TUTELA PROVISÓRIA

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TUTELA PROVISÓRIA
Não é exatamente uma novidade no sistema judiciário.
Duas espécies: Tutelas de urgência e tutelas de evidência
Tutelas de urgência podem ser antecipada ou cautelar
Ambas são tutelas provisórias (ambas são decisões proferidas antes do fim do processo). 
Para as tutelas de urgência, os requisitos são: fumus bonis iuris e periculum in mora (probabilidade da existência do direito e o risco de dano irreparável ou de difícil reparação)
Para as tutelas de evidência, o requisito é a probabilidade da existência do direito.
Na tutela de urgência, o autor não tem tempo de esperar a decisão do juiz, sendo o maior inimigo da parte, o tempo, onde ela não tem tempo de esperar a decisão até o fim do processo, podendo perder o direito.
Na tutela de urgência, o tempo é fundamental para proteger o direito contra seu perecimento, mas na tutela de evidência, o tempo é irrelevante (artigo 311 CPC).
Tutela de urgência – contratação de empreiteira para construir um imóvel. O imóvel foi pago e construído. Porém, o imóvel possue várias falhas estruturais. Pode ser pedidos: devolução do dinheiro pago, de abatimento proporcional ou obrigação de fazer para reparação do imóvel (conserto do vício). Deve ser feita prova de perícia, porém, as falhas são tão grandes que talvez o imóvel não irá resistir até o fim do processo. Nesse caso, a realização da perícia, é tutela de urgência.
Ingressar em juízo com ação de alimentos para sobrevivência também é uma tutela de urgência.
A tutela de urgência pode ser cautelar ou antecipada. Os requisitos para as duas são os mesmos.
Quando o conteúdo da tutela for satisfativo, está diante de uma tutela antecipada. Se o conteúdo for meramente protetivo, é tutela cautelar.
A perícia é uma tutela de urgência cautelar. Os alimentos é tutela de urgência antecipada.
O objetivo da tutela da evidência é usufruir desde logo o direito “já que o meu direito é bom [muito bom]”. Ex: O nome da parte foi inscrito indevidamente em um cadastro do SPC (por uma conta que não foi paga mas está paga). A probabilidade do direito é requisito das duas tutelas, mas não tem o perigo de perder o direito. Caso a pessoa que esteja com o nome no SPC deu um sinal no banco no valor de 50mil reais para a compra de um imóvel e está tentando financiar o restante, porém, por estar com o nome negativado, não consegue o financiamento, a tutela passa a ser de urgência (risco de perder o direito), a tutela é satisfativa, pois o autor da ação precisa da decisão, que seria proferida no fim do processo, de forma urgente.
Numa ação de consignação em pagamento, como devo pedir liminarmente que o nome do autor não tenha mais restrição nos órgãos de proteção ao crédito. Faço o depósito e peço como a tutela?
Ingressa-se em juízo e na petição inicial faz o depósito do pagamento. Ao fazer o depósito, tem o direito de ter o nome limpo (probabilidade). Se tem risco, deve-se pedir tutela de urgência e se não tiver risco, deve-se pedir a tutela de evidência.
Liminar é uma tutela de urgência sem ouvir a outra parte. Inaudita altera pars/parte. Pode ter tutela de urgência antecipada liminarmente, tutela de urgência antecipada ouvindo a outra parte, tutela de urgência cautelar liminarmente, tutela de urgência cautelar ouvindo a outra parte.
Pode a tutela de urgência ser convertida em de evidência caso o juiz entenda que a outra é mais favorável? Sim. Pois existe fungibilidade entre todas as tutelas provisórias.
O pedido de busca e apreensão é tutela de urgência. Pode ser tutela de urgência, desde que se demonstre a urgência. A busca e apreensão recai sobre coisas (móveis) ou pessoas (incapazes).
O mandato de segurança teria o pedido fundado na tutela de urgência? Lei nº 12.016 – desde que se comprove os requisitos. A lei chamou a tutela de urgência de liminar. Quando a lei se referir a liminar, está falando de tutela de urgência antecipada. 
Tutela de evidência – se funda na probabilidade de se ter o direito (artigo 311 CPC) com quatro hipóteses. 
Ficar caracterizado abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório (norma de hermenêuntica – a lei não tem palavras inúteis - são institutos diferentes). Os dois institutos são para retardar o fim do processo. O primeiro para retardar o fim do processo praticando algum ato dentro do processo (recurso protelatório, contestação dentro do processo) e o segundo é praticado fora do processo (fazer carga dos autos e não devolver por dois anos);
- Quando as alegações de fato podem ser comprovadas apenas documentalmente e existem súmula vinculante ou decisão em recurso repetitivo;
- Quando se tratar de pedido repeircutório fundado em prova documental fundada em contrato de depósito – não necessita que o contrato seja escrito;
- Quando a petição inicial for instruída com prova suficiente e o réu não for capaz de gerar prova...
Nos incisos II e III, o juiz pode decidir liminarmente a tutela de evidência.
Cabe tutela de urgência ou evidência em fase recursal (segundo grau)? Sim