão do ônus da prova na seara processual trabalhista.
Nesse aspecto, vale citar os apontamentos de Paulo Henrique dos Santos Lucon (2007, p.29):
Portanto, quando se fala de inversão do ônus da prova quer o legislador dizer que, em determinadas situações, há a dispensa da parte de fazer prova de algum fato por ela alegado. Em tais circunstâncias, dispensa a lei que o demandante faça prova do fato constitutivo do seu direito.
[...] 
O Código de Defesa do consumidor representeou um grande avanço a partir do momento em que disciplinou a inversão do ônus da prova por decisão judicial. Enquanto o sistema do Código de processo Civil admite-se a inversão convencional , com a ressalva contida nos dois incisos do parágrafo único do art. 333, no sistema do Código de Defesa do Consumidor permite-se a inversão judicial do ônus da prova (CDC, art. 6º, inc. VIII). Essa nova situação jurídica processual tem estreita relação com o direito material, na medida em que a finalidade específica da norma é por fim à vulnerabilidade das alegações do consumidor no tocante à demonstração dos fatos constitutivos do seu direito.
Assim, aplica-se subsidiariamente as regras do Código de Defesa do Consumidor pertinentes à inversão do ônus da prova para tentar aproximar as partes da relação de trabalho, que são materialmente e economicamente desiguais, dada a compatibilidade principiológica entre os dois ramos do direito. Por isso é importante frisar que, ao se decidir pela inversão do ônus da prova no caso concreto, o juiz deve levar em consideração a hipossuficiência do trabalhador.
Neste contexto, para uma justa composição do conflito trabalhista nas ações sobre assédio moral, mister se faz algumas considerações sobre o princípio da aptidão da prova, a par do princípio da inversão do ônus da prova.
Carlos Alberto Reis de Paula, citado por José Antônio Ribeiro de Oliveira Silva (2004, p. 692), assevera que, por meio do princípio da aptidão da prova,
a prova deverá ser produzida por aquela parte que a detém ou que tem acesso à mesma, sendo inacessível à parte contrária. Conseqüentemente, é a que se apresenta como apta a produzi-la judicialmente.
Com base em tal princípio, assim, numa reclamação trabalhista que demanda sobre assédio moral, na qual o demandante se encontre em dificuldade de produzir a prova dos atos lesivos, seja porque os atos tidos como ofensivos à sua dignidade se deram às obscuras ou porque suas testemunhas estejam sofrendo represálias, pode o magistrado inverter o ônus para a empresa, para que esta prove que em seu ambiente laboral não há condutas que caracterizem o assédio moral.
Ponto interessante é saber qual o momento para se inverter as regras sobre o ônus da prova numa demanda trabalhista. Em primeiro lugar, se o autor se encontrar na situação em que sabe que a prova do assédio moral será de difícil demonstração em juízo, este deverá informar já na sua petição inicial essa circunstância e requerer a inversão da distribuição do ônus da prova. Mas é necessário que ele traga elementos concretos para que o juiz se convença da sua dificuldade para produzir a prova.
Convencido, o magistrado deve alertar as partes acerca desta circunstância na ocasião da audiência preliminar, devendo tal decisão constar em ata. Se enquadrada no procedimento sumaríssimo, deverá o juiz determinar uma nova audiência de instrução, porquanto tem poderes para tanto.
Como a inversão é exceção, ela deve ser comunicada às partes, que devem se manifestar e produzir a prova segundo a nova distribuição determinada pelo juiz.
Por oportuno, destaca-se os pensamentos de Sandra Aparecida Sá dos Santos (2003), citada por José Antônio Ribeiro de Oliveira Silva (2004, p. 693), para quem, 
O fator surpresa não pode existir no processo, seja qual for a natureza do objeto, bem como no que concerne ao reconhecimento do direito, porque processo e surpresa soam incompatíveis entre si. 
A citada autora acredita, com muita precisão que, a se pensar que as regras do ônus da prova são exclusivamente técnicas de decidir, estar-se-ia comprometendo, 
por completo a defesa do demandado, que antes do julgamento não teria o ônus processual de produção da prova, porque até então seriam aplicadas as regras gerais do processo”.
Na contramão, há grandes vozes na doutrina pátria que defendem que o ônus da prova são regras de julgamento que devem ser utilizadas pelo o magistrado somente no momento da sentença, quando não houver prova sobre um determinado fato. Alegam que inverter a ordem de distribuição antes da valoração das provas significa fazer um prejulgamento da causa.
Porém não se pode perder de vista que hoje a doutrina mais moderna prestigia o chamado princípio da cooperação, que significa que todos têm o dever de cooperar para a justa composição do litígio, e neste contexto, inclui-se o magistrado. Sob a óptica desse princípio, o juiz deve tomar uma posição de agente colaborador no processo, consultando e informando as partes sobre os pontos relevantes a serem esclarecidos, e qual o momento processualoportuno para tanto, abandonando a figura do mero fiscal de regras.
7 A DIFICULDADE DA PROVA DO ASSÉDIO MORAL 
Como já visto, provar em juízo a prática do assédio moral é de extrema dificuldade para a vítima, pois na maioria das vezes, o assediante em manifesta conduta pusilânime, ou seja, “age às portas fechadas”.
Por ter a vítima que provar não somente os fatos, como também o prejuízo psíquico e físico, árdua se faz a tarefa delegada a esta para que prove o alegado, uma vez que os Tribunais têm entendido que a prova em assédio moral deve ser robusta. É nesse sentido a seguinte decisão do E. TRT da 2ª Região:
ASSÉDIO MORAL. O assédio moral é a exposição do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. A prova de sua existência há de ser cabal e robusta para o reconhecimento do dano moral. No caso em análise não existem elementos para se indicar a presença do assédio moral, pois nenhuma testemunha afirmou ter presenciado qualquer ato neste sentido. 
Neste sentido, Assevera Maria Aparecida Alkimin (2005, p.117) que:
Para a reparação do dano moral, e imprescindível a prova dos fatos que dão causa ao dano moral, entretanto, é prescindível a prova da dor, sofrimento e perturbação interior causada pela conduta ilícita, pois a doutrina e jurisprudência admitem a teoria danum in re ipsa, para a qual o dano se prova por si mesmo, ou seja, provando o ilícito, dispensa-se a prova do prejuízo moral in concreto, pois ferir os direitos de personalidade e afetar o mais intimo sentimento humano, é de difícil constatação.
Nas palavras de Rodrigo Dias da Fonseca (2007, p. 41), 
a tarefa mais difícil é identificar o assédio moral, por ser no mais das vezes uma forma sutil de degradação psicológica. A forma como os atos lesivos se expressam dificulta imensamente a sua percepção, muitas vezes restrita à vítima dos assaques. Referimo-nos com mais ênfase à comunicação não verbal, tão comum e de fácil negação em casos de reação (“você entendeu mal”, “foi só uma brincadeira”, “você está vendo/ouvindo coisas”, etc.). Conforme expressão de Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem”.
Claro que, não se caracteriza o dano moral pela simples sensação de dor ou sofrimento, sentimentos subjetivos do empregado.O dano para ser considerado juridicamente relevante e apto para ensejar o reconhecimento do dano moral, faz-se mister a clara e inequívoca intenção do assediador em atingir o a vítima, pois, não se impõe condenação de dano moral com base em presunções.
Vale ainda ressaltar que não há necessidade da comprovação do prejuízo psíquico para gerar o direito à indenização por danos morais. Neste sentido, pondera Mauro Schiavi (2007, p. 10):
Para que a pessoa faça jus à compensação por danos morais, necessário se faz tão somente que demonstre de forma inequívoca, por qualquer meio em direito admitido (artigo 332, do CPC) o fato lesivo praticado (doloso ou culposo) pelo agente, sendo o dano moral presumido de forma irrefragável (presunção “juris et de juris”) à vítima. Desse modo, desde que o ato ilícito praticado possa acarretar danos a qualquer pessoa, considerando-se o padrão da sociedade, os danos de ordem moral estarão configurados. Por exemplo, a acusação falsa de ladrão, a perda de um dedo resultante de conduta culposa do empregador, causam, evidentemente, dor psíquica no empregado.Ninguém irá dizer que o empregado não se abalou internamente em decorrência desses fatos.
Pelo exposto é possível observar que a prova do dano moral em se tratando do assédio moral, encontra inúmeras dificuldades, dentre as quais destacam-se as dificuldades de se provar a dor interior, bem como a rejeição de colegas de trabalho em testemunhar em favor da vítima assediada. E ainda, há de se observar que na maioria das vezes o assediante é sutil e dissimulado e age de forma pusilânime à portas fechadas, uma vez que na maior parte dos casos são praticados na ausência de testemunhas, o que reforça a impossibilidade de comprovação do dano e prejuízo sofridos pelo assediado.
Segundo Molon (2006, p. 193):
o assédio moral é uma agressão, por vezes disfarçada, e,portanto muito difícil de buscar provas, os sujeitos, a caracterização do dano e o nexo causal.
Outro fator de suma importância que há de se observar quanto à dificuldade da vítima em auferir providências é no que diz respeito à desinformação desta para denunciar e conseqüentemente ter seu pedido atendido e o seu agressor punido. Isto sem contar também na falta de informações e orientações quanto à sua prevenção, em virtude de se tratar o assédio moral de um fenômeno pouco divulgado e propagado. 
Assim, por ser muito difícil a prova de algumas condutas configuradoras do assédio moral necessário se faz que a vítima apresente indícios tais como, anotar detalhes de todas as humilhações sofridas, nome do agressor, colegas que testemunharam etc., que levem a uma razoável suspeita, aparência ou presunção do assédio moral, enquanto que o demandado assume o ônus de demonstrar que sua conduta foi razoável, isto é, não atentou contra qualquer direito fundamental.
8 CONCLUSÃO 
Pelo exposto no presente trabalho, observa-se que o assédio moral é um problema com que a humanidade convive desde os primórdios das relações de trabalho. Entretanto, apenas nas últimas décadas do século XX é que o assédio moral veio a ser identificado como um fenômeno capaz de hostilizar e desestabilizar o ambiente de trabalho. No âmbito jurídico a matéria tem sido tratada com grande importância, dado o crescimento exarcebado das demandas levadas a juízo. 
O assédio moral se caracteriza por condutas abusivas de natureza psicológica que atentem contra a dignidade psíquica, advindas do empregador, do superior hierárquico ou dos próprios empregados em igual condição de subordinação. Frise-se que tais condutas devem ser repetitivas, ou seja, prolongadas, deferidas no tempo, porquanto uma única conduta, embora ofenda a dignidade do trabalhador, não pode ser tida como caracterizadora do assédio moral.
Na verdade, atualmente, o que se verifica é que a solidariedade entre as pessoas deu lugar a atitudes individualistas, com provocações, inveja e perseguições, criando um clima de terror no ambiente de trabalho.
É interessante frisar que o assédio moral é uma agressão, disfarçada e dissimulada que na sua maioria ocorre sem a presença de testemunhas , e, portanto, muito difícil de buscar as provas, aí residindo a ineficiência dos magistrados ao se deparar com tais casos, gerando, além de ausência de punição, estímulo à repetição da conduta e incentivo a outros agressores. Diante dessas circunstâncias, se evidência a relevância do tema, mostrando a imprescindibilidade de que sobre ele se discuta a possibilidade de aplicação das provas de forma mais subjetiva, buscando trazer soluções para o problema, ao mesmo tempo em que incentiva o debate.
De forma a facilitar a prova em juízo do assédio moral, a doutrina moderna vem sugerindo a aplicação da teoria das cargas processuais dinâmicas.Tal teoria sustenta que a distribuição do ônus deve ser realizada em cada caso concreto, verificando a natureza do fato a ser provado, impondo-se o encargo probatório à parte que se encontre em melhor condições de fazê-lo.
Por isso, necessário se faz considerar a redução do ônus da prova, nos processos em que envolvam a matéria sobre assédio moral, devendo a prova do dano ser produzida mediante presunções extraídas de indícios, conforme as regras de experiência, razão pela qual o assédio moral no Brasil vem recebendo destaque no mundo jurídico visto ao número expressivo de comportamentos capazes de gerar esse tipo de violência, demonstrando que suas práticas abusivas configuram um processo profundamente devastador cujas consequências ultrapassam o que pode ser considerado “aceitável” em um ambiente de trabalho.
Sem duvida, a inversão do ônus da prova é uminstrumento processual que visa a impedir o desequilíbrio da relação jurídica, podendo, assim, ser aplicada no processo do trabalho, pois se coaduna com sua sistemática protetiva.
Observa-se então que juiz do trabalho deve a luz do princípio da cooperação e comprometido com o ideal de justiça, estar atento as dificuldades que normalmente norteiam a produção de provas do trabalhador, no que diz respeito ao assédio moral.
Neste contexto, o fenômeno do assédio moral necessita do que se denomina visibilidade social e visibilidade jurídica, apresentando-se como um problema que deve ser enfrentado pelo Estado, pela sociedade, pelas organizações não-governamentais, entre outras instituições. Já que no Brasil atualmente não há leis no ambito nacional que trate do assunto.
Por isso, chama-se a atenção para a necessidade de criação de leis específicas que visam proteger a integridade do trabalhador em relação ao assédio moral e dar um basta nesses casos de humilhação que por hora passa despercebido pelos nossos legisladores.
 Diante do exposto, para a prevenção do fenômeno, cabe aos poderes legisladores municipais, estaduais e federal um melhor entendimento e maior preocupação com a matéria, promovendo legislação adequada. Cabe ao Ministério Público a fiscalização e a denúncia impiedosa. E ao Poder Judiciário cabe a aplicação da exígua lei vigente, melhorada com o respaldo oferecido pela Constituição Federal, pois a condenação à indenização por dano moral terá efeito de caráter preventivo. E ainda cabe aos que comandam, gerenciam e administram, que persigam uma administração inteligente e equilibrada, descrita com simplicidade, porém com profundidade e objetivo.
E por fim, que se institua um amplo programa educacional, a partir de escolas, empresas, serviços sociais, repartições, organizações não governamentais, associações e sindicatos, para que, se ensine e se aprenda sobre as normas de boa convivência, nas relações de trabalho, repensando profundamente o ambiente do trabalho, para que ele seja saudável, possibilite a comunicação, o relacionamento, a convivência sadia, e que se valorizem medidas que importe no engrandecimento do trabalhador como ser humano, e não como uma máquina que não pensa e que não tem sentimentos. Deve-se despertar para a “responsabilidade social da empresa” onde ela própria adota a política interna de apoio aos seus trabalhadores na ausência do Estado. Pois é através da formulação de um conjunto de medidas preventivas no local ao qual o assédio moral se origina, tendo por objetivo a conscientização pessoal e o desenvolvimento de uma melhor relação humana no ambiente de trabalho, que será possível evitar a disseminação do assédio moral, bem como os problemas decorrentes do mesmo.
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